O pensamento nascido da experiência sociológica de: Ayn Rand:
Ayn Rand nasceu em São
Petersburgo, na Rússia pré comunista, em 2 de fevereiro de 1905. Testemunhou,
portanto, já adolescente, a Revolução Russa. Ela sofreu duplamente com esse
acontecimento. Primeiro, como toda família de classe média, do ponto de vista
material na usurpação de seus bens.Segundo, porque desde muito cedo ela revelou
grande interesse intelectual e a falta de liberdade que se instalou na Rússia
soviética, que tornou a vida insuportável. Assim, em 1926, Ayn Rand consegue
imigrar para os Estados Unidos onde, inicialmente, fixou residência na casa de
parentes em Chicago. Após alguns meses mudou-se para Los Angeles onde viveu
quase duas décadas produzindo roteiros para filmes e escrevendo os romances
Anthem (1938) e The Fountainhead (1943), traduzido para o português sob o
título “A nascente.”É curioso notar que os dois primeiros romances de Ayn Rand
foram levados para as telas. We the living teve uma produção pirata na Itália
fascista sem o conhecimento de Ayn Rand. Quando as autoridades
italianas compreenderam a mensagem ideológica favorável à liberdade individual,
o filme foi proibido na Itália e só depois da guerra se soube da produção. O
segundo romance foi produzido em Hollywood e dirigido por King Vidor, tendo
Gary Cooper no papel principal. Eles podem ser vistos na biblioteca do IL.
A grande e principal obra de Ayn Rand
é, indiscutivelmente, “Quem é John Galt?” Trata-se de um “romance de tese” que
já foi considerado por alguns críticos como o “Guerra e Paz” do capitalismo. A
ação do romance transcorre num futuro indefinido nos Estados Unidos, quando as
forças políticas “de esquerda” (socialistas ou sociais-democratas) já estão no
poder. O país entrou em decadência e a economia caminha para o colapso. Esta
obra se revela de enorme atualidade e interesse para o Brasil no início do
século XXI. As políticas públicas adotadas na ficção de Ayn Rand são, em grande
parte, iguais às em vigor no Brasil de hoje. Os slogans e chavões são os
mesmos. Até os principais políticos da ficção têm as mesmas linhas de
raciocínio e sofrem os mesmos defeitos de caráter dos políticos brasileiros da
atualidade. John Galt é o principal personagem do livro. Ele
conduz uma misteriosa greve dos homens “que pensam”. Algumas das falas do livro
tornaram-se clássicos em defesa do capitalismo.
Ayn Rand apesar de ser
Aristotécica,detesta racismo escravagista defendido por Aristóteles.Ela
denomina o racismo como uma “maléfica, irracional e moralmente desprezível
doutrina” (“Racismo”, em A Virtude do Egoísmo). E escravidão, sem
necessidade de se citar, foi um “mal enorme”. Agora, partindo do pressuposto
que Aristóteles foi provavelmente o defensor mais influente da escravidão e do
racismo na história da civilização ocidental, devemos, nós, concluir que
Aristóteles, por si só, era maléfico, irracional e moralmente desprezível? Claro
que não.Essa conclusão pode parecer justificada, dado como Rand condena Kant
como o “o homem mais perigoso da história da humanidade” (O
Objetivista, Sept. 1971), mas não é assim que Ayn Rand avalia
Aristóteles. Pelo contrário, ela descreve ele como “filosoficamente um Atlas
que carrega toda a civilização ocidental nos seus ombros”. Ela continua
“Qualquer progresso intelectual que a humanidade tenha alcançado repousa sobre
suas realizações; sempre que sua influência se mostrou dominante, abriu-se
caminho para brilhantes eras da história; e quando caiu sua filosofia, assim
ocorreu com a humanidade”. (“Avaliação de Aristóteles de Randall”, em A
Voz da Razão).
Na avaliação geral de Rand do
livro Aristóteles (1960), pelo ilustre historiador da
filosofia John Herman Randll Jr, ela teve conflito com a afirmativa “Aristóteles
é um defensor do estado de bem-estar social”. Rand responde bruscamente: “Ainda
que haja falhas na teoria política de Aristóteles, e há algumas, ele não merece
esse tipo de indignidade”.O professor Randall, que salienta que o conhecimento
deve assentar-se em evidência empírica, deve tomar conhecimento do fato
empírico que ao longo da história a influência da filosofia de Aristóteles
(principalmente da sua epistemologia) nos levou em direção à liberdade
individual, da libertação do homem do poder do estado, que Aristóteles (posteriormente
através John Locke) foi o pai filosófico da Constituição dos Estados Unidos da
América e por conseguinte do Capitalismo.
De qualquer forma, quando Randall
classificou Aristóteles como “um defensor do estado de bem-estar social”, ele
estava sendo desnecessariamente modesto. Ao sustentar que o estado é “ambos
natural e antecede o indivíduo”, Aristóteles procurou justificar um organicismo
político, uma abordagem que Ayn Rand teria classificado como “coletivismo”, que
influenciou profundamente Hegel e outros filósofos estadistas. E, ainda que
algumas ideias de estado ideal de Aristóteles sejam menos repulsivas que o
totalitarismo puro defendido por Platão, Aristóteles não estabeleceu limites
teóricos acerca do poder em ditar a vida dos indivíduos, até os mínimos
detalhes. Ernest Barker, um distinto historiador do pensamento político dos
Gregos, expõe isso em relação a Platão e Aristóteles:
“O
limite da interferência do estado nunca surgiu por si só como um problema na
concepção deles… a austeridade de platão é famosa, no entanto até Aristóteles
poderia definir a idade para casamento e a quantidade de filhos permitidos.
Tudo que possúi influência moral pode vir a sofrer regulação moral” (A Política de Aristóteles, Oxford
University Press, 1946, Introduction, p. li).
A visão política de Aristóteles é
contrária à teoria de governo limitado defendida por liberais individualistas.
Em vez de começar com o que é bom para os individíduos e construir sua teoria
de sociedade ideal fundamentada nisso (como encontrado nas teorias dos direitos
naturais e contrato social), Aristóteles empregou o raciocínio típico
coletivista que o bem social é supremo ao indivíduo; e daí ele trabalha
retrocesso ao inferir que o que é bom para a comunidade também é bom para os
seus membros, qualquer lei que restrinja liberdade individual para o bem da
sociedade deve também beneficiar os cidadãos. Consequentemente quando ele
propôs leis que deveriam reger um estado ideal, ele não percebeu os seus
efeitos na liberdade individual como importantes o suficiente para considerar.
Como filósofo que tinha descoberto as condições para uma boa sociedade, ele
apenas precisava focar na codificação e aplicação dessas condições em termos de
leis coercitivas. Como escrito em uma redação anterior:
“Aristóteles
explicitamente repudia a noção de governo limitado que era defendida por alguns
de seus contemporâneos. Ele citou o sofista Licofrão quando afirmou que um governo
existe “por uma questão de aliança e segurança da injustiça” e que as leis
devem servir como “uma garantia para a justiça”.
Aristóteles discordou. Em vez de
limitar-se à esta função negativa – a aplicaçao da justiça, o estado deveria
promover ativamente a boa vida.A fim de promover a boa vida e
manter a ordem social, o estado deve promover virtudes cívicas. Aqueles “que
procuram por um bom governo levam em consideração os vícios e virtudes do
estado. Onde será inferido que virtude deve ser a manutenção do estado que
verdadeiramente necessário.” Essa preocupação com a virtude cívica foi a base
para o plano de Aristóteles da cocmpreensão do sistema de educação do estado,
explicitamente baseado no modelo Espartano.
Seria difícil super estimar a
influência de Aristóteles na defesa do racismo, escravidão e coletivismo
político na filosofia, política e cultura Ocidental. Durante séculos as suas
doutrinas mantiveram-se como obstáculos para o desenvolvimento das teorias que
defendiam a igualdade de direitos e liberdades individuais. Mesmo assim, de
acordo com Ayn Rand “Aristóteles é o pai do Individualismo” (Cartas de Ayn
Rand, 17 de Abril de 1948). Levou séculos de desenvolvimento
intelectual e filosófico para alcançarmos liberdade política. Foi uma longa luta,
que se estendeu de Aristóteles à John Locke aos Founding Fathers (fundadores
dos Estados Unidos da América). O sistema que eles estabeleceram não foi
baseado na regra da maioria ilimitadamente, mas no contrário: nos direitos
individuais…” (“Teoria e Prática”, em Capitalismo: O desconhecido ideal, p. 138). Além
disso, “tudo o que nos torna civilizados, todos os valores racionais que
possuímos é resultado da influência aristotélica” (“Para o Novo
Intelectual, p. 23).
A visão de Rand acerca da
história da filosofia se assemelha em alguns aspectos à abordagem de Hegel, que
viu a história da filosofia como um desenvolvimento inevitável da profunda
lógica das ideias, especialmente no campo da metafísica. Para Hegel, a intenção
e propósito dos filósofos individuais eram amplamente irrelevantes para a forma
como as teorias surgiram das suas premissas metafísicas; foi quase como se a
história da filosofia pudesse ser escrita apenas com apenas referências
acidentais de filósofos espeçíficos, que eram apenas estações para a inevitável
jornada de ideias para suas destinações lógicas. De acordo com Hegel, assim que
as ideias filosóficas se objetificam em tradições, cultura, e instituições de
uma determinada sociedade, essas ideais irão influenciar profundamente a
perspectiva intelecutal dos membros dessa sociedade.
É claro que as similaridades
entre Hegel e Rand não devem ser levadas para muito longe disso; um dos motivos
(dentro de vários), é que Hegel acreditava no determinismo fisófico do
progresso, uma noção absolutamente alheia à maneira de pensar de Ayn Rand. Mas
ambos os pensadores eram apaixonados pelo o que podemos chamar apenas de
história a priori. Em
vez de olhar, o mais imparcial possível, em como as ideias de um filósofo realmente influenciaram outros
filósofos, ambos, Hegel e Rand, começaram com a premissa de que certos tipos de
ideias, Hegel focado nas ideias metafísica, enquanto Rand mais dedicada à
epistemologia – devem, por uma questão de lógica, superar as influências de
todas as outras ideias, bem como eles desenvolvem na teoria política. Portanto,
se a epistemología racional de Aristóteles não o previniu de defender racismo,
escravidão e estadismo, isso só ocorreu porque o próprio Aristóteles não
entendeu as implicações da sua própria epistemologia. E se defensores
do racismo, escravidão e estadismo foram influenciados profundamente pelas
teorias aristotélicas, é porque eles, também, não entenderam a inconsistência
disso com a teoria do conhecimento de Aristóteles.
Mesmo que Hegel, as vezes,
direcionava sua história da filosofia para encontrar as demandas de suas
premissas, ele nunca falsificou registros históricos. A admiração de Ayn Rand por Aristóteles, que é justificada em
vários aspectos, tirou o melhor dela.Até onde eu sei ela nunca mencionou a
defesa do racismo e escravidão de Aristóteles, muito menos a tremenda
influência que essa defesa causou em pensadores posteriores. Em vez disso ela
reivindicou como “fato histórico que ao longo da história a influência da filosofia de
Aristóteles (particularmente sua epistemologia) nos levou em direção aos direitos
individuais, da liberação do homem do poder do estado.”
CONCLUSÃO:
É fato que todos os
postulados teóricos econômicos de Karl Marx resultariam em, no mínimo, um
espetacular e catastrófico fracasso quando postos em prática, pois é óbvio que
um governo central com seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade
de ditar os rumos de milhões de pessoas. Não tem cabimento. Não é preciso ser
gênio para não dar credito a uma cultura e
ideologia sociológica de escritório, ou seja, aquelas criadas em uma
sentada ou canetada por pseudo iluminados, mas dar crédito sim naquela testada
na história da humanidade com tentativas de erros e acertos e naturalmente
prevalecida, pois este tal Comunismo dito científico, de científico não tem
absolutamente nada, pois tudo que é científico se caracteriza pela
repetibilidade em laboratório, coisa que nenhum laboratório social Comunista
mundo afora em suas tentativas de implantação o fez até agora, pois tudo
descambou em ditaduras sanguinárias e desumanas de esquerda.
O capitalismo só
seria excludente na medida em que o agente econômico só tivesse o que reclamar,
e nunca o que oferecer. Tal situação é exceção para a maioria dos agentes
econômicos, e não a regra. Já o capitalismo é justamente o sistema econômico
mais sustentável, já que sua lógica interna é a do custo da escolha econômica
recair sobre o agente que age e não sob terceiros, o que induz o agente a
escolher de maneira racional como agir economicamente. É o Estado e o custo
socializado da escolha econômica que gera, de maneira exponencial, a
insustentabilidade do uso dos bens sociais.É óbvio que um governo central com
seis burocratas dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a
esses milhões de pessoas. Não tem cabimento.No Bonde da História prevalece
sempre a razão, e assim caminha a humanidade, pois não acredito em cultura e
nem em ideologia de escritório, ou seja, naquelas criadas em uma sentada ou
canetada por pseudo iluminados, mas naquela testada na história da humanidade
com tentativas de erros e acertos e naturalmente prevalecida, pois este tal
Comunismo dito científico, de científico não tem absolutamente nada, pois tudo
que é científico se caracteriza pela repetibilidade em laboratório, coisa que
nenhum laboratório social Comunista mundo afora em suas tentativas de
implantação o fez até agora, pois tudo descambou em ditaduras sanguinárias e
desumanas de esquerda.
Há realmente muito
pouca gente interessada em demonstrar as vantagens e, principalmente, o lado
moral e ético do capitalismo. Poucos se dão conta, por exemplo, de que, no
livre mercado, os indivíduos só são recompensados quando satisfazem as demandas
dos outros, ainda que isso seja feito exclusivamente visando aos próprios
interesses.Ao contrário de outros modelos, o capitalismo não pretende extinguir
o egoísmo inerente à condição humana, porém nos obriga constantemente a pensar
na satisfação do próximo, se quisermos prosperar. Além disso, para obter
sucesso em grande escala, você tem de produzir algo que agrade e seja acessível
a muitas pessoas, inclusive aos mais pobres, e não apenas aos mais abastados.
Sob todos os aspectos
o capitalismo é bem melhor do que o socialismo. Deveríamos bater mais nessa
tecla de que a superioridade moral também é espantosa, e que um abismo
intransponível separa um modelo baseado em trocas voluntárias de outro voltado
para a “igualdade” forçada, que leva ao caos e à degradação de valores básicos
da civilização. Quando você abastece seu carro, ou quando o avião aterrisa, escutamos
o piloto agradecendo pela escolha da companhia aérea. Não por acaso, quando um
cliente entra numa loja, a primeira coisa que ouve do vendedor é: “Em que posso
ajudá-lo?”. E a última coisa que ambos dizem, depois de uma compra, é um duplo
“obrigado!”. Um sinal inequívoco de que aquela transação foi vantajosa para
ambos”, pois nesta relação é satisfeito o princípio: de cada um conforme a sua
capacidade, e para cada um conforme a sua necessidade”.
O capitalismo
fortalece os laços de cooperação e cordialidade, enquanto o socialismo leva ao
cinismo, à inveja e ao uso da força para se obter o que se demanda. É verdade
que o capitalismo produz resultados materiais bem superiores, mas esse não é
“apenas” seu grande mérito: ele é também um sistema bem melhor sob o ponto de
vista moral.No capitalismo quem chega ao topo elas estão mais ligadas ao mérito
individual, enquanto na burocracia socialista elas dependem de favores e
coação.No socialismo, os que chegam ao topo são os piores, os mais cínicos e
mentirosos, os populistas, os bandidos, os exploradores, os inescrupulosos.Vide
no Brasil petista, ou na Venezuela de Chávez e Maduro, ou em Cuba.E é isso que
os liberais precisam destacar com mais frequência.
Não é necessário dicotomia
no capitalismo como existe no socialismo de mercado-solidariedade, muito pelo
contrário, ou seja, não é da benevolência, ou solidariedade do açougueiro que a
comida chega a minha mesa, mas da busca recíproca de satisfações minha e dele,
ou seja não precisamos da benevolência, ou solidariedade de governos, ou
empresários para ter minhas demandas atendidas, mas do mercado competitivo, é
assim que devem ser satisfeitas as nossas necessidades e preferências numa
economia livre.
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