Mossoró-RN 29/07/2020
A Sua
Santidade Papa
Francisco,
Como um
simples e "inútil servo" católico, ouso dirigir-me à Sua Santidade como pastor
universal da Santa Igreja Católica, pretendendo unicamente colaborar para a
concórdia, a paz e a unidade na diversidade desta porção da Igreja no Brasil. Como
Católico, procuro ser fiel ao Sagrado Magistério, aderindo a tudo aquilo que
ensina a Santa Igreja, nas suas diferentes formas e na proporção da exigência de
suas expressões doutrinárias, sem restrições mentais ou subterfúgios, desde
Nicéia até o Vaticano II e demais ensinamentos papais oficiais posteriores.
Quero também, deixar claro a Sua Santidade que, em matéria de política ou
questões sociais, minha posição é a da Doutrina (integral) Social da Igreja.
Por isso, conforme a DSI, defendo a subordinação da ordem social à ordem moral
estabelecida por Deus, a dignidade da pessoa humana, a busca do bem comum, a
atenção evangélica preferencial aos pobres (não exclusiva, não
excludente e nem ideológica, pois Jesus não veio salvar apenas uma classe
social, mas todos os pecadores), rejeito o socialismo e o
marxismo, nas suas diferentes formas, defendendo o direito de propriedade, o
princípio da subsidiariedade e os legítimos direitos humanos, principalmente a
defesa da vida desde a concepção até o seu término natural. É claro que, na
crise atual, há quem se diga católico e não siga nessa matéria o critério do
Magistério da Igreja, acredito que são vozes fora do caminho, e mesmo que
muitas, não se pode apoiá-las, se não estiverem em conformidade com o
Magistério Petrino. E, corrija-me caso eu esteja errado, Sua Santidade. Creio
que havendo pessoas que exerçam liderança na Igreja, mesmo sendo bispos ou
padres, que não seguem os autênticos ensinamentos do magistério; não temos a
obrigação de segui-los e, se tivermos ciência e competência para tal, temos o
justo dever de respeitosamente manifestar esses equívocos aos nossos Pastores e
instituições responsáveis da Igreja (Conf. CIC cânon 212, §3),
ressalvando a reverência que lhes é devida.
Sua Santidade querido Papa Francisco,
entendo que o verdadeiro católico, fiel ao sagrado magistério
INTEGRAL de sempre da Igreja, deva acreditar sim na natureza humana ferida e
deformada pelo pecado, mas não totalmente perdida, acreditar em princípios
morais sólidos, fundamentados na tradição de nossa civilização, uma ordem moral
herdada e testada na história de nossos antepassados e sobre a qual construímos
o nosso presente, tendo em vista o futuro. Creio juntamente com muitos outros
católicos no valor desta sã tradição e dos bons costumes, e sobre este alicerce
firme assentamos nossa opinião política, desejosa sempre da ordem social e do
bem comum. Creio também Sua Santidade, que apesar das falhas humanas de seus
membros, a Moral Católica é o melhor que há para o desenvolvimento das virtudes
e para a constituição de uma ordem moral e social justa e correta, objetivando
a salvação do homem todo e de todos os homens, para isto o meio por excelência
é aquele ordenado por Cristo: Ide e evangelizai (Marcos 16,15). Porém, concordo
plenamente com o que diz o Catecismo da Igreja Católica § 843:”A Igreja
reconhece nas outras religiões a busca, "ainda nas sombras e sob imagens",
do Deus desconhecido, mas próximo, pois é Ele quem dá a todos vida, respiração
e tudo o mais, e porque quer que todos os homens sejam salvos. Assim, a Igreja
considera tudo o que pode haver de bom e de verdadeiro nas religiões "como
uma preparação evangélica dada por Aquele que ilumina todo homem para que,
finalmente, tenha a vida”.
Sua
Santidade, teço estas palavras confiando-me naquilo que o magistério da Igreja
deixa exposto no decreto do Concílio Vaticano II: “APOSTOLICAM ACTUOSITATEM” Nº
6 - SOBRE O APOSTOLADO DOS LEIGOS: “Aparecendo na nossa época novos problemas e
grassando gravíssimos erros que ameaçam inverter profundamente a religião, a
ordem moral e a própria sociedade humana, este S. Sínodo exorta de coração
todos os leigos, conforme a capacidade intelectual e a formação de cada qual,
que, segundo a mente da igreja, assumam mais conscienciosamente as suas
responsabilidades no aprofundamento dos princípios cristãos, na sua defesa e na
adequada aplicação dos mesmos aos problemas de nossa época”.
E repito, Sua Santidade, nosso doce Cristo na
terra, que, como Católico, digo tudo isto como o apóstolo Pedro em II Ped. 1,12: "Não vos falo estas coisas porque não saibais, pois sois mestres da Verdade". Como a Igreja não tem partido, devemos ser também, contra a esquerda, contra a
direita, e contra o centro quer na corrupta política civil, quer na política
eclesiástica, quando esta não vive na graça de Deus e quando assume ideologias
não Cristãs. Sou simplesmente Católico Apostólico Romano. Por isso sou contra
todas as heresias e erros de esquerda e de direita, tanto do Comunismo, como do
Capitalismo selvagem. Sua Santidade, novamente corrija-me se eu estiver errado,
mas vejo que no Socialismo Maquiavélico: Os Fins Justificam os meios. Entendo
sua Santidade que Comunismo e o Cristianismo são fundamentalmente
incompatíveis. Um cristão autêntico nunca poderá ser um comunista autêntico,
porque as duas filosofias são antitéticas e não há dialética lógica nem de
princípios, meios e fins que possam reconciliá-las. Porquê digo isto? E me
corrija se eu estiver equivocado:
-Primeiro, porque o Comunismo se baseia numa visão
materialista e humanista da história e da vida.
-Segundo, porque na teoria comunista, não é a
inteligência nem o espírito que decidem no universo, mas apenas a matéria;
entendo que esta filosofia é declaradamente secularista e ateísta. Para ela,
Deus é um simples mito criado pela imaginação; a religião, um produto do medo e
da ignorância; e a Igreja, uma invenção dos governantes para controlarem as
massas. O Comunismo, tal como o Humanismo, mantém, além disto, a grande ilusão
de que o homem pode salvar-se sozinho, sem a ajuda de qualquer poder divino, e
iniciar uma nova sociedade.
-Em terceiro
lugar Sua Santidade, o Comunismo assenta num relativismo ético e não aceita
absolutos morais estabelecidos. O bem ou o mal são relativos aos métodos mais
eficientes para o desenvolvimento da luta de classes. O Comunismo, como já
disse, emprega a terrível filosofia de que os fins justificam os meios. Apregoa
sem comprovação histórica, a teoria duma sociedade sem classes, mas,
infelizmente, os métodos que emprega para realizar esse nobre intento são quase
sempre ignóbeis. A mentira, a violência, o assassinato e a tortura são considerados
meios justificáveis para realizar esse objetivo milenário de um messianismo
terreno, e quando implantado, conforme nos comprovam as experiências
históricas, se tornam mais injustos e totalitários que os regimes
anteriores. Sua Santidade, a história moderna tem passado por muitas
noites de agonia e por muitos dias de terror por causa desta opinião ter sido
tomada a sério por muitos dos seus discípulos (inclusive no Brasil). A
contrastar com o relativismo ético do Comunismo, o Cristianismo estabelece um
sistema de valores morais absolutos e afirma que Deus colocou dentro da própria
estrutura deste universo certos princípios morais, fixos e imutáveis. O
imperativo do amor é a norma de todos os atos do homem e o autêntico
cristianismo recusa-se também a seguir a filosofia dos fins que justificam os meios.
Os meios, quando destrutivos, nunca podem construir seja o que for, porque os
meios são a representação do ideal na realização e na confirmação do objetivo
pretendido. Os meios imorais não podem conseguir os fins morais, porque os fins
já pre-existem nos meios.
-E por fim,
Sua santidade, em quarto lugar, o Comunismo atribui o supremo valor ao Estado;
conforme nos ensina a DSI é o Estado que foi feito para o homem e não o
contrário. Alguns poderão objetar que o Estado, na teoria comunista é uma
“realidade intermediária” que “desaparece” quando emergir a sociedade sem classes.
Em teoria, isto é verdade; mas também é verdade que, enquanto o Estado se
mantém, é ele a finalidade. O homem é o meio para esse fim e não possui
quaisquer direitos inalienáveis; os únicos que possui derivam ou são-lhe
conferidos pelo Estado. Sua Santidade não precisa nem eu dizer que a nascente
das liberdades secou sob tais regimes. Restringe-se no homem a liberdade
da imprensa e da associação, a liberdade de voto e a liberdade de ouvir ou de
ler. Arte, religião, educação, música ou ciência, tudo depende do Estado, e o
homem é apenas o servo dedicado do Estado onipotente. Tudo isto Santo Padre,
não só é contrário à doutrina de Deus, como também à valorização cristã do
homem. Aprendi nesta Igreja que o Cristianismo insiste que o homem é um fim
porque é filho de Deus, criado à sua imagem e semelhança. O homem é mais do que
um animal reprodutor dirigido pelas forças econômicas; é um ser com alma,
coroado de glória e de honra, dotado de liberdade. A maior deficiência do
Comunismo está em tirar ao homem exatamente a qualidade que faz dele um homem.
Diz Paul Tillich que “o homem é homem porque é livre; e essa liberdade
traduz-se na capacidade que tem de deliberar, decidir e reagir. No Comunismo, a
alma do indivíduo está amarrada pelas cadeias do conformismo, e o espírito
pelas algemas da obediência ao partido. Despojam-no da consciência e da razão.
O mal do Comunismo está em não ter uma teologia nem uma Cristologia; revela
assim uma antropologia muito confusa, tanto acerca de Deus, como acerca do homem.
Apesar dos discursos brilhantes sobre o bem-estar das massas, os métodos do
Comunismo e a sua filosofia despem o homem da sua dignidade e do seu valor,
reduzindo-o à despersonalização duma simples roda na engrenagem do Estado. Tudo
isto, claro, sai fora da harmonia do pensamento cristão. Não procuremos enganar-nos:
estes sistemas de ideias são por demais contraditórios para poderem
reconciliar-se. São maneiras totalmente opostas de encarar o mundo e a sua
evolução. Entendo Sua Santidade, que temos obrigação, como Cristãos, de rezar
sempre pelos comunistas, mas nunca poderemos, como verdadeiros cristãos,
tolerar a filosofia do Comunismo. Há, contudo, no espírito e na ameaça do
Comunismo alguma coisa que nos diz respeito. O falecido Arcebispo de Cantuária,
William Temple, considerava o Comunismo como uma heresia cristã. Queria
significar com isso Sua santidade, que algumas das verdades de que o Comunismo
se apossou são parte integrante da doutrina cristã, como Sua Santidade já falou
isto em algumas ocasiões, embora misturadas com teorias e práticas que
nenhum cristão pode aceitar.
Acredito Sua Santidade, que certamente, a Igreja já
fez, e está fazendo muito no campo social, e precisará fazer mais ainda. Mas é
preciso que fique claro: não é essa a missão originária, "própria” da
Igreja, como repete expressamente o Vaticano II (cf. GS 42,2; e ainda 40,2-3 e
45,1). Entendo, e novamente corrija-me se estou incorrendo em erro, que a
missão social é, antes, uma missão segunda, embora derivada, necessariamente,
da primeira, que é de natureza "religiosa”. Essa lição nunca foi bem
compreendida pelo pensamento laico e até por algumas pessoas do clero. Foram os
Iluministas que queriam reduzir a missão da Igreja à mera função social. Daí
terem cometido o crime, inclusive cultural, de destruírem celebres mosteiros e
proibido a existência de ordens religiosas, por acharem tudo isso coisa
completamente inútil, mentalidade essa ainda forte na sociedade e até mesmo
dentro da Igreja. Agora, Sua Santidade, se perguntamos: Qual é o maior desafio
da Igreja? Creio que devemos responder: É o maior desafio do homem: o sentido
de sua vida. Essa é uma questão que transcende tanto as sociedades como os
tempos. É uma questão eterna, que, porém, hoje, nos pós-moderno, tornou-se,
particularmente angustiante e generalizada. É, em primeiríssimo lugar, a essa
questão, profundamente existencial e hoje caracterizadamente cultural, que a
Igreja precisa responder, como, aliás, todas as religiões, pois são elas, a
partir de sua essência, as "especialistas do sentido”. Mas infelizmente no
Brasil Sua Santidade, grande parte das lideranças de nossa Igreja, fizeram uma
opção quase exclusiva em tratar apenas da dimensão social deixando a
existencial não mais em segundo plano, mas completamente ignorada, o que está
resultando de muitas pessoas ir buscar nas "seitas ditas Cristãs", incluindo o
pobre, alvo desta práxis sociológica por parte da igreja, a ir buscar neste
locais pessoas que lhes falem de Deus e lhes dê alento existencial a suas
dúvidas, conflitos e angustias comum a todos os pecadores, sejam pobres ou
ricos.
É aqui onde quero chegar Sua Santidade, querido
pai e nosso bom pastor Papa Francisco, recentemente 152 religiosos, incluindo
bispos eméritos, vazaram um texto que foi revelado pela Folha de São Paulo.
Após este vazamento, "a CNBB se isentou do conteúdo e autoria da carta",
e disse publicamente ser “de responsabilidade dos signatários”. Por e-mail, o Governo brasileiro de forma
prudente informou que não comentará esta carta que não representa a totalidade
dos nossos 480 bispos. Sua santidade precisa saber que de 10 a 20% destes
bispos, e talvez uma proporção maior de clérigos, incluindo padres católicos
brasileiros, não só apoiam o presidente Jair Messias Bolsonaro como apoiam a equipe do governo atual, que em meio a
esta pandemia não tem medido esforços, apesar de uma oposição ferrenha, para
salvar o máximo de vidas e fazer o Brasil voltar a desenvolver-se após a pandemia. Sua Santidade creio que devamos neste momento crucial de nossa
história, ser motivados a pregar o amor, a concórdia e a Misericórdia,
CHEGA DE PREGAR TANTO ÓDIO! Estamos no Brasil infelizmente, a reviver aquele contexto de Jeremias 3,1-4, onde as ovelhas já não confiam em seus pastores, pois estes estão mais preocupados em apoiar projetos de poder de caráter ideológico, tratando as ovelhas de forma COLETIVA, deixando as ovelhas na sua individualidade dispersas, sem rumo, desorientadas em suas questões existenciais sem apoio e consolação, resultando na dispersão e na busca de cisternas rachadas que não saciam sua sede de infinito. Eu como muitos brasileiros Sua Santidade,
gostaríamos de ver uma orientação pastoral vossa e das demais autoridades da
igreja na linha da CAMPANHA DA FRATERNIDADE DE 2021 (Fraternidade e diálogo:
compromisso de amor”. E como lema o trecho da carta de Paulo aos Efésios:
“Cristo é a nossa paz: do que era dividido fez uma unidade” - Ef 2, 14), não
queremos nossas missas ideologizadas Santo Padre, que só pregam o ódio e divisão. Queremos sua Santidade que os Srs Bispos, incluindo os 152 signatários desta
carta, respeitem o atual Presidente da República Federativa do Brasil, que
o povo elegeu, pois ele quer gostem ou não, foi eleito DEMOCRATICAMENTE pela maioria do nosso Povo Brasileiro. O
presidente não é como afirmam alguns de forma revanchista, que ele seria genocida e
irresponsável. Todos sabem Sua Santidade, que o STF tirou o direito Constitucional do
presidente e deu aos governadores e Prefeitos para tomar as decisões e ações relativas a pandemia, deixando o presidente de pernas e mãos amarradas, portanto, que se culpem
os Governadores e Prefeitos por algumas medidas adotadas de forma INEFICAZ, suspeitas e diferenciadas em
seus respectivos territórios, e não o atual Presidente. Porém Sua Santidade, acredito
que pensar diferente é saudável e necessário no processo democrático, portanto:
NÃO AO PENSAMENTO POLÍTICO ÚNICO E UNIFORME, defendo a unidade na diversidade. O
normal para quem defende a democracia é ouvir as opiniões contrárias com
tranquilidade, e se houver oportunidade, contestá-las com argumentos racionais,
tornando o debate frutuoso. No entanto, não é assim que a oposição ao
presidente Bolsonaro tem feito no Brasil. A oposição está criando este clima de confronto
AD AETERNUN numa politica do "quanto pior melhor". Nossos líderes precisam sim fazer
oposição com responsabilidade e não fomentando o caos e ódio classista. Que sejamos orientados a praticar a verdadeira e autêntica democracia tão duramente conquistada. "Ou democracia Sua
santidade, é só quando a oposição ganha?" Quando é o outro lado que ganha, com menos de 1 ano, em meio a estes desafios
da pandemia, e outros herdados de governos anteriores, já querem fazer exigências que precisam de anos para serem
implementadas, respeitando a Constituição e o Congresso, pois "o Presidente não
pode fazer nada sozinho". E se as coisas não caminham na velocidade e modo que querem, já convocam todo mundo para o revanchismo oportunista? Que
responsabilidade democrática é essa? Isso Sua Santidade, acredito eu, não está à
altura da nossa tradição democrática que queremos construir e manter. Discordar
e pensar diferente, é um direito de cada um, mas pretender que todos pensem e
ajam igual, é no mínimo prepotente.
Portanto Sua Santidade, eu como muitos(as) brasileiros (as) indignados(as) pelo teor desrespeitoso, não apenas com o Presidente da República, mas com cada pessoa que votou em Jair Bolsonaro, quer seja Cristão, Católico, ou não, sinto-me no direito e dever de mostrar
os três lados da moeda, para sua Santidade, que posteriormente analisando tudo, possa nos orientar pastoralmente,
pois infelizmente o Brasil como o mundo
todo, atravessa um difícil período. Atribuir como causa principal de todas as mazelas as ações do Presidente da República não é justo! O Brasil Sua Santidade, tem mantido seguidamente a liderança no mundo na recuperação de infectados pela Covid-19 graças a insistência do Presidente no uso democratizado, gratuito e de fácil acesso, principalmente aos mais pobres, no tratamento precoce da fase inicial da contaminação. Em que
pese apesar da crise herdada na saúde e economia, o Governo Federal tem demonstrado extremo
zelo e competência até onde foi permitida a abrangência de suas ações. Bilhões
de reais foram distribuídos na maior ajuda econômica da história, bilhões de reais
disponibilizados para governadores e prefeitos como auxílio, tanto para o
combate do coronavírus, como para manutenção da máquina administrativa.
Permanecendo, ao mesmo tempo, com a conclusão de obras públicas, fornecimento
de insumos médicos e quase dois anos sem denúncias de corrupção no Governo
Federal. Suas ações não puderam ser maiores por conta de empecilhos jurídicos que
alocaram aplicações práticas de medidas no combate a pandemia, sujeitas tão somente às ações dos governos estaduais e municipais, cabendo ao governo Federal apenas a liberação de recursos, coisa que o Presidente Jair Bolsonaro vem fazendo junto ao Congresso. Os 152
bispos falam de “desmandos, inércia e omissão no combate às mazelas que se abateram
sobre o povo brasileiro". Sua Santidade, isto não corresponde com a verdade, acho que foi uma avaliação precipitada de quem elaborou a carta para os 152 bispos endossarem. Todo e qualquer brasileiro sabe que o
déficit de leitos de UTI na rede pública remonta há muitos anos. O Brasil tem amargado sempre as últimas posições na avaliação do PISA, e também, perduram a há muitos anos problemas crônicos de infraestrutura e saneamento, portanto, como querer
solucionar problemas endêmicos e de grande envergadura como estes de uma hora para outra, dentro de quatro anos apenas?
Sua Santidade, sou um simples católico esclarecido
em minha comunidade. Sempre tive orgulho em ser católico, mas ao ler esta "carta
vazada", e pelas inverdades nela contidas, em atribuir apenas coisas ruins
ao Presidente Jair Bolsonaro, não poderia cometer o pecado da omissão ficando
de braços cruzados. Como católico, respeito o cargo que os nossos bispos e
demais lideranças representam e humildemente sempre me colocarei a servir
localmente quando solicitado, mas como católico esclarecido, acredito que o
papel evangelizador e pastoral da Igreja deve ser integral, ou seja, cuidando
da dimensão corporal e espiritual. Como Cristão católico, cidadão, pai de
família, e ciente de minhas obrigações, direitos e deveres quero expressar meu
orgulho de pertencer a esta igreja, mesmo sendo seu mais indigno membro.
Finalizo sua Santidade, desculpando-me pela delonga
necessária desta carta e por qualquer palavra que possa ter dado alguma
conotação ofensiva, não sendo esta minha intenção, ao dirigir-me a Vossa
Santidade ou a alguma autoridade da Igreja, coloco-me na condição de abertura a
devida correção. Tenho por fim, a honra de professar-me ousado pelas
circunstâncias acima descritas pela qual passa a igreja no Brasil, em dirigir-me
com o mais profundo respeito e desejoso obséquio de ser um simples, obediente e
o mais insignificante servo de Vossa Santidade, e desta Igreja que tanto amamos
e que Cristo se entregou por ela. A exemplo
de São Tomás de Aquino, de quem sou devoto, digo:
"Se, por ignorância, expressei
algo errado e contrário a sagrada tradição dos apóstolos e ao sagrado
magistério Petrino, revogo tudo e submeto sem exceções o que escrevi
ao julgamento da Santa Igreja Romana, coluna e sustentáculo da Verdade".
Francisco Barros – Mossoró-RN
ATENÇÃO! Caso
você queira fazer chegar em maior número, às autoridades da Igreja, o repúdio a
esta atitude precipitada destes 152 bispos, envie esta Carta Aberta ao:
Endereço para Correspondência: Sua Santidade Francisco –
Palácio Apostólico ; 00120 – Cittá Del Vaticano
-L’Osservatore Romano -E-mail:
segreteria.or@spc.va
-Vatican News - E-mail:
portugues@vaticannews.va
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1)-"Nunciatura Apostólica no Brasil" em Brasília: E-mail:
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3)-Bispo de sua diocese: (faça a pesquisa no Google pelos contatos da "Cúria Diocesana" a qual você faz parte).
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