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João Paulo II, Viktor Frankl e Ayn Rand - Teologia, psicologia e sociologia forjadas na experiência da vida e não em mesas de escritório

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 7 de maio de 2018 | 23:09




O pensamento nascido da experiência sociológica de: Ayn Rand:


Ayn Rand nasceu em São Petersburgo, na Rússia pré comunista, em 2 de fevereiro de 1905. Testemunhou, portanto, já adolescente, a Revolução Russa. Ela sofreu duplamente com esse acontecimento. Primeiro, como toda família de classe média, do ponto de vista material na usurpação de seus bens.Segundo, porque desde muito cedo ela revelou grande interesse intelectual e a falta de liberdade que se instalou na Rússia soviética, que tornou a vida insuportável. Assim, em 1926, Ayn Rand consegue imigrar para os Estados Unidos onde, inicialmente, fixou residência na casa de parentes em Chicago. Após alguns meses mudou-se para Los Angeles onde viveu quase duas décadas produzindo roteiros para filmes e escrevendo os romances Anthem (1938) e The Fountainhead (1943), traduzido para o português sob o título “A nascente.”É curioso notar que os dois primeiros romances de Ayn Rand foram levados para as telas. We the living teve uma produção pirata na Itália fascista sem o conhecimento de Ayn Rand. Quando as autoridades italianas compreenderam a mensagem ideológica favorável à liberdade individual, o filme foi proibido na Itália e só depois da guerra se soube da produção. O segundo romance foi produzido em Hollywood e dirigido por King Vidor, tendo Gary Cooper no papel principal. Eles podem ser vistos na biblioteca do IL.







A grande e principal obra de Ayn Rand é, indiscutivelmente, “Quem é John Galt?” Trata-se de um “romance de tese” que já foi considerado por alguns críticos como o “Guerra e Paz” do capitalismo. A ação do romance transcorre num futuro indefinido nos Estados Unidos, quando as forças políticas “de esquerda” (socialistas ou sociais-democratas) já estão no poder. O país entrou em decadência e a economia caminha para o colapso. Esta obra se revela de enorme atualidade e interesse para o Brasil no início do século XXI. As políticas públicas adotadas na ficção de Ayn Rand são, em grande parte, iguais às em vigor no Brasil de hoje. Os slogans e chavões são os mesmos. Até os principais políticos da ficção têm as mesmas linhas de raciocínio e sofrem os mesmos defeitos de caráter dos políticos brasileiros da atualidade. John Galt é o principal personagem do livro. Ele conduz uma misteriosa greve dos homens “que pensam”. Algumas das falas do livro tornaram-se clássicos em defesa do capitalismo.


Ayn Rand apesar de ser Aristotécica,detesta racismo escravagista defendido por Aristóteles.Ela denomina o racismo como uma “maléfica, irracional e moralmente desprezível doutrina” (“Racismo”, em A Virtude do Egoísmo). E escravidão, sem necessidade de se citar, foi um “mal enorme”. Agora, partindo do pressuposto que Aristóteles foi provavelmente o defensor mais influente da escravidão e do racismo na história da civilização ocidental, devemos, nós, concluir que Aristóteles, por si só, era maléfico, irracional e moralmente desprezível? Claro que não.Essa conclusão pode parecer justificada, dado como Rand condena Kant como o “o homem mais perigoso da história da humanidade” (O Objetivista, Sept. 1971), mas não é assim que Ayn Rand avalia Aristóteles. Pelo contrário, ela descreve ele como “filosoficamente um Atlas que carrega toda a civilização ocidental nos seus ombros”. Ela continua “Qualquer progresso intelectual que a humanidade tenha alcançado repousa sobre suas realizações; sempre que sua influência se mostrou dominante, abriu-se caminho para brilhantes eras da história; e quando caiu sua filosofia, assim ocorreu com a humanidade”. (“Avaliação de Aristóteles de Randall”, em A Voz da Razão).

Na avaliação geral de Rand do livro Aristóteles (1960), pelo ilustre historiador da filosofia John Herman Randll Jr, ela teve conflito com a afirmativa “Aristóteles é um defensor do estado de bem-estar social”. Rand responde bruscamente: “Ainda que haja falhas na teoria política de Aristóteles, e há algumas, ele não merece esse tipo de indignidade”.O professor Randall, que salienta que o conhecimento deve assentar-se em evidência empírica, deve tomar conhecimento do fato empírico que ao longo da história a influência da filosofia de Aristóteles (principalmente da sua epistemologia) nos levou em direção à liberdade individual, da libertação do homem do poder do estado, que Aristóteles (posteriormente através John Locke) foi o pai filosófico da Constituição dos Estados Unidos da América e por conseguinte do Capitalismo.






De qualquer forma, quando Randall classificou Aristóteles como “um defensor do estado de bem-estar social”, ele estava sendo desnecessariamente modesto. Ao sustentar que o estado é “ambos natural e antecede o indivíduo”, Aristóteles procurou justificar um organicismo político, uma abordagem que Ayn Rand teria classificado como “coletivismo”, que influenciou profundamente Hegel e outros filósofos estadistas. E, ainda que algumas ideias de estado ideal de Aristóteles sejam menos repulsivas que o totalitarismo puro defendido por Platão, Aristóteles não estabeleceu limites teóricos acerca do poder em ditar a vida dos indivíduos, até os mínimos detalhes. Ernest Barker, um distinto historiador do pensamento político dos Gregos, expõe isso em relação a Platão e Aristóteles:


“O limite da interferência do estado nunca surgiu por si só como um problema na concepção deles… a austeridade de platão é famosa, no entanto até Aristóteles poderia definir a idade para casamento e a quantidade de filhos permitidos. Tudo que possúi influência moral pode vir a sofrer regulação moral” (A Política de Aristóteles, Oxford University Press, 1946, Introduction, p. li). 


A visão política de Aristóteles é contrária à teoria de governo limitado defendida por liberais individualistas. Em vez de começar com o que é bom para os individíduos e construir sua teoria de sociedade ideal fundamentada nisso (como encontrado nas teorias dos direitos naturais e contrato social), Aristóteles empregou o raciocínio típico coletivista que o bem social é supremo ao indivíduo; e daí ele trabalha retrocesso ao inferir que o que é bom para a comunidade também é bom para os seus membros, qualquer lei que restrinja liberdade individual para o bem da sociedade deve também beneficiar os cidadãos. Consequentemente quando ele propôs leis que deveriam reger um estado ideal, ele não percebeu os seus efeitos na liberdade individual como importantes o suficiente para considerar. Como filósofo que tinha descoberto as condições para uma boa sociedade, ele apenas precisava focar na codificação e aplicação dessas condições em termos de leis coercitivas. Como escrito em uma redação anterior:


“Aristóteles explicitamente repudia a noção de governo limitado que era defendida por alguns de seus contemporâneos. Ele citou o sofista Licofrão quando afirmou que um governo existe “por uma questão de aliança e segurança da injustiça” e que as leis devem servir como “uma garantia para a justiça”.





Aristóteles discordou. Em vez de limitar-se à esta função negativa – a aplicaçao da justiça, o estado deveria promover ativamente a boa vida.A fim de promover a boa vida e manter a ordem social, o estado deve promover virtudes cívicas. Aqueles “que procuram por um bom governo levam em consideração os vícios e virtudes do estado. Onde será inferido que virtude deve ser a manutenção do estado que verdadeiramente necessário.” Essa preocupação com a virtude cívica foi a base para o plano de Aristóteles da cocmpreensão do sistema de educação do estado, explicitamente baseado no modelo Espartano.


Seria difícil super estimar a influência de Aristóteles na defesa do racismo, escravidão e coletivismo político na filosofia, política e cultura Ocidental. Durante séculos as suas doutrinas mantiveram-se como obstáculos para o desenvolvimento das teorias que defendiam a igualdade de direitos e liberdades individuais. Mesmo assim, de acordo com Ayn Rand “Aristóteles é o pai do Individualismo” (Cartas de Ayn Rand, 17 de Abril de 1948). Levou séculos de desenvolvimento intelectual e filosófico para alcançarmos liberdade política. Foi uma longa luta, que se estendeu de Aristóteles à John Locke aos Founding Fathers (fundadores dos Estados Unidos da América). O sistema que eles estabeleceram não foi baseado na regra da maioria ilimitadamente, mas no contrário: nos direitos individuais…” (“Teoria e Prática”, em Capitalismo: O desconhecido ideal, p. 138). Além disso, “tudo o que nos torna civilizados, todos os valores racionais que possuímos é resultado da influência aristotélica” (“Para o Novo Intelectual, p. 23).


A visão de Rand acerca da história da filosofia se assemelha em alguns aspectos à abordagem de Hegel, que viu a história da filosofia como um desenvolvimento inevitável da profunda lógica das ideias, especialmente no campo da metafísica. Para Hegel, a intenção e propósito dos filósofos individuais eram amplamente irrelevantes para a forma como as teorias surgiram das suas premissas metafísicas; foi quase como se a história da filosofia pudesse ser escrita apenas com apenas referências acidentais de filósofos espeçíficos, que eram apenas estações para a inevitável jornada de ideias para suas destinações lógicas. De acordo com Hegel, assim que as ideias filosóficas se objetificam em tradições, cultura, e instituições de uma determinada sociedade, essas ideais irão influenciar profundamente a perspectiva intelecutal dos membros dessa sociedade.


É claro que as similaridades entre Hegel e Rand não devem ser levadas para muito longe disso; um dos motivos (dentro de vários), é que Hegel acreditava no determinismo fisófico do progresso, uma noção absolutamente alheia à maneira de pensar de Ayn Rand. Mas ambos os pensadores eram apaixonados pelo o que podemos chamar apenas de história a priori. Em vez de olhar, o mais imparcial possível, em como as ideias de um filósofo realmente influenciaram outros filósofos, ambos, Hegel e Rand, começaram com a premissa de que certos tipos de ideias, Hegel focado nas ideias metafísica, enquanto Rand mais dedicada à epistemologia – devem, por uma questão de lógica, superar as influências de todas as outras ideias, bem como eles desenvolvem na teoria política. Portanto, se a epistemología racional de Aristóteles não o previniu de defender racismo, escravidão e estadismo, isso só ocorreu porque o próprio Aristóteles não entendeu as implicações da sua própria epistemologia. E se defensores do racismo, escravidão e estadismo foram influenciados profundamente pelas teorias aristotélicas, é porque eles, também, não entenderam a inconsistência disso com a teoria do conhecimento de Aristóteles.



Mesmo que Hegel, as vezes, direcionava sua história da filosofia para encontrar as demandas de suas premissas, ele nunca falsificou registros históricos. A admiração de Ayn Rand por Aristóteles, que é justificada em vários aspectos, tirou o melhor dela.Até onde eu sei ela nunca mencionou a defesa do racismo e escravidão de Aristóteles, muito menos a tremenda influência que essa defesa causou em pensadores posteriores. Em vez disso ela reivindicou como “fato histórico que ao longo da história a influência da filosofia de Aristóteles (particularmente sua epistemologia) nos levou em direção aos direitos individuais, da liberação do homem do poder do estado.”


CONCLUSÃO:



É fato que todos os postulados teóricos econômicos de Karl Marx resultariam em, no mínimo, um espetacular e catastrófico fracasso quando postos em prática, pois é óbvio que um governo central com seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar os rumos de milhões de pessoas. Não tem cabimento. Não é preciso ser gênio para não dar credito a uma cultura e  ideologia sociológica de escritório, ou seja, aquelas criadas em uma sentada ou canetada por pseudo iluminados, mas dar crédito sim naquela testada na história da humanidade com tentativas de erros e acertos e naturalmente prevalecida, pois este tal Comunismo dito científico, de científico não tem absolutamente nada, pois tudo que é científico se caracteriza pela repetibilidade em laboratório, coisa que nenhum laboratório social Comunista mundo afora em suas tentativas de implantação o fez até agora, pois tudo descambou em ditaduras sanguinárias e desumanas de esquerda.



O capitalismo só seria excludente na medida em que o agente econômico só tivesse o que reclamar, e nunca o que oferecer. Tal situação é exceção para a maioria dos agentes econômicos, e não a regra. Já o capitalismo é justamente o sistema econômico mais sustentável, já que sua lógica interna é a do custo da escolha econômica recair sobre o agente que age e não sob terceiros, o que induz o agente a escolher de maneira racional como agir economicamente. É o Estado e o custo socializado da escolha econômica que gera, de maneira exponencial, a insustentabilidade do uso dos bens sociais.É óbvio que um governo central com seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento.No Bonde da História prevalece sempre a razão, e assim caminha a humanidade, pois não acredito em cultura e nem em ideologia de escritório, ou seja, naquelas criadas em uma sentada ou canetada por pseudo iluminados, mas naquela testada na história da humanidade com tentativas de erros e acertos e naturalmente prevalecida, pois este tal Comunismo dito científico, de científico não tem absolutamente nada, pois tudo que é científico se caracteriza pela repetibilidade em laboratório, coisa que nenhum laboratório social Comunista mundo afora em suas tentativas de implantação o fez até agora, pois tudo descambou em ditaduras sanguinárias e desumanas de esquerda.



Há realmente muito pouca gente interessada em demonstrar as vantagens e, principalmente, o lado moral e ético do capitalismo. Poucos se dão conta, por exemplo, de que, no livre mercado, os indivíduos só são recompensados quando satisfazem as demandas dos outros, ainda que isso seja feito exclusivamente visando aos próprios interesses.Ao contrário de outros modelos, o capitalismo não pretende extinguir o egoísmo inerente à condição humana, porém nos obriga constantemente a pensar na satisfação do próximo, se quisermos prosperar. Além disso, para obter sucesso em grande escala, você tem de produzir algo que agrade e seja acessível a muitas pessoas, inclusive aos mais pobres, e não apenas aos mais abastados.



Sob todos os aspectos o capitalismo é bem melhor do que o socialismo. Deveríamos bater mais nessa tecla de que a superioridade moral também é espantosa, e que um abismo intransponível separa um modelo baseado em trocas voluntárias de outro voltado para a “igualdade” forçada, que leva ao caos e à degradação de valores básicos da civilização. Quando você abastece seu carro, ou quando o avião aterrisa, escutamos o piloto agradecendo pela escolha da companhia aérea. Não por acaso, quando um cliente entra numa loja, a primeira coisa que ouve do vendedor é: “Em que posso ajudá-lo?”. E a última coisa que ambos dizem, depois de uma compra, é um duplo “obrigado!”. Um sinal inequívoco de que aquela transação foi vantajosa para ambos”, pois nesta relação é satisfeito o princípio: de cada um conforme a sua capacidade, e para cada um conforme a sua necessidade”.



O capitalismo fortalece os laços de cooperação e cordialidade, enquanto o socialismo leva ao cinismo, à inveja e ao uso da força para se obter o que se demanda. É verdade que o capitalismo produz resultados materiais bem superiores, mas esse não é “apenas” seu grande mérito: ele é também um sistema bem melhor sob o ponto de vista moral.No capitalismo quem chega ao topo elas estão mais ligadas ao mérito individual, enquanto na burocracia socialista elas dependem de favores e coação.No socialismo, os que chegam ao topo são os piores, os mais cínicos e mentirosos, os populistas, os bandidos, os exploradores, os inescrupulosos.Vide no Brasil petista, ou na Venezuela de Chávez e Maduro, ou em Cuba.E é isso que os liberais precisam destacar com mais frequência.








Não é necessário dicotomia no capitalismo como existe no socialismo de mercado-solidariedade, muito pelo contrário, ou seja, não é da benevolência, ou solidariedade do açougueiro que a comida chega a minha mesa, mas da busca recíproca de satisfações minha e dele, ou seja não precisamos da benevolência, ou solidariedade de governos, ou empresários para ter minhas demandas atendidas, mas do mercado competitivo, é assim que devem ser satisfeitas as nossas necessidades e preferências numa economia livre.

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