"...Ele nos queria fazer seus soldados para irmos RECONQUISTANTO PALMO A PALMO, todos os espaços perdidos para o pecado. Assim, com Sua graça e pela conversão dos corações, vamos reconquistando almas e os espaços da sociedade para Jesus Cristo, para lá fincar a Sua bandeira e transformá-lo em instrumentos de louvor e serviço ao Pai, de evangelização e formação de novos filhos de Deus" (Escritos Shalom, anexo I, 6-7; pag.123).
A
mídia, muitas vezes, banaliza coisas abomináveis, e supervaloriza as supérfluas.
Assim, a tolerância com coisas intoleráveis passa a ser nosso padrão de
conduta. Nos contentamos as vezes apenas
em rezar, pregar ou escrever sobre o assunto, mas nunca partimos para uma ação
concreta. Ou ainda quando agimos, fazemos isso isoladamente, tranquilizando
nossa consciência achando assim que “fiz minha parte”. Antes não entedia
bem a atitude de Jesus ao pegar no chicote, mas hoje dou graças a Deus, que existe
uma grande diferença entre a verdadeira paz pregada por nosso Senhor Jesus
Cristo e o falso e covarde pacifismo. Não podemos mais ficar nos escondendo
atrás de uma mansidão que só revela covardia, enquanto milhares de inocentes pagam
com suas vidas destroçadas de todas as formas. Uma teologia e práxis evangélica
inteligente e coerente com os princípios Cristãos nos leva uma outra realidade
que conduz à transformação de nossas mentes e ao inconformismo com esse mundo
ilusório. E somente bem organizados e avançando compactados como um exército em
ordem de batalha, é que conseguiremos agir eficazmente contra os ataques
frontais aos valores Cristãos, que estão se alastrando pelo mundo, no qual nós
que trazemos o nome de Cristãos ficamos perdendo espaços para o inimigo, aos
quais precisamos urgentemente reconquistar palmo a palmo, como nos diz Moysés
nosso fundador nos escritos Shalom.
“Disse-lhes
outra vez: A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos
envio a vós...” (João 20,21). O homem contemporâneo busca a paz,
fecha-se em altos muros para não a perder, faz caminhadas pela paz, movimentos
em vista dela. A palavra PAZ talvez seja hoje uma das mais faladas. Com
certeza, ela expressa a realidade mais buscada pelo homem do nosso tempo. No
entanto, ele nunca esteve tão em guerra como agora: o ódio se alastra, a
violência se multiplica, o homem morre, vítima de si mesmo e do seu pecado.
“É
aí que se manifesta o desígnio de Deus para a nossa vocação. Em um mundo
marcado pelo pecado, ‘que errou bastante acerca do conhecimento de Deus, onde
reinam tantos males, o ocultismo, a não conservação da pureza nem na vida nem
no matrimônio, a impureza, o adultério, sangue, crime, roubo, fraude,
corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio, perseguição dos bons, esquecimento
da gratidão, impureza das almas, inversão sexual, desordens no casamento,
despudor e etc, e ainda se diz em paz’ (Sb 14,22-26); o Senhor nos chama a
sermos anunciadores da sua paz (Is 52), a vivermos e proclamarmos a sua Paz. A
levarmos com a nossa vida, com a nossa palavra e com o nosso testemunho, o
Shalom de Deus aos corações; a sermos instrumentos de reconciliação do mundo
com Deus; a anunciarmos com todo o nosso coração, com todas as nossas forças a
salvação de Jesus Cristo e o seu Evangelho” (RVSh, 359)
“Quando
o Senhor nos deu o nome SHALOM, não tínhamos a dimensão do que Ele nos queria
falar. Foi no decorrer da caminhada, na vivência da nossa fé, na
correspondência ao chamado que nos fazia, que Ele foi mansamente desenhando em
nós, e nos dando a graça de compreender toda a grandeza da nossa vocação”
(RVSh, 354).
“O
Senhor nos tinha confiado uma missão que estava contida no nosso nome: a de
sermos discípulos e ministros da paz. Para o povo judeu, a palavra Shalom não
era uma simples saudação, mas uma verdadeira intenção de comunicar ao outro
toda sorte de bens espirituais e físicos, a felicidade perfeita que viria com a
era messiânica. Em última instância, Shalom significava para o judeu o estado
de graça que viria com a chegada do Messias ou, em outras palavras, a
verdadeira salvação. Jesus, assim, é o próprio Shalom do Pai, Ele vem nos dar a
perfeita felicidade, a salvação. Como Shalom, temos a missão de levar essa paz aos
homens, a paz da reconciliação com Deus, a paz da conversão, do voltar-se para
Jesus, de reconhecê-lo como Salvador e Senhor da humanidade, único caminho da
verdadeira paz, da verdadeira justiça (o Evangelho), do verdadeiro amor.”(RVSh,
356).
Paz
para nós é sinônimo de conversão, de vida nova em Cristo. Não é, portanto,
somente uma conquista do homem, uma ausência de guerra ou a implantação de uma
“justiça humana” sobre a terra. A paz é fruto da presença do Cristo
Ressuscitado em nosso meio. Como aos apóstolos (cf. Jo 20,19-21), Ele nos
comunica a salvação e nos ensina a anunciá-la e ministrá-la aos homens do nosso
tempo. Enquanto os homens procurarem a sua paz e a sua salvação em si próprios;
enquanto acharem que podem resolver os problemas do mundo por si mesmos;
enquanto pensarem que podem instalar uma paz social e política e assim trazer a
felicidade geral ao mundo, sem a conversão dos corações a Jesus; sem conhecê-lo
como a solução, a salvação para todo o homem e para a humanidade, longe eles
estarão da paz, do Shalom que Deus quer instaurar na face da terra” (RVSh,
357).
E isso torna-se cada vez mais claro
no mundo de hoje, basta olharmos ao nosso redor. A Comunidade Católica Shalom,
impulsionada pelo Espírito Santo e diariamente alimentada pela oração, sente
brotar em seu seio o ardente apelo de Deus para que seja saciada a sede do seu
povo. Cada irmão que livremente se consagra a Deus na nossa
Comunidade, sabe que entregou a sua vida em vista dessa causa, da implantação
da verdadeira Paz nos corações e no mundo. O Senhor nos constitui, assim, como
soldados que, incansavelmente, lutarão pela paz através do anúncio, da doação
de suas vidas e do testemunho coerente do Evangelho. (Reconquistando palmo a
palmo os espaços perdidos para o inimigo de Deus).
“Para instaurar a Paz nos corações e no mundo o Senhor nos chama a anunciar Jesus Cristo e a formar autênticos filhos de Deus” (RVSh, 360).
A evangelização, o anúncio do
Querigma, são essenciais para que o homem conheça e encontre a Deus. Contudo,
entendemos que Deus pede mais de nós, Ele quer não só que evangelizemos, mas
que formemos os seus filhos. Por isso, não basta para nós que as pessoas sejam
alcançadas pela graça de Deus, é preciso que sejam também acompanhadas,
formadas para a santidade, para uma fé madura e coerente.No entanto, tal missão só se cumpre
quando encarnamos em vossa vida a Paz. “Para proclamarmos a paz,
temos acima de tudo que vivê-la, tê-la em nosso coração” (RVSh, 361). É
na vida de oração, no caminho sincero de conversão, de renúncia de si, de
mergulho no Espírito Santo que vamos, passo a passo, nos deixando transformar
pelo Senhor, sendo pacificados para, assim, transbordarmos essa paz para os
homens. Deixando-nos possuir por Jesus Cristo, podemos possuir em nós a Paz e,
assim, sermos presença de Paz para o homem do nosso tempo.
“É
preciso reconciliar o coração do homem com o próprio homem, reconciliar o
coração do homem com a natureza e com as coisas. Somente pelo poder do Espírito
Santo isto pode ser realizado. É necessário ensinar os homens a orar, a se
voltarem para o Senhor. É necessário estabelecer o amor de Deus nos lares, nas
famílias, nos relacionamentos, nas profissões, na sociedade, no mundo! É
necessário estabelecer a paz, mas tudo isto só acontece quando recebemos Jesus
no coração. ‘Homem, converte-te ao Senhor Jesus e encontrarás a Paz que tanto
buscas!’” (RVSh, 367).
Reconciliar e construir a paz. Esta é
a missão que recebem. Hoje, o que mais faz falta é a paz: refazer os pedaços da
vida, reconstruir as relações quebradas entre as pessoas, restabelecendo a
inteireza pessoal e comunitária. As pessoas que lutam pela paz são declaradas
felizes e são chamadas filhos e filhas de Deus (Mt 5,9).
A experiência da ressurreição
Jesus se faz presente na comunidade.
Mesmo as portas fechadas não podem impedir que ele esteja no meio dos que n’Ele
acreditam. Até hoje é assim. Quando estamos reunidos, mesmo com todas as portas
fechadas, Jesus está no meio de nós. E até hoje, a primeira palavra de Jesus é
e será sempre: “A paz esteja com vocês!” Ele mostrou os sinais da paixão nas
mãos e no lado. O ressuscitado é o crucificado que passou pela cruz e nos
comunica sua paz. O Jesus que está conosco na comunidade não é simplesmente um
Jesus glorioso que não tem mais nada em comum com nossa vida. Mas é o mesmo
Jesus que viveu nesta terra, e traz as marcas da sua paixão. As marcas da
paixão estão também hoje na humanidade que sofre. É nas pessoas que não ficam
indiferente as dores do mundo, e que lutam pela vida, pelo estabelecimento da
verdadeira paz , e não se deixam abater e desistir diante dos desafios, que
Jesus ressuscita e se faz presente no meio de nós.
João 20,21: O envio: “Como o Pai me
enviou, eu envio vocês!”
É deste Jesus, ao mesmo tempo
crucificado e ressuscitado, que recebemos a missão, a mesma que ele recebeu do
Pai. E ele repete: “A paz esteja com vocês!” Esta dupla repetição acentua a
importância da paz. Construir a paz faz parte da nossa missão. Paz significa
muito mais do que só a simples ausência de guerra e conflitos. Significa
construir uma convivência humana harmoniosa, baseada no evangelho, e onde as
pessoas possam gozar daquela verdadeira liberdade dos filhos de
Deus, que não se confunde com libertinagem. Esta foi a missão de Jesus, e é
também a nossa missão. Numa palavra, é criar a comunidade a exemplo da
comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
João 20,22: Jesus comunica o dom do
Espírito
Jesus soprou e disse: “Recebei o
Espírito Santo.” É só mesmo com a ajuda do Espírito de Jesus que seremos
capazes de realizar a missão que ele nos dá. Por isto que na vocação Shalom,
para esta vivência precisamos viver sobre a primazia da Graça, e para isto
precisamos entender o contexto do escrito Joanino, pois para as comunidades do
Discípulo Amado, Páscoa (ressurreição) e Pentecostes (efusão do Espírito) são a
mesma coisa. Tudo acontece no mesmo momento.
João 20,23: Jesus comunica o poder de
perdoar os pecados
Aqui tratando a questão de forma
comunitária, não se trata apenas do Perdão Sacramental (Concedido apenas aos
apóstolos).O ponto central da missão de paz está na reconciliação, na tentativa
de superar as barreiras que nos separam: “Aqueles a quem vocês perdoarem os
pecados serão perdoados e aqueles a quem retiverem serão retidos!” Este poder
de reconciliar e de perdoar é dado também à comunidade. No Evangelho de Mateus,
é dado de forma privilegiada a Pedro (Mt 16,19). Aqui se percebe a enorme
responsabilidade da comunidade em exercitar a reconciliação interna, não
deixando o sol se por sobre a nossa ira, mas também uma comunidade que se faz
ponte de reconciliação entre Deus e os homens. O texto deixa claro que uma
comunidade sem perdão nem reconciliação já não é mais uma Comunidade cristã,
mas um grupo, ou um aglomerado de pessoas indiferentes umas às outras, talvez
até um clube, onde só busco meus direitos de sócio, perde-se a dimensão da
esponsalidade missionária, realizada na gratuidade, dando de graça aquilo que
de graça recebemos.
João 20,24-29: A dúvida de Tomé -
Felizes, BEM AVENTURADOS, os que não viram e creram
Tomé, um dos doze, não estava
presente. E ele não crê no testemunho dos outros. Tomé é exigente: quer colocar
o dedo nas feridas da mão e do pé de Jesus. Quer ver para poder crer. Não é que
ele queria ver milagre para poder crer. Não! Tomé queria ver os sinais nas mãos
e no lado. Ele não crê num Jesus glorioso, desligado do Jesus bem humano que
sofreu na cruz. Sinal de que havia pessoas que não aceitavam a encarnação (2Jo
7; 1Jo 4,2-3; 2,22). A dúvida de Tomé também deixa transparecer como era
difícil crer na ressurreição, a grande novidade revolucionária.O texto começa
dizendo: “Uma semana depois”. Tomé foi capaz de sustentar sua opinião durante
uma semana inteira. Cabeçudo mesmo! Graças a Deus, para nós! Novamente, durante
a reunião da comunidade, eles têm a experiência profunda da presença de Jesus
ressuscitado no meio deles, tocam e experimentam o xoque da ressurreição. E
novamente recebem a missão de paz: “A paz esteja com vocês!” O que chama a
atenção é a bondade de Jesus. Ele a princípio não se apresenta logo criticando
a incredulidade de Tomé, mas aceita o desafio e diz: “Tomé, venha cá colocar
seu dedo nas feridas!”. Jesus confirma a convicção de Tomé, que era a convicção
de fé das comunidades do Discípulo Amado, a saber: o ressuscitado glorioso é o
crucificado que passou pela cruz. É neste Cristo que Tomé acredita, e nós
também. Com ele digamos: “Meu Senhor e meu Deus!” Esta entrega de Tomé é a
atitude ideal da fé. E Jesus completa com a mensagem final: “Você acreditou
porque viu. Felizes os que não viram e, no entanto, creram!” Com esta frase,
Jesus declara felizes a todos nós que estamos nesta condição: sem termos visto
acreditamos que o Jesus ressurreto que está no nosso meio é o mesmo que passou
pela cruz morrendo por nós.
Alargando o Shalom: A construção da
paz
O primeiro encontro entre Jesus
ressuscitado e seus discípulos é marcado pela saudação feita por ele: “A paz
esteja com vocês!” Por duas vezes Jesus deseja a paz a seus amigos. Esta
saudação é muito comum entre os judeus e na Bíblia. Ela aparece quando surge um
mensageiro da parte de Deus (Jz 6,23; Tb 12,17). Logo em seguida, Jesus os
envia em missão, soprando sobre eles o Espírito. Paz, Missão e no poder do
Espírito! Os três estão juntos. Afinal, construir a paz é a missão dos
discípulos e das discípulas de Jesus (Mt 10,13; Lc 10,5). O Reino de Deus,
pregado e realizado por Jesus e continuado pelas comunidades animadas pelo
Espírito, manifesta-se na paz (Lc 1,79; 2,14). O Evangelho de João mostra que
esta paz, para ser verdadeira, deve ser a paz trazida por Jesus (Jo 14,27).
Uma
paz diferente da paz construída pelo Império Romano para aquele tempo, e hoje
como diz profeticamente o nossso fundador Moyses:
“É
aí que se manifesta o desígnio de Deus para a nossa vocação. Em um mundo
marcado pelo pecado, ‘que errou bastante acerca do conhecimento de Deus, onde
reinam tantos males, o ocultismo, a não conservação da pureza nem na vida nem
no matrimônio, a impureza, o adultério, sangue, crime, roubo, fraude,
corrupção, deslealdade, revolta, perjúrio, perseguição dos bons, esquecimento
da gratidão, impureza das almas, inversão sexual, desordens no casamento,
despudor e etc, e ainda se diz em paz’ (Sb 14,22-26); o Senhor nos chama a
sermos anunciadores da sua paz (Is 52), a vivermos e proclamarmos a sua Paz. A
levarmos com a nossa vida, com a nossa palavra e com o nosso testemunho, o
Shalom de Deus aos corações; a sermos instrumentos de reconciliação do mundo
com Deus; a anunciarmos com todo o nosso coração, com todas as nossas forças a
salvação de Jesus Cristo e o seu Evangelho” (RVSh, 359)
Paz, na Bíblia (em hebraico é Shalom)
é uma palavra muito rica, significando uma série de atitudes e desejos do ser
humano. Paz significa integridade da pessoa diante de Deus e dos outros!
Por
isso mesmo, a proposta de paz trazida por Jesus também é sinal de “espada” (Mt
10,34), ou seja, de luta e perseguições para as comunidades. O próprio Jesus
faz este alerta sobre as tribulações promovidas pelo Império tentando matar a
paz de Deus (Jo 16,33). É preciso confiar, lutar, trabalhar e perseverar no
Espírito para que um dia a paz de Deus triunfe. Neste dia, “amor e verdade se
encontram, justiça e paz se abraçam” (Sl 85,11). Então, como ensina Paulo, “o
Reino será justiça, paz e alegria como fruto do Espírito Santo” (Rm 14,17), e
“Deus será tudo em todos” (1Cor 15,28).A
fim de correspondermos ao chamado divino de sermos discípulos e ministros da
Paz, o Senhor nos concede o caminho da CONTEMPLAÇÃO, da UNIDADE e da
EVANGELIZAÇÃO. (ECCSH, Preâmbulo parte II). Somos uma Comunidade Católica
reconhecida pela Igreja como "Comunidades Novas". Servirmos a Igreja
por meio de uma consagração de vida. Temos como fim último a
evangelização e a formação de filhos de Deus. Somos chamados a SER, no interior
da Igreja, discípulos e ministros da Paz; a acolher, viver e anunciar ao mundo
a Paz que é o próprio Jesus (cf. Ef 2,14).Nascida no meio dos jovens, a
Comunidade surgiu de um ardente desejo de evangelizar os jovens mais afastados
de Deus. Transformamos uma lanchonete em um meio de atração dos jovens a Deus.A
Comunidade Católica Shalom é formada por homens e mulheres que se doam a
Deus.Vocação esta que pode ser vivenciada de duas formas que se complementam: a
Comunidade de Vida, Comunidade de Aliança e Obra de Evangelização na vivência
do Carisma de paz.
Aspectos Gerais da Espiritualidade Shalom:
-Amor incondicional por Jesus Cristo, segundo o modelo de vida fraterna proposto
por São Francisco de Assis;
-Vida de oração segundo o caminho de Santa Teresa
D'Ávila;
-O espírito da Renovação Carismática Católica e o uso dos carismas do
Espírito Santo a serviço da Igreja;
-Amor filial à Virgem Maria, Rainha da Paz.
-Forte apelo a uma profunda vida de oração;
-Vida de louvor.
União da vida contemplativa e ativa;
-Exercício do amor fraterno segundo o modelo de unidade e caridade da Trindade.
-Opção radical pelo Evangelho e a vivência de seus conselhos;
-Amor sincero à
Igreja e um desejo real de servir no apostolado e na vida missionária.
A CONTEMPLAÇÃO
“A amizade com Deus é o âmago da nossa vocação. Decidir-se pela amizade divina
e crescer nesta amizade é o segredo da vida...” (Escritos Carta à Comunidade,
55).
“Contemplação que se configura como
amizade e intimidade com Deus em um caminho de oração pessoal e comunitária.
Contemplação que nos faz experimentar o Amor e nos concede o dom do Amor
Esponsal (base da nossa espiritualidade), esta chama viva que inflama e
purifica o coração capacitando-o a aderir incondicionalmente e com vigor à
bem-aventurada vontade do Pai.”(Escritos Carta à Comunidade, 53)
A UNIDADE:
“Como
é bom e agradável os irmãos viverem unidos...” (Salmo 132,1-2)
O ponto central da unidade é ser
reflexo da Trindade, pois as três pessoas se dão em amor, tornando a vivência
dessa unidade algo sobrenatural, pois não adianta querer viver
isso contando unicamente com minhas forças. É vivê-la na carne, que
com a graça de Deus, nos capacita a amar não apenas os que gosto, mas, também,
amar o não amável, aquele que ninguém ama, ou tenho dificuldade de amar.
“No
nosso Carisma, a Paz recebida pela contemplação do Ressuscitado que passou pela
Cruz é acolhida na vida comunitária por meio da vivência da Unidade. (Escritos
Carta à Comunidade, 93).
“Muito importa reconhecermos a beleza
da Comunidade que torna visível o Carisma. A Comunidade é um dom. Ela é bela e
nós somos profundamente gratos a ela, pois através dela Deus tanto nos
presenteou. Ela possui limites, que são os nossos, pois nossa humanidade, com
suas virtudes e limites, compõe a Comunidade. O amor pela Comunidade e o zelo
pelo Carisma que ela manifesta são fontes de Unidade...” (Escritos Carta à
Comunidade, 104).
De que forma podemos zelar pela
Unidade?
1)- Acreditar e ter Zelo pelo
carisma, bem como nas autoridades legitimamente constituídas.
2)- Não sendo engrenagem estranha (Do
contra), e envenando ao redor(Vomitar para cima para suas autoridades, jamais
para os lados, ou para baixo, pois o diálogo é o novo nome da caridade.
3)- Cobrindo (sem encobrir) as
fraquezas dos irmãos (Janela de Johari).
4)- Amando os não amáveis.
5)- Sendo o feliz Terceiro.
6)- Experimentando o suave cansaço
que a outros descansam.
A Evangelização
“No campo da evangelização, recordo
aos irmãos da Comunidade Católica Shalom que ela nasceu com esta missão. Para
nós, evangelizar não é uma questão de opção. Foi para isso que Deus nos
gerou.Por isso a evangelização torna-se para nós uma necessidade vital, um
feliz imperativo.A evangelização é constituída e indutora do nosso Carisma.
Isto significa que quando evangelizamos com alegria, ousadia e criatividade
estamos sendo nós mesmos e, ao mesmo tempo, crescemos na graça própria do
Carisma que nos foi concedido...”(Escritos Carta à Comunidade, 146 e 147).
“Pouco
a pouco, fui descobrindo o segredo da felicidade e da paz. Eu não as encontrei
em um caminho de busca de auto-realização. Ou seja, em uma vida vivida em vista
de mim mesmo, onde os outros entram na medida em que são úteis aos meus planos
e projetos de felicidade. [...] A felicidade e a paz eu as encontrei na medida
em que me esquecia de mim mesmo e, sem reservas, doava-me a Deus e aos outros.
Este doar-se não pode ser calculado, ou mensurado segundo as minhas medidas e
meus limites. Ele deve ser sem medidas como sem medidas é o Amor com o qual eu
fui amado.” (Escritos Carta à Comunidade, 95).
Só
no Céu teremos nosso verdadeiro descanso!
“Se calarem a voz dos
profetas, as pedras clamarão.” (Lucas 19,40)
O escrito “OBRA NOVA”
inicia-se com esta passagem profética revelada ao nosso fundador Moysés Azevedo: Isaias 43,19-21 : “Eis que vou fazer uma obra nova: ela está a começar
agora, e vós não a vedes? Abrirei um caminho no deserto, rios em lugar seco.
Glorificar-Me-ão as feras, os lobos e as avestruzes, porque farei brotar água
no deserto e rios na terra seca para matar a sede do meu povo, do meu
escolhido, o povo que formei para Mim, para que proclame o meu louvor...” A profecia hebraica é
o elemento que diferencia a religião israelita das outras religiões
contemporâneas. É também aquilo que deu a Israel uma perenidade e uma
capacidade de sobrevivência que as outras religiões não possuíam. Os profetas
de Israel pertencem à categoria dos “portadores de palavra”. Entre os povos e
religiões vizinhos a Israel são encontrados homens com atividade semelhante à
deles.Mas em Israel os profetas se distinguem pelo conteúdo de sua mensagem.Lá
são considerados a “boca falante de Deus no mundo”, falam em nome do Único Deus
a um povo eleito, com quem esse Deus fez aliança de amor.A partir do século
VII, o profetismo bíblico atinge seu apogeu. Deus se dirige a seu povo,
ameaçado por imensas catástrofes que se avizinham, uma série de mensageiros que
só desejam uma coisa: recolocar o povo no caminho reto da relação com seu Deus
e na proximidade tangível e palpável de sua presença. Não são adivinhos, não
predizem o futuro. Com uma sensibilidade refinada e um fogo de amor ardendo no
peito, os profetas clamam para chamar a atenção do povo, a fim de que volte à
Aliança.
Algumas linhas marcam o discurso de todos os profetas:
1)- A defesa da
justiça e do direito em Israel;
2)- A atitude crítica diante de práticas religiosas
vazias que não têm correspondência com a vida; um particular interesse pela
história que se torna, graças à intervenção profética, uma palavra de Deus;
3)- A espera vigilante das ações divinas que
revolucionarão o destino do povo.
4)- Os profetas não
são chefes políticos revolucionários, nem ideólogos de partidos.
5)- Trazem, porém, a
grande novidade do espiritualismo liberto de toda rigidez cultual.
6)- Dirigem-se a um
povo para falar-lhe em nome de Deus. Não fazem teoria, nem enumeram atributos
da divindade, mas têm por objetivo essencial colocar o povo no reto caminho da
presença de Deus.
7)- Preparam o povo
para a epifania do Senhor, que se aproxima e se revelará no mundo, dentro da
história.
Assim foi e fez João
Batista, o maior entre os filhos de mulher, de acordo com o Evangelho. Viu que
Jesus de Nazaré era a própria presença de Deus no meio da história, na
fragilidade da carne. E anunciou, e apontou: “Eis o cordeiro de Deus!” E pela
força dessa notícia enfrentou poderes e reis, perdendo a vida por sua
fidelidade e coragem. Assim foi Jesus de Nazaré, o profeta por excelência, que
dá sentido a toda profecia antes e depois de sua vinda. Mostrou a presença de
Deus na humildade do amor que se aproxima dos últimos desse mundo, trazendo-lhes
paz e vida em abundância.Assim são os profetas de hoje, nossos contemporâneos,
que erguem sua voz sem medo para denunciar injustiças e os desvios da verdade,e
anunciar o caminho da verdadeira vida, que é próprio ressuscitado que passou
pela Cruz.Não faltam os
profetas e a profecia nos dias de hoje, o que faltam são os ouvidos para escutá-los e corações para acolher: Hebreus 3,13-15: “Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias,
durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo
engano do pecado;Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos
firmemente o princípio da nossa confiança até ao fim. Enquanto se diz:
Hoje, se ouvirdes a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na
provocação em Meriba.” Seria
longo enumerar os profetas de hoje. São Protagonistas, estão na vanguarda, anunciam
o novo da parte de Deus. Todos os poderes constituídos os perseguiram sem piedade, bem como aqueles que querem
seguir seus próprios caminhos e instintos depravados. Queriam desesperadamente
calar sua voz. No entanto, a voz e o ensinamento de todos os profetas e todas as
profecias sobrevive, inspirando gerações e iluminando os caminhos da
humanidade. Com o nosso fundador
Moisés Azevedo, no protagonismo deste Carisma, não foi diferente na sua
epifania profética, num tempo em que a palavra de ordem era: " Quem sabe
faz hora não espera acontecer", teologia criticada por Hans Urs Von
Balhtazar em sua obra: Teologia da História.Um tempo onde se falar de Oração
pessoal e experiência com Deus soava de forma herética na praxis dos círculos
eclesiáticos daquele período conflituoso da Contra Revolução militar aos comunistas no Brasil. Por isto foi
incompreendido, perseguido, humilhado e caluniado,mas ele trazia a certeza profética da parte de
Deus e isto era sua motivação.Uma profecia para ser profecia precisa ser
confirmada, a Igreja nos confirmou: "Vós sois Igreja Missionária ".Assim falou
Mosenhor Hilko, presidente do Concelho Pontifício para os leigos em Roma, durante a solenidade de nosso reconhecimento
como Carisma da Igreja e a serviço da Igreja.Que a figura e radicalidade de
João Batista e todos os profetas de ontem e hoje, de ambos os sexos nos
acompanhem para termos a força de assumir o compromisso profético a nós dado
como graça pelo Batismo.Não há que ter medo. Pois o próprio Evangelho diz que, se
calarem a voz dos profetas, as pedras gritarão.Diz uma linda canção
cantada na Comunidade Shalom :
"Deus abrirá uma via onde não parece ter,
como Ele fará não sei, mas um
novo caminho eu verei.
Deus me guiará, me terá bem junto a Si,
todos os dias amor e força Ele me dará, nova via abrirá..."
E outra que cantamos assim:
"Terminará o que começou;
Ele fará um novo acontecer,
fará mesmo que eu não possa compreender.
Nascerá novo amanhã, eu já posso ver,
sei que posso crer, que nascerá novo viver,
Ele é fiel e suas promessas cumprirá..."
Sejamos gratos e
fieis ao chamado " Irrevogável" daquele que nos chamou e nos
predestinou desde toda eternidade, não por sermos os melhores, mas talvez até
por sermos os piores, os vasos de argila, para ai manifestar a sua glória e seu
poder, e desta forma, TODA OBRA PERTENCE ASSIM À AQUELE QUE NELAS TUDO
REALIZOU; e se todo chamado de Deus é para sempre, só podemos dar uma resposta a Ele que merece todo nosso louvor,
PARA SEMPRE também.Por tudo isto, olhando para a profecia e olhando para nossa
história podemos cantar:
"Somos nós este povo alcançados por tua luz, frutos da tua obra da
Cruz. "
Temos diversos Ministérios no uso dos
carismas da Espírito Santo, dentre eles:
Promoção Humana, Música, Teatro,
Dança, Livraria, Liturgia, Lanchonete, Formação, Grupo de Oração, Pastoreio,
Projeto Família, Projeto Criança, Acolhimento, Intercessão e
precisamos de sua ajuda para Evangelizar cada vez mais pessoas, que tal
juntar-se a nós !!!
Venha fazer esta experiência!
Shalom!
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APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. Sempre nos preocupamos com as questões de direito autoral e de dar o crédito a quem lhe é devido. Se por acaso alguém se sentir ferido(a) em seus direitos autorais quanto a textos completos, ou parciais, publicados ou traduzidos aqui (já que não consegui identificar e contatar alguns autores(as), embora tenha tentado), por favor, não hesite em nos escrever para que possamos fazer o devido registro de seus créditos, sejam de textos, fontes, ou imagens. Para alguns, erros de ortografia e de digitação valem mais que o conteúdo, e já invalida “todes” o texto? A falta de um “a”, de alguma vírgula, ou alguns trocadilhos, já são suficientes para não se ater a essência do conteúdo? Esclareço que levo mais tempo para escrever, ou repostar um conteúdo do que corrigi-lo, em virtude do tempo e falta de assessoria para isto. A maioria aqui de nossos(as) leitores(as) preferem focar no conteúdo e não na superficialidade da forma (não quero com isto menosprezar as regras gramaticais, mas aqui, não é o essencial). Agradeço as correções pontuais, não aquelas genéricas, tipo: “seu texto está cheio de erros de português” - Nas próximas pontuem esses erros (se puderem e souberem) para que eu faça as devidas correções. Semanalmente faço postagens sobre os mais diversos assuntos: política, religião, família, filosofia, sociologia, moral Cristã, etc. Há quem goste e quem não gosta de minhas postagens! Faz parte do processo, pois nem todos pensamos igual. Isso também aconteceu com Jesus e com os apóstolos e com a maioria daqueles(as) que assim se expõem. Jesus não disse que só devemos pregar o que agrada aos outros, mas o que precisamos para nossa salvação! Paulo disse o mesmo ao jovem bispo Timóteo (2Tm 4,1-4). Padre, seminarista, leigo católico e catequista não devem ter medo de serem contestados! Seja fiel ao Magistério Integral da igreja! Quem disse que seria fácil anunciar Jesus e seus valores? A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:
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