Quando alguém que
amamos se depara com algo tão desconhecido e imprevisível quanto um diagnóstico
de câncer, tudo a sua volta parece desmoronar! O que você faz? O que você diz?
Como você pode ajudá-lo? Como você pode se ajudar? Quando
uma pessoa recebe um diagnóstico de câncer, receber o apoio de familiares e
amigos é muito importante. Porém, é comum que estas pessoas próximas queiram
dar suporte, mas sem saberem exatamente como. Uma primeira dica
muito importante é que antes de mais nada você compreenda seus próprios
sentimentos em relação à situação e
esteja ciente de como suas experiências podem afetar a forma como você reage.
Assim, você conseguirá lidar melhor com este momento e estará mais tranquilo(a)
para dar este suporte, ajudando a pessoa que ama a carregar a sua Cruz.É
importante ressaltar que cada paciente lida com o próprio diagnóstico de uma
maneira específica, pois somos únicos, irrepetíveis, e com experiências
de vida diferentes, no entanto algumas dicas podem ajudar você, familiar e
amigo, a se preparar melhor para este momento de suporte e acolhimento:
1)-O que fazer?
•Passe tempo com a
pessoa.
•Pergunte se ela
gostaria de falar sobre a experiência.
•Deixe-a decidir o que
e quanto quer compartilhar.
•Esteja disposto a
falar sobre suas experiências e permitir que ela compartilhe seus medos.
•Esteja disponível para
conversar quantas vezes ela quiser.
•Respeite se a pessoa
precisar de espaço.
•Fale sobre outras
coisas além do câncer.
•Ofereça assistência
mesmo com pequenas tarefas e pergunte em que poderia ser mais útil.
2)-O que dizer?
•Pergunte olhando nos
olhos dela(e) como a pessoa está, e se ela quer falar sobre o assunto.
•Seja sincero(a) e diga
que não sabe o que dizer e fazer, mas que a pessoa pode contar com você.
•Ofereça-se para
ouvi-la sem interrompê-la mostrando atenção.
•Peça desculpas se
sentir que disse ou fez algo errado.
4)-O que evitar?
•Evite comparar a
situação dela com a de outras pessoas.
•Evite falar nas
generalidades sobre as chances de recuperação e sobrevivência, ou minimizar a
situação.
•Tente não mostrar
falso otimismo ou falsa esperança, a pessoa percebe.
•Evite usar linguagem
que pode fazer com que a pessoa se sinta culpada (por exemplo: “Você pode vencer
isso”, “Você deve lutar”, “Não desista”).
•Evite mencionar
novidades terapêuticas ou curas alternativas sobre as quais você tenha lido.
•Não conte sobre o
estado de saúde para outras pessoas, deixe que a pessoa conte a quem ela quiser,
ou se ela pedir orações.
•Evite impor ou propor sua
opinião sobre tratamentos e cuidados.
•Esqueça tudo o que
você acha que sabe sobre o câncer.
Cada caso é um caso! Não existe uma regra quando se fala de câncer, ou qualquer estado terminal. E a interpretação também pode variar.
Você encara a situação de um jeito, mas seu ente querido pode encarar de outro,
completamente diferente! Você pode ler inúmeros livros e artigos sobre
a doença, mas a verdade é que cada caso é um caso, afinal o câncer se comporta
de maneira imprevisível, seja para melhor ou para pior.
5)-Pessoas com câncer não querem falar apenas
sobre o câncer!
As pessoas que estão
enfrentando um câncer não querem conversar apenas sobre a doença. Muitas
vezes elas só querem falar sobre as mesmas coisas que pessoas saudáveis falam,
como, por exemplo, seu time favorito ou o último filme que assistiram.
Guarde a "conversa sobre o câncer”
para a próxima consulta médica, a menos que ela queira falar sobre a
doença.
6)-Às vezes a única coisa que você precisa fazer
é "escutar"...
Uma pessoa com câncer ou diagnóstico terminal, provavelmente
entende que você não compreende de fato o que ela está passando, assim como
também não espera conselhos que não foram pedidos, muito menos uma enxurrada de mensagens motivacionais.
Algumas vezes essas pessoas precisam apenas de alguém para ouvi-los. Ser essa
pessoa é mais importante do que você imagina.
7)-Alguém com diagnóstico terminal precisa de encorajamento,
não de conselhos!
Se seu ente querido tem um médico de
confiança, ele provavelmente irá aconselhá-lo adequadamente sobre a doença. De
você, ele pode querer apenas força: alguém que segure a barra com ele(a). Alguém que diga "eu estarei sempre ao seu lado, nós vamos passar por
isso juntos!”.
8)-Um pequeno gesto pode ser um grande gesto!
Um gesto simples como pegar
o jornal ou dar uma passada pra ver se está tudo bem pode significar
para ele muito mais do que você imagina. São as pequenas coisas as que
realmente fazem a diferença!
9)-Esteja atento(a)!
Seu ente querido nem
sempre se sente confortável ou capaz de pedir ajuda. Fique atento, por suas
palavras ou sua expressão corporal que podem dizer muitas coisas.
Alguém acostumado a ser independente pode não se sentir confortável quando
percebe que está começando a depender dos outros para fazer coisas que antes
faziam sozinhos. Ofereça ajuda. Pergunte o que ele(a) precisa!
10)-Seja paciente e compreensivo(a)
Assim como você, a
pessoa com câncer também não sabe como lidar com a doença na maioria das vezes.
Muitas vezes as pessoas acabam frustradas e isso também acaba refletindo. Seja
paciente. Respire fundo e siga em frente. Cuidar de alguém com câncer é uma tarefa
cheia de reviravoltas e becos aparentemente sem saídas. Não é fácil, mas você
pode tornar as coisas um pouco menos difíceis!
11)-Seja positivo e otimista!
Isso não
significa que você precisa manter um discurso motivacional o tempo todo
ou evitar falar sobre as coisas negativas que estão acontecendo. Apenas ajude a
deixar o ambiente mais leve. Dê incentivo quando perceber que ele está
passando por um momento particularmente difícil, assim como você gostaria que
fizessem com você. Avise que você está ali para ajudar, no que
precisar.
12)-Saiba o momento de dar espaço
Não leve para o lado
pessoal se o seu ente querido aparenta estar querendo te afastar. Provavelmente
não é a intenção dele. Todo mundo sofre do seu jeito, e as vezes, a pessoa pode
estar precisando apenas ficar sozinho(a). Respeite as suas necessidades e
deixe claro que, se precisarem, você está disposto ajudar. Mas não insista.
13)-Não diga que você sabe o que o outro está
passando...Nunca!
Cada câncer é um câncer
e cada um lida com isso da sua maneira. O mesmo tipo de câncer pode afetar os
indivíduos de forma diferente. Você pode até ter passado por experiências
traumatizantes ou até mesmo ter vencido um câncer, mas essa não é a hora de resgatar
essas experiências para mostrar a seu ente querido que você entende o que ele
está passando.
14)-Respeite suas decisões, mesmo não concordando
Uma coisa é fato: as
decisões sobre o tratamento são do paciente. Se ele tomou uma decisão sem pedir
a sua opinião, ou até mesmo se você não concorda com a conduta do tratamento,
essa não é a hora de dar a sua opinião. As pessoas que estão passando
por isso acabam perdendo o controle de muitas coisas na sua vida, então deixe que pelo menos isso ele possa decidir.
Esse momento pertence a eles!
15)- ATENÇÃO! Você que cuida, também, precisa de
apoio! (mas não de seu ente querido que está com câncer)
O diagnóstico da doença
de um ente querido pode realmente nos abalar muito. Não é fácil cuidar de alguém querido
e ter que lidar com seus próprios sentimentos e seus conflitos ao mesmo tempo.
Você também pode precisar de apoio, isso é normal, mas buscar ou esperar esse
apoio justamente dessa pessoa que precisa tanto do seu apoio não é oportuno. Procure outra pessoa, um amigo, um familiar, ou até mesmo um
profissional se achar necessário. Essa
ajuda pode ser essencial para te dar forças para ajudar quem mais precisa de
você.
16)-Ainda existe uma "pessoa" atrás de tanto
sofrimento
E é uma pessoa muito
querida. O tratamento e a doença por si só já são capazes de mudar uma pessoa. As vezes esse impacto é tão grande que você não é mais capaz
de reconhece-la. Mas ela ainda está lá. Ainda é a mesma pessoa que você
conhece e tanto ama. Releve as mudanças negativas. Acima de tudo,
lembre que apesar do que possa acontecer, vocês vão passar por isso juntos e
logo as coisas voltarão a ser como antes, ou até melhor.
17)-Cinco Tipos de Câncer Curáveis
Sabemos que não existem
garantias quanto à cura e recuperação do câncer. Entretanto, sabemos também
que, atualmente, muitos diagnósticos de câncer têm sido tratados com sucesso.
Isso quer dizer que, lentamente, estamos começando a usar outra palavra que começa
com "C", de câncer: "Cura"! Alguns especialistas não usam
essa palavra, já que você não pode ter certeza de que o câncer desaparecerá
para sempre após o tratamento. Eles preferem dizer "remissão", ou
seja, uma palavra que represente uma chance de que a doença possa retornar. Mas,
calma! Em geral, uma pessoa que fica livre do câncer por 5
anos após um diagnóstico tem maiores chances de cura. E para alguns tipos de câncer, existe uma esperança
maior de cura. Conheça-os:
1)-Câncer de Próstata: O que faz com que as
chances de cura sejam altas? Muitos tumores de próstata crescem lentamente em
alguns pacientes. Quando isso acontece, eles não são prejudiciais o suficiente
para iniciar o tratamento imediatamente. Muitos homens com câncer de próstata vivem
anos sem qualquer problema. Quando a cura é menos
provável?
Quando existe disseminação da doença (metástases). Entretanto, apenas uma pequena
porcentagem dos cânceres de próstata pode se disseminar rapidamente para outras
partes do corpo. A boa notícia é que os médicos geralmente diagnosticam
a maioria dos cânceres de próstata antes que se disseminem. O rastreamento ajuda? Há duas maneiras
principais para diagnosticar o câncer de próstata. Uma é o toque retal, e a segunda
é o teste do PSA, que mede os níveis de uma proteína que se apresenta aumentada
em homens com câncer de próstata. É importante ressaltar que o PSA pode
subir por outros motivos além do câncer de próstata, por isso, alguns médicos dizem
que homens que têm um risco normal para a doença não deveriam realizar o exame.
Converse com seu médico para saber se você tem indicação para o teste.
Informe-o também se notar quaisquer problemas, como dificuldade para urinar ou
presença de sangue na urina. Esses podem ser sinais e sintomas de câncer ou de
outros problemas na próstata.
2)-Câncer de Tireoide: O que faz com que as chances
de cura sejam boas? A tireoide é uma glândula em forma de borboleta localizada no pescoço
e, entre outras funções, é responsável pela produção de hormônios que o corpo
precisa para queimar calorias e controlar os batimentos cardíacos. O tipo mais comum de câncer de tireoide é o papilar, que
cresce lentamente. Mesmo
quando os tumores são grandes ou começam a invadir outros tecidos adjacentes,
podem ser tratados apenas cirurgicamente, com a retirada da glândula.
Após a cirurgia, o paciente deve tomar medicamentos para substituir os
hormônios que a tireoide produzia. Atualmente, o diagnóstico desse tipo de
câncer está sendo realizado mais precocemente, o que os torna mais fáceis de
serem tratados e curados.Quando a cura é menos
provável?
Um tipo denominado câncer anaplásico de tireoide tem uma taxa de sobrevida em 5
anos de apenas 7%, mas é muito raro. O rastreamento ajuda? Existem exames de
triagem recomendados para câncer de tireoide. A maioria das pessoas descobrem
que tem um tumor quando eles (ou um médico) sentem um caroço ou inchaço em seu
pescoço ou ainda quando fazem um ultrassom por alguma outra razão clínica.
Entre em contato com seu médico imediatamente se perceber um caroço no pescoço
ou se apresentar alguns sintomas, como dificuldade para respirar ou engolir.
3)-Câncer de Testículo: O que faz com que as
chances de cura sejam boas? Em estágios iniciais (quando o tumor não se
disseminou para outros órgãos), é possível curar este tipo de câncer com
cirurgia para retirar um ou ambos os testículos que contém o tumor. Se apenas
um testículo for removido, o outro produzirá hormônios em quantidades
suficientes para ter relações sexuais e ter filhos. Para estágios mais
avançados a cirurgia, radioterapia ou quimioterapia muitas vezes funcionam bem.
Os médicos dão crédito à cisplatina (droga quimioterápica introduzida
na década de 70), como a responsável pelo aumento das taxas de sobrevida do
câncer de testículo avançado.Quando a cura é menos provável? Existem tratamentos
que respondem muito bem, mesmo para o câncer de testículo avançado. O rastreamento ajuda? Não existem exames de rastreamento para
o câncer de testículo. Os homens devem consultar seu médico se sentirem uma
protuberância em um testículo ou se um deles se tornar maior que o outro. Estes
podem ser sinais precoces de um tumor.
4)-Melanoma: O que faz com que as chances de cura
sejam boas? Você geralmente pode detectar um câncer de pele melanoma a olho nu e
ainda em estágios iniciais. Se não se disseminou além da superfície da
pele, os médicos podem remover e curá-lo com cirurgia.Quando a cura é menos provável? Se não é diagnosticado
precocemente, o melanoma provavelmente se disseminou para outras partes do
corpo. Uma vez que a doença esteja disseminada, é difícil de ser tratada. O rastreamento ajuda? Sim. Você pode verificar se
sua pele tem manchas grandes, escuras, de formatos diferentes ou
sobressalientes. É especialmente importante verificar as costas, o couro cabeludo, os
testículos e entre os dedos dos pés. Informe seu médico imediatamente
se notar qualquer alteração nessas áreas do corpo. Consulte um dermatologista
periodicamente caso você tenha um risco aumentado para o melanoma, por exemplo,
se você ou alguém de sua família já teve melanoma.
5)-Câncer de Mama: O que faz com que as
chances de cura sejam boas? A medicina moderna tem feito grandes progressos
contra o câncer de mama. Os médicos hoje sabem mais sobre como
diagnosticá-lo e tratá-lo. Isso quer dizer que compreendemos a doença melhor do
que nunca. Por exemplo, sabemos que existem mais de 100 subtipos de
câncer apenas para o câncer de mama e que os pesquisadores contam com uma série
de medicamentos para tratamento desses tipos específicos. Quando a cura é menos provável? Detectado
precocemente, o câncer de mama é mais fácil de tratar e ser curado do que em
estágios avançados, quando a doença já está disseminada para outros órgãos.
Alguns tipos da doença são também mais tratáveis do que outros. Por exemplo, um
tumor de mama "receptor de estrogênio positivo" se beneficiará de
medicamentos que diminuem os níveis de estrogênio. Por outro lado, "triplo
negativos" tendem a ser mais agressivos e não se beneficiam de terapias
alvo. O rastreamento ajuda? Sim. A mamografia, também
denominada mamograma ou mamografia digital, é um raios X das mamas e é
realizado para verificar se existem sinais de doença, mesmo na ausência de
sintomas ou alterações na mesma. No Brasil, existe uma lei que instrui o
início do exame para mulheres a partir dos 50 anos.
18)-APOIANDO PACIENTES E CUIDADORES:
O dia a dia de quem
cuida de um paciente com câncer é bastante atarefado. Diante do diagnóstico,
algumas mudanças e adaptações deverão ser feitas por todos os membros da
família. É muito importante que cada um compreenda sua função nesse momento.
Consideramos que existem dois tipos de cuidador:
a)-Cuidador formal:Aquele que possui
habilidades técnicas específicas na área da saúde ou nos serviços sociais, como
enfermeiro, auxiliar de enfermagem, psicólogo, etc. Geralmente, recebem
pagamento pelos seus serviços.
b)-Cuidador informal: Aquele que provê
cuidados e assistência para o paciente em seu cotidiano. Na maioria das vezes,
essa função é desempenhada em um contexto familiar ou de amizade próxima, sem
remuneração. Quando você, cuidador informal, sentir-se cansado
e sem condições físicas e emocionais para oferecer esse auxílio, deve procurar
a ajuda de um cuidador formal. Portanto, preste atenção às suas
próprias necessidades. Estabeleça limites para o que você pode fazer e,
principalmente, peça ajuda antes de se sentir esgotado. Lembre-se que o
cuidador formal poderá ajudar muito nesse momento. Aprender a dividir as
tarefas é fundamental em tal período. Delegue tarefas e pergunte quem pode
fazer o quê. É fundamental que você saiba que não precisa dar conta de tudo
sozinho.
19)-Algumas dicas para os cuidadores:
a)-Que cuidados devo
ter para proteger meu paciente e as pessoas que ajudam a cuidar dele?
•Lave sempre as mãos
com água e sabão antes e depois que cuidar do seu paciente.
•Retire anéis,
pulseiras e relógios porque eles podem transmitir doenças ao paciente.
•Dê banhos regulares no
paciente.
•Mantenha a casa limpa
e arejada, principalmente o quarto do paciente.
•Mantenha roupas de
cama limpas e troque-as regularmente.
•Procure não deixar que
pessoas com gripe, resfriado ou outra virose fiquem abraçando e beijando o seu
paciente.
b)-Como diminuir o risco de queda?
•Retire tapetes do
caminho do paciente.
•Evite que o paciente
ande de meia.
•Dê preferência ao uso
de calçado de borracha.
•Não deixe os pisos
encerados ou molhados.
•Mantenha os locais por
onde o paciente anda bem iluminados.
•Afaste os móveis para
facilitar a locomoção do paciente.
•Coloque tapetes
antiderrapantes dentro e fora do banheiro, principalmente no local do banho.
•No caso de uso de cama
hospitalar, mantenha sempre as grades elevadas, especialmente na ausência do
cuidador formal.
•No caso de cadeira de
rodas, antes de mobilizar o paciente, confira se as rodas estão travadas.
•Evite que o paciente
fique desacompanhado em casa.
c)-Como fazer a higiene bucal do paciente?
•A limpeza da boca
(dentes e língua) deve ser feita pelo menos duas vezes por dia (manhã e noite)
e após cada refeição.
•Se o paciente não
conseguir usar a escova, deve fazer bochecho com cepacaína.
d)-Como faço para virar
o paciente na cama?
•Fique do lado
correspondente ao movimento de rolar, para evitar a queda do paciente.
•Se ele estiver de
barriga para cima, peça que dobre os joelhos. Caso não tenha forças, faça isso
por ele.
•Peça que gire os
joelhos dobrados para o lado desejado junto com o tronco (virada em bloco).
Você poderá ajudá-lo apoiando uma mão no quadril dele e a outra atrás do ombro.
e)-Como faço para
levantar meu paciente da cama?
•Vire o paciente para o
lado desejado antes de levantá-lo.
•Evite levantá-lo de
barriga para cima, para que ele não machuque a coluna.
•Quando for virá-lo de
lado, vire o tronco e pernas num só movimento (em bloco), evitando assim
torções de coluna.
•Para chegar até a
posição sentada, levante o paciente abraçando-o pelo tronco.
•Evite puxar ou segurar
o paciente por um braço ou perna. Dessa forma você diminui o risco de
machucá-lo.
f)-Que cuidados devo
ter ao ajudar o paciente a sentar-se?
•Sempre que for sentar
seu paciente, dê preferência a assentos mais altos, próximos à altura dos
joelhos.
•Lembre-se de encostar
a parte de trás dos joelhos do paciente no sofá, na cama ou na cadeira antes de
sentá-lo.
g)-Falta de apetite do
paciente: como alimentá-lo?
•Não force muita comida
na hora da refeição.
•Use pratos pequenos.
•Ofereça alimentação
variada, mesmo que seja em pequena quantidade.
•ATENÇÃO!Faça do momento da
refeição uma hora prazerosa e tranquila.
h)-O que fazer quando o
paciente tem prisão de ventre?
•Use corretamente a
medicação laxativa que o médico prescrever.
•Estimule-o a beber
líquidos (água, suco, água de coco).
•Estimule-o a se
movimentar sempre que possível.
•Use alimentos
laxativos conforme orientação do nutricionista.
Uma
tarefa que requer uma atenção especial é quando o paciente está acamado. Devido ao estado de saúde, essas pessoas, na maioria dos
casos, encontram-se debilitadas e precisam de apoio, paciência e
compreensão.Os cuidados com a
higiene, alimentação e transporte são fundamentais para evitar problemas
durante o tratamento. Manter a limpeza do ambiente, do leito e o cuidado nas
trocas de roupas, no banho e no preparo dos alimentos deve ser rotina para
evitar infecções e complicações. Não só o cuidador, mas todas as pessoas que
têm contato com o acamado devem manter a higiene e sempre lavar bem as mãos
antes de tocar em qualquer utensílio ou alimento do paciente.Mais do que cuidar
do corpo, as pessoas doentes precisam também de apoio moral para não se
sentirem um “peso” para seus familiares e cuidadores. Trabalhar a autoestima
pode ajudar muito na melhora do estado do paciente. Por isso, é função de todos
que convivem com ele garantir que se sinta querido e, sempre que possível,
integrá-lo às atividades da família.
20)-Para melhor auxiliar no cuidado do paciente
acamado, confira as sugestões abaixo:
a)-Como dar banho no
paciente acamado?
•Separe os seguintes
materiais: 2 vasilhas, 1 toalha de banho, 1 sabonete líquido ou em barra, 2
panos pequenos e 1 lençol.
•Coloque água morna nas
duas vasilhas.
•Molhe o pano na água
que estiver com sabão.
•Comece lavando o rosto
e ensaboando a parte da frente do corpo do paciente.
•Com o outro pano
molhado em água limpa, enxague.
•Seque o corpo do
paciente com a toalha de banho.
•Vire o paciente de
lado e lave as costas repetindo o mesmo procedimento.
Como trocar a fralda do
meu paciente?
•Vire o paciente
totalmente de lado e coloque a fralda o máximo que puder por baixo dele.
•Vire-o totalmente para
o outro lado e puxe a fralda.
•Coloque o paciente de
barriga para cima e feche a fralda.
b)-Higiene corporal
•Deixe que o paciente
escolha a melhor hora para seu banho.
•Se ele puder fazê-lo
sozinho, organize todo o material necessário e coloque–o próximo dele.
•Não o deixe
completamente só, pois ele pode precisar de sua ajuda se algo errado acontecer.
•Verifique a
temperatura da água. O paciente pode não perceber a temperatura, se alguma
parte do corpo dele estiver menos sensível.
•Aproveite para, depois
do banho, massagear a pele dele com um creme hidratante.
c)-Cuidados com a pele e a prevenção de escaras
•Observe se há lugares
em que a pele pareça avermelhada (ombros, nádegas, calcanhar etc.).
•Caso observe essas
regiões avermelhadas, talvez seja necessário providenciar um colchão do tipo
“caixa de ovo”. Coxins bem macios ou protetores de espuma também podem ser
úteis.
•As feridas devem
permanecer cobertas para que não pousem moscas e fiquem com larvas. Caso isso
aconteça, leve o paciente imediatamente para a emergência.
•Use luvas.
•Mude o paciente de
posição de três em três horas, de forma que fique sempre confortável.
•ATENÇÃI! Massageie os
locais de maior contato com o colchão para ativar a circulação.
•Hidrate a pele do
paciente conforme orientação do enfermeiro.
d)-Como cuidar das
escaras?
•Retire o curativo sujo
com cuidado, sempre molhando com água limpa ou soro fisiológico.
•Lave bem as mãos.
•Lave bem a ferida com
uma gaze umedecida com água limpa ou soro fisiológico, passando ao redor. Use
outra gaze para o meio da ferida. Por fim, seque com uma gaze sem esfregar.
•Cubra a ferida com
gaze umedecida na solução orientada pelo enfermeiro.
•Use esparadrapo ou
atadura de crepom para prender a gaze.
•Jogue as gazes no lixo
e lave as mãos novamente.
•A higiene bucal deve
ser feita pela manhã, noite e após cada refeição.Procure uma escova dental bem
macia, que se adapte melhor às necessidades do paciente.
e)-Cuidados nas refeições
•Estimule o paciente a
fazer suas refeições sozinho, sempre que isso for possível, mesmo que no começo
ele o faça muito lentamente.
•O prato, os talheres,
o copo ou a xícara devem estar adaptados para facilitar o seu uso.
•Coloque-o com a
cabeceira bem elevada se a refeição for feita no leito (travesseiros podem
ajudar a alcançar a melhor posição).
•Não se esqueça de
oferecer líquidos, mesmo que ele não os solicite. Lembre-se de que é importante
mantê-lo hidratado.
•Observe a temperatura
do alimento antes de servi-lo. Lembre-se de que o paciente pode ter alguma
redução na sensibilidade, o que dificulta a percepção da temperatura.
•Observe se as
refeições estão sendo bem aceitas. Caso contrário, procure a nutricionista para
conhecer outras opções de dieta.
•A dor desestimula o
apetite. Portanto, certifique-se de que o paciente esteja medicado com os
analgésicos prescritos pelo médico para que a dor não dificulte a alimentação.
•Se for possível,
ofereça sempre pequenas quantidades de comida e permita que o paciente escolha
entre várias opções de alimentos.
•No caso dos pacientes
com problemas na movimentação dos braços, lembre-se de sempre colocar os
alimentos e a água próximos.
f)-Cuidados na hora dos
remédios
•A organização dos
remédios (com suas doses e horários) deve ser feita com muita atenção.
Esclareça suas dúvidas com os médicos antes de oferecer os remédios.
•Não se esqueça de
verificar sempre a data de validade dos medicamentos.
•Não ofereça
comprimidos, cápsulas ou outros medicamentos que devem ser engolidos, quando o
paciente estiver deitado. Mantenha a cabeceira bem elevada. Se não for possível
conseguir uma cama adaptada, use travesseiros ou almofadas grandes.
•Se não for possível
elevar a cabeceira, vire-o de lado.
•Se houver dificuldade
de engolir os comprimidos, triture-os e dissolva o pó em uma pequena quantidade
de água.
g)-Transporte para a
cadeira de rodas ou para a cama
•Coloque a poltrona ou
cadeira de rodas bem próxima à cama, de preferência do lado não afetado.
•Quando for transferir
o paciente para a poltrona, traga-o para a beirada do leito.Não se afaste
nesse momento, pois ele poderá ter tonturas e cair.
•Para ter uma boa base
de apoio, mantenha seus pés um pouco afastados: um apontando para a cama e o
outro para a cadeira de rodas.
•Apoie os braços dele
sobre os ombros.
•Os seus joelhos devem
estar um pouco flexionados e suas mãos devem segurar a cintura do paciente.
•Se quiser melhorar o
apoio, coloque nele um cinto bem largo para poder segurá-lo com mais firmeza.
•Caso ele não possa
sair do leito, procure mudá-lo de posição várias vezes durante o dia (deitar de
lado ou de costas).
•Para colocá-lo
novamente no leito é só seguir esses passos em sequência invertida.
h)-Como ajudar a ir ao banheiro
O paciente vai precisar
frequentemente de ajuda para ir ao banheiro. Ele deve sentir-se à vontade para
chamar o cuidador quando precisar. Procure lhe dar a maior privacidade
possível.
•Se houver pessoas no
quarto, peça para saírem por um instante.
•ATENÇÃO! Em vez de fazer suas
necessidades no leito, é preferível que o paciente vá ao banheiro (sozinho ou
acompanhado) mesmo que seja com alguma dificuldade.
•Coloque no banheiro
todo o material de higiene de que ele poderá precisar em um lugar de fácil
acesso.
•Peça orientações à
equipe de enfermagem sobre como limpar o paciente após as evacuações.
i)-Algumas
Recomendações importantes:
•Faça uma lista das
tarefas do dia e procure fazer primeiro as relacionadas com o seu paciente.
•Talvez ele tenha
dificuldade em se expressar. Tenha paciência.
•Repita as perguntas
quantas vezes forem necessárias. Pode ser que ele tenha tido dificuldade em
entendê-las.
•Não permita que outras
pessoas ou membros da família falem sobre problemas na sua presença. Isso pode
deixá-lo angustiado.
•Quando se sentir
cansado ou estressado, divida com outro familiar as tarefas. • O trabalho de
cuidar é de toda a família.
•Se tiver dificuldades
ou dúvidas sobre os cuidados a serem prestados, entre em contato com a equipe
médica. Um profissional poderá orientá-lo por telefone (talvez não haja
necessidade de comparecer à clínica).
•Se for necessário, o
Setor de Emergência dos hospitais funciona 24 horas por dia, todos os dias.
21)-ATENÇÃO! Algumas coisas que você nunca deve falar para uma pessoa com câncer!
Qual você acha que é a
pergunta mais comum feita a uma pessoa que tem ou teve câncer?
Se
pensou: "Como você está?” - Acertou!
Um diagnóstico de
câncer, porém, pode dar um "nó na
língua” de amigos e familiares ou levá-los a fazer comentários inapropriados,
apesar de bem-intencionados. Algumas pessoas que simplesmente não sabem o que dizer
simplesmente evitam o paciente de câncer por completo, um ato que pode ser mais
doloroso do que falar ou fazer algo errado. No livro "Loving,
Supporting, and Caring for the Cancer Patient” (Amar, apoiar e cuidar do
paciente de câncer), escrito por um homem que foi tratado de um câncer
potencialmente fatal e que aconselhou dezenas de outros que lidam com a doença,
tem várias abordagens sobre as melhores maneiras de falar com a pessoa que
precisa encarar o câncer – assim como seu diagnóstico, tratamento e
consequências. O autor do livro, Stan Goldberg, é um especialista em comunicação,
professor emérito de Distúrbios da Comunicação na Universidade Estadual de San
Francisco.Aos 57 anos, Goldberg descobriu que tinha um tipo agressivo de câncer
de próstata. Ele disse em uma entrevista que os pacientes de câncer muito
frequentemente encontram pessoas que assumem o papel de líder da torcida,
dizendo coisas como "Não se preocupe”, "Você vai ficar bem”,
"Vamos lutar contra isso juntos”, "Eles vão encontrar a cura”.
No
entanto, "palavras de otimismo podem funcionar no curto prazo, mas com o tempo acabam levando o paciente a sentir culpa se o
câncer for mais virulento e derrotar os esforços da pessoa”, afirmou
ele.
"Estava lidando
com a possibilidade de minha vida terminar em breve ou, se isso não
acontecesse, dela mudar dramaticamente. O falso otimismo só desvalorizava o que
estava se passando com o meu corpo. As pessoas são insensíveis, não por falta
de compaixão, mas porque não sabem o que realmente ajuda”, explicou
ele. O que ele e aqueles a quem aconselhou descobriram ser mais útil não eram
palavras, mas as ações; não "Diga-me se eu puder ajudar”, que
coloca o peso sobre o paciente, mas "Vou trazer o jantar para sua família
esta semana. Qual o melhor dia para você?” - Como um autodenominado
"sujeito independente”, relutante a pedir ajuda a qualquer pessoa,
Goldberg contou que seu filho lhe ensinou uma lição importante."Ele veio a
minha casa quando eu estava me recuperando de uma cirurgia, e falou: ‘Pare de
levantar essas caixas, pai. Eu faço isso para você’.” Outra autora de livros
muito úteis sobre a vida com câncer é a doutora Wendy Schlessel Harpham, que
teve um câncer recorrente por mais de duas décadas.Ela
explica que as pessoas devem sugerir maneiras específicas de ajudar. Podem, por
exemplo, se oferecer para fazer as compras, cuidar das crianças, levar o
cachorro para passear ou acompanhar o paciente ao médico e, claro, cumprir a
oferta prometida.Harpham diz que chegou
a temer a pergunta "Como você está?”, porque "não importa a intenção,
essa questão mexia com a minha já imensa sensação de vulnerabilidade. Eu me
via consolando as pessoas que perguntavam e depois lutando contra o medo e o
sofrimento contagiantes. Mesmo quando a notícia era boa, não tinha
energia para incluir todas as pessoas que queriam saber”. Goldberg sugeriu que
quando for visitar um paciente de câncer, a pessoa fale menos e ouça mais.
"Muitas
vezes o maior apoio vem de testemunhar silenciosamente o que uma pessoa com
câncer está experimentando. Algumas vezes precisamos
apenas uma presença calma e alguém ouvindo de modo incondicional. O
silêncio se torna o espaço para respirar no qual as pessoas com câncer podem
começar conversas difíceis”, escreveu ele.Em um artigo para a
revista Prevention, Melissa Fiorenza dá uma sugestão útil para o que dizer a
alguém com quem você realmente se importa:
"Tudo
bem chorar comigo, ou falar, ou não dizer nada. Você é quem manda”.
Ao conversar, disse
Goldberg, "envolva-se mais nos assuntos e menos em interações com perguntas
e respostas”. Mas se perguntas forem feitas, elas devem ser abertas,
como "Você quer me contar sobre seu câncer e sobre o que está passando?
Talvez eu possa encontrar uma maneira de ser útil”.
22)-Entre as várias coisas que não devem ser
feitas estão:
1) Não chame a atenção
para as mudanças físicas do paciente dizendo coisas como "Pelo menos você
finalmente perdeu aqueles quilinhos extras”.
2) Não fale sobre
outros pacientes com cânceres similares, mesmo que tenham se curado; dois
cânceres não são parecidos. Tudo bem, no entanto, perguntar se o paciente
gostaria de conversar com alguém que já passou pela doença.
3) Não diga que o
paciente tem sorte de sofrer de um tipo de câncer e não de outro, o que minimiza o
sofrimento pelo qual a pessoa está passando. Não há nada de sorte em ter câncer,
mesmo que seja um câncer "bom”.
4) Não diga "Eu
sei como você se sente”, porque você não pode saber. Melhor perguntar:
"Você quer falar sobre como está se sentindo, como tudo isto está lhe
afetando?”...
5) Não dê informações
sobre tratamentos não comprovados ou médicos com credenciais questionáveis.
6) Não sugira que o
estilo de vida da pessoa é responsável pela doença, mesmo que possa ter
contribuído.
A culpa não vai ser útil. Muitos fatores influenciam os riscos de câncer; mesmo
para quem fumou a vida toda, ter câncer como consequência, a culpa não vai
ajudar.
7) Não pregue que o
paciente deve pensar de maneira positiva, o que pode causar sentimentos de
culpa se as coisas não correrem bem. Melhor dizer, "Estou do seu lado não
importa o que aconteça”, e realmente estar.
8) Não pergunte sobre o
prognóstico.
Se o paciente resolver falar sobre isso, não tem problema conversar sobre as
implicações. Se não, melhor é conter sua curiosidade.
9) Não sufoque o
paciente com seu próprio sentimento de angústia, embora não tenha problema
dizer: "Sinto muito que isso tenha acontecido com você”. Se você está se
achando sobrecarregado com a perspectiva de interagir com uma pessoa com
câncer, melhor falar, "Não sei o que dizer”, do
que não dizer nada ou evitar a pessoa, que
pode se sentir abandonada e pensar que você não se importa.
23)-Lista do que não dizer para uma pessoa com câncer:
a)- Ahhh...Cabelo é o de menos!
(principalmente se for mulher).
b)-O que você sentiu mesmo? Acho
que estou sentindo o mesmo. Morro de medo de ter o que você tem!
c)-Deus sabe o que faz. Eu não
suportaria, é porque você é forte!
d)-Deus dá o frio conforme o
cobertor!
e)-Ninguém nasce forte para sofrer, mas escolhe não se enfraquecer diante do câncer, porque
escolhe a vida!
Essas frases não tem
nada de consoladoras! Portanto, se uma pessoa que você conhece descobrir que
tem câncer, por favor, tire essas palavras da sua lista quando for conversar
com ela. Especialmente, se for uma mulher!
Começo falando da frase sobre
o cabelo. Sinto muito, mas cabelo não é o de menos! Para
a mulher, muito mais do que apenas estética, o cabelo representa boa parte da
identidade feminina, e algumas trazem uma história com suas
madeixas; então, perdê-las, de um dia para o outro, não é tarefa simples, mas
não é impossível também. Lembro-me de que,
quando soube que ia passar pela quimioterapia, fiquei pensando o que faria com
meus cabelos. Na época, ele estava no meio das costas e aloirados, como eu
tanto gostava! Meu esposo levou-me ao salão e, delicadamente, convenceu-me de
que eu ficaria linda com um cabelo mais curto. Foi uma experiência estranha,
mas, ao fim, senti-me bem. Porém, aquele corte duraria pouco. A quimioterapia
logo começaria.Ganhei da minha mãe uma peruca moderna, daquelas que colam na cabeça
e imitam couro cabeludo. Com ela, eu passaria pela multidão e me livraria dos
olhares de piedade do tipo: “Pobre moça, tão jovem e com câncer!”. Resolvi me
“disfarçar”. Um dia antes da primeira sessão, raspei a cabeça, para depois
colocar a peruca. Foi divertido ver a cara de espanto do meu marido, olhando-me
careca. Aí falei: “O que foi? Nunca viu?”. Pergunta óbvia! E ele (para meu
total espanto) falou:
“Agora,
tenho certeza de uma coisa: você é realmente linda, porque, mesmo careca, você
fica bonita. Como pode?”. Achei tão engraçado aquilo! Ele era mesmo apaixonado
por mim! E eu fiquei ainda mais por ele.
“Afinal, o que então dizer nessa hora?”
Estou contando tudo
isso para lhe dizer que não é tarefa simples para uma mulher perder os cabelos,
eles não são “o de menos”. Por isso, sugiro que você, ao presenciar alguém
perder os cabelos, especialmente uma mulher, lembre-se de que, só ela sabe o
que isso significa para ela.
Use frases do tipo:
a)-“Como você quer que
eu a ajude se sentir melhor?”
b)-“O que você acredita
que vai combinar com você? Uma peruca ou um lenço? Quer experimentar antes?”
Estas podem fazer mais
efeitos benéficos. Se não souber o que falar, o silêncio não é
sinônimo de vazio, ele pode falar mais do que palavras. As
demais frases que citei acima, referem-se naturalmente ao fato de que, quando
uma pessoa passa por um câncer, ela se torna um “para-raio” de informações
sobre a doença. As pessoas têm medo de ter o que você teve e algumas
querem, com uma ideia hipotética de controlar a própria vida, saber detalhes do
que aconteceu para prevenir a doença em si mesmo. Até certo ponto, isso é bom,
e eu mesma tenho a alegria em ajudar e
alertar as mulheres. O ruim é sempre o exagero, quando olham para você e fazem
o sinal da cruz, com medo. Elas
se esquecem de que o sofrimento é inerente ao ser humano, e que, no dia
anterior ao meu diagnóstico, eu também lia nas revistas as histórias de
mulheres com câncer e, igualmente, não imaginava que um dia seria um delas.
Creio que falta para alguns mais naturalidade à percepção de que somos mortais.
“As escolhas diante do sofrimento”
Dizer “Eu não
suportaria”; “É porque você é forte”, é
um verdadeiro engano! Ninguém gosta de sofrer e ninguém se
programa para isso, mas quando o sofrimento bate à nossa porta, temos de fazer
uma escolha: deixamos que ele defina quem somos, esmagando-nos e nos vitimando
ou decidimos que ele só reforçará o que temos de melhor, e aproveitaremos a
vida após essa experiência de uma maneira muito mais sábia e interessante. Então,
ninguém nasce forte para sofrer, mas escolhe não se enfraquecer diante das
dores, porque escolhe a vida.
Lembro-me de que, as frases que mais me faziam bem eram:
“Comunguei
por você hoje na Missa!” ou “Lá em casa, um mistério do Terço é em sua intenção”.
Nossa! Ouvir isso era como um bálsamo!
Primeiro, porque a
força da oração é capaz de nos sustentar em situações humanamente impossíveis
de suportar.Segundo, porque saber
que alguém lembrou-se de nós numa oração, mesmo com tantas outras intenções em
sua vida, é prova de que realmente, ela se importa conosco, e isso faz
com que nos sintamos amadas; e o amor cura.
O sofrimento assusta a todos nós!
Apesar de ter citado
essas frases, entendo perfeitamente que o sofrimento assusta a todos nós. Quantas
vezes, diante de uma pessoa que sofria, fiquei sem palavras e até falei
besteiras! Então, ouvi frases felizes e infelizes durante meu tratamento, mas
não trago nenhum rancor, porque olhei para mim mesma e vi o quanto sou
despreparada para lidar com o sofrimento alheio. Assim, não tenho o
direito de exigir de ninguém as melhores palavras. Hoje, quando lembro de
algumas situações, até me divirto e tento me rever quando me aproximo de algum
sofredor. Mas, de qualquer forma, fica a partilha da minha experiência.
Por Renata Vasconcelos - Missionária
da Comunidade Canção Nova
ENTREVISTA: “Por um Tratamento Paliativo mais digno e com menos sofrimento”
Em algumas situações, um médico honesto pode desagradar um paciente e
seus familiares. Mas a melhor medicina para todos os pacientes é a verdade. Como
médicos, devemos fazer o melhor trabalho para explicar o que está acontecendo,
mesmo quando as notícias são difíceis de ser ouvidas. Durante boa parte
da vida, as pessoas não estão próximas da morte. Mas em algum momento a maioria
de nós desenvolverá problemas de saúde. Quando a hora chega, queremos que os
profissionais de saúde cuidem de nós e falem a verdade da forma que desejamos
ouvir – com compaixão e respeito para as nossas decisões do fim da vida. A verdade é que possibilita
a um paciente entender a real situação. É o que o ajuda a fazer o que é
necessário e importante enquanto ele tem tempo. Mas, falar aos
pacientes a verdade sobre os riscos e benefícios de uma terapia agressiva, se
manifesta a cada um de forma diferente. Informar aos pacientes com doença avançada
que eles estão próximos da morte tornou-se um debate ético-político.
Alguns confundem essa situação com o racionamento ou retenção dos cuidados
médicos. Não é uma coisa nem outra! Falar aos pacientes a verdade sobre os
problemas de saúde é o que a maioria de nós quer ouvir, e o que todos os pacientes
têm o direito de saber.
Setenta por cento dos pacientes "querem passar seus últimos dias de vida com seus familiares em casa. A maioria
deles gasta seus últimos dias em hospitais longe de onde gostariam." Alguns pacientes com doenças terminais escolhem tratamentos radicais,
com a esperança de alguns dias a mais de vida ou uma em 100 chances de ser
curado. Mas este não é o caso de
muitos pacientes.
E quando médicos não são honestos, eles desrespeitam seus próprios
pacientes e a dignidade deles. A maioria dos doentes é mais forte do que muitos
médicos imaginam. Estes profissionais devem aos seus próprios pacientes a
verdade, ainda mais no final de suas vidas. A despeito de todos
os avanços na área de cuidados de saúde e das práticas médicas, nós, como
médicos, temos muito a aprender sobre a admissão das nossas limitações. Mesmo
quando há pouco a ser feito, podemos oferecer aos nossos pacientes,
através do tratamento médico, duas das nossas mais poderosas ferramentas
terapêuticas: a verdade e a compaixão. UTIs modernas são equipadas com os melhores equipamentos que conseguem
garantir que o paciente permaneça vivo, mesmo que a respiração seja por
ventiladores mecânicos, os rins só funcionem com hemodiálise, a comida chegue
por sonda e
o paciente permaneça sedado 24 horas por dia para não sentir dor. Se coração e pulmão
pararem, médicos e enfermeiros estão a postos para fazer ressuscitação
cardiopulmonar. O paciente não responde mais ao tratamento curativo, os recursos
terapêuticos se esgotaram e a doença está simplesmente cumprindo seu ciclo
natural. São indivíduos com quadros irreversíveis, na maioria das vezes
vítimas de câncer avançado, ou pacientes com sequelas de AVC, cardiopatias
graves ou algum tipo de demência como Alzheimer. Num mundo ideal, eles deveriam
ser encaminhados aos cuidados paliativos, que garantiriam mais qualidade de
vida. Na prática, permanecem na UTI
recebendo tratamentos inúteis e morrem longe do convívio da família. Gastam-se recursos para mantê-lo “vivo”, enquanto outros pacientes que
realmente precisariam de uma UTI não conseguem vaga. Isso ocorre por diversos
motivos: resistência do especialista em encaminhar o paciente a um médico paliativista,
falta de diálogo ou de profissionais capacitados. Outro problema é a falta de
leitos disponíveis. Em São Paulo o número não chega a 100 nos hospitais
públicos.
Em entrevista ao portal "Vencer o Câncer", a médica Geriatra Ana Cláudia
Arantes, especialista em cuidados paliativos e
que atua no Hospice HC-Jaçanã, fala sobre o papel do Médico Paliativista:
-VOC (Vencer o Câncer): Quando os cuidados
paliativos são indicados ao paciente? Ele é recomendado somente em casos graves
e terminais?
Ana Cláudia Arantes: Esse tipo de tratamento não é
só para quem está morrendo, mas maioria dos pacientes chega para a gente muito
tarde. Quando o cuidado paliativo começa após o diagnóstico da doença, é
possível prevenir os sintomas desagradáveis que ela acarreta, proporcionando
melhor qualidade de vida ao paciente e à família.O propósito do cuidado paliativo é o controle do sofrimento que está
vinculado a doença e ao tratamento. Para se ter uma ideia, a probabilidade de o
indivíduo com diagnóstico de câncer estar sofrendo é de 100%. Tem a dor física,
que pode resultar em falta de ar, fadiga, náuseas, falta de apetite, além de
outras dores muito fortes no corpo. E a dor
emocional, que gera o medo, a ansiedade, a depressão.Se olharmos na origem da
palavra, paliativo deriva do latim “pallium”, que significa “manto” ou
“cobertor”. Na época das Cruzadas, os cavaleiros utilizavam o pallium, que era
uma capa muito grossa e forte para se proteger do frio, da chuva, do sol.Portanto, esse é o papel do cuidado
paliativo: proteger o paciente do sofrimento que a doença necessariamente vai
trazer.
-VOC: Chega tarde porque há certa resistência dos
médicos em relação aos cuidados paliativos?
Ana Cláudia Arantes: O profissional de saúde é
treinado para mostrar o que ele sabe fazer. Entretanto, nem sempre o que ele
sabe é o que o paciente necessita. Talvez não seja recomendado porque pode
passar a ideia de fracasso, que o tratamento oferecido inicialmente não deu
certo. Tem também aquela ideia de “para que investir no paciente se ele vai
morrer, mesmo?”. A minha resposta: porque ele está vivo. Mesmo que você tenha convênio, sinto muito, pois o risco de você morrer
neste país sem nenhum tipo de tratamento paliativo é alta.
-VOC: Mas o SUS e os convênios não oferecem esse
tipo de tratamento?
Ana Cláudia Arantes: Em relação aos hospitais
privados, muitas vezes não existe uma equipe suficiente para dar conta do
problema, que tem o compromisso com a qualidade do atendimento. Ainda assim, alguns hospitais, “mais diferenciados”, por
conta das certificações internacionais, acabam oferecendo — na melhor das
hipóteses –, um serviço de interconsulta, como se fosse uma consultoria. O
médico titular da equipe chama um outro médico especialista em cuidados
paliativos para dar opinião a respeito dos cuidados dos pacientes. Na verdade, para ter acesso a esse tipo de tratamento você tem que
passar pelos hospitais públicos. A Santa Casa oferece um serviço para crianças muito bom. O Instituto do
Câncer de São Paulo, o Hospital das Clínicas, o hospital do servidor público
municipal e estadual, além do Hospice do HC (pronuncia-se “róspice”, é um local
que combina a especificidade de um hospital e a hospitalidade de uma casa de
repouso), onde eu trabalho, também. Mas
as vagas disponíveis nesses locais são poucas.
-VOC: Quanto tempo, em média, o paciente chega a
ficar sob seus cuidados?
Ana Cláudia Arantes: É uma média de permanência
curta, aproximadamente 15 dias. Mas, ao mesmo tempo, há pacientes que chegam
para morrer e vivem meses. Eu já tive um paciente que viveu dois anos aqui. Ele
volta a andar, a comer, não sente mais dor. Esse tempo que eles ficam conosco é
preenchido de vida. Aqui a família pode ficar ao lado, animais são permitidos.
Se ele tem condições de ficar em casa, a gente libera. E eu não trabalho sozinha, é um conjunto. Temos um capelão, assistente
social, psicóloga, nutricionista, farmacêutico, enfermeira, terapeuta
ocupacional, dentista e fisioterapeuta. Aqui no Hospice são dez vagas,
somente. Então, quando o paciente chega, é muito comum a família dizer que ele
teve muita sorte. Porque ele sai de uma maca de corredor, numa situação
humilhante, e vai para um local tranquilo, onde conseguimos amenizar as dores e
ele passa a ter mais dignidade. São
cuidados simples, mas com muito esforço humano, que fazem uma enorme diferença.
No hospital ele teria morrido fazendo quimio, transfusão, exames invasivos.
Sofrimento mata. Por isso, eu espero estar viva no dia em que for antiético você não
oferecer cuidado paliativo ao paciente com câncer já no diagnóstico.
-VOC: E o sistema Homecare (assistência domiciliar)
que alguns convênios oferecem?
Ana Cláudia Arantes: Outra grande cilada. Eles
dizem que fazem cuidados paliativos, mas quase nenhum profissional sabe pegar
acesso subcutâneo, que é aquele que não precisa ficar furando o paciente para
achar a veia. Os profissionais não sabem prescrever morfina. A gente pede a
caixinha de medicamento para conforto e eles dizem: “ah, esse remédio nós não
temos”, ou ”com esse medicamento nós não trabalhamos”. Isso não é cuidado
paliativo. O melhor lugar para morrer é onde
você está seguro. E nem sempre é em casa.
-Repórter: Como a senhora fala de morte com seus
pacientes?
Ana Cláudia Arantes: A gente fala a verdade e
ninguém morre por isso. Se a pessoa está muito doente e eu digo que não é nada
sério, ela sabe que eu estou mentindo, porque a doença está nela. Se a gente não fala nada, você nega ao
paciente o direito a opinar sobre algumas das escolhas mais importantes da vida
dele. Não é que a gente declama o resultado de uma biópsia ou o prontuário
médico dele, mas tem que ter a sensibilidade de comunicar da melhor forma e
respeitar o limite. Até onde ele quiser saber. Às vezes, a família diz:
”não fala nada, ele não vai aguentar”. Mas,
na maioria das vezes que eu tive essas conversas com os pacientes, eu só tive
que confirmar uma coisa que ele já sabia. Eu não lembro de ter contado nenhuma
novidade, de assustá-lo. Ele sabe que não é só uma bolinha que ele tem no
pescoço. Talvez é a família que não está preparada para esse momento, não
conseguiu ainda elaborar a dor da perda. Esse processo de morrer é uma arte do
cuidado paliativo.
-VOC: E a família, como fica?
Ana Cláudia Arantes: É preciso cuidar da família
antes desse processo todo acontecer, para que seja possível elaborar o luto da
melhor maneira possível. São eles que ficam e são os que mais sofrem, também.
A oração mais completa por um enfermo e seus cuidadores
“Esta
doença não é para a morte, mas para a Glória de Deus” (João 11,4)
Senhor Jesus, sabemos que as
enfermidades muitas vezes entram nos admiráveis planos da vossa sabedoria
divina. Quantas vezes debaixo da violência das dores e na dependência do
padecimento da enfermidade, o ser humano entra mais facilmente em si, ver suas
limitações e considera que tudo é pó, e ao pó retornaremos.E assim Senhor,
aprendemos melhor a nos desapegar dos bens e das pessoas deste mundo que passa,
onde tudo é vaidade das vaidades, que só nos trazem inquietações e angustias.
Senhor Jesus, fazei que o enfermo,
e irmão (nome), por quem nós suplicamos vosso auxílio, compreenda e aceite
estas verdades, e que por vosso poderoso nome, alcance a graça da recuperação
total do corpo e da alma, afim de que socorrido por vós, diga com gratidão:
Servirei sempre a Deus, que é tão bom e generoso. Sabemos também Senhor, que as
doenças e enfermidades nos revelam traços da vossa infinita bondade e do vosso
amor. Quantas vezes Sr, entre os males do corpo, somem diante de nosso ser a
nuvem que esconde também os males da alma. Ahh meu Senhor Jesus, como nessas
horas o coração se torna dócil, sensível e aberto às tuas advertências e
conselhos da consciência, que fica mais aberta às inspirações do alto, e
decidido à prática das virtudes Cristãs. Sr Jesus, fazei este irmão(ã) por quem
vos pedimos vosso socorro, deteste suas faltas, corrija seus defeitos, e abrace
e receba o teu amoroso perdão. Que doravante Senhor, ele seja fiel aos seus
deveres de cidadão e Cristão, e que a vossa graça poderosa devolva a saúde
completa do seu corpo e de sua alma, e que após sua cura, totalmente agradecido,
recorra e sirva sempre a vós através da tua Igreja com humildade e
simplicidade.
Por fim Jesus, sabemos que as
enfermidades, são sempre acompanhadas da bondade divina, pois diz tua palavra
que aquele a quem amas, corriges. Convencido Sr, de que permitindo ou
impedindo, dando-nos ou livrando-nos, estais sempre nos amando e nos levando a
amadurecer no teu seguimento.Vemos tudo isto Sr Jesus, nos exemplos dos vossos
santos, que já se foram, e que sofreram as suas enfermidades e provações com
paciência, mansidão, confiança em Ti, e acompanhadas de ações de graças.
Fizeram com isto Sr, valorosos progressos na perfeição e santidade. Sr Jesus,
fazei que este(a) irmão(ã) a quem te apresentados com nossas súplicas, se
aproveite destes seus sofrimentos e privações, para adquirir a justa recompensa
pelo seu padecimento confiante em Ti que tudo ver.
Consiga também Sr, por tudo isto, a
salvação e cura perfeita do corpo e da alma, e possa ele(a) ao final,
alegrar-se junto dos seus familiares, te glorificando por teus feitos
maravilhosos.Te pedimos também, por todos os seus familiares e acompanhantes,
para que também, fortalecidos pela tua graça, tenham forças para ajudarem a
este(a) que padece, a carregar sua cruz, assim como o Sirineu ajudou a carregar
a Tua Sr. Pedimos agora Sr, por todos que cuidam dele: Paciência e sabedoria na
aplicação da medicação de forma eficaz e Cristã. Abençoai todos os medicamentos
para que façam o efeito necessário na restauração de sua saúde.
Amém!
“Levantarei
os meus olhos para os montes, de onde vem o meu socorro. O meu socorro vem do
Senhor que fez o céu e a terra” (Salmos 121,1-2)
FONTES CONSULTADAS e recomendadas:
-http://www.oncoguia.org.br/conteudo/13-coisas-para-lembrar-quando-alguem-que-amamos-tem-cancer/8912/69/
-http://www.cccancer.net/comportamento/cuidando-do-paciente/
https://abrale.org.br/abrale-noticias/427-9-coisas-que-voce-nunca-deve-falar-para-uma-pessoa-com-cancer
-http://berakash.blogspot.com/2017/04/a-oracao-mais-perfeita-por-um-enfermo.html
-https://formacao.cancaonova.com/testemunhos/o-que-nao-dizer-para-uma-pessoa-com-cancer/
-https://vencerocancer.org.br/dia-a-dia-do-paciente/por-uma-morte-com-menos-sofrimento/
-https://www.scielo.br/j/rbti/a/X4nn5V6xc6zVc3qh8SRDXQk/
------------------------------------------------------
GOSTOU Do APOSTOLADO berakash? QUER SER UM (A) SEGUIDOR (a) E RECEBER AS ATUALIZÇÕES EM SEU CELULAR, OU, E-MAIL?
Segue no link abaixo o “PASSO-A-PASSO” para se tornar um(a) seguidor(a) - (basta clicar):
https://berakash.blogspot.com/2023/10/como-ser-um-ser-um-seguidor-e-ou.html
Shalom!
.............................................
APOSTOLADO BERAKASH - A serviço da Verdade: Este blog não segue o padrão comum, tem opinião própria, não querendo ser o dono da verdade, mas, mostrando outras perspectivas racionais para ver assuntos que interessam a todos. Trata basicamente de pessoas com opiniões e ideias inteligentes, para pessoas inteligentes. Ocupa-se de ideias aplicadas à política, a religião, economia, a filosofia, educação, e a ética. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre literatura, questões culturais, e em geral, focando numa discussão bem fundamentada sobre temas os mais relevantes em destaques no Brasil e no mundo. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog, não sendo a simples indicação, ou reprodução a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. As notícias publicadas nesta página são repostadas a partir de fontes diferentes, e transcritas tal qual apresentadas em sua origem. Este blog não se responsabiliza e nem compactua com opiniões ou erros publicados nos textos originais. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com as fontes originais para as devidas correções, ou faça suas observações (com fontes) nos comentários abaixo para o devido esclarecimento aos internautas. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam, de maneira alguma, a posição do blog. Não serão aprovados os comentários escritos integralmente em letras maiúsculas, ou CAIXA ALTA. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte.Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar de alguma forma:
filhodedeusshalom@gmail.com
+ Comentário. Deixe o seu! + 1 Comentário. Deixe o seu!
É importante ressaltar que cada paciente lida com o próprio diagnóstico de uma maneira específica, pois somos únicos, irrepetíveis, e com experiências de vida diferentes!
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.