As revelações divinas
contidas na Bíblia foram escritas em uma época em que os homens devido as
circunstâncias contextuais comandavam o mundo, e por consequência, a mulher era
subordinada a ele. Por isso, muitas passagens da Bíblia, lidas com os olhos de hoje, são
consideradas machistas. Mas estas mulheres conscientes de sua missão, lutaram
pelo seu espaço e ganharam importância fundamental tanto no passado como no
presente, conquistando hoje o protagonismo que lhe cabe, inclusive na Igreja
Católica, onde hoje elas são maioria. As mulheres da Bíblia têm muito
para ensinar às mulheres de hoje. A Bíblia tem vários exemplos de mulheres
tementes a Deus, que fizeram a diferença no seu tempo. Essas mulheres se
destacaram em seu tempo e mostraram que Deus usa todos para cumprir seus
propósitos, independente das circunstâncias. Podemos aprender valorosas e
permanentes lições com a história delas. (conf.Romanos 15,4; 2 Timóteo 3,16-17)
Esta despretensiosa matéria que apenas contribuir sem encerrar o assunto,
falando brevemente apenas algumas das mulheres mencionadas na Bíblia. Muitas
delas são exemplos a ser imitados. Outras não, pelo seus maus exemplos, que nos
dão um alerta do que não devemos fazer (1 Coríntios 10,11; Hebreus 6,12). O
livro de Provérbios 31 nos ensina as caraterísticas de uma mulher virtuosa, que
serve a Deus. Ao longo da Bíblia, várias mulheres se tornaram exemplos de
mulheres virtuosas, mostrando que é possível viver de maneira exemplar.
Essas mulheres têm grandes lições de vida para ensinar, tanto para mulheres
quanto para homens, enfim, para a grande família humana. As escrituras falam de
grandes mulheres sábias, valentes e dedicadas a Deus e a sua obra. Mulheres que
dedicaram e arriscaram suas vidas em prol do reino de Deus. Mulheres que
fizeram a diferença em um tempo em que sequer eram contadas como seres humanos.
Acompanhe agora algumas que fizeram uma grande obra, porém claro, a Bíblia fala
de muitas outras. Mulheres que às vezes não tiveram sequer seus nomes citados,
mas suas histórias estão registadas na Palavra de Deus e no coração de quem
conviveu com elas.
*1)-O mau exemplo da desobediência de Eva e sua restauração em Maria!
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(a dignidade
perdida em Eva é restaurada em Maria) |
Quem era Eva? Eva foi a primeira mulher que existiu e também,
a primeira mulher a ser mencionada na Bíblia.
O que ela fez? Eva desobedeceu a uma
ordem clara de Deus. Assim como o seu marido, Adão, Eva gozava da perfeição da
criação anterior ao pecado, tinha liberdade de escolha e a capacidade de
desenvolver as mesmas qualidades de Deus, como amor e sabedoria. (Gênesis 1,27) Eva sabia que Deus
tinha dito para Adão que, se eles comessem de determinada árvore do jardim (do
conhecimento do bem e do mal), eles morreriam. Só que Satanás enganou Eva e
disse que ela não morreria. Na verdade, Satanás fez com que Eva acreditasse que
teria uma vida melhor se desobedecesse a Deus, inclusive se tornaria igual a
Deus. Daí, ela comeu o fruto e ainda depois
convenceu o seu marido a fazer o mesmo (Gênesis 3,1-6; 1 Timóteo 2,14).Eva em seu orgulho é seduzida pela serpente e introduz o pecado no mundo. Maria pelo seu sim e sua humildade, pisa na cabeça da serpente e introduz Jesus o Salvador do mundo na humanidade!
O que podemos aprender com o mau exemplo de Eva?
Eva é um exemplo que
nos alerta como é perigoso ficar desejando ser igual a Deus, e não apenas
semelhante, pois somos criaturas. Deus tinha dado uma ordem clara.
Mesmo assim, Eva desenvolveu um desejo muito forte de possuir um conhecimento que só
compete a Deus (o bem e o mal em plenitude), e pior ainda, querer ser igual a
Deus ou seja, onipotente, onisciente e onipresente. (Gênesis 3,6; 1
João 2,16).
2)-O bom exemplo de Abigail (A.T)
Quem era Abigail? Ela foi a esposa de um homem rico e malvado
chamado Nabal. Mas Abigail era sensata e humilde, além de ser muito bonita tanto física
como espiritualmente. — 1 Samuel 25,3.
O que ela fez? Agindo com sabedoria e
discernimento, Abigail evitou que uma tragédia acontecesse. Ela e Nabal viviam
na região onde Davi estava se escondendo como fugitivo antes de se tornar rei
de Israel. Davi e seus homens protegeram os rebanhos de Nabal enquanto estavam
ali. Mas, quando os mensageiros de Davi foram pedir alimentos a Nabal, Nabal se
recusou a ajudar. Davi ficou furioso! Ele e seus homens estavam
decididos a matar Nabal e todos os homens da casa dele (conf.1 Samuel
25,10-12.22). Quando Abigail soube o que seu marido tinha feito, agiu rapidamente.
Ela pediu que seus servos levassem alimentos para Davi e os homens dele, e
depois ela mesma foi até Davi implorar por misericórdia. (1 Samuel 25,14-19;24-31).
Davi viu o que Abigail tinha enviado em suprimentos, percebeu sua humildade e ouviu o conselho
sábio dela; então ele reconheceu que Deus estava usando Abigail para impedir
uma tragédia. (1 Samuel 25,32-33) Logo depois disso, Nabal morreu e Davi se casou
com Abigail (1 Samuel 25,37-41).ABIGAIL,
esposa de Nabal que, com as suas súplicas a David, salvou toda a sua família da
morte; Maria co-redentora do género humano, com o seu Filho, e sua oferta de mãe na cruz, coopera com seu filho livrando-nos da
morte eterna.
O que podemos aprender com Abigail?
Embora fosse rica e
bonita, Abigail tinha um ponto de vista equilibrado sobre si mesma. Com o
objetivo de manter a paz, ela estava disposta a se desculpar por algo que não
era culpa dela. Ela resolveu uma situação tensa com calma, usando as
virtudes da prudência, coragem e da sabedoria, as quais exercitou ao longo de
sua vida.
3)- O bom exemplo da jovem Sulamita (A.T.)
Quem era a jovem
sulamita?
Ela era uma linda jovem camponesa que foi personagem principal do livro
Canônico: O Cântico de Salomão. A Bíblia não fala exatamente o nome dela.
O que ela fez? A moça Sulamita se
manteve leal ao jovem pastor que ela amava. (Cântico de Salomão 2,16) Como era
muito bonita, ela chamou a atenção do rico rei Salomão, que tentou conquistá-la.
(Cântico de Salomão 7,6). Embora outros a incentivassem a escolher Salomão, ela
se recusou a fazer isso. Ela amava o humilde pastor e foi leal a ele (Cânticos
dos Cânticos 3,5; 7,10; 8,6).
O que podemos aprender com a jovem Sulamita?
Ela era modesta, apesar
de ser uma jovem muito bonita e de receber muita atenção de outros. Ela com
muita determinada determinação, não permitiu que tentações outros sentimentos
além dos que tinha pelo seu amado, se sobrepusessem sobre a sua razão pela
pressão externa de outros(as) (talvez até de sua família e amigas) pela
possibilidade de ficar rica e famosa. Ela manteve suas emoções sob controle e
permaneceu moralmente pura, serena e pacificada, ou seja, não permitiu misturas
de sentimentos, mas manteve-se focada naquilo que realmente queria.
*4)- O mau
exemplo da mulher de Ló (A.T.)
Quem era a mulher de Ló? A Bíblia não fala o nome dela. Sabemos
apenas que ela teve duas filhas e que ela morava com sua família na cidade de
Sodoma (Gênesis 19,1 -15).
O que ela fez? Assim como Eva, ela desobedeceu a uma ordem de
Deus. Deus havia decidido destruir Sodoma e as cidades vizinhas por causa da
grande imoralidade sexual que existia ali. Deus amava o justo Ló e sua
família, que viviam na cidade de Sodoma; por isso, Ele mandou dois anjos para
tirá-los da cidade e levá-los para um lugar seguro (Gênesis 18,20; 19,1-13). Os
anjos disseram para Ló e sua família fugirem e não olharem para trás.
Se não seguissem essas instruções, eles morreriam. (Gênesis 19,17) Mas a mulher
de Ló “olhou para trás, e ela se transformou em uma coluna de sal” (Gênesis
19,26).
O que podemos aprender com o mau exemplo da mulher de Ló?
A história dela nos mostra
como é perigoso não confiar em Deus, estar apegado(a) as coisas materiais deixadas
para trás por circunstâncias até catastróficas permitidas por Deus, ponto de
tirarmos o nosso olhar para as coisas que não passam e nos fixar naquelas que
passam. Jesus falou dela como um mau exemplo, o qual serve de alerta para nós.
Ele disse: Lucas 17,32-33:“Lembrai-vos
da mulher de Ló. Qualquer que procurar salvar a sua vida, perdê-la-á, e
qualquer que a perder, salvá-la-á”.Nossa atitude diante de
tudo que nos aconteça deve ser sempre aquela de Jó:“E
disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá. O Senhor o deu, e o
Senhor o tomou: Bendito seja o nome do Senhor!” ( Jó 1,21-22)
5)- O bom exemplo de Ana (A.T.)
Quem era Ana? Ela era a esposa de Elcana e mãe de Samuel.
Samuel se tornou um profeta bem conhecido no Israel antigo. (1Samuel
1,1-2;4-7).
O que Ana fez? Como Ana não conseguia
ter filhos, ela buscou a Deus para obter consolo. O marido de Ana tinha duas
esposas. Sua outra esposa, Penina, tinha filhos, mas Ana não teve filhos por um
bom tempo depois de ter se casado. Penina humilhava Ana com crueldade. Mas Ana
orava a Deus pedindo consolo. Ela fez um voto a Deus: ela disse que, se
Ele permitisse que ela tivesse um filho, ela dedicaria esse filho a Ele. Ana
iria entregar o filho para servir a Deus no tabernáculo, uma tenda portátil que
a nação de Israel usava para adorar a Deus (1 Samuel 1,11). Deus atendeu a
oração de Ana e ela teve um filho chamado Samuel. Ana cumpriu sua promessa e
levou Samuel para servir no tabernáculo quando ele ainda era bem pequeno. (1
Samuel 1,27-28) Todos os anos, ela fazia uma túnica sem mangas e levava para
ele. Depois, Deus abençoou Ana com mais três filhos e duas filhas (1 Samuel
2,18-21).
O que podemos aprender com Ana?
As orações que Ana
fazia com todo seu coração a ajudaram a enfrentar situações difíceis. A oração
de agradecimento que ela fez, registrada em 1 Samuel 2,1-10, mostra como era
grande a fé e intimidade que ela tinha para com Deus.
*6)- O mau
exemplo da Dalila (A.T.)
Quem era Dalila? Ela foi uma mulher por
quem o juiz israelita Sansão se apaixonou (Juízes 16,4-5).
O que Dalila fez? Ela aceitou dinheiro
dos oficiais filisteus para trair Sansão. Javé estava usando Sansão para
libertar os israelitas dos filisteus. Os filisteus não conseguiam derrotar
Sansão por causa da incrível força que ele tinha ganhado de Deus. (Juízes 13,5)
Então, os oficiais filisteus pediram a ajuda de Dalila. Os filisteus subornaram
Dalila e pediram que ela descobrisse como Sansão tinha ganhado sua força.
Dalila aceitou o suborno e, depois de várias tentativas, ela descobriu o
segredo de Sansão. (Juízes 16,15-17). Daí então, ela contou para os filisteus o
que tinha descoberto. Com isso, eles conseguiram derrotar e prender Sansão
(Juízes 16,18-21).
O que podemos aprender com Dalila?
Dalila é um completo mau
exemplo! Usou seu poder sedutor unicamente em favor de si mesma. Movida exclusivamente por ganância, ela agiu de maneira desleal e
egoísta, enganando um servo de Deus e por consequência o povo eleito para ser
luz das Nações.
7)- O bom exemplo de Débora (A.T.)
Quem era Débora? Ela foi JUÍZA e profetisa que o Deus de Israel,
Javé, a usou para revelar qual era a vontade d’Ele em assuntos relacionados ao
Seu povo. Como juíza, Deus também a usou para resolver problemas que existiam entre os
israelitas (Juízes 4,4-5).
O que ela fez? Débora, corajosamente apoiou o povo de Deus. Seguindo
a orientação de Deus, ela convocou Baraque para liderar o exército israelita
numa guerra contra os cananeus. (Juízes 4,6-7). Quando Baraque pediu
que Débora fosse junto com ele para a batalha, ela teve coragem e aceitou
prontamente (Juízes 4,8-9). Depois de Deus dar a vitória aos israelitas, Débora
compôs pelo menos parte do cântico que ela e Baraque cantaram sobre o que tinha
acontecido. Nesse cântico, ela fala do que Jael, outra mulher corajosa, fez
para ajudar a derrotar os cananeus (Juízes 5).
O que podemos aprender com o bom exemplo de Débora?
Débora exercitou a virtude
da fé, da coragem e da gratidão, pois estava disposta a se sacrificar pelos
outros. Pela sua bravura e determinação, ela encorajou outros a obedecerem a
Deus. E, quando eles fizeram isso, ela os elogiou pelo que tinham feito.
8)- O bom exemplo de Ester (A.T.)
Quem era Ester? Ela era uma mulher judia que foi escolhida
pelo rei persa Assuero para ser sua rainha.
O que ela fez? Ao contrário de Dalila, ou seja, não pensando
em si mas em seu povo, Ester usou a influência que tinha como rainha para
impedir o extermínio do seu povo. Ela descobriu que havia sido emitido um
decreto oficial que especificava um dia em que todos os judeus que viviam no
Império Persa seriam mortos. Esse plano perverso foi ideia de Hamã, que servia
como primeiro ministro. (Ester 3,13-15; 4,1-5) Com a ajuda de Mordecai, seu
primo mais velho, Ester revelou o plano ao seu marido, o rei Assuero, mesmo correndo
risco de vida. (Ester 4,10-16; 7,1-10) Daí, o rei Assuero permitiu que Ester e
Mordecai emitissem um outro decreto, autorizando os judeus a se defender. Os
judeus derrotaram os seus inimigos com sucesso (Ester 8,5-11; 9,16-17). ESTER,
esposa do rei Assuero, pela suas súplicas também salvou o seu povo da destruição;
como Maria nos salvou por seu Filho e pela sua contínua mediação da graça.
O que podemos aprender com o bom exemplo de Ester?
Ester deu um excelente
exemplo no uso das virtudes da coragem, humildade, sabedoria e modéstia. (Salmo
31,24; Filipenses 2,3) Embora fosse muito bonita e ocupasse uma
posição de poder, ela buscou ajuda e conselhos de outros. Ela falou com seu
marido de forma corajosa, mas com tato e respeito. E, mesmo quando os
judeus estavam condenados à morte, ela teve coragem de não negar sua origem e
disse ao seu rei e esposo, que era um deles.
9)- O bom exemplo de Jael (A.T.)
Quem era Jael? Ela era a esposa de
Héber, um homem que não era israelita. Jael corajosamente ajudou o povo de Deus.
O que ela fez? Jael agiu com firmeza quando Sísera,
chefe do exército cananeu, chegou ao acampamento dela. Sísera tinha perdido a
batalha contra Israel e agora estava fugindo em busca de abrigo. Jael o
convidou para se esconder e descansar na sua tenda. Daí, enquanto ele dormia,
Jael o matou (Juízes 4,17-21). O que Jael fez cumpriu uma profecia que
Débora havia falado: “Será nas mãos de uma mulher que Javé entregará Sísera.”
(Juízes 4,9) Por causa do que fez, Jael foi elogiada como “a mais abençoada
das mulheres” (Juízes 5,24).
O que podemos aprender com o exemplo de Jael?
Jael teve iniciativa,
firmeza e agiu com coragem pensado não apenas em si mesma. A sua experiência
mostra que Deus pode manobrar situações históricas e circunstanciais para que
suas profecias se cumpram.
*10)- O mau
exemplo de Jezabel (A.T.)
Quem era Jezabel? Ela era a esposa de Acabe, que foi rei de Israel.
Ela não era israelita e não adorava a Javé. Em vez disso, ela adorava a Baal,
um deus cananeu.
O que ela fez? Jezabel era uma rainha autoritária, cruel e
violenta. Ela promovia a adoração de Baal, que incluía a imoralidade sexual.
Ao mesmo tempo, ela tentava acabar com a adoração a Javé o Deus verdadeiro (1
Reis 18,4-13; 19,1-3). Para conseguir o que queria, Jezabel mentia
e até matava as pessoas. (1 Reis 21,8-16).Como Deus predisse, ela teve
uma morte violenta e não foi enterrada (1 Reis 21;23; 2 Reis 9:10, 32-37)
O que podemos aprender com Jezabel?
Jezabel é um completo
mau exemplo para uma mulher de Deus! Era inescrupulosa, ou seja, não tinha princípios
e estava sempre disposta a fazer qualquer coisa para satisfazer sua vontade
narcisista. Por isso, o seu nome se tornou símbolo de uma mulher que é descarada,
imoral, sem nenhum respeito por autoridade!
11)- O exemplo da vida de Leia (A.T.)
Quem era Leia? Ela foi a primeira esposa de Jacó. Sua irmã
mais nova, Raquel, era a outra esposa dele (Gênesis 29,20-29).
O que Leia fez? Leia foi mãe de seis filhos de Jacó. (Rute 4,11).
Jacó
queria ter se casado com Raquel, não com Leia. Mas o pai das moças, Labão, fez
com que Leia tomasse o lugar de Raquel. Quando Jacó percebeu que tinha
sido enganado e tinha se casado com Leia, ele confrontou Labão. Labão disse que não era costume a filha mais nova se casar
antes da mais velha. Daí, uma
semana depois, Jacó se casou com Raquel (Gênesis 29,26-28).Jacó amava mais a
Raquel do que Leia. (Gênesis 29,30) Por isso, Leia ficava com ciúmes e estava
sempre competindo com sua irmã pelo amor e atenção de Jacó. Deus viu o
que Leia estava penando sem culpa, pois cumpria os costumes de ordens de seu
pai, então Deus a abençoou com seis filhos e uma filha (Gênesis 29,31).
O que podemos aprender com a vida de Leia?
Leia era uma boa filha,
confiava em Deus e orava a Ele. Embora tivesse problemas na sua família, ela
conseguia ver como Deus a estava ajudando, e era grata por isso. (Gênesis
29,32-35; 30,20). A vida de Leia mostra de maneira realista que a
poligamia não funciona, pois é um amor dividido, e sempre haverá preferências,
embora Deus tenha tolerado essa prática por um tempo, pois neste contexto se
morriam muitos homens nas guerras constantes com povos vizinhos. O
padrão de casamento aprovado por Deus é que o homem tenha apenas uma esposa, e
a mulher apenas um marido (Mateus 19,4-6). Leia aprendeu isto de forma muito
dura ao ver a preferência de seu esposo por sua irmã mais nova Raquel.
12)-O exemplo de Mirian (A.T.)
Quem era Mirian? Ela era a irmã de Moisés e de Arão. Ela
foi a primeira mulher na Bíblia a ser chamada de profetisa.
O que Mirian fez? Como era profetisa, ela transmitia as mensagens de
Deus para outros. Ela tinha uma posição importante em Israel e cantou
um cântico de vitória junto com os homens depois que Deus destruiu o exército
egípcio no Mar Vermelho (Êxodo 15,1-20.21).Mas, algum tempo depois,
provavelmente por orgulho e ciúme, Miriã e Arão começaram a criticar Moisés.
Deus viu isto e os repreendeu. (Números 12,1-9) Daí, Deus puniu Miriã com
lepra, aparentemente porque foi ela que começou a falar mal da autoridade
Moisés. Mas Moisés implorou que Deus a curasse, e Ele fez isso. Depois de ficar
em isolamento por sete dias, ela pôde voltar para o acampamento de Israel
(Números 12,10-15).A Bíblia indica que
Miriã aceitou a dura punição corretiva que recebeu. Muito tempo depois,
ao falar aos israelitas, Deus mencionou o privilégio especial que ela teve: “Eu
enviei à sua frente Moisés, Arão e Miriã.” (Miqueias 6,4).
O que podemos aprender com a vida de Miriã?
O que aconteceu com
Miriã mostra que Deus está atento ao que seus servos falam uns dos outros e
principalmente das autoridades legitimamente instituídas. Também,
aprendemos que, para agradar a Deus, precisamos lutar contra o orgulho e a
inveja, males que trazem problemas para vida Comunitária. Esses sentimentos e
atitudes podem nos levar a falar e fazer algo que vai manchar a reputação de
alguém que pode perder a credibilidade e liderança junto à aqueles que Deus
lhes confiou.
12)-O bom exemplo de Raabe (A.T.)
Quem era Raabe? Ela era uma prostituta que vivia em Jericó,
uma cidade cananeia. Ela se tornou adoradora de Javé.
O que ela fez? Raabe escondeu dois israelitas que estavam
espionando a terra em que ela morava. Ela fez isso porque tinha ouvido relatos de
que o Deus de Israel, Javé, havia libertado o seu povo do Egito e,
depois, de um ataque da tribo dos amorreus. Raabe ajudou os dois espiões e
implorou que eles salvassem a ela e sua família quando viessem destruir Jericó.
Eles
concordaram, mas com as seguintes condições: ela não podia contar para ninguém
o que eles estavam fazendo, ela e sua família deviam ficar dentro da casa dela
durante o ataque dos israelitas, e ela devia pendurar
uma corda vermelha na janela para identificar sua casa. Raabe obedeceu a todas as instruções, e ela e sua
família sobreviveram quando os israelitas destruíram Jericó. Mais tarde, Raabe
se casou com um israelita e se tornou antepassada entrando na genealogia tanto
de Davi como de Jesus (Josué 2,1-24; 6,25; Mateus 1,5-6.16).
O que podemos aprender com Raabe?
A Bíblia fala de Raabe
como um grande exemplo de fé. (Hebreus 11,30-31; Tiago 2,25). A
história dela mostra que Deus é misericordioso e imparcial, e não nos trata
conforme os nossos pecados. Ele abençoa todos os que confiam n’Ele, não
importa a sua origem ou o que tenham feito no passado.
13)-O bom exemplo de Raquel (A.T.)
Quem era Raquel? Ela era filha de Labão
e a esposa preferida de Jacó e irmã mais nova de Leia.
O que Raquel fez? Raquel se casou com Jacó e teve dois filhos
com ele. Seus filhos estavam entre os chefes de família das 12 tribos de
Israel. Raquel conheceu Jacó enquanto estava cuidando das ovelhas do pai dela.
(Gênesis 29,9-10). Ela era ‘muito atraente’, comparada com sua irmã
mais velha, Leia a qual vimos acima (Gênesis 29,17). Jacó se apaixonou por Raquel e
concordou em trabalhar sete anos para poder se casar com ela. (Gênesis 29,18).
Mas Labão enganou Jacó e fez com que ele se casasse primeiro com Leia. Depois,
Labão permitiu que Jacó se casasse com Raquel (Gênesis 29,25-27). Jacó amava
mais Raquel e os filhos dela do que Leia e os filhos que teve com ela. (Gênesis
37,3; 44,20.27-29) Por isso, havia muito ciúme entre as duas mulheres irmãs
biológicas (Gênesis 29,30; 30,1.15).RAQUEL,
mãe do justo José, vendido pelos seus próprios irmãos, e que age em favor deles prefigura Maria, Mãe do inocente Jesus, também
traído e vendido por 30 moedas e que age e opera em favor de nossa salvação.
O que podemos aprender com Raquel?
Raquel apesar de ser
uma mulher fiel e temente a Deus, enfrentou as dificuldades de uma família de
seu tempo, sem perder a esperança de que Deus ouviria as suas orações (Gênesis
30,22-24). A sua história deixa claro que a poligamia traz muitas dificuldades
para uma família. E se já causava problemas naquele contexto (justificado pela ausência de sistema social previdenciário, e perda de muitos homens nas guerras, imagine hoje!). O
que aconteceu com ela mostra como é sábio o padrão que Deus criou para o
casamento: cada homem deve ter apenas uma esposa (conf. Mateus 19,4-6),
evitando assim todo este tipo de sofrimento e constrangimento familiar com
disputas de atenção.
14)-O bom exemplo de Rebeca (A.T)
Quem era Rebeca? Ela era a esposa de Isaque. Ela teve com ele
dois filhos gêmeos: Jacó e Esaú.
O que Rebeca fez? Ela obedeceu a Deus, mesmo quando isso foi
muito difícil. Enquanto ela estava tirando água de um poço, um homem pediu a ela um
pouco de água para beber. Rebeca rapidamente deu água para ele e se
ofereceu para tirar água para os camelos dele também. (Gênesis 24,15-20). Aquele
homem era um servo de Abraão. Ele tinha viajado uma grande distância para
encontrar uma esposa para Isaque, filho de Abraão. (Gênesis 24,2-4). Ele
havia orado para que Deus abençoasse sua missão. Quando viu como Rebeca trabalhava
duro e era hospitaleira, ele percebeu que Deus havia respondido sua oração,
mostrando que ela era a escolha certa para Isaque (Gênesis 24,10-14.
21, 27).Quando Rebeca descobriu o que aquele servo estava fazendo ali, ela
concordou em ir com ele e se casar com Isaque. (Gênesis 24,57-59) Mais
tarde, Rebeca se tornou mãe de dois irmãos gêmeos. Deus havia revelado para ela
que o filho mais velho, Esaú, iria servir ao mais novo, Jacó. (Gênesis 25,23)
Quando Isaque foi dar a Esaú a bênção da primogenitura, Rebeca fez com que Jacó
recebesse essa bênção, já que ela sabia que essa era a vontade de Deus (Gênesis
27,1-17).REBECA,
que brilhava com todos os dons da natureza, imperfeitamente pré-figura a beleza da humilde serva do Senhor Maria Santíssima, na ordem da graça!
O que podemos aprender com Rebeca?
Rebeca era modesta, trabalhadora
e hospitaleira. Essas qualidades chamaram a atenção de Isaque ,e fizeram dela
uma boa esposa, mãe prudente, e uma adoradora do Deus verdadeiro.
15)-O bom exemplo de Rute (A.T.)
Quem era Rute? Ela era uma moabita que deixou para trás seus
deuses e sua terra para se tornar adoradora de Javé em Israel.
O que Rute fez? Ela demonstrou grande amor por sua sogra,
Noemi. Noemi, seu marido e seus dois filhos tinham se mudado para Moabe por
causa de uma fome que estava acontecendo em Israel. Mais tarde, os filhos
dela se casaram com mulheres moabitas, Rute e Orpa. Só que, algum tempo depois,
o marido de Noemi e os dois filhos dela morreram, deixando as três mulheres viúvas.
Noemi decidiu voltar para Israel, já que a seca tinha acabado. Rute e
Orpa também queriam ir com ela. Mas Noemi pediu que elas retornassem para as
suas famílias. Orpa fez isso. (Rute 1,1-6.15) Porém, Rute se apegou lealmente a
sua sogra. Ela amava a Noemi e queria também, adorar o Deus dela, Javé (Rute
1,16-17; 2,11).Por ser uma nora leal e muito trabalhadora, em pouco tempo Rute criou
uma boa reputação na cidade de Noemi, Belém. Um rico proprietário de
terras chamado Boaz ficou muito impressionado com Rute e generosamente
providenciou alimento para ela e Noemi. (Rute 2,5-7, 20) Mais tarde, Rute se
casou com Boaz e se tornou antepassada genealógica tanto do rei Davi como de
Jesus Cristo (Mateus 1,5-6.16).
O que podemos aprender com Rute?
Por causa do amor que tinha por Noemi e por Javé, Rute deixou para trás sua casa e sua família. Suas qualidades como trabalhadora, zelosa e leal, mesmo quando enfrentava dificuldades chamou a tenção de seu futuro esposo Boaz. A vida de Rute nos lembra um ditado popular: “Não corra atrás faz borboletas, pois elas podem fugir de você! Cuide bem de seu jardim e elas virão naturalmente”.
16)-O bom exemplo de Sara (A.T.)
Quem era Sara? Ela era a esposa de Abraão e mãe de Isaque.
O que Sara fez? Ela deixou para trás a vida confortável que
tinha na rica cidade de Ur, porque tinha fé nas promessas que Deus havia feito
para seu marido, Abraão. Deus disse para Abraão sair de Ur e ir para a terra de
Canaã. Deus prometeu que ia abençoá-lo e fazer dele uma grande nação. (Gênesis
12,1-5) Sara talvez tivesse uns 60 anos quando isso aconteceu. Dali em diante,
Sara e Abraão viveram em tendas, se mudando de um lugar para o outro.Embora
esse tipo de vida fosse perigoso, Sara apoiou a decisão de Abraão de obedecer a
Deus. (Gênesis 12,10-15) Durante muito tempo, Sara não teve filhos. Isso a
deixava muito triste. Mas Deus havia prometido abençoar a descendência de
Abraão. (Gênesis 12,7; 13,15; 15,18; 16,1- 2.15) Mais tarde, Deus disse que Sara
teria um filho com Abraão. E ela realmente teve um filho, quando já tinha
passado muito da idade de se tornar mãe. Ela tinha 90 anos, e Abraão já tinha
100 (Gênesis 17,17; 21,2-5) Eles chamaram seu filho de Isaque. SARA,
esposa estéril de Abraão, que concebeu por milagre de Deus; Maria Santíssima foi
maravilhosamente ainda mais fecunda do que ela. Maria é a mãe do verdadeiro Isaque, o
filho único do sacrifico, que na figura de Jesus, não foi poupado em nosso
favor e que carregou o instrumento no qual foi imolado.
O que podemos aprender com Sara?
A história de Sara
mostra que sempre podemos confiar que Deus vai cumprir suas promessas, mesmo
que isso pareça impossível. (Hebreus 11,11).O exemplo dela como esposa mostra a
importância do respeito no casamento e submissa ao seu esposo em Deus,
principalmente quando este cumpre uma missão divina (1 Pedro 3,5-6).
17)-O bom exemplo de Lídia (A.T.)
18)-O mal exemplo de Gomer (A.T.)
Quem era Gomer? Ela era a esposa adúltera do profeta Oseias. Gômer era uma “mulher
promíscua” com quem Deus mandou o profeta Oseias casar-se, a fim de ilustrar a
história da misericórdia de Deus para com seu povo infiel. Ela viveu em Israel no século VIII a.C. Neste contexto o povo de Deus
estava dividido em dois reinos — o do norte, Israel, e o do sul, Judá.
O que Gomer fez? Viveu para si mesmo e para os seus prazeres momentâneos, fazendo seu esposo e seus filhos passarem por grande sofrimento e vergonha pública.
O que podemos aprender com Gomer?
A mensagem de Deus por meio de
Oseias era que o povo de Deus era prostituído: “Vai, toma uma mulher de
prostituições e terás filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu,
desviando-se do Senhor” (Os 1,2). Então, Oseias, o profeta, casou-se com Gômer,
a mulher promíscua — uma parábola viva. Deus mandou dar nome aos três filhos,
“Jezreel”, “Desfavorecida” e “Não-Meu-Povo”, mostrando o castigo de Deus que
sobreviria a esse povo rebelde e idólatra (vv. 4-9). Não é uma história feliz.
Gômer acabou abandonando Oseias e seus três filhos vendendo-se a outro homem. O que Deus,
então, mandou que Oseias fizesse? “Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu
amigo e adúltera, como o Senhor ama os filhos de Israel, embora eles olhem para
outros deuses” (Os 3,1). Assim,
Oseias comprou de volta sua esposa, pagando o “preço da noiva”, dado de costume
à família que era deixada por uma mulher quando ela se casasse. Aqui, nós vemos
uma noiva que havia abandonado sua família; mas Oseias a comprou de volta e a
levou para casa. Era
uma imagem de Deus; Ele mesmo nos diz. Deus promete abrir caminho para quem
chamou “Desfavorecida”, compadecendo-se dela. Às pessoas que chamou
“Não-Meu—Povo”, Deus dirá: “Tu és o meu povo!”, e eles dirão: “Tu és o meu
Deus!” (Os 2.23). É assim a misericórdia de Deus!Eu
sou Gômer. Você é Gômer. Nós somos Gômer — adúlteros espirituais. Mas, desde o
princípio, Deus tinha o plano de nos comprar de volta, e esse plano se cumpriu.
O Deus que nos amou, nos redimiu e nos comprou de volta por meio do sangue de
Cristo. Nós, seu povo redimido, somos vistos finalmente como a noiva de Cristo
e, um dia, receberemos “linho finíssimo, brilhante e puro” para nos vestir para
o casamento (Ap 19,7-8). Como
é Deus? Olhe para Jesus. Olhe novamente para Jesus, que está de pé diante
daquela mulher que foi flagrada em adultério. Jesus tem misericórdia dela. Ele
a conclama a deixar seu pecado. Ele veio redimi-la daquele pecado, mediante seu
sacrifício na cruz em seu favor por amor.
19)-O exemplo de Judite (A.T.)
Quem era Judite? (louvado ou "judia), a forma feminina de Judá. Judite é o nome de uma das duas esposas hititas de Esaú, no livro de Gênesis 26,34. Alegadamente, as duas esposas de Esaú eram um grande incômodo para seus pais, Isaque e Rebeca. Tal como acontece com os sogros na contemporaneidade, não é incomum para algumas famílias ficarem tristes ou incomodadas pelas esposas de seus filhos. Está escrito que quando Esaú tinha quarenta anos, tomou Judite, uma hitita, filha de Beeri, como sua esposa, juntamente com Basemate, outra hitita, filha de Elom. As duas mulheres foram um motivo de desgosto para Isaque e Rebeca, como está escrito em Gênesis 26,35 - Mas um grande instrumento nos planos de Deus.
O que fez Judite? Notável pela sua beleza, virtude e coragem, encantou Holofernes e salvou o seu povo da invasão dos inimigos, cortando a cabeça de Holofernes, o chefe deles. Comparativa e prefiguramente, Maria Santíssima, obra-prima das mãos de Deus, cheia da graça que encantou a Deus, salvou-nos do cativeiro do demónio, esmagando a sua cabeça e dando ao mundo o Filho de Deus: Nosso Senhor Jesus Cristo o Salvador do mundo!
O que podemos aprender com Judite?
Nos
capítulos 8 e 9, a figura de Judite sugere dois símbolos que se complementam: a
mulher corajosa que sai em defesa de seu povo oprimido e o próprio povo que
renova sua força e fé, liderado por gente que enfrenta a covardia das
autoridades e vai à luta. Nos capítulos 10 a 13, a beleza
e ação de Judite simbolizam a fé, que não fica acomodada na luta para eliminar
os mecanismos centrais de opressão de seu povo (a cabeça de Holofernes). Diante
de uma primeira vitória, os outros (Aquior) se unem porque começam a ter fé no
Deus que liberta. Por fim, a vitória comemorada reacende o ideal de liberdade e
o prazer de louvar o Deus verdadeiro, que vence os falsos ídolos com suas
heresias! Nesse contexto, o Livro de
Judite indica que a fé autêntica é aquela que encarna a fidelidade a Deus e ao
seu projeto dentro da situação histórica concreta em que o povo está vivendo,
como Maria Santíssima que não se cansa de lutar por sua descendência, ou seja,
os seus filhos assumidos na cruz do calvário entregues por Jesus no momento de
sua morte: “Mulher eis ai os teus filhos!”
TESTEMUNHO DAS MULHERES
DO NOVO TESTAMENTO
1)-Maria (irmã de Marta e de Lázaro)
Quem era Maria? Ela e seus irmãos, Lázaro e Marta, eram muito
amigos de Jesus!
O que Maria irmã de Lázaro fez? Ela mostrou várias
vezes que respeitava e valorizava Jesus como o Filho de Deus. Ela demonstrou fé
ao dizer que Jesus poderia ter impedido a morte de seu irmão, Lázaro, e ela
estava presente quando Jesus o ressuscitou. Sua irmã, Marta, a criticou por
escolher escutar a Jesus em vez de ajudá-la com as coisas da casa. Mas
Jesus elogiou Maria porque ela colocava as coisas espirituais em primeiro
lugar, e havia escolhido a melhor parte que não lhe seria tirada (Lucas 10,38-42).
Em outra ocasião, Maria demonstrou grande hospitalidade para com Jesus
por derramar um “óleo perfumado muito caro” na cabeça e nos pés dele. (Mateus
26,6-7) Os que estavam presentes acusaram Maria de estar desperdiçando algo
muito valioso. Mas Jesus a defendeu, dizendo:“Onde
quer que se preguem as boas novas [do Reino de Deus] em todo o mundo, o que
essa mulher fez também será relatado, em memória dela.” (Mateus 24,14; 26,8-13).
O que podemos aprender com Maria de Betânia?
Maria se esforçava para
ter uma fé forte e intimidade espiritual com Jesus. Ela colocava a adoração a
Deus em primeiro lugar na vida. E ela humildemente honrou a Jesus, mesmo com um
alto custo financeiro, dando de seus bens mais preciosos: Seus perfumes
agradáveis a Deus.
2)- Maria de Magdala (Maria da cidade do quartel) - Maria Madalena (Maria quarteleira)!
Quem era Maria de Magdala? Ela foi uma seguidora
fiel de Jesus, que antes como seu próprio nome revela, era da cidade de
Magdala (cidade da torre do quartel). Magdalena, é um termo perjorativo, que
quer dizer “ quarteleira”, indicando que ela se relacionava com os soldados da
torre daquele quartel.
O que Maria de Magdala fez? Ela era uma das várias
mulheres que viajavam com Jesus e seus discípulos. Ela generosamente usou seus
próprios recursos para cuidar das necessidades deles. (Lucas 8,1-3). Maria
de Magdala seguiu Jesus até o fim do ministério d’Ele, e estava por perto
quando Ele foi executado. Ela teve o privilégio de ser uma das primeiras
pessoas a ver Jesus depois de ser ressuscitado (conf. João 20,11-18). Neste
episódio, percebemos que Jesus não a chamava de Magdalena, mas respeitosa e amorosamente de "Maria", o que a fez reconhece-lo imediatamente e responder: Raboni! (mestre).
O que podemos aprender com Maria de Magdala? - Maria de Magdala apoiou
generosamente o ministério de Jesus e foi uma seguidora leal dele, sua
conversão nos lembra aquilo que Santo Agostinho dizia:“Não
existe santo sem passado e nem pecador(a) sem futuro”.
3)-Marta, irmã de Lázaro e de Maria de Betânia
Quem era Marta? Ela era a irmã de Maria e de Lázaro. Os três
moravam em Betânia, perto de Jerusalém.
O que Marta fez? Marta era muito amiga de Jesus. A
Bíblia diz: “Jesus amava Marta, a irmã dela e Lázaro.” (João 11,5)
Marta era muito hospitaleira. Durante uma das visitas de Jesus, Marta ficou
cuidando dos assuntos da casa enquanto sua irmã, Maria, preferiu ficar
escutando o que Jesus tinha a dizer. Marta reclamou com Jesus porque Maria não
estava ajudando. Com jeito, Jesus corrigiu o ponto de vista de Marta, sem negar
seu necessário trabalho e hospitalidade (Lucas 10,38-42). Quando Lázaro ficou
doente, Marta e sua irmã pediram que Jesus fosse até lá. Elas tinham certeza de
que Jesus podia curar seu irmão. (João 11,3-21).Mas Lázaro morreu. A conversa
que Marta teve com Jesus mostra que ela confiava na promessa bíblica da
ressurreição e sabia que Jesus podia trazer seu irmão de volta à vida (João 11,20-27).
O que podemos aprender com Marta?
Marta era trabalhadeira,
mais de ação do que contemplação e muito hospitaleira, mas aceitava bons conselhos
com humildade. Ela falava abertamente sobre os seus sentimentos e sua fé,
mostrando que diante de Deus temos que agir como verdadeiros amigos íntimos.
4)-Priscila esposa de Áquila
5)-Tabita (Dorcas)
6)- Maria Santíssima a “Mãe do meu Senhor” (conforme
Lucas1, 43)
Quem era Maria de Nazaré? Ela era uma jovem judia. Maria tinha apenas 15 anos e virgem quando se tornou a mãe de Jesus, o filho de Deus, nosso Senhor e Salvador. Ela ficou grávida por obra do Espírito Santo (Lucas 1,35), sem intervenção humana (Lucas 1,34).Maria
“sobressai entre esses humildes e pobres do Senhor, que d´Ele esperam e recebem
com confiança a salvação. Com ela, filha de Sião por excelência, depois de uma
demorada espera da promessa, completam-se os tempos e instaura-se uma nova
economia” (Concilio Vaticano II, Lumen Gentium 55).
O que Maria a “Teotokos” fez? Ela humildemente fez a
vontade de Deus (Lucas 1,38). Ela estava apenas noiva de José quando um anjo
apareceu para ela e disse que ela ficaria grávida e daria à luz o tão aguardado
Messias de Israel (Lucas 1,26-33).Maria Santíssima aceitou de boa vontade essa
designação divina, sem sugerir que Deus deixasse tudo isto para depois do
casamento com seu noivo José, e com isto sujeitou-se a ser rejeitada pelo seu
noivo e apedreja conforme a lei de Moises. Maria
Santíssima em virtude da sua MISSÃO DIVINA:
a)-Gerar Aquele que não
tinha pecado (Heb 4,15): Jesus o Cristo.
b)-Ela por graça
divina, foi preservada do pecado original, pois conforme as escrituras:
O impuro não pode jamais gerar o puro (Conforme: Jó 14,4; Cânticos 4,7).
c)-Permaneceu virgem PERPETUAMENTE
após o nascimento de Jesus conforme a promessa divina em: Ezeq 44,2 ; Cânticos
4,12
d)-Em virtude de seu
Sim, bem como de sua obediência(Lucas1,38), e de sua fé como a primeira crente
(Lucas1,45). Será por toda a eternidade proclamada de BEM AVENTURADA (Lucas
1,48).
Quais virtude podemos aprender com Maria a Mãe do Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo?
*Atenção! Virtude é diferente de graça! A Graça é dada, porém a virtude é exercitada!
Maria Santíssima praticou de maneira
admirável todas as virtudes convenientes à sua condição humana. Convenientes,
disse, porque é claro que nem todas as virtudes são praticáveis por
todos. Com efeito, a virtude, que em si mesma significa perfeição,
porque é o hábito de operar o bem, nem sempre supõe perfeita a pessoa que a
possui. Assim, há virtudes que tendem a liberar o homem do pecado ou
das conseqüências deste, virtudes que somente podem aflorar numa consciência
antes maculada pela iniqüidade. Claro está que tais virtudes não se poderiam
encontrar nem em Jesus nem em Maria. Por exemplo, não diremos que
Ela tenha praticado a penitência, pois sempre foi inocente, nem as outras
virtudes pelas quais o homem domina suas paixões, porque essas lutas interiores
nunca perturbaram a serena e tranqüila liberdade de espírito da Mãe de
Deus. Exceção feita dessas virtudes, a Virgem Santíssima praticou
todas as demais, de maneira extraordinária. Infelizmente, pouco
conhecemos da vida de Maria para podermos nos deliciar na contemplação
detalhada de todos os atos virtuosos por Ela praticados. Todavia, as breves
notícias que temos a respeito nos Evangelhos, podem nos dar pelo menos uma
idéia de suas exímias virtudes.
1)- Profunda humildade: Maria sabia
reconhecer-se como humilde serva, sentia-se nada diante do Senhor, sem vaidade
nenhuma oferecia ao Senhor os louvores que recebia e não havia nada em seu
coração que centrasse nela própria. Ela era simples, todos seus atos
eram feitos no silêncio e no escondimento. A humildade de Maria é a principal
virtude que esmaga a cabeça do demônio. Nossa Senhora nunca se esqueceu que
tudo nela era dom de Deus (Tiago 4,6;João 3,27; I Cor 4,7).Ela se
alegrava em servir ao próximo e se colocava sempre em último lugar.
*Imitando
essa virtude: Devemos buscar a humildade,
pensando sempre que se temos qualidades e potenciais tudo devemos a Deus, tudo
isso é dom de Deus. Compreendamos que o homem sem Deus não é nada e nada
possui. Nunca se deixar levar pelo orgulho, pela vaidade e soberba. Ser
modestos, comedidos, sem vaidade, sempre dispostos a servir aos outros, ter
simplicidade na maneira de se apresentar e quando receber um elogio dar os
créditos a Deus. A humildade se opõe a soberba. “Porque pôs os olhos na
humildade da sua Serva.” (Lc. 1,48) “Derrubou os poderosos de seus tronos E
exaltou os humildes.” (Lc. 1,52).
2)- Paciência: Nossa Senhora
passou por muitos momentos estressantes de provação, de incômodo e de dor,
durante toda sua vida, mas suportou tudo com paciência. Sua tolerância era
admirável! Nunca se revoltou contra os acontecimentos, nem mesmo quando viu o
próprio filho na Cruz! Sabia que tudo era vontade de Deus e meditava tudo isso
em seu coração. Maria, nossa mãe, teve sempre paciência, sabendo aguardar em
paz aquilo, que ainda não se tenha obtido, acreditando que iria conseguir, pela
espera em Deus.
*Imitando
essa virtude: Ter paciência é não perder a
calma, manter a serenidade e o controlo emocional. Além disso é saber suportar,
como Maria, os dessabores e contrariedades do dia a dia, saber suportar com
paciências nossas próprias cruzes. Devemos saber ouvir as pessoas com calma e
atenção, sem pressa, exercitando assim a virtude da caridade. Fazer um esforço
para nos calarmos frente aquelas situações mais irritantes e estressantes.
Quando houver um momento de impaciência pode-se rezar uma oração, como por
exemplo, um Pai-nosso, buscando se acalmar para depois tentar resolver o
conflito. Devemos nos propor, firmemente não nos queixarmos da saúde, do calor
ou do frio, do abafamento no autocarro lotado, do tempo que levamos sem comer
nada… Temos que renunciar, frases típicas, que são ditas pelos impacientes:
“Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você…!”,
“Outra vez!”, “Já estou cansado”, “Estou farto disso!”. Fugir da ira, se
calando ou rezando nesses momentos. A paciência se opõe à ira! “Não só isso,
mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a
paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a
esperança.”(Rom. 5,3-4) “Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo)
se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um
insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar:
Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.”(Mat 5,22).
3)- Oração contínua: Nossa Senhora era
silenciosa, estava sempre num espírito perfeito de oração. Tinha a vida
mergulhada em Deus, tudo fazia em Sua presença. Mulher de oração e
contemplação, sempre centrada em Deus. Buscava a solidão e o retiro
pois é na solidão que Deus fala aos corações. “Eu a levarei à solidão e falarei
a seu coração (Os 2, 14)” Em sua vida a oração era contínua e perseverante,
meditando a Palavra de Deus em seu coração, louvando a Deus no
Magnificat, pedindo em Caná, oferecendo as dores tremendas que sentiu na
crucificação de Jesus, etc.
*Imitando
essa virtude: Buscar uma vida interior na
presença de Deus, um “espírito” contínuo de oração. Não se limitar somente as
orações ao levar, ao se deitar e nas refeições, estender a oração para a vida,
no trabalho, nos caminhos, em fim, em todas as situações, buscando a vontade de
Deus em sua vidas. “Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em
nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3,17). e “Não vos
inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas
preocupações, mediante a oração, as súplicas e a acção de graças. E a paz de
Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e
vossos pensamentos, em Cristo Jesus.”(Fil 6,6-7).
4)- Obediência: Maria disse seu
“sim” a Deus e ao projeto da salvação, livremente, por obediência a vontade
suprema de Deus. Um “sim” amoroso, numa obediência perfeita, sem negar nada,
sem reservas, sem impor condições. Durante toda a vida Nossa Mãezinha foi
sempre fiel ao amor de Deus e em tudo o obedeceu. Ela também respeitava e
obedecia as autoridades, pois sabia que toda a autoridade vem de Deus.
*Imitando
essa virtude: O Catecismo da Igreja Católica
indica que a obediência é a livre submissão à palavra escutada, cuja verdade
está garantida por Deus, que é a Verdade em si mesma. Esforcemo-nos para
obedecer a requisitos ou a proibições. A subordinação da vontade a uma
autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a
abstenção de algo que é proibido, nos faz crescer. Rezar pelos superiores.
Obedecer sempre a Deus em primeiro lugar e depois aos superiores. Obedecer a
Deus é obedecer seus Mandamentos, ser dócil a Sua vontade. Também é ouvir a
palavra e a colocar em prática. “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor.
Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Luc 1, 38).
5)- Suprema Caridade Maternal: Nossa Mãe cheia de
graça ama toda a humanidade com a totalidade do seu coração. Cheia de amor,
puro e incondicional de mãe, nos ama com todo o seu coração imaculado, com toda
energia de sua alma. Nada recusa, nada reclama, em tudo é a humilde serva do
Pai. Viveu o amor a Deus, cumprindo perfeitamente o primeiro mandamento. Fez
sempre a Vontade Divina e por amor a Deus aceitou também amar
incondicionalmente os filhos que recebeu na cruz. Era cheia da
virtude da caridade, amou sempre seu próximo, como quando visitou Isabel, sua
prima, para a ajudar, ou nas bodas de Caná, preocupada porque não tinham mais
vinho.
*Imitando
essa virtude: Todos os homens são chamados a
crescer no amor até à perfeição e inteira doação de si mesmo, conforme o plano
de Deus para sua vida. Devemos buscar o verdadeiro amor em Deus, o amor ágape,
que nos une a todos como irmãos. Praticar o amor ao próximo, a bondade,
benevolência e compaixão. O amor é doação, assim como Maria doou sua vida e
como Jesus se doou no cruz para nos salvar, também devemos nos doar ao próximo,
por essa razão o amor é a essência do cristianismo e a marca de todo católico.
“Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor – estes três. Porém, o maior
deles é o amor.” (I Cor. 13,13).
6)- Mortificação: Maria, mulher forte
que assume a dor e o sofrimento unida a Jesus e ao seu plano de salvação. Sabe
sofrer por amor, sabe amar sofrendo e oferecendo dores e sacrifícios. Sabe
unir-se ao plano redentor, oferecendo a Vítima e oferecendo-se com Ela. Maria
empreendeu, e abraçou uma vida cheia de enormes sofrimentos, e os suportou, não
só com paciência, mas com alegria sobrenatural. Nada de revolta, nada de
queixas, nada de repreensões ou mau humor. Pelo contrário, dedicou-se à
meditação para buscar entender o motivo que leva um Deus perfeito a permitir
aqueles acontecimentos. Pela meditação, pela submissão, pela
humildade, Ela encontrou a verdade.
*Imitando
essa virtude: Muitas vezes Deus nos envia
provações que não compreendemos, portanto devemos seguir o exemplo de Nossa
Senhora e meditar os motivos que levam um Deus perfeito a permitir essas
provações, aceitá-las e saber oferecer todas as nossas dores a Jesus em
expiação dos nossos pecados, pelos pecados de todos e pelas almas, unindo
nossos sofrimentos aos sofrimentos de Jesus na Cruz. Não devemos oferecer
somente os grandes sofrimentos, devemos oferecer também o jejum, fugir do
excesso de conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecer alguns
sacrifícios a Deus, seja no comer (renunciar de algum alimento que se tenha
preferência ou simplesmente esperar alguns instantes para beber água quando se
tem sede), nas diversões (televisão principalmente), nos desconfortos que a
vida oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo
paciência em tudo. É indispensável sorrir quando se está cansado, terminar uma
tarefa no horário previsto, ter presente na cabeça problemas ou necessidades
daquelas pessoas que nos são caras e não só os próprios. Oferecer os
sofrimentos, desconfortos da vida, jejuns e sacrifícios a Deus pela salvação
das almas. “Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor
igual à dor que me atormenta.” (Lamentações 1,12).
7)- Doçura: Nossa
Senhora, é a Augusta Rainha dos Anjos, portanto senhora de uma doçura
angelical inigualável. Ela é a cheia de graça, pura e imaculada. Ela pode
clamar as Legiões Celestes, que estão às ordens, para perseguirem e combaterem
os demônios por toda a parte, precipitando-os no abismo. A Mãe de
Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela, não temos temor.
*Imitando
essa virtude: A doçura é uma coragem sem
violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera. A doçura é antes de tudo
uma paz, a manifestação da paz que vem do Senhor. É o contrário da guerra, da
crueldade, da brutalidade, da agressividade, da violência… Mesmo havendo
angústia e sofrimento, pode haver doçura. “Portanto, como eleitos de Deus,
santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade,
humildade, doçura, paciência.” (Col. 3,12).
8)- Fé viva: Feliz porque
acreditou, aderiu com seu “sim” incondicional aos planos de Deus, sem ver, sem
entender, sem perceber. Nossa Senhora gerou para o mundo a salvação porque
acreditou nas palavras do anjo, sua fé salvou Adão e toda a sua descendéncia.
Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: “E bem-aventurada tu,
que creste, porque se cumprirão as coisas que da parte do Senhor te foram
ditas” (Lc 1,45). A inabalável fé de Nossa Senhora sofreu imensas provas: – A
prova do invisível: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho
de Deus; – A prova do incompreensível: Viu-O nascer no tempo e acreditou que
Ele é eterno; – A prova das aparências contrárias: Viu-O finalmente maltratado
e crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder. Senhora da fé, viveu
intensamente sua adesão aos planos de Deus com humildade e obediência.
*Imitando
essa virtude: A fé é um dom de Deus e, ao
mesmo tempo, uma virtude, devemos pedir a Jesus como fizeram os apóstolos para
aumentar a nossa fé. Porém ter fé não é o bastante, é preciso ser coerente e
viver de acordo com o que se crê. “Porque assim como sem o espírito o corpo
está morto, morta é a fé, sem as obras” Tg (2,26). Ter fé é acreditar que se
recebe uma graça muito antes de a possuir e é, acima de tudo, ter uma confiança
inabalável em Deus! “Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda,
direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos
obedecerá.” (Luc 17,6).
9)- Pureza Divina: Senhora da
castidade, sempre virgem, mãe puríssima, sem apego algum as coisas do mundo,
Deus era o primeiro em seu coração, sempre teve o corpo, a alma, os sentidos, o
coração, centrados no Senhor. O esplendor da Virgindade da Mãe de Deus, fez
dela a criatura mais radiosa que se possa imaginar. O dogma de fé na Virgindade
Perpétua na alma e no corpo de Maria Santíssima, envolve a concepção Virginal
de Jesus por obra do Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal. Para
resgatar o mundo, Cristo tomou o corpo isento do pecado original, portanto
imaculado, de Maria de Nazaré.
*Imitando
essa virtude: Esta preciosa virtude leva o
homem até o céu, pela semelhança que ela dá com os anjos, e com o próprio Jesus
Cristo. Nossa Senhora disse, na aparição de Fátima, que os pecados que
mais mandam almas para o inferno, são os pecados contra a pureza. Não que estes
sejam os mais graves, e sim os mais frequentes. Praticar a virtude da
castidade, buscando a pureza nos pensamentos, palavras e ações! Os olhos são os
espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro
com malícia perde a pureza. Portanto, coloque seus olhos em contemplação, por
exemplo na Adoração, e receba a luz que santifica. Quem luta pela
castidade deve buscá-la por três meios: o jejum, a fugida das ocasiões de
pecado(Como dizia Pe Pio: Só os covardes vencem os pecados e as tentações), e a
oração. “Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o
fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e
de verdade” (I Cor.5,8).
10)- Sabedoria divina: Desde a
criação do mundo até a plenitude dos tempos, só a Virgem de Nazaré encontrou
graça diante de Deus, para si e para todo gênero humano, a ponto de ser
considerada digna de trazer ao mundo Jesus Cristo, a Sabedoria encarnada. Ainda
hoje, só a Mãe de Deus tem o poder, por virtude do Espírito Santo, de
“encarnar” a Sabedoria nos predestinados. Pela sublimidade de suas virtudes,
[Maria] mereceu esse bem infinito, de “tornar-se Mãe, Senhora e Trono da divina
Sabedoria” (SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. O Amor
da Sabedoria Eterna, 203)e continua a sua missão materna até a
consumação eterna de todos os eleitos (Constituição Dogmática Lumen
Gentium, 62). A Virgem Maria é Mãe da Sabedoria porque a encarnou e a
colocou no mundo como fruto de suas entranhas. “Onde quer que esteja Jesus – no
Céu ou na Terra, nos tabernáculos ou nos corações – poder-se-á sempre afirmar
com verdade que Ele é fruto e obra de Maria, que só Maria é a Árvore da vida e
que Jesus é o seu único Fruto". Por isso, se quisermos trazer esse
Fruto maravilhoso em nosso coração, devemos trazer em nós a Árvore que O
produziu; se queremos possuir Jesus, devemos possuir Maria; “se queremos […]
ser cristãos, devemos também ser marianos, isto é, devemos reconhecer [a sua
maternidade divina] a relação essencial, vital e providencial que une Nossa
Senhora a Jesus e que nos abre o caminho que leva a Ele”A Santíssima Virgem é
senhora da Sabedoria, não porque ela esteja acima da Sabedoria divina ou que
Lhe seja igual – pensar ou afirmar uma ou outra como verdade de fé seria
blasfêmia – “mas porque Deus Filho, a Sabedoria eterna, submeteu-se
perfeitamente a Maria, como sua Mãe; deu-lhe sobre si mesmo um incompreensível
poder materno e natural, não apenas durante a vida terrena, mas também no Céu,
já que a glória não só não destrói a natureza, mas até a aperfeiçoa. Isso faz
com que, no Céu, Jesus seja, mais do que nunca, filho de Maria, e Maria, mais
do que nunca, Mãe de Jesus”.O Senhor Jesus é submisso a Nossa
Senhora porque, dessa forma, lhe agrada. Por suas poderosas preces e graças ao
dom da maternidade divina, a Virgem Maria “obtém de Jesus tudo o que deseja,
comunica-o a quem quer e O gera, cada dia, nas almas que ela quer” (Cf.
SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima
Virgem, 27, 29, 164-165). Jesus Cristo veio ao mundo por meio de
Maria e é por meio dela que podemos obter a Sabedoria divina. No entanto, para
receber dom tão grandioso como a Sabedoria, quem somos nós para oferecer-Lhe
uma casa, ainda que esta seja o nosso coração? Não podemos receber a Sabedoria
num coração manchado, impuro, carnal, cheio de paixões e, por isso, indigno de
Deus. Mas, foi o próprio Jesus quem construiu para si uma casa, conforme nos
revelou o Senhor pelo profeta Natã: “É ele que me construirá uma casa e
firmarei seu trono para sempre” (1 Cr 17, 12). Para tornar
nosso coração digno da Majestade divina, “eis aqui o grande conselho, o segredo
admirável: façamos entrar Maria em nossa casa(Cf. Jo 19, 27: “E desde aquela
hora, o discípulo recebeu-a em sua casa”), consagrando-nos a Jesus por meio
dela, sem qualquer reserva, na qualidade de seus servos e escravos!”.Devemos
nos desapegar de tudo, nada reservando para nós, para que a Mãe de Jesus se
entregue inteiramente a nós, de maneira incompreensível, mas autêntica. Desse
modo, “a Sabedoria eterna virá morar nela como em seu trono real mais
glorioso” (Cf. SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 68-77).
*Imitando
esta virtude: Portanto, se conseguirmos
acolher a Virgem Maria em nosso coração, no mais íntimo de nosso interior,
facilmente e em pouco tempo, por seu intermédio, alcançaremos a divina
Sabedoria. Já dizia SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT:“Dentre todos
os meios para alcançar Jesus Cristo, Maria é o mais seguro, o mais fácil, o
mais curto[o mais perfeito]e o mais santo”. Ainda que
fizéssemos as mais duras penitências, os trabalhos mais fatigantes, ou até
chegássemos a derramar nosso próprio sangue, sem a devoção e a intercessão da
Mãe de Deus, estes esforços seriam inúteis e incapazes de nos obter a
Sabedoria. “Porém, se Maria disser uma simples palavra em nosso favor, se em
nós reinar o seu amor, se estivermos marcados com o sinal de seus fiéis servos,
que andam pelos seus caminhos, alcançamos logo e sem fadiga a divina
Sabedoria”. Por todas essas razões, nos consagremos inteiramente a Santíssima
Virgem Maria, para alcançar Jesus Cristo, a Sabedoria eterna, e O acolher mais
dignamente em nossos corações. Nossa Senhora, Mãe de Deus e Mãe da Sabedoria,
rogai por nós!
UMA PALAVRA FINAL: "AS VIRGENS PRUDENTES"
Não poderia encerrar
sem falar sobre esta dimensão tão bela e tão pouco compreendida na Igreja, e
creio que este ícone das Virgens Prudentes da Comunidade Católica Shalom, é
muito oportuno para estes esclarecimentos. Da esquerda para a direita (ícone logo acima), vemos os
tipos de virgindades presentes na vida da Igreja:
1)-Sulamita, a esposa preservada do Cântico dos Cânticos: A Virgindade “guardada”
para o seu esposo: “Mulheres de Jerusalém, eu vos
conjuro: Não despertem nem incomodem o amor enquanto ele não o quiser...” (Cânticos
8,4)
2)-Tereza de Jesus: A Virgindade “ofertada”: “Pois há alguns eunucos que
nasceram assim do ventre de suas mães; outros se tornaram eunucos pelos homens;
e há outros ainda que a si mesmos se
fizeram celibatários, por causa do Reino dos céus. Quem for capaz de aceitar
esse conceito, que o receba” (Mateus 19,12).
3)- Maria de Magdala - A mulher que muito amou: A Virgindade “restaurada” - “Por esta razão, eu te
declaro: os muitos pecados que ela
cometeu estão perdoados porque ela mostrou muito amor. Aquele a quem se perdoa
pouco mostra pouco amor. E Jesus disse à mulher: Teus pecados estão perdoados. Então, os convidados começaram a pensar: Quem é este
que até perdoa pecados? Mas Jesus disse à mulher: Tua fé te salvou. Vai em paz”
(Lucas 7,36-50)
4)- Maria de Betânia: A Virgindade “sustentada” na
intimidade com o amado de nossas almas: “E aconteceu que, indo eles de
caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em
sua casa; E tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos
pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos
serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me
deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E
respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com
muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria escolheu a boa parte, a qual
não lhe será tirada...” (Lucas 10,38-42)
5)- Maria Santíssima a Mãe do meu Senhor: A Virgindade “conservada”
e intacta por obra da Graça (antes, durante e após o parto, simbolizada nas três estrelas na cabeça e ombros de Maria Santíssima): “O Senhor me disse: Esta porta deve
permanecer trancada. Não deverá ser aberta; ninguém poderá entrar por ela. Deve permanecer trancada para sempre, porque
o Senhor, o Deus de Israel, passou por ela...” (Ezequiel 44,2)
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