Aceitem a democracia!
"O povo tem escolhido a ordem, o progresso, a liberdade econômica e de expressão, o respeito às famílias, e à religião". (Jair Bolsonaro Ex-presidente da República: 2019-2022, filiado ao PL ).
Os ventos da democracia sopram com direção e sentido bem definidos. Na Argentina, no Brasil, nos Estados Unidos, a maioria dos eleitores escolhe candidatos, partidos e programas da direita.
Alguns analistas e cientistas políticos, pouco confortáveis com as soberanas decisões populares, tentam apresentar muitos desses movimentos como se fossem uma guinada "ao centro" - Não é!
Basta prestar atenção às propostas ultimamente aprovadas nas urnas. Nos lugares onde o povo tem sido chamado a opinar, a maioria escolhe a ordem, o desenvolvimento, o progresso, a liberdade econômica, a liberdade de expressão, o respeito às famílias e à religião, o patriotismo.
São as bandeiras que nós, da direita, estamos levantando há anos, mesmo sob graves ameaças autoritárias. Nada consegue conter a onda conservadora! Nem a censura, nem os cancelamentos, nem o boicote econômico, nem as perseguições policiais, nem as longas, arbitrárias, e injustas prisões. A resistência e a resiliência da direita têm uma razão muito simples: nossas bandeiras, mesmo sob ataque grosso dos veículos de comunicação e de seus jornalistas, expressam os sentimentos e anseios mais profundos da maioria da sociedade!
E nenhuma medida administrativa ou repressiva tem sido capaz de modificar essa tendência. Pois, quando uma ideia ganha a alma do povo, é inútil tentar matá-la simplesmente por meio da violência.
A moda é nos acusar de inimigos da democracia!
Mas, quem mostra dificuldade de aceitar a democracia é a esquerda, quando a maioria do povo decide por caminhos diferentes do que ela gostaria. Basta olhar a reação da esquerda às suas derrotas. Quando podem, como na Venezuela, simplesmente frauda, na caradura, o resultado eleitoral. Quando não, como agora no vitorioso retorno do presidente Donald Trump à Casa Branca, lamenta-se por ter permitido que seus adversários da direita disputem as eleições. Esses são os que se apresentam como "democratas", autonomeados "salvadores da democracia", uma democracia que pisoteiam quando podem.
Além do mais, vivem numa realidade paralela, ilhados dentro das suas bolhas, afastados do povo e dos trabalhadores que um dia disseram representar!
São incapazes de compreender que não é possível, a não ser numa ditadura absoluta, impedir a manifestação da vontade popular, da qual os líderes são apenas portadores desses anseios.
Se suprimirem um líder (da direita), outro aparecerá!
E como têm aparecido líderes capazes de canalizar e expressar a vontade majoritária do povo! Agora mesmo, nas nossas eleições para prefeitos e vereadores, os homens e as mulheres da direita invadiram democraticamente, pela força do voto, a arena política, num tsunami de afirmação poucas vezes visto!
Nossos quadros, nos diversos partidos, surgem às dezenas, centenas. E onde estão os novos quadros da esquerda? Alguém sabe? Alguém viu? Não estão em lugar nenhum. O cenário da esquerda é de envelhecimento e desolação. Até os seus porta-vozes menos alheios à realidade reconhecem. Isso ocorre por uma razão muito simples: o jardim da política só floresce quando é irrigado pela vontade popular. Quando uma força política se desconecta do sentimento da maioria, é inevitável que definhe.
Pode até resistir por um tempo à custa da repressão e do uso desavergonhado dos orçamentos públicos, mas seu destino está traçado: Está destinada à irrelevância, ou mesmo, a desaparecer!
Com quantas antigas potências do cenário político não vimos isso acontecer? Cada um que faça suas escolhas. Nós, da direita, tão injustamente acusados de "extremismo", continuaremos perseverando no caminho que sempre defendemos, o da liberdade e da democracia, entendida como o governo do povo.
Continuaremos nos esforçando para ouvir o povo e estar conectados aos anseios mais profundos da sociedade, mesmo quando estes não encontram espaço nos mecanismos tradicionais de formação da opinião pública. E trabalharemos com a serenidade e a obstinação de quem se esforça todos os dias por um futuro melhor para as pessoas, para as famílias e para o nosso Brasil.
Fonte: FOLHA DE SP
(11/11/2024)
Bolsonaro publicou na Folha. "E se fosse Lula aqui na Gazeta do Povo"?
Por *Paulo Polzonoff Jr.
Bolsonaro
na Folha: "no tocante a isso, aceitem a democracia aí, talquei?"
E
lá vou eu defender o ex-presidente Jair Bolsonaro. Fazer o que, se a esquerda
autoritária me obriga? Acabei de ver, por exemplo, Ricardo Noblat dizendo que a
Folha de S. Paulo, jornal que no domingo (10) abrigou um artigo “escrito” pelo
ex-presidente, deve explicações ao seu leitor por “normalizar um líder
autoritário”. Ricardo Kotscho foi outro esquerdista superdemocrático que subiu
nas tamancas para reclamar do texto, intitulado “Aceitem a democracia”. Pois é.
Também acho que ficou faltando um “talquei” aí. Aliás, o ataque de pelanca do
militante veterano é tão histérico que chega a ser engraçado. Kotscho, incapaz
de atender ao apelo do ex-presidente e, ora bolas!, aceitar a democracia, diz
que o simples fato de Bolsonaro ser publicado pela progressista Folha é “um
golpe no estômago”. Note que eterno assessor de imprensa de Lula achou por bem
substituir “soco” por “golpe”. Inteligente, né?
“É”, você diz. Mas você só diz isso porque não
leu o primeiro parágrafo da réplica esquentadinha de Kotscho. Acompanhe comigo:
“Ao longo de minha carreira como jornalista [carteirada], um ensinamento
simples [falsa humildade], mas profundo [tapa na testa] (...) sempre me guiou:
“tem coisa que pode e tem coisa que não pode” [oh, God!]. Na mesma linha,
Gleisi Hoffman disse que ler o artigo de Bolsonaro sobre democracia é “parecido
com ler artigo de um assassino defendendo o direito à vida”. Alguém dê um
Rivotril para essa senhora, por favor!
Mais
um milagre de Bolsonaro!
Ao ler isso, pensei: taí mais um milagre de Bolsonaro! Porque só mesmo o ex-presidente para fazer uma petista defender o direito à vida (desde a concepção, espero) e tratar assassino como criminoso, e não vítima da sociedade, na mesma frase.
Aliás, aí está um primeiro efeito positivo do artigo que a gente sabe que foi escrito por um ghost writer, mas vamos fingir que foi pelo Bolsonaro, talquei? Não foi o único. Outro efeito positivo que me ocorre está no escancaramento (mais uma vez) do caráter autoritário da esquerda. Se bem que desse já estou careca de saber. E tem um que merece um parágrafo só para si. Me refiro à tentativa, evidentemente calculada, de estabelecer um diálogo com o leitor da Folha de S. Paulo. E justamente no momento em que parte da direita, empolgada com a vitória de Donald Trump, já começa a ter delírios de vingança. Eis aqui o que há de mais admirável (sim, admirável) no artigo de Bolsonaro: ele é um convite para que a esquerda perceba sua mais profunda incoerência. Se alguém aceitará o convite e se, em aceitando e percebendo a incoerência, mudará de lado ou pelo menos reconhecerá o pendor totalitário do progressismo, isso já é querer saber demais.
Provocação
E
é aqui que entra a provocação do título: como vocês, leitores deste conceituado
jornal, agiriam se Lula publicasse um artigo na Gazeta do Povo? O tema? Sei lá.
Pode ser desde “Minhas férias ao lado de Janja” até uma defesa das punições do
STF aos coitados do 8/1 . Não precisa nem ser um artigo; pode ser uma crônica
na qual o ghost writer derrame todo o seu talento literário. Só não pode ser
poema porque para tudo existe um limite nesta vida.
Ideias
opostas
De
volta à questão, porém, e pressupondo que o texto assinado por Lula e
generosamente publicado pela editoria de Opinião tivesse algum valor: será que
os leitores se revoltariam? Haveria um cancelamento em massa de assinaturas?
Será que os leitores leriam o texto antes de comentar? E as refutações seriam
educadas ou furiosíssimas? Por fim, será que nós, da direita, estamos mesmo
dispostos a aceitar a mera possibilidade de que nossos adversários, por mais
repugnantes que sejam eles, expressem ideias opostas às nossas?
Ideias
ou personagens?
Respondendo
à minha própria pergunta: não sei se o problema tem mais a ver com o choque de
ideias antagônicas ou com os personagens envolvidos. Tendo a imaginar,
portanto, uma reação muito mais intolerante a um ponto de vista de esquerda
defendido por Lula do que ao mesmo ponto de vista defendido por uma
personalidade menos caricata. De qualquer modo, nem sei se posso convidar, mas
se puder fica registrado o convite ao presidente Lula.
*Paulo
Polzonoff Jr. é jornalista, tradutor e escritor - Os textos do colunista não
expressam, necessariamente, a opinião da Gazeta do Povo.
Fonte - https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/polzonoff/bolsonaro-folha-lula-gazeta-do-povo/?comp=app-ios
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