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A história é contada pelos vencedores?

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 25 de abril de 2018 | 22:27



















A PERGUNTA QUE FICA É: “SÓ A HISTÓRIA CONTADA PELOS PERDEDORES MERECE 100% DE CRÉDITO?”



Percebemos que a afirmação de que "a história é contada pelos vencedores" (portanto, falsa), não passa de uma FALÁCIA. Se por exemplo, na Segunda Guerra mundial Hitler tivesse vencido? Hitler perdeu, então a verdade dos fatos estão com os Nazistas e não com os aliados que venceram? O narrador tem suas crenças e ideologias, ele conta o fato conforme sua visão e seus objetivos, além do mais se ele venceu, os derrotados muitas vezes estão mortos, ou impedidos de contar a realidade dos fatos e não podem falar ao contrário, principalmente quando estão submetidos a regimes ditatoriais culturais, políticos e ideológicos, seja de esquerda, ou direita. Podemos até chegar a conclusão que tudo é relativo, inclusive a maldade, e o sistema moral, quando os fins justificam os meios, na visão e objetivos dos vencedores. Anacronismo é a tendência de se julgar pessoas e atos do passado com valores do presente. Quando eu tento revisitar o passado para entender o presente, busco imunizar-me quanto aos anacronismos, pois é muito fácil julgar de fora e distante do fato histórico, e da pessoa que o viveu. Em seguida, valho-me de três caracteres analíticos diferentes e divergentes em algumas concepções de visão da historiografia, mas que se tornam complementares, quando ampliamos a visão da história:



1)-Um de caráter socialista, que é de Antônio Gramsci, autor do clássico: “Concepção Dialética da História”.


2)-Outro de Arnold J. Toynbee, que escreveu a monumental obra: “Um Estudo da História”.


3)-Por último temos Thomas Carlyle, que viu a história a partir dos líderes, na obra: “Os Heróis”.




Arnold J. Tonynbee constatou que a “história não caminha em linha reta. Caminha em espiral”, palavra que vem do grego, spiros, que significa o fuso do parafuso. 





A esta diretriz, adicionamos a importância, não única dos líderes, dos seres humanos proeminentes, na deflagração e na execução de todo processo. Difícil é separar onde o líder é freado pelas condições objetivas, terminologia do linguajar marxista, e onde estas condições são potencializadas pela ação do povo através de seus líderes. Por último, a força dos extratos e dos segmentos que, no seio da sociedade, que estiverem organizados. Caso não estejam, a ação das lideranças é mais determinante.









Contrariando esta exposição, há os que como Napoleão Bonaparte, entendem que “história é um conjunto de mentiras a respeito do qual se chegou a um consenso”. Este conceito pode desembocar na conclusão de George Orwell, segundo a qual ele afirma que “a história é escrita pelo vencedores”, apesar de nunca se poder esquecer a importância dos aparentes perdedores no contexto que se fez história, tais como: Jesus Cristo, Tiradentes, E.U.A em Cuba e Vietnã. Os Cruzados quando perderam algumas Cruzadas para os muçulmanos, são exemplos clássicos. 



Muitas vezes a afirmativa de que a história é escrita pelos vencedores, é verdadeira, sim, na medida em que os povos vencedores exterminavam ou absorviam os vencidos, e só sobreviviam os relatos escritos pelos vencedores. Hoje em dia, com as pesquisas arqueológicas, vai se descobrindo aos poucos outras versões. 



Tomemos como exemplo a batalha de Kadesh, travada por volta de 1.300 A.C. entre duas superpotências da época, o Egito do faraó Ramsés II e o Ipério Hitita. 




Durante muito tempo, só se conhecia o relato egípcio da batalha, uma vitória arrasadora dos egípcios. Com a descobertas de ruínas hititas e após terem decifrado a sua escrita, os historiadores tiveram uma visão bem diferente dos fatos. Pelo que sabemos hoje, a batalha terminou sem vencedores, a tal ponto que egípcios e hititas assinaram o que é considerado hoje o primeiro tratado de paz do mundo, um pacto de não agressão, o que indica claramente que as perdas foram grandes demais para os dois lados, de modo que resolveram cessar as hostilidades. Guerras mais recentes foram documentadas de melhor forma, e já é possível fazer relatos mais isentos dos fatos. Mas decidir o que é a verdade, em termos históricos, é algo muito difícil, principalmente quando há questões ideológicas, religiosas ou de preconceito envolvidas. 





Alguém já afirmou que o revolucionário encena sua narrativa sempre em dois atos contraditórios:





“Em uma mão uma flor, na outra uma arma (como eles dizem: endurecendo sem perder a ternura). Nos lábios um sorriso, no coração o ódio. Nos sonhos bravura, na realidade a covardia em eliminar discordantes. Nas palavras solidariedade, nas ações violência. Na intenção benevolência, nos atos ânsia por vingança. No discurso teórico a paz, no campo prático o discurso do ódio. Nos ideais harmonia, na prática tirania. Fingir e mentir em prol da "causa, ou da utopia”, este é o sublime lema dos revolucionários e progressistas”.







A história do Brasil foi contada pelos vencedores?



Que vencedores?




D. Pedro I proclamou a independência do Brasil e existem milhares de documentos da época, nos museus e na Biblioteca Nacional que comprovam os fatos acontecidos, e ao final, o que importa não são os detalhes, o que importa é que o Brasil ficou independente de Portugal em 7 de Setembro de 1.822, é este o fato histórico indiscutível e importante. Na história da proclamação da república a mesma coisa, essa história não foi contada por vencedor nenhum, foi contada pelos documentos preservados da época, foi contada pelos jornais diários que existiam por todo o Brasil e davam as notícias dos acontecimentos. O fato histórico primordial foi que em 15 de Novembro de 1.889 o Brasil se tornou uma república e os relatos deste acontecimento histórico não foi contado por vencedor nenhum foi contado por milhares de narradores espalhados por todo o Brasil.




Um outro exemplo histórico e distante no passado, que aconteceu no período entre 264 a.C. e 146 a.C, foi a guerra entre Roma e Cartago pelo domínio do Mediterrâneo. 





A história desse fato foi contada apenas pelos romanos que foram os vencedores da guerra? Obviamente que não. Os romanos tinham historiadores e fizeram o relato dos acontecimentos da forma que eles os viram, mas, existiram muitos outros historiadores no Egito, em Alexandria, no Oriente Médio, na Grécia que também fizeram suas narrativas, e existem os documentos que tratam do mesmo fato histórico, que foram preservados. Mas, disso tudo, o fato histórico fundamental, que mudou o destino do mundo, foi que Roma ganhou a guerra e destruiu por completo Cartago, e desta forma, Roma se tornou a dona do Mediterrâneo e da Europa, e é por isso que falamos português hoje no Brasil, uma língua latina, uma vez que a língua romana, o latim, com a vitória de Roma também se tornou a língua mais faladaDesta forma, não existe prova alguma de que "a história é contada pelos vencedores". Então, por que existe esse falso "conceito" disseminado na sociedade? Essa é uma das muitas mentiras inventadas pelos "intelectuais" do marxismo "cultural", e que faz parte da "luta" para destruir as bases da sociedade ocidental.





Karl Marx disse:




"A história é luta de classes."




Engels disse:





"Se Napoleão não tivesse existido outro teria feito tudo o que ele fez."



Em função destes “dois dogmas do marxismo”, temos de obrigatoriamente concluir conforme os marxistas, que:






1. Não existem fatos históricos uma vez que a história é apenas luta de classes, ou seja, todos os acontecimentos se resumem em luta de classes.




2. A história é determinista, os grandes homens não tem valor para o marxismo, é a história por si só que faz acontecer e não a ação humana dos grandes homens e mulheres. Os "intelectuais" marxistas se acham o “supra sumo” da humanidade, ou seja, se consideram as pessoas mais sábias do mundo e no direito de conduzir a humanidade, porém, a humanidade sempre foi conduzida pelos grandes homens e não pelos "sábios intelectuais marxistas", e isso provocou neles grande ódio contra os grandes homens e contra a sociedade que os respeita e os homenageia, por isso eles imaginaram o marxismo "cultural" que é uma estratégia a longo prazo para abalar as bases da sociedade ocidental: A pátria, a propriedade, a sã tradição, a família, o direito, a filosofia, e a política, e com tudo isto sob seu controle, ter o domínio do bonde da história.




3.Os historiadores contam a história a partir dos fatos constantes nas fontes históricas que relatam a ação humana ao longo da história. Para alguns historiadores a história não é mera luta de classes econômicas, e não existiu nenhuma luta de classes na Segunda Guerra Mundial, ou seja, as classes não se uniram em um plano mirabolante, foi uma luta entre nações. Para denegrir a história contada pelos historiadores, os marxistas deram corda a falácia de que a história é contada pelos vencedores. E como eles dominam nas universidades nas áreas de humanas, há muitos anos eles vem "ensinando" isso aos estudantes, que depois de formados vão dizer e repetir até convencerem a todos desta falácia, e por fim, até acabarmos em ver um ator da novela de maior pico de audiência da Globo, como se ele fosse a mais alta autoridade no assunto, repetindo com todas as letras: 
"A história é contada pelos vencedores...”A história é escrita pelos vencedores, é o que se diz comumente. Pena que os vencidos não se deem conta de que talvez não tenham sido vencidos. A grande verdade, é que nem sempre a história da vida real tem final feliz como nos romances, porém é preciso não perder o fio condutor do bonde da história. Não se pode ainda falar de vencedores e vencidos, porque não se pode confundir, perder uma batalha, com perder uma guerra, pois a luta continua!






CONCLUSÃO:






Não, a história não contada por vencedores, ela é contada por historiadores das mais diversas épocas e nações, a história é contada pelos escritores, pelos jornais, pelo folclore, pelos museus, pelas peças históricas que ficaram e são a imagem viva da história. A história da França dos séculos XVIII e XIX com a revolução francesa e Napoleão não foi contada por vencedor nem perdedor algum, foi contada pelos franceses e pelos europeus de todas as nações envolvidos nestes acontecimentos. Napoleão perdeu a guerra para a Inglaterra, mas, a história da França dessa época foi contada pelos ingleses vencedores? Não, de forma alguma, os próprios acontecimentos contam a história da França dessa época, na batalha final de Waterloo existiam dezenas de pessoas das mais diversas nacionalidades observando a batalha e anotando os acontecimentos, a história da batalha de Waterloo foi contada pelos que a observaram e não pelos vencedores ingleses. (Por exemplo sobre a Batalha de Waterloo, a Biblioteca Nacional de Portugal, tem um relato detalhado dessa batalha. Esta ai a história da Batalha de Waterloo sendo contada nem por perdedores nem por vencedores, está sendo contada por historiadores independentes).
 




São poucos os historiadores, como Eric Hobsbawm, que concedem algumas palavras a países como o Brasil. Ou mesmo ao passado que legou ao mundo uma outra face do universo, como foi com Portugal, por mais estranho que pareça à maioria que o ignora. Há nisso, sem dúvida a inestimável colaboração dos jornais, dos jornalistas, mas também de professores, intelectuais e políticos. Partem deles as concessões às histórias oficiais. Só que nem sempre por sua culpa, sua "máxima culpa" como diziam os antigos cristãos. Há exemplos recentes. Graças à ditadura salazarista, de mais de cinqüenta anos, Portugal viveu um período de obscuridade do qual até hoje não parece ter se recuperado plenamente. Não obstante, há historiadores ingleses, por exemplo, que concedem que sem a batalha naval de Diu, nas costas da Índia, quando os portugueses trucidaram os turcos e árabes num confronto em que com não mais que umas centenas de caravelas, destroçaram várias centenas de embarcações do Império Otomano, o Ocidente retardaria sua hegemonia sobre o Oriente. Não é senão mais um capítulo de sangue em que a artilharia dos navios portugueses mostrou ao que veio. Mas os portugueses se impuseram ao mundo de então, em pleno século XV. Não se estima que isso valha grande coisa para os produtores de Hollywood. Ou mesmo para a história que os próprios portugueses aprendem nas escolas e em que a Inglaterra e os Estados Unidos como que sempre foram hegemônicos, ou que isso, afinal, poderá ter um fim como tudo mais.





O mundo hoje viaja em um NAVIO CRUZEIRO que já não se importa o destino, mas qual cardápio vai ser servido no almoço, ou jantar...” (Sören Aabye Kierkegaard).






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25 de setembro de 2020 às 19:17

Tua argumentação é rasa e falaciosa, mas ajuda a refletir. Gostei do tema escolhido e da pesquisa que fizestes.

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