Existe uma ruptura entre a fé e a ecologia?
“A mudança indicada é a mudança de um antropocentrismo explorador para
um biocentrismo participativo. Esta mudança requer algo além do ambientalismo,
que permanece sendo antropocêntrico enquanto tenta limitar os efeitos
deletérios da presença humana no meio ambiente”, escreve Dave Pruett,
ex-pesquisador da NASA, professor emérito de Matemática da James Madison
University, Virgínia (EUA), publicado por The Huffington em seu Post,
28-05-2015.
Segundo ele:"A ecologia integral também
reverte os atuais paradigmas econômicos, seja o capitalista ou o socialista. Ela concebe uma esfera econômica que serve
às necessidades legítimas de indivíduos e sociedades em vez de explorá-los para
servir às necessidades artificiais da economia. E ela exige que a economia
respeite os limites finitos do mundo natural".
Há um novo termo sendo
citado com frequência no pontificado do papa Francisco, e é chegada a hora de
lhe darmos atenção: ecologia integral.
A ecologia integral começa com o reconhecimento de que a humanidade, hoje,
enfrenta uma crise existencial em múltiplas frentes: a disparidade econômica
extrema, o aumento da competição por recursos (incluindo a terra e a água), um
mundo natural severamente degradado, Estados-nação falidos e um clima à beira
de sair do controle.O “integral” no termo ecologia integral é a novidade. Ele
aponta que estas crises não são independentes, mas que estão intimamente
entrelaçadas.Ainda que a análise
econômica não seja a pauta central de sua encíclica sobre a ecologia, parece
que Francisco quer considerar quanto o crescimento impiedoso através de investimento
de capital afeta a todos, quanto a saúde da vida biológica planetária. Embora
discussões sobre a justiça social venham sendo robustas nos contextos católico
e cristão há séculos, esta encíclica marca a primeira vez que se põe em relação
estreita a justiça social e ecológica. Nesta encíclica de Francisco tenta
realinhar tanto a nossa economia quanto a nossa teologia para catalisar um
futuro mais viável. Ao assim proceder, Francisco não está inventando coisas. Em
uma encíclica de 1891,o “Papa Leão XIII reafirmou enfaticamente a ‘condição
dos operários’ em que a mão de obra deles havia se tornado uma mera commodity
em um ambiente econômico que dava primazia ao livre mercado e à exploração
desregulada de trabalhadores”. De forma parecida, o Papa João Paulo II
abordou o “erro fundamental do socialismo” como a sua desvalorização do indivíduo,
diluindo-o no coletivismo como mera engrenagem do estado. Embora
reafirmando a dignidade do trabalho e dos trabalhadores, ele estabeleceu que os
indivíduos possuem um valor independente de suas contribuições na esfera
econômica. O predecessor imediato de Francisco, o Papa Bento XVI, reconheceu
que a natureza deveria desfrutar do mesmo valor intrínseco que os seus
predecessores haviam concedido aos indivíduos. A ecologia integral revisa a
relação entre os seres humanos e o mundo natural. Ela reconhece o
humano como integral à natureza, em vez de ter a natureza como estando sujeita
à dominação humana. Nas palavras do Pe. Thomas Berry (1914-2009), herdeiro
aparente de Teilhard:“A mudança indicada é a mudança
de um antropocentrismo explorador para um biocentrismo
participativo. Esta mudança requer
algo além do ambientalismo, que permanece sendo antropocêntrico enquanto
tenta limitar os efeitos deletérios da presença humana no meio ambiente”.
A ecologia integral
também reverte os atuais paradigmas econômicos, seja o capitalista ou o
socialista, em seus princípios, meios e fins. Ela concebe uma esfera
econômica que serve às necessidades legítimas de indivíduos e sociedades em vez
de explorá-los para servir às necessidades artificiais da economia. E ela exige
que a economia respeite os limites finitos do mundo natural. Em
suma, o Papa Francisco chama todos para uma revolução, não uma revolução
violenta, mas de “ternura, uma revolução do coração”. Esta ternura de
solidariedade deveria não só se estender exclusivamente aos pobres da terra
como também, à própria terra. Ambos vêm sendo explorados e degredados por
ideologias. Portanto, num tal momento, uma nova experiência revolucionária será
necessária, uma experiência na qual a consciência humana se desperta para a
grandeza e a qualidade de nossas relações com a criação e nossa casa comum.Os
destinos de todos os povos estão ligados, e estão ligados em última instância
ao destino da terra. O que se sucede à terra sucede a nós todos.
OS EXTREMOS EQUIVOCADOS DA TEMÁTICA ECOLÓGICA
Muitos católicos
ignoram o tema da ecologia, enquanto outros buscam respostas em crenças que se
afastam da fé cristã. Quando eu estava na faculdade, lembro-me de vários colegas,
que pelas suas posições argumentativas, iam de afastando daquela INTEGRALIDADE
fé, ou seja, departamentalizando e absolutizando algumas realidades em
detrimento de outras. Do primeiro capítulo do Gênesis, podemos aprender que
Deus é o criador do universo. Sem importar se o processo demorou milhões de
anos, Ele continua sendo seu autor. Ao terminar cada dia, lê-se que tudo o que
foi criado "era bom"; e, quando Deus cria o ser humano, Ele o faz
"muito bom".No segundo capítulo, está escrito que o homem deve
cultivar e cuidar da criação. Isso seria uma excelente fonte de inspiração para
qualquer cristão estudante de ciências biológicas, mas nem sempre é o que
acontece.
O papa Francisco veio
preencher esta lacuna com sua encíclica sobre a ecologia integral, pois parecia
existir uma ruptura entre fé e ecologia no mundo. Muitos católicos não se
importam com o meio ambiente e não fazem nada para cuidar dele. Não percebem
que ser administradores responsáveis da criação é uma boa maneira de agradar
Deus.No outro extremo, existem os apaixonados pela Mãe Terra, que pensam não
encontrar nos ensinamentos da Igreja uma preocupação suficiente com relação à
natureza. Isso não significa que a Igreja não diz nada sobre o cuidado da
criação; de fato, o Compêndio da Doutrina Social da Igreja tem um capítulo
completo dedicado ao tema, mas quem o leu? Então, estas pessoas
preenchem seu vazio com a Nova Era, a "ecologia profunda" ou qualquer
outra filosofia estranha. É verdade que é
complicado, atualmente, encontrar textos cristãos que reflitam sobre o problema
ecológico. Até o momento pesquisando sobre o tema (ano base 2018), no meio
Cristão, pasmem! só encontramos uns 8 livros, e a metade de autores
protestantes e os demais de autores católicos, mas que todos foram questionados
(alguns gravemente) por não se aterem ao magistério da Igreja.Um dos autores
católicos que mais refletiu sobre o tema foi Pierre Teilhard de Chardin
(1881-1955), sacerdote jesuíta, paleontólogo e filósofo. Porém, suas obras apresentavam
ambiguidades e erros doutrinais e acabaram sendo proibidas (risco de um panteismo). No entanto,
mais recentemente, alguns teólogos resgataram aspectos da sua teologia que não
contradizem os ensinamentos da Igreja, e inclusive
o Papa Bento XVI se referiu de maneira positiva ao teólogo francês durante uma
homilia em Aosta (Itália), em 2009:"A função do sacerdócio é
consagrar o mundo a fim de que se torne hóstia viva, para que o mundo se torne
liturgia: que a liturgia não seja algo
ao lado da realidade do mundo, mas que o próprio mundo se torne hóstia viva, se
torne liturgia. É a grande visão que depois teve também Teilhard de Chardin: no
final, teremos uma verdadeira liturgia cósmica, onde o cosmos se torne hóstia
viva.E peçamos ao Senhor que nos
ajude a ser sacerdotes neste sentido, para ajudar na transformação do mundo, em
adoração a Deus, a começar por nós mesmos. Que a nossa vida fale de Deus, que a
nossa vida seja realmente liturgia, anúncio de Deus, porta na qual o Deus distante
se torna o Deus próximo, e realmente dom de nós mesmos a Deus." Um dos seguidores de
Chardin foi o sacerdote passionista Thomas Berry (1914-2009), famoso
historiador cultural e "ecoteólogo". Este autor mistura a doutrina
católica com a ecologia profunda, a cosmovisão dos nativos americanos e o
xamanismo. Definitivamente, suas obras não são recomendáveis para o leitor que
conhece pouco de sua fé, pois poderia se confundir.Seguindo esta mesma
linha, encontra-se o ex-sacerdote dominicano Matthew Fox (1940-). Ele é um dos
principais expoentes do movimento chamado "Espiritualidade da
Criação", inspirado em alguns místicos católicos, mas que inclui critérios
do budismo, judaísmo, sufismo e tradições indígenas, buscando um
"ecumenismo profundo".Em 1983, a hierarquia da Igreja começou a
analisar a linha teológica de Fox e ele foi proibido de lecionar durante um
ano. Em 1993, foi expulso dos dominicanos por desobediência e entrou na
Igreja Episcopal. Sua posição teológica pode ser categorizada dentro do monismo
e do paneteísmo (não confundir com panteísmo).Contemporâneo a Fox,
temos o ex-sacerdote franciscano brasileiro Leonardo Boff (1938-). Ele é um dos autores mais famosos da
Teologia da Libertação, mas, desde que participou da cúpula do Rio de Janeiro
sobre o meio ambiente (1992), sua reflexão se inclinou fortemente à ecologia.
Neste período, ele mesmo decidiu abandonar a Igreja, depois de ser sancionado
pela Congregação para a Doutrina da Fé. Boff faz uma distinção entre ecologia
ambiental, social e mental, mas, segundo ele, todas devem culminar em uma
ecologia integral. Também defende o conceito de paneteísmo, que indica
que tudo está em Deus e Deus está em tudo,diferente do panteísmo, segundo o
qual tudo é Deus, mas são termos ambíguos e arriscados para quem não conhece
bem a doutrina católica, e pode acabar aderindo a heresias.Como observamos, a
maioria dos autores católicos que refletem sobre a ecologia o faz à margem da
ortodoxia e, em alguns casos, de maneira abertamente oposta aos ensinamentos da
Igreja.A única maneira de garantir que um texto que vamos ler está livre de
erros em matéria de doutrina e moral católica, é que conte com um selo oficial
de aprovação da Igreja. O "imprimi potest" ("pode ser
impresso") se aplica aos membros de ordens religiosas e significa que a
obra foi revisada por um superior maior.O "nihil obstat" ("nada
se opõe") indica que a obra foi analisada e aprovada por um especialista
da diocese e não foram encontrados erros doutrinais ou morais nela. Finalmente,
a obra recebe o "imprimatur" ("imprima-se"), que é a
aprovação final do bispo.Dos livros que
encontrei, infelizmente nenhum conta com estes "selos de qualidade",
razão pela qual devem ser lidos com cautela, contrastando-os sempre com o
ensinamento oficial da Igreja.É claro que ainda temos muito trabalho pela
frente, para que, no futuro, nossos filhos encontrem em suas universidades
textos e professores que os ajudem a entender que não há maior motivação para
ser ecologista que a gratidão a Deus pelo dom da Criação!
SOBRE O SÍNODO DA AMAZÔNIA
“A finalidade deste questionário
é escutar a Igreja de Deus sobre os «novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral» na
Amazônia. O Espírito fala através de todo o povo de Deus. Nessa escuta podem-se
conhecer os desafios, as esperanças, as propostas e reconhecer os novos
caminhos que Deus pede à Igreja nesse território”, diz o Documento
Preparatório para o sínodo.O Sínodo para Amazônia foi uma resposta do Papa
Francisco à realidade da Pan-Amazônia. De acordo com o Pontífice: “o objetivo principal desta
convocação é identificar novos caminhos para
a evangelização daquela porção do Povo de Deus, especialmente dos indígenas,
frequentemente esquecidos e sem perspectivas de um futuro sereno, também por
causa da crise da Floresta Amazônica, pulmão de capital importância para nosso
planeta. Que os novos Santos intercedam
por este evento eclesial para que, no respeito da beleza da Criação, todos os
povos da terra louvem a Deus, Senhor do universo, e por Ele iluminados,
percorram caminhos de justiça e de paz”.
ECOLOGIA E BIOÉTICA GLOBAL E INTEGRAL
Ainda sobre a
ecologia integral, e uma bioética global, o Papa Francisco em Junho de 2018,convidou
a “considerar a qualidade ética e espiritual da vida em todas as suas fases” e
recordou que “há uma vida humana concebida, uma vida em gestação, uma vida que
nasceu, uma vida pequena, uma vida de adolescente, uma vida adulta, uma vida
envelhecida e consumada, e existe a vida eterna”.O Santo Padre fez esta
afirmação durante o seu discurso aos participantes da XXIV Assembleia Geral da
Pontifícia Academia para a Vida, na qual, como assinalou o Papa, “o tema da
vida humana estará dentro do amplo contexto do mundo globalizado em que vivemos
hoje”.
Francisco foi além e
assegurou que “existe a vida que é família e comunidade, uma vida que é
invocação e esperança. Com também existe a vida humana frágil e doente,
ofendida, marginalizada, descartada. É sempre vida humana”.Por isso, sublinhou
a importância de comprometer-se com a vida em todos os contextos, porque,
“quando entregamos as crianças à privação, os pobres à fome, os perseguidos à
guerra, os idosos ao abandono, não fazemos nós mesmos o trabalho ‘sujo’ da
morte? De onde vem o trabalho sujo da morte? Vem do pecado”. “Excluindo o outro
do nosso horizonte, a vida se fecha em si mesma e se torna bem de consumo”. Deste
modo, manifestou a necessidade de cultivar uma visão global da bioética que: “desative a cumplicidade com o
trabalho sujo da morte, sustentado pelo pecado. Esta bioética não se moverá a
partir da doença e da morte para decidir o sentido da vida e definir o valor da
pessoa. Mas, pelo contrário, se moverá a partir da profunda convicção da
dignidade irrevogável da pessoa humana, assim como Deus ama, a dignidade de
cada pessoa, em cada fase e condição da sua existência, na busca de formas de
amor e de cuidado com que se deve tratar a sua vulnerabilidade e fragilidade. Assim, em primeiro lugar, essa bioética
global “será uma modalidade específica para desenvolver a perspectiva da
ecologia integral. Em segundo lugar, uma visão integral da pessoa, trata-se
de articular com mais claridade todas as ligações e as diferenças fundamentais
da vida humana universal e que nos envolvem a partir do nosso corpo”.
O Papa destacou a necessidade de:
“prosseguir com um discernimento
meticuloso das complexas diferenças fundamentais da vida humana: do homem e da
mulher, da paternidade da maternidade, da filiação e da fraternidade, a
sociabilidade e também de todas as diferentes idades da vida. A Bioética Global, portanto, requer um
discernimento profundo e objetivo do valor da vida pessoal e comunitária, que
deve ser protegida e promovida também nas condições mais difíceis. Também
devemos afirmar com força que sem o apoio adequado de uma proximidade humana
responsável, nenhuma regulamentação jurídica e nenhuma ajuda técnica são
suficientes para garantir condições e contextos que correspondam à dignidade da
pessoa”.
Por último, o papa Francisco assinalou que:
“a cultura da vida deve direcionar com mais seriedade o olhar à ‘questão
séria’ do seu destino final. É preciso nos interrogarmos
mais profundamente sobre o destino último da vida, capaz de restaurar a
dignidade e significado ao mistério das suas afeições mais profundas e
sagradas. A vida do homem, encantadora e frágil, remete além de si mesma:
nós somos infinitamente mais do que aquilo que podemos fazer para nós mesmos”,
assegurou.O Papa Francisco também,
enviou uma mensagem aos participantes do Congresso Internacional ‘Laudato Si’ e
Grandes Cidades, que acontece no Rio de Janeiro, na qual indica os três “R”, que
ajudam o homem a “atuar de forma conjunta diante dos imperativos mais
essenciais de nossa convivência”: respeito,
responsabilidade e relação. Confira a seguir a íntegra da mensagem do Papa
Francisco!
DO PAPA FRANCISCO - A sua Eminência o Cardeal Lluis
Martínez Sistach, Arcebispo emérito de Barcelona
Vaticano, 12 de junho de 2017.
Querido irmão,
O saúdo atentamente, como também
a todos os que participam do evento: Congresso Internacional “Laudato si e
Grandes Cidades”.Na Carta encíclica Laudato si faço referência a várias necessidades
físicas que o homem de hoje tem nas grandes cidades e que necessitam ser
afrontadas com respeito, responsabilidade e relação. São três “R” que ajudam a
atuar de forma conjunta diante dos imperativos mais essenciais de nossa
convivência.
O respeito é a atitude
fundamental que o homem há de ter com a criação. Esta a recebemos como um dom
precioso e devemos esforçar-nos para que as gerações futuras possam seguir
admirando-a e desfrutando-a. Este cuidado devemos ensiná-lo e transmiti-lo. São Francisco de Assis afirmava em seu
Cântico às criaturas: “Louvado sejas, meu senhor, pela irmã água, a qual é
muito útil, humilde, preciosa e casta”. Nestes adjetivos se expressa a
beleza e importância deste elemento, que é indispensável para a vida. Como
outros elementos criados, a água potável e limpa é expressão do amor atento e
providente de Deus por cada uma de suas criaturas, sendo um direito
fundamental, que toda sociedade deve garantir (cf. Laudato si, 30). Quando não
se lhe presta a atenção que merece, se transforma em fonte de enfermidades e
sua escassez põe em perigo a vida de milhões de pessoas. É um dever de todos
criar na sociedade uma consciência de respeito por nosso entorno, isto
beneficia a nós e as gerações futuras.A responsabilidade diante da
criação é o modo com o qual devemos atuar com ela e constitui uma de nossas
tarefas primordiais. Não podemos ficar com os braços cruzados, quando
advertimos uma grave diminuição da qualidade do ar ou o aumento da produção de
resíduos que não são adequadamente tratados. Essas realidades são consequência
de uma forma irresponsável de manipular a criação e nos chamam a exercer uma
responsabilidade ativa para o bem de todos. Além disso, comprovamos uma indiferença diante da nossa casa comum e,
lamentavelmente, diante de tantas tragédias e necessidades que golpeiam a
nossos irmãos e irmãs. Essa passividade demostra a “perda daquele sentido de
responsabilidade pelos nossos semelhantes sobre a qual se funda toda a
sociedade civil” (Laudato si, 25). Cada território e governo deveria
incentivar modos de atuar responsáveis em seus cidadãos para que, com
criatividade, possam atuar e favorecer a criação de uma casa mais habitável e
mais saudável. Colocando cada um o pouco que lhe corresponde em sua
responsabilidade, se estará ganhando muito.
Observa-se nas grandes cidades,
como também nas zonas rurais, uma crescente falta de relação. Com independência
da causa que o produz, o fluxo constante de pessoas gera uma sociedade mais
plural, multicultural, que é um bem, produz riqueza e crescimento social e
pessoal; porém, também faz com que esta sociedade seja cada vez mais fechada e
desconfiada. A falta de raízes e o
isolamento de algumas pessoas são formas de pobreza, que podem degenerar em guetos
e originar violência e injustiça. Contudo, o homem está chamado a amar e ser
amado, estabelecendo vínculos de pertença e laços de unidade entre todos os
seus semelhantes.
É importante que a sociedade trabalhe conjuntamente em âmbito
político, educativo e religioso para criar relações humanas mais cálidas, que
derrubem os muros que isolam e marginam. Isto se pode conseguir através de
grupos, escolas, paróquias, etc., que sejam capazes de construir com sua
presença uma rede de comunhão e de pertença, para favorecer uma melhor
convivência e conseguir superar tantas dificuldades. Dessa maneira,
“qualquer lugar deixa de ser um inferno e se converte no contexto de uma vida
digna” (Laudato si, 149).Peço a intercessão da Virgem
Santa, Rainha do céu e da terra, por essas jornadas de estudo e de reflexão.
Que seu conselho e guia oriente suas decisões em favor de uma ecologia integral que proteja nossa casa comum e
construa uma civilização cada vez mais humana e solidária.
Por favor, peço-lhes que rezem
por mim e peço ao Senhor que vos abençoe!
Francisco
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