Uma imagem contraditória do Verdadeiro
Cristo, que ao Contrário do cristo da Teologia da Libertação, não veio para
matar, mas para dar a vida por todos,
pois Cristo não morreu apenas pelos pobres, mas por todos pecadores.Antes é preciso definir qual o significado da palavra “ateísmo”.Pessoas detém-se na definição etimológica dela, ou seja, a-teísmo quer dizer não-deus. O ateu, portanto, é aquela pessoa que diz que Deus não existe.Todavia, segundo o Catecismo da Igreja Católica, o ateísmo é algo bastante complexo, com inúmeras facetas. Vejamos: “Muitos de nossos contemporâneos não percebem de modo algum esta união íntima e vital com Deus, ou explicitamente a rejeitam, a ponto de o ateísmo figurar entre os mais graves problemas do nosso tempo. O termo ateísmo abrange fenômenos muitos diversos. Uma forma frequente é o materialismo prático, de quem limita suas necessidades e suas ambições ao espaço e ao tempo. O humanismo ateu considera falsamente que o homem é ‘seu próprio fim e o único artífice e demiurgo de sua própria história’. Outra forma de ateísmo contemporâneo espera a libertação do homem pela via econômica e social, sendo que a ‘religião, por sua própria natureza, impediria esta libertação, na medida em que, ao estimular a esperança do homem numa quimérica vida futura, o desviaria da construção da cidade terrestre.” (CIC.: 2123-2124) - Como se vê, a definição etimológica não é suficiente, pois o sentido da palavra é muito mais amplo.Coligindo
os vários tipos de ateísmo é possível perceber que todos eles terminam numa
atitude fundamental: o homem declara-se autônomo, ou seja, não depende
mais de Deus para nada.Adotar
a atitude de autonomia perante Deus significa tão somente colocar-se no lugar
Dele. Portanto,
o que existe não é ateísmo, mas idolatria. O homem que se autodiviniza. Seja o
homem individual, seja a coletividade do ser humano que passa a determinar o
que é certo e o que é errado(Esta também, é moral libertária dos Fortes na fé,
os entendidos da Teologia da libertação).Muitas
pessoas creem que Deus é uma realidade irrelevante para vida, que existindo ou
não nada muda na vida de cada um. Mas isso não é verdadeiro, pois, se existe um
Deus criador e mantenedor de tudo, o homem não se pertence. Se
existe um Deus, o homem é para ele. Se Ele é criador, o homem é criatura. Ele é
o oleiro, o homem o barro, que deve se deixar modelar por Ele. É o homem que
deve se adequar ao plano de seu criador. E, sendo assim, a perspectiva do homem
muda completamente.O
início da vida acadêmica marca também o início do conhecimento do liberalismo
moral. Estatisticamente já foi comprovado que o público acadêmico é muito mais
liberal moralmente que as pessoas que não fazem parte desse ambiente.
E é justamente o liberalismo moral que
faz com que os jovens deslizem na direção do ateísmo!
Ora,
para um jovem com alguma noção religiosa trazida da família, isto traz
conflitos internos. Neste momento, o que acontece é que tanto os professores da
Universidade quanto os próprios colegas desse jovem oferecem uma solução mágica
para o seu drama de consciência: A
relativização do certo e do errado e decretação da autonomia do homem
(ateísmo).Assim, a pessoa é introduzida no relativismo moral, quando não existe
uma verdade, mas variantes, de acordo com o entendimento de cada um. Sendo
assim, todas as opiniões são válidas. Ousar discordar ou afirmar que existe uma
só verdade torna o indivíduo um ditador, pois estará querendo impor a sua
própria moral. O indivíduo se torna um imperialista moral!
Este fenômeno é o que o Papa Emérito
Bento XVI chamava de “ditadura do relativismo”
“Enquanto o relativismo, isto é,
deixar-se levar “aqui e além por qualquer vento de doutrina”, aparece como a
única atitude à altura dos tempos hodiernos. Vai-se constituindo uma ditadura
do relativismo que nada reconhece como definitivo e que deixa como última
medida apenas o próprio eu e as suas vontades.” (Missa pro eligendo Pontífice,
18/04/2005) [1]Nesse
sentido, o homem toma o lugar de Deus e o campus universitário pode ser
comparado com o lugar onde o homem colhe o fruto da árvore proibida, da árvore
do bem e do mal e torna-se um homem ‘para além do bem e do mal’[2], numa independência total, na qual se
pode afirmar: “eu sou Deus, eu determino o que é o bem, eu determino o que é o
mal”.A
ideia de haver um criador é absurda, pois é o próprio homem quem tudo define e
determina.O filósofo ateu Friedrich Nietzsche,
morto no ano de 1900, é o porta-voz dessa mentalidade que se instalou nas
universidades.Em
seu livro “Assim falava Zaratrusta”, no capítulo chamado “Ilhas
Bem-Aventuradas”, ele profere o seguinte aforismo:“Meus
irmãos, eu irei abrir-vos claramente a minha consciência: Se existissem deuses,
como suportaria eu não ser um deus? Logo, os deuses não existem.”Ora,
esse raciocínio de Nietzsche não tem nada de científico, é uma falácia total. É
algo que não se sustenta, mas, infelizmente, convence interiormente quem vive o
drama de sua consciência.Então,
se o jovem sente o peso de sua consciência é muito mais difícil ir a um
confessionário e fazer o propósito de emendar-se. Mais fácil é, com uma
canetada, tirar Deus da lista e atribuir aqueles sentimentos a uma educação
retrógrada, conservadora, ultrapassada.Os tempos são outros, somos modernos, o pecado é coisa de
antigamente, agora, cada geração, cada sociedade determina o que é bem, o que é
mal (O inferno não é Cristão, é criação medieval da Teologia do medo).Melhor
ainda, cada pessoa pode fazer a sua própria lei, de acordo com as suas próprias
convicções e vontades. Tudo é relativo. Sendo assim, o homem se torna deus, se
coloca no lugar de Deus.É
por isso que nas universidades o que se tem não é um crescente ateísmo, mas
sim, uma crescente idolatria!Elas
são especialistas, em seu ambiente, em amordaçar a voz da consciência,
inserindo os jovens na chamada “ditadura do relativismo”. O preço que se paga
por isso é muito alto, pois as pessoas, ao se declararem autônomas,
independentes de Deus imaginam que se tornam livres. Mas, não é isso que
acontece, pelo contrário, elas se tornam escravas da tristeza, do vazio, do
pecado. No ambiente universitário não é diferente.A
virtude, por sua vez, não vicia. Jamais se ouvirá dizer que alguém está viciado
na generosidade, já na avareza sim.Uma pessoa não é viciada na castidade,
mas na luxúria, no sexo desregrado, sim. Outra não pode ser viciada na
sobriedade, mas na droga, no álcool, sim. Portanto, o homem, ao querer se
libertar de Deus, escraviza-se, descendo abaixo de sua própria natureza.
Deus não dificulta a autonomia humana,
pelo contrário, Ele liberta na verdade e não através de ilusões!
“A
verdade vos libertará”, disse Jesus Cristo. Os ambientes universitários
deveriam ser lugares em que se busca a Verdade e ela, ao ser encontrada,
deveria transformar a todos em pessoas que se põe a serviço do conhecimento e
da ciência! Esta deveria ser a vocação de todo universitário e da universidade!
Referências:
1.Santa Missa «Pro Eligendo Romano
Pontifice» homilia do Cardeal Joseph Ratzinger decano do colégio cardinalício
2.Alusão ao livro “Para Além do Bem e do Mal”, de
Friedrich Nietzsche.
Autor:
Padre Paulo Ricardo
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