Rachel de Queiroz (falecida em 4 de novembro de 2003) escritora, jornalista, tradutora, cronista prolífica, e importante dramaturga brasileira. No dia 4 de agosto 1977, foi eleita para a Academia Brasileira de Letras, se tornando a primeira mulher a ocupar uma cadeira na instituição. Nascida em Fortaleza, capital cearense, em 1910, Rachel mudou-se para o Rio de Janeiro com os pais, para fugir da seca que assolou a região em 1915. Nesse seu dramático, sincero e comovente depoimento, ela fala de sua falta de fé em Deus, do qual não se orgulha e lamenta essa sua condição. Raquel de Queiroz — que foi comunista na juventude e morreu conservadora — em entrevista concedida à TV Câmara em 2000, já aos noventa anos (morreria três anos mais tarde, em 2003). A sala, em que recebeu os repórteres, estava cheia de imagens religiosas. Ao mesmo tempo que dizia não acreditar em Deus, afirmava "ser muito triste não crer, e esperava que Deus lhe mandasse a fé algum dia". Não se considerava ateia, pois achava muito feia a palavra, pois não era antireligiosa, apenas não tinha fé.
-“Infelizmente, não tenho fé. Não tenho orgulho disso, tenho até vergonha. Confesso com tristeza: não tenho fé. Gostaria de ter. Muitos amigos meus tinham fé. Minha melhor amiga, Alba Frota, que morreu no desastre de avião em que morreu Castelo Branco, era muito religiosa e eu dizia: Albinha, reze por nós duas!"
-"Eu me criei em colégio de freira. Nunca fui uma antirreligiosa. Não tenho fé, porque Deus não me deu. Mas eu acho isso uma falha na minha personalidade que me faz muita falta. Quando eu passo por uma dor — perdi pai, perdi mãe, perdi minha filha —, é terrível não ter um santo, uma coisa em que você se acolha. É muito solitário e muito triste não ter fé. Eu espero que Deus me mande a fé algum dia..."
-"Eu
não tenho fé. Não acredito nem em Deus. Quando eu tenho um desespero, alguma
coisa — como quando minha filhinha estava morrendo —, eu não tenho a quem pedir
nada. Só podia chorar. É muito ruim. Quem tem uma fezinha pequenininha, que
possa cultivá-la, ague, adube, faça tudo para sua fezinha render, porque é um
dos dons que mais auxilia, que mais apoio dá…"
-"Quem
não tem fé é uma pessoa infeliz! Não tem aspirações. É muito ruim. Agora, você
também está aí nesse dilema: eu simular que tenho fé? Não vou fazer isso. Tenho
impressão que a gente que não tem um sobrenatural em si, é como se tivesse um
buraco na cabeça, uma falta. Mas o que é que a gente vai fazer? Mas também sair
fingindo que sou [crente] é muito difícil…"
-"Eu
nunca escrevi uma palavra contra religião. Nunca escrevi uma coisa contra
padre. Fui educada em um colégio de irmã de caridade, e nunca nas minhas
memórias do colégio fiz uma referência pouco amável às freiras que me educaram.
Eu sou muito ligada… Minha avó Rachel, que era religiosíssima, eu adorava ela."
-"De
forma que eu tinha tudo pronto (para ter fé)... Quem sabe eu ainda tenho fé um dia…”
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