Um detalhe inegável: Israel
saiu Vencedor em todas as guerras, portanto, é bom pensar não duas vezes, mas
várias vezes, antes de querer tornar-se inimigo de Israel. Deus tem suas razões
das quais não cabe a nós julgar, pela sua preferência não exclusiva, mas
particular por este povo.
O apóstolo dos gentios Paulo, nos lembra algo
inegável com relação a este povo em Romanos 9,4-5:
“Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as
alianças, e a lei, e o culto, e as promessas; Dos quais são os pais, e dos
quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente.
Amém.”
Com relação aos Vitoriosos Conflitos de
Israel
1)- Guerra do Suez
(1956):
Israel+Reino Unido+França x Egito
2)-Guerra dos Seis
Dias (1967):
Israel x Egito+Síria+Jordânia,+Iraque+Kuwait+Líbia+Arábia
Saudita+Argélia e Sudão
3)- Guerra de
Desgaste (1969-1970): Israel x Egito
4)- Guerra do Yom
Kippur (1973):
Israel x Egito+Síria e Iraque
Embora pouco
conhecido por muitos Cristãos, existe um princípio divino que se inicia em
Gênesis e prossegue por toda a Escritura: Deus abençoa os gentios através do
povo judeu.Deus disse a Abraão: Gênesis 12,2-3: "E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e
engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.E abençoarei os que te
abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas
as famílias da terra..."
"Pois assim diz o Senhor dos Exércitos: Para obter Ele a glória,
enviou-me às nações que vos despojaram; porque aquele que tocar em vós toca na
menina do seu olho" (Zac 2,6-8).
A política de Deus em
relação ao anti-semitismo está clara nestes versículos acima. Ele
prometeu derramar suas bênçãos sobre aqueles que abençoarem o povo judeu e
Israel; e prometeu amaldiçoar aqueles que são anti-semitas!
O
princípio de que Deus abençoa os gentios através do povo judeu é demonstrado na
história de Jacó e Labão, em (Gn 29-31):
Jacó concordou em trabalhar sete
anos para Labão para conseguir a mão da bela Raquel em casamento. Labão enganou
Jacó, e deu a ele sua filha Lia em casamento. Jacó foi forçado a trabalhar mais
sete anos para poder se casar com Raquel. Labão também, mudou o salário de Jacó
dez vezes e começou a olhar de modo desfavorável para Jacó, e assim que este
resolveu partir com Lia, Raquel e todas as suas posses. Ao ouvir isso, Labão
correu atrás de Jacó, pedindo-lhe que ficasse. Jacó disse: “Você mudou meu salário dez vezes, sendo cada vez para me ferir mais,
além de ter me enganado, dando-me sua outra filha como esposa. Tenho estado
agora vinte anos na tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas, e
seis anos por teu rebanho; mas o meu salário tens mudado dez vezes...” (Gn
31,41). Labão, o empregador gentio,
disse: “Então lhe disse Labão: Se agora tenho achado graça em teus olhos, fica
comigo. Tenho experimentado que o SENHOR me abençoou por amor de ti...(Gn
30,27). Labão foi um dos primeiros a
reconhecer que Deus abençoa os gentios através do povo judeu. Uma segunda
ilustração desse princípio é a de José, um jovem judeu que foi vendido à terra
do Egito por seus irmãos ciumentos, mas que se tornou primeiro ministro daquela
nação. Ele anteviu sete anos de fartura e sete anos de fome. Nos sete anos de
fartura, construiu grandes armazéns e estocou grãos para os sete anos de fome.
Quando os anos de necessidade chegaram, o Egito, sob a liderança de José,
tornou-se alvo da inveja do mundo. O mundo gentio foi poupado da fome por causa
de um escravo judeu que se tornou primeiro-ministro. Jesus também apoiou o princípio de que Deus abençoa os gentios através
do povo judeu ao dizer: “A salvação vem dos judeus” (Jo 4,22).Foi o povo judeu que transmitiu
aos gentios a Palavra de Deus, os patriarcas, os profetas, Jesus e os
apóstolos. Remover do cristianismo a
contribuição dos judeus é mutilar a doutrina Cristã.
BÊNÇÃOS
PARA UM REVOLUCIONÁRIO GENTIO!
Durante a revolução
Americana, George Washington e o exército Continental estavam famintos e com
frio na neve do vale Forge. Hyam Solomon, um
banqueiro judeu da Filadélfia conseguiu que os judeus dos EUA e Europa fizessem
uma contribuição de milhões de dólares a George Washington. Essa oferta, mudou o rumo da guerra, e o general
Washington derrotou os britânicos. Washington ficou tão grato pela contribuição
dos judeus para o nascimento dos EUA, que instruiu aqueles que estavam
desenhando a nota de um dólar para que gravassem um tributo ao povo judeu sobre
a cabeça da águia americana: a estrela de Davi, cercada pelo brilho da glória
de Deus (Habitação de Deus), a glória de Deus.
BÊNÇÃOS
PARA UM BENFEITOR GENTIO POR SUA BENEVOLÊNCIA AO POVO DE ISRAEL
Em três oportunidades
em Atos 10, a Bíblia declara que Cornélio, um centurião romano que vivia em
Cesaréia, e que dera diversas ofertas ao povo judeu, era um homem reto e
temente a Deus, tendo bom testemunho de benevolência por toda nação judaica. E
eles disseram: “Cornélio, o centurião, homem justo e temente a Deus, e que tem bom
testemunho de toda a nação dos judeus, foi avisado por um santo anjo para que
te chamasse a sua casa, e ouvisse as tuas palavras...” (At 10,22)
Cornélio o centurião romano, era um homem justo que se beneficiou do princípio: “abençoarei os que te abençoarem”. Qual foi esta bênção?
Deus deu ao apóstolo
Pedro uma visão de um lençol descendo do céu, seguro pelas quatro pontas,
contendo toda sorte de animais quadrúpedes, répteis e aves. Essa visão foi a
responsável pela ruptura da barreira que impedia os judeus de se associarem aos
gentios nas questões espirituais. Pedro foi à casa de Cornélio, um gentio,
pregou o evangelho, e aqueles que estavam na casa de Cornélio foram salvos e
cheios do Espírito: “E dizendo Pedro ainda estas palavras, caiu o Espírito Santo sobre todos
os que ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos
tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se
derramasse também sobre os gentios” (At 10,44-45)
O que tornou isso possível?
Um centurião romano,
portanto, um gentio, abençoou o povo judeu! Deus abriu as janelas do céu e
derramou sobre ele e sua casa, bênçãos tais que não podiam ser contadas!
OUTRAS
PROMESSAS DE DEUS AO POVO DE ISRAEL:
“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam! Haja paz
dentro de teus muros, e prosperidade dentro dos teus palácios” (Sl 122,6-7)
“Quando estiverdes em angústia, e todas estas coisas te alcançarem,
então nos últimos dias voltarás para o SENHOR teu Deus, e ouvirás a sua voz.
Porquanto o SENHOR teu Deus é Deus misericordioso, e não te desamparará, nem te
destruirá, nem se esquecerá da aliança que jurou a teus pais” (Dt 4,30-31)
“E acontecerá em toda a terra, diz o SENHOR, que as duas partes dela
serão extirpadas, e expirarão; mas a terceira parte restará nela. E farei
passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a
prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a
ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O SENHOR é o meu Deus” (Zc 13,8-9)
“Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não
presumais de vós mesmos), que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até
que a plenitude dos gentios haja entrado. E assim todo o Israel será salvo,
como está escrito: De Sião virá o Libertador, E desviará de Jacó as impiedades.
E esta será a minha aliança com eles, quando eu tirar os seus pecados” (Rm
11,25-27)
“Por um breve momento te deixei, mas com grandes misericórdias te
recolherei, com um pouco de ira escondi a minha face de ti por um momento, mas
com benignidade eterna, me compadecerei de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor››
(Is 54,7-8)
“Então o SENHOR herdará a Judá como sua porção na terra santa, e ainda
escolherá a Jerusalém. Cala-te, toda a carne, diante do SENHOR, porque Ele se
levantou da sua santa morada...”(Zc 2,12-13
ISRAEL, A MENINA DOS
OLHOS DE DEUS!
Israel foi despojado,
tendo de entregar sua terra, os chamados territórios autônomos: Hebron, Nablus,
Siquém, Belém, Jericó, Faixa de Gaza, Judéia e Samaria. O Juízo divino
alcançará com grande intensidade as nações do reino anticristão babilônico que
tocaram em Israel. Elas saquearam e despojaram o povo e a terra de Israel e, conforme Joel
3,1-2, decidiram dividir a terra entre si. Aquele, porém, que declarou
Jerusalém propriedade Sua, chamará os usurpadores à responsabilidade e exigirá
deles uma prestação de contas. Quem toca na dignidade do povo judeu, toca na
honra de Deus, e quem toca no povo de Deus toca na menina do Seu olho. A expressão
"menina do Seu olho" (Dt 32,8-10) significa a pupila, o centro do
olho, sua parte mais vulnerável. Será que pode existir um exemplo mais
adequado para ilustrar a identificação profunda de Deus com Seu povo Israel ?
Bom, os nazistas sabem muito bem o que quer dizer isto, eles tocaram com suas
mãos em um cabo de alta tensão; por isso levaram um choque mortal.
Perguntas
mais frequentes sobre o Conflito: Israel x Palestinos + Islãmicos
*Respostas de Aron
Moss - Sydney, Australia
Em épocas de conflitos cada um de nós torna-se um embaixador de Israel. Mesmo que você não concorde
com tudo que Israel faz, qualquer pessoa decente deve frisar o direito de
Israel de agir em auto-defesa. Podemos deixar as questões militares e políticas
para os especialistas, mas devemos estar todos muito bem informados sobre
questões morais levantadas nesta Guerra. Vejamos algumas das questões mais
comuns neste conflito:
1)- Como Israel pode justificar a matança de
civis se o alvo é atingir o Hamas?
R: A morte de inocentes é uma
tragédia inevitável em uma Guerra. Nossos corações lamentam todos inocentes
mortos dos dois lados,em meio a esta batalha. O fato mais triste e lamentável é que o povo palestino está sendo feito
refém pelo Hamas. Da mesma forma que está claro que qualquer dano e agressão
que for infringido ao soldado Gilad Shalit o Hamas será o único responsável por
isto, também são culpados pela morte de palestinos inocentes por trás dos quais
tentam se esconder. Membros de uma nação que está sendo feita refém ao ser
usada por terroristas como escudo humano é vítima dos terroristas, e não do
exército israelense, que não busca como alvo pessoas inocentes.
2)- Israel não estaria dando uma resposta
desproporcional?
R: Se Israel estivesse buscando uma revanche, então talvez a questão
“desproporcional” se aplicasse neste caso. Mas Israel está promovendo uma
guerra defensiva. Em uma guerra, você não mede a resposta ao inimigo pelo
que fizeram a você no passado, mas pelo o que é necessário fazer para que parem
de atacá-lo. Israel precisa destruir o
arsenal que fornece capacidade ao Hamas de continuar atacando, jogando seus
foguetes constantemente sobre cidades israelenses, contra alvos civis. A
ofensiva de Israel é uma resposta proporcional hoje e no futuro a todos que o
atacarem.
3)- Israel não entende que estará apenas
incitando a criação de mais terroristas? O ódio e fúria a Israel como resultado
do bombardeio sobre Gaza somente fará com que mais pessoas desejem associar-se
ao Hamas.
R: Sentimentos de frustração, ódio, medo e fúria não fazem de você um
terrorista. Uma cultura de morte e uma educação de ódio sim, o tornarão um.
Israel não precisa fazer nada para criar mais terroristas; os extremistas
islâmicos já o fazem! Mas Israel precisa agir a fim de destruir aqueles que
ameaçam seu povo.
4)- O Hamas possui um braço militar, mas também
pratica boas ações; promovem programas sociais, projetos educativos e trabalho
humanitário em Gaza. Destruindo o Hamas, Israel também destruirá o bem que ele
faz. Não estaremos demonizando um grupo que não é de todo mal?
R: Um assassino em série que por acaso também é um voluntário em um
hospital local, doa dinheiro a um orfanato, e cuida de sua avó doente, continua
sendo um assassino em série, e ele e a ameaça que representa devem ser
combatidos. O perigo que representa é muito superior a qualquer “bem” que
possa praticar.
5)- Ao usar de violência como Israel, eles podem
ser melhores que seus inimigos terroristas?
R: Isto é tão ridículo quanto dizer que uma mulher que luta contra seu
atacante não é melhor que seu atacante. Israel não tocaria no Hamas se o Hamas
parasse de atirar seus foguetes e de enviar homens bombas a Israel. Israel
deseja viver em paz com seus vizinhos; enquanto o Hamas e seus aliados desejam destruir Israel, não
importa o que Israel faça.Há um mundo de diferenças entre os
terroristas do Hamas e os soldados de Israel. Os terroristas do Hamas procuram a violência como meio de vida; seu
objetivo é disseminar a guerra e morte. Para os soldados de Israel, a guerra é
necessária e um dever moral, quando cidadãos israelenses estão sendo atacados e
vidas inocentes estão sendo ameaçadas. O Hamas deseja maximizar as perdas
civis; os soldados israelenses fazem tudo que estiver ao seu alcance para
minimizá-las.Os terroristas do Hamas temem tempos de paz, pois com a paz
perderão o sentido da própria existência. O soldado isralense sonha com uma
época em que reinará a paz. Quando a IDF se encherá de júbilo, assim como “uma
nação não levantará a espada contra outra nação, e não aprenderão mais a travar
guerras. E verdade seja dita aqui: Israel para os palestinos e muçulmanos é
apenas a terceira cidade sagrada, não é portanto a principal. Para os Judeus
Israel é a primeira...e a única.
*Bernard-Henri Lévy: Filósofo
e escritor francês Bernard-Henri Lévy é o autor dos livros "American
Vertigo" e "Ce Grand Cadavre à la Renverse"
*Por: Luis Milman
Não sendo um
especialista militar, vou me abster de julgar se os bombardeios israelenses
sobre Gaza poderiam ter sido mais bem mirados, menos intensos. Não tendo, há
décadas, jamais me decidido a distinguir entre os bons e os maus mortos, ou
como dizia Camus, entre "vítimas suspeitas" e "carrascos
privilegiados", evidentemente eu também estou abalado pelas imagens de
crianças palestinas mortas. Dito isso, e levando em conta o vento de loucura que
parece, mais uma vez, como sempre quando se trata de Israel, tomar conta de
certas mídias, eu gostaria de relembrar alguns fatos:
1. Nenhum governo do
mundo, nenhum outro país fora esse Israel vilipendiado, arrastado na lama,
endemoniado, tolera ver milhares de mísseis caírem, durante anos, sobre suas
cidades: o mais notável na questão, o verdadeiro motivo de espanto, não é a
"brutalidade" de Israel, é, literalmente, seu longo castigo.
2. O fato de que os
Qassam do Hamas e agora seus mísseis Grad tenham feito tão poucos mortos não
prova que eles sejam artesanais, inofensivos etc. mas que os israelenses se
protegem, que eles vivem isolados nos porões de seus prédios, abrigados: uma
existência de pesadelo, em condicional, ao som de sirenes e de explosões - eu
estive em Sderot, eu sei.
3. O fato de que os
mísseis israelenses fazem, por outro lado, o mesmo tanto de vítimas, não
significa, como bradariam os manifestantes de plantão, que Israel se entrega a
um "massacre" deliberado, mas que os dirigentes de Gaza escolheram a
atitude inversa e expõem suas populações: velha tática do "escudo
humano" que faz com que o Hamas, assim como o Hezbollah há dois anos,
instale seus centros de comando, seus estoques de armas, seus bunkers, nos
subsolos de prédios, de hospitais, de escolas, de mesquitas - eficaz, mas
repugnante.
4. Entre a atitude de
uns e de outros existe, qualquer que seja, uma diferença importante e que não
pode ser ignorada por aqueles que se consideram justos, e a tragédia, e os meios
de terminá-la: os palestinos atiram sobre cidades, ou seja, sobre civis (o que em
direito internacional se chama "crime de guerra"); os israelenses
apontam para alvos militares e fazem, sem mirar, terríveis estragos civis (o
que em jargão de guerra leva um nome - "estrago colateral" - que,
mesmo que seja horrível, remete a uma verdadeira assimetria estratégica e
moral).
5. É preciso colocar
os pingos nos "is": lembremos ainda um fato que estranhamente a
imprensa francesa pouco repetiu, e sobre o qual não conheço, no entanto, nenhum
precedente, em nenhuma outra guerra, da parte de nenhum outro exército: as unidades
de Tsahal telefonaram de forma sistemática (a imprensa anglo-saxã fala de 100
mil chamadas), durante a ofensiva aérea, aos habitantes de Gaza que vivem perto
de um alvo militar para convidá-los a evacuarem o local; é claro que isso não
muda em nada o desespero das famílias, suas vidas destruídas, o massacre; mas
que as coisas se passem assim não é, entretanto, um detalhe totalmente sem
sentido, mas é uma coisa que os palestinos covardemente não fazem.
6. E quanto ao famoso
bloqueio integral, enfim, imposto a um povo esfomeado, desprovido de tudo e
lançado a uma crise humanitária sem precedentes (sic), ele também não é
factualmente exato: os comboios humanitários nunca deixaram de passar, até o
início da ofensiva terrestre, no ponto de passagem Kerem Shalom; só para a
jornada do 31 de dezembro, foram 100 caminhões de mantimentos e remédios que
puderam, segundo o New York Times, entrar no território; e só estou puxando
pela memória (pois é desnecessário dizer - ainda que, lendo e ouvindo alguns,
talvez isso fique melhor dito...) o fato de que os hospitais israelenses
continuam, neste momento em que escrevo, a receber e cuidar, todos os dias, dos
feridos palestinos.
Desproporcional?
E Desde Quando Guerra Virou Prova De Aritmética?
*Por: Alan Morton
Dershowitz
Desde o início da
ofensiva de Israel contra o Hamas, na Faixa de Gaza, a mídia ocidental vem
relatando as operações israelenses com base em pressupostos flagrantemente
aparvalhados. Coincidentemente, estes pressupostos são os mesmos que pautaram as
primeiras manifestações oficiais de condenação moderada lançadas contra Israel,
por governos de nações importantes, logo no primeiro dia ofensiva, quando pouca
ou quase nenhuma informação sobre a real dimensão das operações israelenses
eram conhecidas. As manifestações da França, Rússia, Japão e China,
logo exortavam Israel a interromper suas ações em Gaza. Ao invés de condenarem
os ataques do Hamas, que iniciaram ainda em novembro e quebraram o cessar-fogo,
a retórica destes países partia de duas premissas equivocadas: Israel estava respondendo aos
ataques de forma desproporcional e, por isso, elevando o número de vítimas
civis. Assim, a linguagem protocolar criava o mantra da desproporcionalidade,
adotado também pelo Secretário Geral da ONU, o senhor Ban Ki-moon, na última
segunda-feira, dia 29. Ki-moon convocou a imprensa mundial para expressar seu
repúdio ao uso da “força excessiva” por parte de Israel em seus ataques à Faixa
de Gaza. O secretário-geral da ONU foi mais longe: ele apelou “às partes” para
que interrompessem as hostilidades e reiniciassem negociações para um novo
cessar-fogo. O coro foi reforçado pelo primeiro-ministro inglês Gordon Brown:
“Estou horrorizado (ênfase aqui) com a violência dos bombardeios”, disse.
“Reiteramos nosso apelo a Israel e ao Hamas (ênfase aqui) para que declarem o
imediato cessar-fogo e prevenir a perda de mais vidas inocentes. Não há uma
solução militar para esta situação. É preciso redobrar os esforços
internacionais para assegurar que tanto Israel quanto a Palestina tenham terra,
direitos e segurança para viverem em paz”, finalizou Brown. Ao mesmo tempo,
seguiram-se manifestações de repúdio previsivelmente mais radicais, vindas de
países muçulmanos e grupos extremistas, como o Hezbollah, que passaram a
percorrer o planeta: massacre, genocídio, holocausto, crimes de
guerra, crimes contra a humanidade. Enfim, surradas acusações
disputavam espaço na mídia internacional com cenas de passeatas e aglomerações
de rua pipocando na Europa e no mundo islâmico, em protesto contra a nova
“barbárie” cometida por Israel. Enquanto isto, a quantidade de vítimas
dos bombardeios parecia dar a impressão de amparar a fórmula da
desproporcionalidade: já passam de 150 mortos, muitos deles civis, já
ultrapassam os duzentos, entre eles mulheres e crianças; agora são mais de 300,
entre os quais inúmeros inocentes. Agora, quando escrevo (terça-feira, 30 de
dezembro), os mortos chegavam a 360. Horrível. A mídia apropriou-se
do mantra protocolar, tomando-o como axioma para sua cobertura. E, por mídia,
não estou nomeando nenhuma abstração. Refiro-me à CNN, à BBC, à Sky News, à
France 24, para não mencionar a Al-Jazirah em Inglês e os diários New York
Times, The Guardian e Le Figaro, que podem ser todos acessados on-line. Também
não estou me referindo aos analistas de prontidão, sempre rápidos no gatilho
quando se trata de comparar o “desproporcional” confronto entre a potência
militar israelense e a pobre capacidade de resistência dos palestinos.
Restrinjo-me ao que se chama de “noticiário”, aquele texto informativo que,
recomenda-se, deve ser feito com imparcialidade e um mínimo de cautela e caldo
de galinha. Pois é nele que constato a desproposital incursão, em nome do
imediatismo, no domínio da estupidez e da má fé.
Ora, o que se espera de um noticiário é que ele
informe e não desinforme ou deforme os fatos! E quais são os fatos?
No primeiro dia
da ofensiva, Israel apenas reiterou publicamente uma decisão que vinha sendo
anunciada desde o final do frágil cessar-fogo de seis meses, mediado pelos
egípcios, que entrara em vigor em junho último e se encerrara em 19 de
dezembro. Por que frágil? Porque o Hamas, há oito anos, vinha despejando
diariamente seus foguetes contra Israel. Os ataques diários haviam matado nove
pessoas, ferido outras tantas, danificado prédios e vinham configurando uma
situação de permanente insegurança nas cidades que se encontram num raio de 20
quilometro da fronteira com Gaza.
Durante oito anos, Israel tentou tratar do problema de
modo restrito:
Incursões rápidas de
comandos no norte de Gaza para destruir bases de lançamentos de foguetes
instaladas no norte do território, bloqueio marítimo para evitar a entrada de
armamento enviado pelo Irã e pela Síria ao Hamas e Jihad Islâmica, bloqueio
terrestre, para impedir a infiltração de terroristas suicidas nas grandes
cidades israelenses, cortes esporádicos no suprimento de energia elétrica para
a Faixa de Gaza (70 por cento desta energia é fornecida por Israel até hoje) com a
finalidade de retardar a fabricação dos tais foguetes “caseiros” (na verdade,
são foguetes produzidos em fábricas erguidas em meio a bairros densamente
povoados da Cidade de Gaza, Dayir al Balah, Khan Yunis e Rafah). De qualquer modo,
findo o cessar-fogo - e diante das saraivadas diárias dos foguetes contra o Sul
de Israel-, o governo israelense anunciou que terminaria definitivamente com os
ataques que ameaçavam seus cidadãos. Esta decisão foi, inclusive, comunicada,
no dia 23 de dezembro, pela ministra do exterior israelense, Tzipi Livni, no
Cairo, após um encontro com o presidente Hosni Mubarak. Livni, ainda no Cairo,
não deixou dúvidas: Israel desencadearia a operação militar necessária para
destruir a capacidade do Hamas de atingir Israel.Nos últimos dez anos,
o Hamas construiu, com o apoio logístico e financeiro do Hesbollah, da
Irmandade Muçulmana (baseada no Egito), da Síria e, sobretudo do Irã, uma
estrutura policial e militar na Faixa de Gaza, a tal ponto organizada, que lhe
permitiu, no primeiro semestre de 2007, dizimar completamente as forças do
Fatah (o braço armado da AP) que ainda restavam no território palestino. Com
isso, ele consolidou suas instalações militares, estocagem de armas e munição,
seus campos de treinamento e suas bases de ataque contra Israel em toda a Faixa
de Gaza. Hoje, o Hamas (que é sunita) conta com 15 mil homens no seu “exército
regular”, e ainda com cinco mil membros armados da milícia xiita Jihad Islâmica.
Esse pequeno exército dispõe, além de armamento pessoal pesado, de mísseis
antiaéreos, mísseis antitanques, mísseis de médio alcance do tipo Katiusha e
minas espalhadas por toda a fronteira com Israel. Tudo isto é do conhecimento
dos chefes de governo que emitiram o mantra protocolar da desproporcionalidade.
Os senhores Gordon Brown e Nicholas Sarkozy sabem disto, certamente. Mas a
mídia faz de conta que não sabe.
Ora, o panorama é bem nítido:
Israel desencadeou a
ofensiva para defender a integridade de seus habitantes, ameaçados
constantemente pelo movimento fundamentalista militarmente organizado que
controla toda a Faixa de Gaza desde junho de 2007. Mais ainda, o Hamas e seus
associados menores, como a Jihad Islâmica e outros grupelhos, não representam a
Autoridade Nacional Palestina (AP). Eles são terroristas, não aceitam a
existência do Estado de Israel e estão comprometidos explicitamente com a sua
extinção total. Como então podem os líderes da Inglaterra e da França, ou o
Secretário-geral da ONU, apelarem para que “as partes” retornem a um cessar
fogo. Que partes? Israel, um estado nacional soberano e membro da ONU, por um
lado, e o Hamas, um movimento terrorista que usurpou à força, da AP, o controle
sobre a Faixa de Gaza, por outro?Se a China não conversa sequer com o Dalai Lama, líder político e
espiritual do Tibet ocupado (exilado, obviamente), por que Israel deve dialogar
com o Hamas? Pelo que se sabe, o Dalai Lama defende apenas uma autonomia para o
Tibet e jamais pregou a extinção da China. Por que Israel deveria “dialogar”
com um movimento que objetiva abertamente a sua destruição?Ou por que o senhor
Ban Ki-moon não apela para que a Espanha dialogue com o ETA, a Colômbia
dialogue com as FARC, a Turquia dialogue com o PKK curdo, que quer criar um
estado independente no Curdistão? Ou para que os Estados Unidos da América
deixem o Afeganistão e dialoguem com o Talibã? Ou para que os senhores
muçulmanos da guerra que governam o Sudão interrompam imediatamente a
carnificina que já matou 300 mil cristãos e animistas e deslocou quase três
milhões de refugiados para a zona de Darfour? Onde estão as passeatas na Europa
contra esse massacre? Ou os protestos contra a tirania assassina de Ruanda.
Onde estão os apelos para o diálogo entre as trezentas tribos que se
entredevoram na muçulmana Somália? O termo médio de comparação é
suficiente, para quem possui mais de dois neurônios. Talvez, dois neurônios e
meio. Por isso paro por aqui. Israel não está,
como apregoa aos berros Hassan Nasrallah (em vídeo e de seu bunker em Beirute),
cometendo um “genocídio” em Gaza. Ao contrário, é o
líder do Hesbollah, hoje quase um segundo exército dentro do Líbano, abastecido
e financiado pelo Irã, que repete incansavelmente o objetivo político de seu
partido: destruir, sem deixar pedra sobre pedra, Israel. A voz de Nasrallah é amplificada nas ruas de todo
mundo árabe e encontra acolhida em alguns analistas ocidentais procurados pela
mídia para que “possamos (nós, o público) entender o trágico cenário da Faixa
de Gaza”.
Pensemos:
Se Israel desejasse destruir
a população de Gaza (isto é um despropósito descomunal naturalmente, mas só
assim teríamos base para falarmos em genocídio) - e estou admitindo essa
possibilidade apenas (ênfase aqui) para argumentar-, Israel o teria feito
durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, (lembram, ela ocorreu!), ou durante a
Guerra do Yom Kypur, em 1973 (lembram, ela também ocorreu), ou durante a
ocupação israelense de Gaza, que se estendeu de 1967 a 2000, ano em que
unilateralmente (ou seja, sem qualquer pré-condição) Israel deixou a Faixa de
Gaza na sua totalidade.
O que é fato e narrativas sobre israel?
A ofensiva israelense
tem objetivos militares e políticos definidos. Os militares estão sendo
plenamente atingidos, até agora. E com um baixíssimo custo em termos de vidas
humanas. É isso mesmo. Baixíssimo! Afinal, depois de quatro dias de centenas de
incursões aéreas e marítimas, depois de ter despejado sobre Gaza mais de 500
toneladas de explosivos, apenas, repito, apenas, 360 pessoas morreram! E destas,
cerca de 60, segundo as informações do próprio Hamas e da ONU, são civis. Ora,
isto quer dizer que o restante fazia parte do exército terrorista, logo um alvo
militar. A operação israelense
impressiona, mas não pelas razões do senhor Nasrallah ou dos desavisados
apedeutas de boa fé (admitamos), que usam a palavra “genocídio” sem saber o que
ela significa. O conceito se aplica quando um governo deliberadamente promove o
extermínio de povos ou populações inteiras, encontrem-se elas em seu próprio
país ou em outros. Os turcos foram genocidas com relação aos armênios, os
nazistas, com relação aos judeus, os comunistas stalinistas com relação aos
russos, os maoístas com relação aos chineses, os japoneses com relação aos
chineses e, hoje, os sudaneses muçulmanos com relação aos sudaneses não
muçulmanos. Nem os cubanos castristas, que nos primeiros cinco anos após a
revolução de 59, exterminaram 95 mil pessoas, praticaram um genocídio. Eles
cometeram assassinatos em massa, uma ação sem dúvida abjeta e execrável, um
crime contra a humanidade. Mas não cometeram genocídio. E atentarmos para as
diferenças ainda é fundamental.
Por que a operação israelense impressiona? Por duas constatações
que saltam aos olhos:
a)- A primeira: a
ofensiva está se processando em uma das áreas mais densamente povoada do
planeta (1,5 milhão de habitantes em 360 quilômetros quadrados);
b)- A segunda: o
Hamas ergueu covarde e intencionalmente toda a sua infra-estrutura policial e militar nos
centros urbanos, justamente os locais mais densamente povoados deste território
já muito densamente povoado (a hipérbole é proposital).
Ora, se é para destruir alvos militares, é preciso atingi-los onde se
encontram. E Israel está fazendo isto, de forma quase milimétrica, cirúrgica,
mesmo correndo o risco, inevitável nesta situação, de atingir civis. Repito: e
o faz de forma impressionante, pois as baixas civis, nesse contexto, são aquém
de mínimas.Como a aviação e a
marinha israelenses conseguem fazer isto? Empregando altíssima tecnologia,
mísseis inteligentes e alvos previamente selecionados. Caso contrário,
estaríamos diante de um massacre. E. É necessário que se reafirme: não estamos
sequer a milhões de milhas próximos disto. O Secretário-geral da ONU, que
jamais reuniu uma conferência de imprensa para falar sobre a situação no Sudão,
deveria saber disto. Ele, desta forma, ficaria calado. Obviamente, eu não
esperaria que o senhor Ki-moon aplaudisse a operação de Israel. O
Secretário-geral da ONU deve, por princípio, lamentar todas as guerras. Mas ele
deveria, também por obrigação, calar-se, porque esta é uma guerra legítima,
sobretudo defensiva, com objetivos militares e políticos claros, de um país
soberano contra um grupo terrorista que prega o seu aniquilamento e contra os
governos que apoiam este grupo.
Falei que a guerra possui objetivos políticos claros.
Ei-los:
Israel quer expulsar o Irã da Faixa de Gaza! O Irã? Isso mesmo, o Irã! O
Hamas e a Jihad Islâmica nada mais são do que uma extensão do governo de Teerã
e de seu potencial bélico virtualmente no interior de Israel.
Não tem ninguém bobo e inocente nessa história! Todos sabem o que mais almejam os aiatolás iranianos:
Destruir o que eles
chamam de "entidade sionista". Assim, ao eliminar a capacidade do Hamas de atacar
seu território, Israel, além de retomar o controle sobre sua segurança
imediata, desfere também um golpe mortal nas pretensões iranianas de penetrar
em sua fronteira sul. Com isso ainda pretende isolar política e militarmente o
Irã, travestido de Hezbollah, na sua fronteira norte. Ao mesmo tempo, forja uma
situação mais favorável para negociar com a Síria, também enfraquecida com a
derrota do Hamas, um tratado de paz entre os dois paises. Esta é uma meta de
médio prazo.Por essa razão o senhor Nasrallah esbraveja contra o Egito de
Mubarak e a AP, de Machmud Abas, chamando-os de traidores do Islã. Nasrallah
sabe que, sem o Hamas e a Jihad Islâmica em Gaza, o Hezbollah, ou seja, o Irã,
se enfraquece, enquanto o Egito, a AP e a Jordânia se fortalecem e, pior (para
o Irã), Israel recupera a posição geopolítica decisiva para sua existência na
região.A ofensiva ainda
torna explicita a disposição de Israel de não tolerar que o iranianos consigam
obter armamento nuclear. Ou seja, Israel está preparando o terreno para uma
intervenção direta no Irã. Como Barak Obama assume a presidência dos EUA em
janeiro, Israel envia uma mensagem inequívoca para Washington: não há diálogo
com o Hamas, nem com Teerã. Os Estados Unidos devem se preparar para apoiar
irrestritamente a ação militar direta de Israel contra os iranianos. E essa ação
não deve tardar, pelo que se depreende do palco desenhado por Jerusalém. Quer
dizer: trata-se de uma ação já planejada e montada pela inteligência militar
israelense, que deve ser deflagrada em breve.
Pergunta oportuna: o que é “breve”?
Resposta: Israel
certamente sabe! No fim das contas, Israel não está fazendo mais do que colocar
seu destino em suas próprias mãos. E isto ele sempre fez, sob o preço de
simplesmente deixar de existir. Dúvidas? Consultem a História.
Finalizando: e a mídia com relação a esse quadro?
Nada informa, nada
analisa, nada investiga! Pelo contrário, submete-se ao superficialismo! Mistifica, embrulha-se toda no "mantra da desproporcionalidade" e mergulha de
cabeça no noticiarismo demagógico e pretensamente humanitário. É um crime
contra a lucidez e a razão. Mas, que diabos, isso lá importa pra eles?
*Luis Milman,
Jornalista e Doutor em Filosofia
Ação
Militar Israelense é Necessária e Legítima!
Não dar para esperar decisões da ONU, ou de seja lá quem for. A ação militar
israelense em Gaza é totalmente justificada de acordo com o direito internacional,
e Israel deveria ser elogiado por seus atos de defesa contra o terrorismo
internacional. O Artigo 51 da Carta da ONU reserva às nações o direito de agir em
defesa própria contra ataques armados. A única limitação é a
obediência ao princípio de proporcionalidade, porém, já está provado e
comprovado que as ações de Israel certamente atendem a esse princípio. Quando
Barack Obama visitou a cidade de Sderot na sua gestão presidencial, viu as
mesmas coisas que eu vi em minha visita. Nos últimos quatro
anos, terroristas palestinos dispararam mais de 2 mil foguetes contra essa área
civil, na qual moram, na maior parte, pessoas pobres e trabalhadores. Os foguetes destinam-se a fazer o máximo de vítimas civis. Alguns
por pouco não acertaram pátios de escolas, creches e hospitais, mas outros
atingiram seus alvos, matando mais de uma dúzia de civis desde 2001. Esses
foguetes lançados contra alvos civis também feriram e traumatizaram inúmeras
crianças.Os habitantes de Sderot têm 15 segundos, desde o lançamento de um
foguete, para correrem até um abrigo. A regra é que todo mundo esteja sempre a
15 segundos de um abrigo. Os abrigos estão em toda parte, mas idosos e pessoas
com deficiências muitas vezes têm dificuldade para se proteger. Além disso, o
sistema de alarme nem sempre funciona. Disparar
foguetes contra áreas densamente povoadas é a tática mais recente na guerra
entre os terroristas que gostam da morte e odeiam as democracias que amam a
vida. Os terroristas aprenderam a explorar a moralidade das democracias contra
os que não querem matar civis, até mesmo civis inimigos.
Em um incidente
recente, a inteligência israelense soube que uma casa particular estava sendo
usada para a produção de foguetes. Tratava-se evidentemente de alvo militar.
Mas na casa morava também uma família. Os militares israelenses telefonaram,
então, para o proprietário da casa para informá-lo de que ela constituía um
alvo militar e deram-lhe 30 minutos para que a família saísse. O proprietário
chamou o Hamas, que imediatamente mandou dezenas de mães com crianças no colo
ocupar o telhado da casa. Nos últimos tempos, vigorou um frágil cessar-fogo
mediado pelo Egito. O Hamas concordou em parar com os foguetes e Israel aceitou
suspender as ações militares contra os terroristas. Era um cessar-fogo dúbio e
legalmente assimétrico.Na realidade, era como se Israel dissesse ao Hamas: “Se vocês pararem com seus crimes de guerra matando civis inocentes, nós
suspenderemos todas as ações militares legítimas e deixaremos de matar seus
terroristas.” Durante o
cessar-fogo, Israel reservou-se o direito de empreender ações de autodefesa,
como atacar terroristas que disparassem foguetes.Pouco antes do início das
hostilidades, Israel apresentou ao Hamas um incentivo e uma punição. Israel
reabriu os postos de controle que haviam sido fechados depois que Gaza começou
a lançar os foguetes, para permitir a entrada da ajuda humanitária. Mas o primeiro-ministro de Israel também fez uma última e
dura advertência ao Hamas: se não parasse com os foguetes, haveria uma resposta
militar em escala total. Os foguetes do Hamas não pararam, e
Israel manteve sua palavra, deflagrando um ataque aéreo cuidadosamente
preparado contra alvos do Hamas. Houve duas reações
internacionais diferentes e equivocadas à ação militar israelense. Como era
previsível, Irã, Hamas e outros que costumam atacar Israel argumentaram que os
ataques do Hamas contra civis israelenses são totalmente legítimos e os
contra-ataques israelenses são crimes de guerra. Igualmente prevista foi a resposta
da ONU, da União Européia, da Rússia e de outros países que, quando se trata de
Israel, veem uma equivalência moral e legítima entre os terroristas que atingem
civis e uma democracia que responde alvejando terroristas. A mais perigosa
dessas duas respostas não é o absurdo alegado por Irã e Hamas, em grande parte
ignorado pelas pessoas racionais, e sim a resposta da ONU e da União Europeia,
que coloca em pé de igualdade o assassinato premeditado de civis e a legítima
defesa. Essa falsa equivalência moral só encoraja os terroristas a persistir em
suas ações ilegítimas contra a população civil.
Proporcionalidade?
Alguns afirmam que
Israel violou o princípio da proporcionalidade matando um número muito maior de
terroristas do Hamas do que o de civis israelenses vitimados. Mas esse é um
emprego equivocado do conceito de proporcionalidade, pelo menos por duas
razões:
1)- Em primeiro
lugar, não há equivalência legal entre a matança deliberada de civis inocentes
e a matança deliberada de combatentes do Hamas. Segundo as leis da guerra, para
impedir a morte de um único civil , é permitido eliminar qualquer número de
combatentes.
2)- Em segundo lugar,
a proporcionalidade não pode ser medida pelo número de civis mortos, mas pelo
risco de morte de civis e pelas intenções dos que têm em sua mira esses civis.
O Hamas procura matar o maior número possível de civis e aponta seus foguetes
na direção de escolas, hospitais, playgrounds. O fato de que não tenha eliminado
tantos quanto gostaria deve-se à enorme quantidade de recursos que Israel
destinou para construir abrigos e sistemas de alarme. O Hamas recusa-se a construir abrigos, exatamente porque quer
que Israel mate o maior número possível de civis palestinos, ainda que
inadvertidamente.
Enquanto ONU e o restante
da comunidade internacional não reconhecerem que o Hamas está cometendo três
crimes de guerra:
-Disparando contra civis israelenses,
-Usando civis como
escudos humanos.
-Buscando a destruição de um país membro da ONU.
Israel age em
legítima defesa e por necessidade militar, o conflito continuará. Se Israel
conseguir destruir a organização terrorista Hamas, poderá lançar os alicerces
de uma verdadeira paz com a Autoridade Palestina. Mas se o Hamas se obstinar a
tomar como alvo cidadãos israelenses, Israel não terá outra opção senão
persistir em suas operações de defesa. Nenhuma outra democracia do mundo agiria
de maneira diferente.
*Alan Morton
Dershowitz é advogado, jurista e professor da Universidade Harvard
Sim ou
Não à Existência de Israel? Essa é a Primeira Questão!
A questão é mais
Freudiana que Política. O Hamas rompeu a trégua com Israel, a rigor, nunca integralmente
respeitada, e aqueles que ora clamam pelo fim da reação da vítima, e a
vítima é Israel, fizeram um silêncio literalmente mortal. Hipócritas, censuram
agora o que consideram a reação desproporcional dos israelenses, mas não
apontam nenhuma saída que não seja o conformismo da vítima. É desnecessário indagar como reagiria a França, por exemplo, se seu
território fosse alvo de centenas de foguetes. É desnecessário indagar como
responderia o próprio Brasil com ataques de foguetes de algum pais vizinho de
forma deliberada. Lula no passado já afirmou
que o Brasil precisa ser uma potência militar se quiser ser respeitado no
mundo. É dever de todo governo defender o seu território e a sua gente. Mas,
curiosamente (ou nem tanto), pretende-se cassar de Israel o direito à reação.
Por quê? O que grita na censura aos israelenses é a voz tenebrosa de um silêncio:
essa gente é contra a existência do estado de Israel e acredita que só se
obteria a paz no Oriente Médio com a sua extinção. Mas falta a essa
canalhada coragem para dizer claramente o que pretendem. Nesse estrito sentido, um
expoente do fascismo islâmico como Mahamoud Ahmadinejad, presidente do Irã, é
mais honesto do que boa parte dos hipócritas europeus ou brasileiros. Ele não
esconde o que pretende. Aliás, o Hamas
também não: o fim da Israel é o segundo item do seu programa,
sem o qual o grupo terrorista julga não cumprir adequadamente o primeiro: a
defesa do que entende por fé islâmica.
Será que exagero?
Que outra
consideração estaria na origem da suposição de que um país deve se quedar
inerme diante de uma chuva de foguetes em seu território? “Não, Reinaldo, o que
se censura é o exagero, a reação desproporcional”. Neste artigo, penso questões
mais profundas, que estão na raiz do ódio a Israel.Como se considera que aquele estado é essencialmente ilegítimo, cobra-se
dele, então, uma tolerância especial. Aliás, exigem-se dos judeus duas reações
particulares, de que estariam dispensados outros povos.Como os hipócritas do silêncio consideram que a criação de
Israel foi uma violência, cobram que esse estado viva a pedir desculpas por
existir e jamais reaja. Seria uma espécie de suicídio.Israel faria por
conta própria o que várias nações islâmicas, em grupo, em par ou isoladamente, tentaram
sem sucesso em 1956, em 1967 e em 1973: eliminar o país do mapa. Dói na
consciência e no orgulho dos inimigos do país a constatação de que ele adquiriu
o direito de existir na lei e na marra, na diplomacia e no campo de batalha. A segunda reação particular guarda relação com o nazismo. Porque os
judeus conheceram o horror, estariam moralmente proibidos de se comportar como
senhores: teriam de ser eternamente vítimas. Ao povo judeu seria facultado
despertar ódio ou piedade, mas jamais temor. Franceses, alemães,
espanhóis, chineses, japoneses e até brasileiros cometeram ou cometem suas
injustiças e violências — e todos esses povos souberam ou sabem ser
impressionantemente cruéis em determinadas ocasiões e circunstâncias. Mas os
judeus?! Eles não!!! Esperam-se passividade e mansidão pouco importa se são
tomados como usurpadores ou vítimas. O anti-semitismo ainda pulsa, eis a
verdade insofismável.Tudo seria mais fácil
se as posições fossem aclaradas. Acatar ou não a legitimidade do estado de
Israel ajudaria muitas nações e muitas correntes político-ideológicas a se
posicionar e a se pronunciar com clareza: “Sim, admito a existência de Israel e
penso que aquele estado, quando atacado, tem o direito de se defender”. É o que
pensa este escriba. Ou: “Não! Fez-se uma grande bobagem em 1948, e os valentes
do Hamas formam, na verdade, uma frente de resistência ao invasor; assim,
quando eles explodem uma pizzaria ou um ônibus escolar ou quando jogam
foguetes, estão apenas defendendo um direito”. Mas os hipócritas não seriam o
que são se não cobrissem o vício com o manto da virtude. Como não conseguem
imaginar uma solução para alguns milhões de israelenses que não o mar — e,
desta feita, sem Moisés para abri-lo —, então disfarçam o ódio a Israel com um
conjunto pastoso de retóricas vagabundas: “pacifismo”, “antimilitarismo”,
“reação proporcional”, “direito à resistência”, etc.Na imprensa
brasileira, um jornalista como Janio de Freitas chegou a chamar o ataque aéreo
a Gaza de “genocídio”, dando alguma altitude teórica à militância política
anti-Israel — embora o próprio Hamas admita que a maioria das vítimas seja
mesmo composta de militantes do grupo. Trata-se, claro, de uma provocação:
sempre que Israel é acusado de “genocida”, pretende-se evocar a memória do
Holocausto. Em uma única linha, sustenta-se, então, uma farsa gigantesca:
A)- Maximiza-se a tragédia
presente dos palestinos.
B)- Minimiza-se a
tragédia passada dos judeus.
C) apaga-se da
história o fato de que o Hamas é a força agressora, e Israel, o país agredido.
D) equiparam-se os
judeus aos nazistas que tentaram exterminá-los, o que, por razões que dispensam
a exposição, diminui a culpa dos algozes.
E) cria-se uma
equivalência que aponta para uma indagação monstruosa: não seria o povo vítima
do Holocausto um tanto merecedor daquele destino já que incapaz de aprender com
a história?
E pouco importa se os
que falam em genocídio têm ou não consciência dessas implicações: o mal que sai
da boca dos cínicos não vira virtude.Em junho de 2007, esse mesmo Hamas foi à
guerra contra o Fatah na Faixa de Gaza. E venceu. O grupo preferiu não fazer
prisioneiros. Os que eram rendidos ou se rendiam eram executados com tiros na
cabeça — muitas vezes, as mulheres e filhos das vítimas eram chamados para
presenciar a cena. “O que ocorreu no centro de segurança [as execuções]
foi a segunda liberação da Faixa de Gaza; a primeira delas foi a retirada das
tropas e dos colonos de Israel da região, em setembro de 2005", disse
então Sami Abu Zuhri, um membro do Hamas. “Estamos dizendo ao nosso povo que a
era do passado acabou e não irá volta. A era da Justiça e da lei islâmica
chegou", afirmou Islam Shahawan, porta-voz do grupo. Nezar Rayyan, também
falando em nome dos terroristas, não teve dúvida: “Não haverá diálogo com o
Fatah, apenas a espada e as armas". Desde 2006, quase 700 palestinos foram
assassinados por rivais, pasmem, Palestinos.
Puro ódio a Israel
O ódio a Israel
espalhado em várias correntes de opinião no Ocidente é caudatário da chamada
“luta contra o Império”. O apoio ao país nunca foi tão modesto — em muitos
casos, envergonhado. Não é coincidência que assim seja no exato momento em que
se vislumbra o que se convencionou chamar de “declínio americano”. Israel é
visto como uma espécie de enclave dos EUA no Oriente Médio.As esquerdas do mundo caíram de amores pelos vários sectarismos
islâmicos, tomados como forças antiimperialistas, de resistência.Eu era ainda um quase
adolescente (18 anos) e de esquerda, quando se deu a revolução no Irã, em 1979,
e me perguntava por que os meus supostos parceiros de ideologia se encantavam
tanto com o tal aiatolá Khomeini, que me parecia, e era, a negação, vejam só!,
de alguns dos pressupostos que deveriam nos orientar — e o estado laico era um
deles. Mas A “luta antiimperialista” justificava tudo. O que era ruim para
os EUA só poderia ser bom para o mundo e para as esquerdas. No
poder, a primeira medida de Khomeini foi fuzilar os esquerdistas que haviam
ajudado a fazer a revolução.É ainda o ódio ao “Império” que leva os ditos
“progressistas” do mundo a recorrer à vigarice intelectual a mais escancarada
para censurar Israel e se alinhar com as “vítimas” palestinas. Abaixo, aponto alguns
dos pilares da estupidez:
Mas o que é terrorismo?
Pergunte a qualquer
“progressista” da imprensa ou de seu círculo de amizades se ele considera o
Hamas um grupo “terrorista”. A resposta do meliante moral virá na forma de uma
outra indagação: “Mas o que é terrorismo?” A luta “antiimperialista” torna
esses humanistas uns relativistas. Eles dirão que a definição do que é ou não
terrorismo decorre de uma visão ideológica, ditada por Washington, pela Otan,
pelo Ocidente, pelo capitalismo, etc, e coisa e tal. Esses canalhas são
capazes de defender o “direito” que os ditadores islâmicos têm de definir os
seus homens viciosos e virtuosos — “democracia não se impõe”, gritam —, mas,
por qualquer razão que não saberiam explicar, acreditam, então, que Washington,
a Otan, o Ocidente e o capitalismo não podem fazer as suas escolhas. E essas escolhas, vejam que coisa, costumam ser justamente aquelas que
garantem as liberdades democráticas. Se você disser que explodir bombas num
ônibus escolar ou num supermercado, por exemplo, é terrorismo, logo responderão
que isso não é diferente da ação de Israel na Faixa de Gaza, confundido a
guerra declarada (e reativa) Com a ação insidiosa contra civis. Para esses
humanistas, a ação contra Dresden certamente igualou os Aliados aos nazistas. Falei
em nazistas? Ah, sim: os antiisraelenses gostam de comparar as ações do Hamas,
do Hezbollah ou das Farc aos atos heróicos dos que lutaram contra o nazismo. Ao
fazê-lo, não só igualam, então, os vários “terrorismos” como também os vários
“estados da ordem”. No caso, o nazismo não se distinguiria dos governo de
Israel, da Colômbia ou de qualquer outro estado que sofra com a ação
terrorista.
"Só querem a paz"...sei...
Aqui e ali, leio
textos indignados em nome da “paz”. E penso que o pacifismo pode ser uma coisa
muito perigosa. Chamberlain e Daladier, que assinaram com Hitler o Acordo de
Munique, que o digam. Como observou Churchill, entre a desonra e a guerra,
escolheram a desonra e tiveram a guerra. Argumentos que remetem ao nazismo, sei
disto, costumam desmoralizar um tanto o debate porque apelam sempre a uma
situação extrema, que se considera única, irreproduzível.
A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR É:
“Me respondam: Como Israel pode fazer a paz com quem escolheu o caminho
da guerra e só aceita a linguagem das armas e da morte, e sua total
aniquilação?”
O Hamas é o inimigo
que mora ao lado — e, com freqüência, dentro de Israel. Mas há os que estão um pouco mais
distantes, como o Irã por exemplo. O que vocês acham que acontecerá
quando (e se) os aiatolás estiverem prestes a ter uma bomba nuclear? Em nome da
paz, senhores pacifistas, espero que Israel escolha a guerra. E ele escolherá,
fiquem certos, concordem os EUA ou não!
A ação de Israel só fortalece o Hamas...
Israel deixou o Sul
do Líbano, e o Líbano foi entregue — sejamos claros — aos xiitas do Hezbollah.
Israel deixou a Faixa de Gaza, e o Hamas expulsou de lá os corruptos moderados
da Fatah, não sem antes fuzilar todos os que foram feitos prisioneiros na
guerra civil palestina. Isso indica um padrão, pouco importa a vertente
religiosa dos sectários. A guerra desastrada contra a facção xiita no Líbano,
muito mais poderosa do que o inimigo de agora, significou, de fato, uma lição
amarga aos israelenses: se a ação militar não cumpre o propósito a que se
destina, ela, com efeito, só fortalece o inimigo. Na prática, é o que pedem os
que clamam pela suspensão dos ataques à Faixa de Gaza: querem que Israel
dispare contra a sua própria segurança.Fato curioso é que o argumento de que os ataques só fortalecem o Hamas
porque fazem do grupo heróis de uma luta de resistência saem, não por acaso, da
boca de intelectuais palestinos ou de esquerda.Cumpre perguntar se,
no status anterior, havia algum sinal de que os palestinos de Gaza estavam
descontentes com os terroristas que os governam. Mais uma vez, está-se diante
de uma leitura curiosa:A única maneiras de Israel não fortalecer o Hamas seria suportar passivamente
os foguetes disparados pelo Hamas. Como se vê, os argumentos passam pelos mais
estranhos caminhos e todos eles cobram que os israelenses se conforme com os
ataques e a morte de seus cidadãos.
A volta de Israel a condição de 1948?
Aqui e ali, leio que o estado de Israel só é defensável se devolvido à
demarcação definida pela ONU em 1948. Digamos, só para
raciocinar, que se possa anular a história da região dos últimos 60 anos. Os
inimigos do país considerariam essa condição suficiente para admitir a
existência do estado judeu? A resposta, mesmo diante de uma hipótese
improvável, é “NÃO”! Mesmo as facções
ditas moderadas reivindicam a volta do que chamam “os refugiados”, que teriam sido
“expulsos” de suas terras. Terras que, na maioria das vezes, foram compradas, é
bom que se lembre.Tal reivindicação é só uma maneira oblíqua de se defender que Israel
deixe de ser um estado judeu — e que deixe de ser Israel. E isso nos
devolve ao começo deste texto.
Aceita-se ou não a existência de um estado judeu?
Israel está muito
longe, no curtíssimo prazo, dos perigos que, com efeito, viveu em 1967 e em
1973. Não obstante, sustento que nunca correu tanto risco como agora. Desde a
sua criação, jamais se viu tamanha conspiração de fatores que concorrem contra
a sua existência:
1)- A chamada “causa
palestina” foi adotada pela imprensa ocidental — mesmo a americana,
tradicionalmente pró-Israel, mostra-se um tanto tímida.
2)- O
antiamericanismo, exacerbado pela reação contra a guerra no Iraque, conseguiu
transformar o terrorismo em ação de resistência.
3)- Os desastres da
era Bush transferem para os aliados dos EUA, como Israel, parte da reação
negativa ao governo americano.
4)- os palestinos
dominam todo o ciclo do marketing da morte e se tornaram os “excluídos” de
estimação do pensamento politicamente correto: o que são 300 mil mortos no
Sudão e 3 milhões de refugiados perto de 500 mortos na Faixa da Gaza, a maioria
deles terroristas do Hamas? A morte de qualquer homem nos diminui, claro,
claro, mas a de alguns homens excita mais a fúria justiceira: a dos sudaneses
não excita ninguém.
5)- Um estado
delinqüente, como é o Irã — que tem em sua pauta a destruição de Israel —,
busca romper o isolamento internacional aliando-se a inimigos estratégicos dos
EUA.
6)- A Europa ensaia
dividir a cena da hegemonia ocidental com os EUA sem ter a mesma clareza sobre
o que é e o que não é aceitável no que concerne à segurança de Israel.
7)- Atribui-se ao
próprio estado de Israel o fortalecimento dos seus inimigos, num paradoxo
curioso: considera-se que o combate a seus agressores só os fortalece,
ignorando-se o motivo por que, afinal, ele decidiu combatê-los.
Sim ou não à
existência de Israel? Sem essa primeira resposta, não se pode começar um
diálogo. Ou romper de vez o diálogo. Sem essa resposta, o resto é conversa mole.
Ainda sobre a dita reação desproporcional...
De todas as coisas
estúpidas que se podem dizer na censura a Israel, a maior é a que aponta a
chamada “reação desproporcional”. Então é preciso definir o que é “proporcionalidade”? O que deveria fazer
um estado organizado? Jogar alguns foguetes em Gaza? Dada a densidade
demográfica da região, um único mataria certamente mais palestinos do que todos
aqueles disparados pelo Hamas contra Israel, fazendo quatro vítimas. A guerra
viraria uma espécie de jogo de salão. E Israel seria sempre um caudatário das
escolhas dos terroristas. E o mundo, incluindo o Brasil, ficaria em silêncio.
Quatro mortos aqui? Quatro lá. Cinco aqui? Cinco lá. O estado agredido ficaria
sempre à espera do recrudescimento da ação do adversário. Bem, há uma lógica
implícita aí, não? Adivinhem quem morreria primeiro? Não fosse o veto dos EUA,
a ONU teria emitido uma resolução cobrando de Israel a imediata suspensão da
ação militar.O texto, acreditem, não fazia menção aos foguetes disparados
cotidianamente pelo Hamas. Nessas circunstâncias, parece que os críticos da
chamada “reação desproporcional” censuram menos os quase 500 mortos da Faixa de
Gaza do que os poucos mortos do lado Israelense. Para
essa gente, incluindo a esquerda brasileira, uma guerra justa precisa ter mais
judeus mortos do que os havidos até agora.Mais ainda: censuráveis
parecem ser a competência de Israel para se defender e a incompetência do Hamas
para atacar.Na prática, pedem que Israel permita primeiro que seu inimigo
cresça o bastante para poder matar com mais eficiência. E tudo seria ético e
justo.
Jornalista Osias
Wurman
O terror é como um
câncer social. Como tal, deve ser tratado da mesma forma que a doença: terapia
radical com os indesejáveis efeitos colaterais. O objetivo principal é salvar o
paciente, mesmo que, durante o tratamento, tenha que sofrer perdas físicas, algumas
definitivas e mutilantes. No caso do ataque de Israel contra o Hamas,
muitos tem falado em desproporcionalidade, mas cabe esclarecer :
1- O Estado Soberano
de Israel está respondendo, em apenas uma semana, aos 8 anos de ataques de
foguetes do Hamas contra sua população civil, num desrespeito à sua soberania,
fato que não seria tolerado por nenhum dos governos que criticam atualmente o
Estado de Israel.
2- Para sermos
justos, temos que considerar o número acumulado de baixas israelenses neste
período, além dos danos morais a sua população atingida. Não podemos ignorar
que crianças de 12 anos, que sofreram choque na explosão dos foguetes Qassam,
urinam à noite na cama e recusam-se a ir à escola. São muitas as pessoas que
necessitaram de tratamento psiquiátrico para tentar voltar ao normal.
3- Vale lembrar que
Ariel Sharon retirou, em 2005, todos os 7.500 colonos que habitavam em Gaza e
cerca de 20 mil soldados israelenses. Em resposta, Israel recebeu foguetes e
ataques terroristas em seu território, inclusive com o seqüestro do soldado
Gilad Shalit, preso há cerca de 900 dias em cativeiro. O DNA do corpo terrorista
do Hamas é o mesmo dos que atacaram as Torres Gêmeas em Manhattan, os trens em
Madrid, o metrô em Londres, e mais recentemente, a cidade de Bombaim na Índia.
Assim como na quimioterapia, matam-se células sadias para alcançar as malignas.
No final, quando bem sucedido o tratamento, salva-se o mais importante de tudo
: a vida da vítima. No caso de Gaza, muitas mortes deploráveis, mas para salvar
o corpo e a alma de todo o povo palestino.
Israel x Hamas
Por Luis Milman: Jornalista,
professor da pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sobre
a atual situação do Oriente Médio e as atitudes da mídia mundial em relação a
Israel.
Poucos (e não me
refiro apenas ao Brasil) possuem o necessário discernimento para compreender o
que ocorre hoje no Oriente Médio. O pensamento medíocre de nossos jornalistas,
sociólogos, historiadores e palpiteiros fabula uma mítica vitimização dos
palestinos e julga, a partir de falsas premissas, que Israel é o país mais
forte da região. Erro crasso. É precisamente o contrário.Israel é o único, por ser o mais vulnerável dentre todos os países do
Planeta, que não pode perder uma guerra. Por quê?Ora, porque a derrota, para
Israel, é o mesmo que a extinção. Não é preciso fazer uma incursão histórica ou
sociológica muito profunda para que se chegue a esta conclusão. Basta olhar o
Mapa Mundi e enxergar.E
não custa lembrar que em entrevista concedida pelo líder da OLP Zuheir Mohsen
em março de 1977 ao jornal holandês Trouw, ele disse:"O povo palestino não existe! A criação de um estado palestino é apenas um meio para
continuar a nossa luta contra o Estado de Israel em nome da unidade árabe. Na
realidade, hoje não há nenhuma diferença entre jordanianos, palestinos, sírios
ou libaneses." Qual é o tamanho daquele
país? 20 mil quilometros quadrados! Onde ele está? Espremido entre o
Mediterrâneo e a Cisjordânia (sua fronteira oriental), o Líbano e a Síria (sua
fronteira setentrional), Gaza e o Egito (sua fronteira sul). Entre Tel Aviv e
Ramalah, a distância é de 60 km (quase a mesma distância existente entre Porto
Alegre e Nova Hamburgo, no Rio Grande do Sul). Entre Jerusalém e Belém, é de 3
km! Que outro país do
mundo pode se dizer viável, do ponto de vista de sua segurança (e esta é a
questão existencial de Israel ao longo de todas as guerras que lutou no século
XX) com um território destes? E com uma população de apenas 6 milhões de
pessoas (incluindo 1 milhão de árabes que se dizem palestinos)! Além do mais,
todas as suas fronteiras são hostis. E Israel é que é forte?
ALGUMAS
PERGUNTINHAS BÁSICAS QUE OS "HIPÓCRITAS
DA CAUSA" SE RECUSAM A RESPONDER!
1)- Quando Hitler
estava em seu bunker em Berlim, quando a Alemanha já estava devastada e
derrotada, quando os russos já estavam na Polônia e os aliados na fronteira sul
da Alemanha, a máquina genocida nazista continuava, em ritmo mais do que
acelerado, a matar judeus (milhares por dias) em vários campos de extermínio.
Por quê? Quem pode responder?
2)- Quando a ONU
anunciou, em 1948, a partilha em dois estados - um árabe e outro judeu - no que
restara da antiga (antiga nos tempos modernos, sob o mandato dos ingleses)
Palestina (a maior parte, a Transjordânia, havia sido entregue ao rei hashemita
Abdalah, pela Inglaterra, em 1922), por que cinco países árabes, além dos
árabes da Cisjordânia, não aceitaram a partilha e invadiram o recém criado
Estado de Israel? Por quê?
3)- Por que Israel,
depois de vencer a Guerra de 1973 contra o Egito, a Síria, a Jordânia e o
Líbano, com a apoio de todo mundo árabe, devolveu toda a Península do Sinai,
que ele conquistara na Guerra de 1967, (assim novamente estreitando sua
profundidade estratégica), em troca apenas de um tratado de paz com o Egito?
4)- Que outro país do
mundo faria isto? Que outro país do mundo devolve território conquistado depois
de uma guerra defensiva?
5)- Por que, em 1990,
quando os Estados Unidos invadiram o Iraque de Sadam Hussein pela primeira vez,
o então tirano iraquiano lançou dezenas e dezenas de mísses de longo alcance,
os scuds, contra Israel?
6)- Por que, depois
de 7 anos decorridos da assinatura dos acordos de Oslo em Camp David (em 1993),
ou seja, já em 2000, Arafat - o líder de uma organização que até 1992 era
totalmente terrorista - não aceitou a oferta oficial de Ehud Barak, então
primeiro-ministro israelense, em troca tão somente de paz, oferta que consistia
no seguinte:
a) a criação de um
estado palestino (que jamais existiu antes na História) em 98% da Cisjordânia e
100% da Faixa de Gaza;
b) a entrega de 55%
da cidade de Jerusalém para os palestinos instalarem sua capital;
c) a admissão de
retorno de milhares de refugiados palestinos para Israel e uma indenização
financeira para aqueles que não poderiam retornar e,
d) o desmantelamento
de todas colônias judaicas na Cisjordânia.
7)- Por que Arafat não aceitou?
8) Por que, desde a
assinatura dos acordos de Oslo, o Fatah (que em teoria passou a aceitar a
existência de Israel), o Hamas, a Jihad Islâmica, e outra dezena de pequenos
grupos terroristas, mataram mais de mil civis israelenses em Israel, em toda
sorte de atentados alucinados?
9) Por que Israel
deixou totalmente a Faixa de Gaza em 2005, de forma unilateral?
4)- Por que o Hamas,
depois da retirada total israelense de Gaza, transformou aquele pedaço de terra
numa frente de batalha contínua contra Israel, treinando e equipando um pequeno
exército de 20 mil homens, preparando homens, mulheres e jovens-bomba e fixando
bases de lançamento de mísseis de pequeno alcançe para atingir Israel,
justamente nos centros urbanos densamente povoados e nas fazendas judaicas
desocupadas no norte da faixa de Gaza?
10) Por que,
finalmente, o Mundo Ocidental sempre se calou diante disto tudo e agora, mais
uma vez, em voz uníssona (menos os Estados Unidos e a Austrália) condenam uma
operação que visa liquidar o Hamas de uma vez por todas e com isso impedir que
o Irã, que subsidia financeiramente e fornece armamento para aqueles
terroristas assassinos, se instale a 30 km do maior porto de Israel, Ashdod?
11) Por que o Mundo
Ocidental não condena, com veemência, os aiatolás iranianos e seu manda-chuva
Ajmadinejad, o presidente daquele país de delirantes anti-semitas, quando este
afirma, todos os dias, que o Holocausto não existiu e que a decisiva, maior e
definitiva meta do Irã e do Islam é destruir Israel e os yahud (os judeus)?
12) Por que o Mundo
Ocidental observa complacentemente estes mesmos tarados construírem usinas
nucleares para fabricarem bombas atômicas?
13) Por que o
presidente francês Nicolas Sarkozi se dá o trabalho de afirmar que a reação de
Israel aos ataques dos terroristas do Hamas é "desproporcional"?
14) Está falando a
França de Vichy que enviava judeus aos campos de extermínio? E a Alemanha, que
ousou condenar a ofensiva israelense contra o Hamas? A Alemanha! Ou a Rússia
de Putin (ela também pediu o fim imediato da operação de Israel), que promove,
quando lhe dá na telha, massacres indiscriminados de civis em "sua área de
influência", arrancando apenas um módico "Oh!, que feio" do
Mundo Ocidental?
15) E o Conselho de
Segurança da ONU, que já se reuniu a pedido da Líbia, aquele exemplo de
democracia e respeito aos direitos humanos, para comunicar que exige o fim da
violência de ambas as partes no conflito? Mas como? Que partes? O Hamas é
membro da ONU? Quando mandava seus assassinos ou remete seus foguetes contra
Israel, não há "partes para serem chamadas"? Ou o Conselho de
Segurança pediu à China para que parasse com o recente massacre no Tibet? Claro
que não! Afinal, Um protesto da "Comunidade Internacional" poderia
atrapalhar aquela majestosa Olimpíada. Como, de resto, foram também majestosas
as Olimpíadas de 1936, promovidas pela Alemanha Nazista, e a de 1980, pelos
soviéticos.
15) A Comunidade
Internacional não gosta de comprometer competições esportivas com questões
menores! Mas, enfim, por que Israel?
Ficam as perguntas, e aguardamos as respostas...
Israel x Haman
(Troque o “n” pelo
“s” e dará no mesmo)
Primeiro é preciso
esclarecer, para quem ainda não está familiarizado com este personagem da
história judaica, a história de Purim, ocorrida na Pérsia, quem foi Haman para
os judeus. Descendente direto de Agag, o rei dos Amalequitas poupado pelo Rei
Saul (porém que mais tarde foi posto à morte pelo profeta Samuel) este é Haman.
A maior transgressão do Rei Saul foi que ele teve misericórdia sobre o líder
dos amalequitas, dando-lhe assim uma oportunidade de procriar muitos mais
amalequitas como ele próprio. Haman foi um deles, como enfatiza muitas vezes o
Livro de Ester. Quando o Rei Saul falhou, seu descendente Mordechai o sucedeu.
Porém, com a queda de Haman o fim dos amalequitas não fora cumprido. Muitos
deles sobreviveram até nossos dias, e continuam a nos criar muitos problemas.
Hitler foi um dos piores amalequitas que jamais viveram, e embora ele também,
como Haman, tivesse o que mereceu, muitos menores que ele, infelizmente, ainda
estão à solta.Em Purim, durante o
Serviço Matinal, lemos a Porção da Torá onde a história do ataque de Amalec é
relatada (Shemot 17:8). No Shabat antes de Purim lemos uma Porção especial e adicional
da Torá (Devarim 25:17) começando com: "Lembra-te o que Amalec fez a
ti," e este Shabat é denominado Shabat Parashá Zachor (que significa
"Lembre-se").Por que devemos nos
lembrar daquilo que Amalec nos fez? Por que não devemos perdoar e esquecer
neste caso? Isso não é vingança, proibida pela Torá? Certamente a Torá nos
proíbe a vingança: "Não deves odiar teu irmão no coração... Não deves
tomar vingança, nem guardar qualquer queixa contra os filhos de teu povo, mas
deves amar teu próximo como a ti mesmo: Eu sou o Senhor!" (Vayicrá 19:17,
18).Somos proibidos de alimentar
ressentimento contra nosso próximo. Somos proibidos, não apenas de ferir,
insultar ou envergonhar quem quer que seja, como também de odiar qualquer
pessoa em nosso coração, mesmo que não demonstremos abertamente. Por que,
então, somos ordenados a relembrar o que Amalec nos fez? E como se não
confiando em nossa natureza boa e clemente, a Torá repete a ordem outra vez:
"Não se esqueça!"De fato, não
existe no mundo nação mais misericordiosa que o povo judeu, apesar do fato, ou
talvez por causa dele, de que tenhamos sido perseguidos e torturados por muitos
séculos, e até agora tenhamos, infelizmente, mais inimigos que amigos.A razão é que Amalec,
Haman, Hamas são a encarnação do mal. Jamais devemos fechar os olhos ao mal. Nunca devemos perdoar um assassino, um terrorista, um
homem-bomba. Se o fizermos, o mundo não será um bom lugar para se viver. Isso
nada tem a ver com vingança. É a lei elementar da sociedade humana. Clemência a
quem não a merece é pior que a crueldade.Se qualquer um pode
perdoar prontamente um assassino, não é porque seja bom e misericordioso, como
muitos “humanitaristas” alegam, mas exatamente o
contrário: porque ele não valoriza a vida humana. Estes são os tipos de pessoas que não erguem uma
palavra em defesa da vítima desamparada, mas clamam por
"misericórdia" para com o pobre, "mal-orientado" assassino.Não podemos reformar
um assassino que tenha matado repetidas vezes perdoando-o. Nem permitir que
entre em ação livremente quando sua intenção é causar o maior número de vítimas
possível. O Ocidente é seu inimigo, e hoje eles se encontram infiltrados,
implantados como células cancerosas em países ocidentais que os acolheram.
Fechar os olhos, e ter compaixão significa ser cruel com a humanidade.Eis
porque somos ordenados a nos lembrar o que Amalec nos fez. Amalec deve ser
combatido, porque o mal não pode ser tolerado. E Haman, hoje vestido de Hamas e
outros grupos terroristas faz parte de sua descendência.Por enquanto, façamos
barulho em defesa de Israel mostrando ao mundo que o Hamas, ou o Haman de hoje
é o único responsável pela miséria, morte e desproteção da população civil
palestina. Eles os colocam como seus escudos, enquanto Israel protege seus
cidadãos, Tudo diz respeito a origem do caráter, moral e de educação. Que eles
aprendam que ao não respeitarem a autonomia e existência de Israel, atirando
durante anos e ininterruptamente seus foguetes contra o território israelense,
Israel não baixará sua guarda nem abaixará sua cabeça; lutará contra seus
inimigos e contra o mal até exterminá-lo. Am Israel chai, o
povo de Israel vive, e continuará existindo eternamente, quer gostem ou não.
Um olhar sobre Gaza
Por Ali Kamel - Publicado por “Notícias da Rua Judaica” (Jornalista Osias Wurman)
Eu acredito em
eleições. E acredito que o povo sempre tem a capacidade de julgar o que
considera bom para si. Isso não quer dizer que o povo acerte sempre: não são
poucas as vezes em que a decisão mostra-se errada no futuro. Não importa, no
momento em que comparece às urnas, certo ou errado, o povo é responsável por
suas escolhas.Por que essa
conversa? Porque isso não me sai da mente quando vejo, chocado, os bombardeios
em Gaza. Em 2006, houve eleições para escolha do primeiro-ministro palestino.
Era um contexto em que os EUA clamavam pela democratização do mundo árabe.Quando o Hamas saiu-se vitorioso, muita gente, diante dos lamentos dos
americanos, riu, dizendo algo assim: "Ora, não queriam democracia? Agora o
povo vota, escolhe o Hamas e os EUA lamentam? Então democracia só vale quando
ganham os aliados?" Na época, escrevi que
a simples presença do Hamas nas eleições mostrava que aquilo não era uma
democracia: porque democracia não é o regime em que todas
as tendências disputam o voto; democracia é o regime em que todas as tendências
que aceitam a democracia disputam o voto. Como o Hamas prega uma
teocracia, um sistema político que o aceita como legítimo aspirante ao poder
não pode ser chamado de democracia. Seja como for, tendo sido democráticas ou
não, aquelas eleições expressaram a vontade do povo: observadores
internacionais atestaram que o pleito transcorreu sem fraudes.
E o que pregava o Hamas na campanha de 2006?
"Antes, para entender o linguajar, é importante lembrar que o Hamas
não aceita a existência do Estado de Israel, chamado de "Entidade
Sionista". Assim, quando se
refere à "Palestina", o Hamas engloba tudo, inclusive Israel. Destaco
aqui três pontos do programa eleitoral (na disputa, o grupo deu-se o nome de
"Mudança e Reforma"):
a)- "A Palestina
é uma terra árabe e muçulmana";
b)- "O povo
palestino ainda está em processo de libertação nacional e tem o direito de usar
todos os meios para alcançar esse objetivo, inclusive a luta armada";
c)- "Entre
outras coisas, nosso programa defende a 'Resistência' e o reforço de seu papel
para resistir à Ocupação e alcançar a liberação.
d)- A 'Mudança e
Reforma' vai também construir um cidadão palestino orgulhoso de sua religião,
terra, liberdade e dignidade; e que, por elas, esteja pronto para o
sacrifício."
Deu para entender? O Hamas propôs um programa segundo o qual não há
lugar para judeus na "Palestina", o uso da luta armada deve ser
reforçado para se livrar deles, e os cidadãos comuns devem estar preparados
para se sacrificar (morrer) pela religião, pela terra, pela liberdade e pela
dignidade.
Havia alternativa?
Sim, apesar da
ambiguidade eterna, o Fatah do presidente Mahmoud Abbas (e, antes, de Yasser
Arafat), na mesma eleição, pregava a saída de Israel dos territórios ocupados
em 1967, a criação de um Estado Palestino com sua capital em Jerusalém e uma
solução para os refugiados de 1948 com base em resoluções da ONU, uma agenda
que só parece moderada porque é comparada à do Hamas. Embora estimulasse e
declarasse legítima a resistência à ocupação, a novos assentamentos judaicos e
à construção do muro de proteção que Israel ergue entre a Cisjordânia e seu
território, o Fatah declarava expressamente: "Quando o imortal presidente
Arafat anunciou em 1988 a decisão do Conselho Nacional Palestino, reunido
naquele ano, de adotar a 'solução histórica', que se baseia no estabelecimento
de um Estado independente Palestino lado a lado com Israel, ele estava de fato
declarando que o povo palestino e suas lideranças tinham adotado a paz como uma
opção estratégica."
E qual foi a decisão dos palestinos?
Num sistema eleitoral
que adota o voto distrital misto, o Hamas ganhou tanto no voto proporcional
quanto nos distritos, abocanhando 74 dos 132 assentos do Parlamento. Ou seja,
diante do desgaste de 40 anos do Fatah, e das denúncias de corrupção que
pairavam sobre o movimento, os palestinos deixaram a paz de lado e optaram pela
promessa de pureza divina e dos foguetes do Hamas. Meses depois, uma luta
interna feroz entre os dois grupos teve lugar e resultou numa divisão
territorial: o Fatah ficou com a Cisjordânia, onde a situação é de calma, e o
Hamas ficou com Gaza, de onde continuou pregando o programa aprovado pelos
eleitores: enfrentamento armado, mesmo tendo consciência do que isso
acarretaria.
Diante disso, dá para dizer que os palestinos de Gaza são
inocentes vítimas do jugo do Hamas e de uma reação desproporcional dos
israelenses?
Olha, eu deploro a
guerra, lamento profundamente a morte de tanta gente, especialmente de
crianças, vítimas de uma guerra de adultos. Vejo as bombas, e fico prostrado,
temendo que o bom senso nunca chegue. Mas isso não me impede de ver que a
guerra, com suas consequências, foi uma escolha consciente também dos
palestinos de Gaza (e numa guerra não se trocam gentilezas). Retratá-los como despossuídos de todo poder de influir em
seus destinos não é mais uma verdade desde 2006.Parecerá sempre simplificação
qualquer coisa que se diga num espaço tão curto, em que é preciso deixar de
lado as raízes desse conflito e a trama tão complicada que distribuiu culpa e
vítimas por todos os lados.Mas não consigo terminar este artigo sem dizer:
1)- Para que haja
paz, os dois lados têm de ceder em questões tidas como inegociáveis.
2)- O apelo às armas
tem de ser abandonado.
3)- O Estado
Palestino deve ser criado ao lado de Israel, cujo direito a existir não deve
ser questionado. Se isso acontecer, muitos árabes e israelenses daquela região
não se amarão, terão antipatias mútuas, mas viverão lado a lado.
Utopia?...
Um mundo surdo, gago e
miope
Por Mauro Wainstock
- Diretor do Jornal ALEF
O mundo do terror que
Israel está enfrentando não é apenas físico mas ocorre, principalmente, em duas
áreas distintas: a da psicologia e a da educação, que estão intimamente ligadas.
Em um mundo pluralista, com raízes, cultura e interesses próprios, cada opinião
é emitida de acordo com valores prévios, informações convenientes e modismos
efêmeros. O desafio está em explicar o diferente; em conciliar com o
desconhecido; em negociar com o estranho.Mas quando lidamos
com o mundo gago, repetitivo, que fala em genocídio e desproporcionalidade, de
maneira tão constante quanto hipócrita; tão convincente quanto cínica, e que
reluta em ouvir as palavras paz e justiça, ele se transforma no mundo surdo,
mais pela inércia e pelo desconhecimento, do que pela deturpação proposital da
inegável racionalidade. Que apelida o terrorismo de resistência, e qualifica a
morte como bênção divina. É o verdadeiro mundo míope. Vencer a guerra é
conseguir fazer com que o mundo da paz acorde o mundo consciente e, juntos,
eliminem o mundo irracional.
Mundo míope: educação para o terror? Alguns
questionamentos sobre o conflito:
Com quem Israel deve negociar a paz? Com o Hamas, que não reconhece a
sua existência, ou com o Irã, que quer “apagá-lo do mapa” ? O justo seria
terrorismo de estado ou terrorismo contra estados legitimamente constituídos,
como o Brasil e Israel? Por que o mundo não apela para que a Espanha dialogue
com o ETA, a Colômbia com as FARC, a Turquia com o PKK curdo...
Em quem Israel deve confiar?
-No Hamas, que ainda
não cumpriu o acordo feito sob as bênçãos da ONU para devolver o soldado Gilad
Shalit, sequestrado há mais de dois anos na fronteira com Gaza?
-Ou no Hamas que,
durante os seis meses do cessar-fogo, continuou disparando milhares de foguetes
contra cidades israelenses, leia-se civis, e que não aceitou prorrogar a
trégua?
-Ou no Hamas, que
nunca teve piedade ao explodir restaurantes e ônibus lotados em Tel-Aviv, Haifa
e Jerusalém e que também é inimigo de inocentes cidadãos palestinos e dos
árabes moderados - que são impingidos a não concretizar a paz com Israel ?Interesses eleitorais
na guerra? O que os dirigentes de um país de bom senso devem fazer quando cerca
de um milhão de cidadãos estão diariamente, há vários anos, sob a mira de
milhares de foguetes? Quais são os
interesses eleitorais que podem existir quando o governo e a oposição estão em
consenso quanto à importância de silenciar o terror imediatamente?Quando o mundo vai
perceber que, quando se trata de Israel, a única política que vigora é a
preservação do único Estado Judeu, aprovado pela ONU há apenas 60 anos?Como dizia David Ben Gurion:
“Israel pode ganhar 50 guerras e
nada acontecerá a seus inimigos. Mas, perdendo uma, esta será a última”!
Interesses comerciais com a guerra?
Israel gasta US$ 560
milhões por semana com o conflito. E perde outros milhões com o turismo. Outros
milhões com a segurança. E tudo isto em plena crise financeira internacional. Mais:
Israel perde vidas, o que é para ele é inconcebível. Por outro lado, a
indústria do terror produz uma infinidade de mártires, ganha milhares de
adeptos com o pseudo-marketing, mobiliza bilhões de dólares em todo o mundo,
enche o bolso de líderes corruptos.
Um Holocausto?
Só se for de críticas
orquestradas contra Israel. Será que, ao realizar experiências mórbidas e
exterminar milhões de inocentes, apenas para criar a suposta “raça pura”, a
Alemanha nazista realmente estava apenas se defendendo - como Israel faz hoje?Você soube de algum
judeu que lançou um foguete sequer contra cidades alemãs antes, durante ou
depois da ascensão do nazismo? Conheceu algum judeu que, algum dia, declarou
que tinha como objetivo exterminar todo o povo alemão?Ou que pretendia
doutrinar as crianças judias para terem ódio mortal e eterno dos alemães?Ou que atacou algum
alemão em qualquer lugar do mundo? Alemão é diferente de nazista!Por que, quando se
fala de palestinos, a mídia não distingue claramente cidadãos inocentes de
terroristas sanguinários, mas fala sempre em “causa palestina”?A “causa” é um
legítimo Estado seguro e em paz, ou é a constante matança gratuita, ordenada
por seus líderes, e ainda não condenada pelo mundo, com o único propósito de eliminar
Israel? Palestino é diferente de terrorista!"O bom Deus, que limitou a inteligência humana, bem que poderia ter
limitado também a estupidez" (Konrad Adenauer, ex-primeiro-ministro
alemão).Quanto tempo os
judeus tiveram que esperar para o mundo dito civilizado se mobilizar durante a
II Guerra Mundial?O tempo necessário para exterminarem 6 milhões de inocentes
vidas judaicas.É “proporcional”
esperar de novo este tempo? É “proporcional” que civis israelenses esperem
ainda quanto tempo para que os foguetes que hoje atingem suas casas acertem seu
coração - apenas para o jogo terminar empatado ? É “proporcional” que
o Exército israelense invista bilhões em armamentos de precisão cirúrgica e
avise previamente sobre os ataques que vai realizar, tentando com isto evitar a
morte de civis palestinos, enquanto os sádicos terroristas aproveitam estas
mesmas informações para enfileirar propositadamente inocentes na frente dos
canhões, guardar bombas em quartos de hospitais, armamentos em mesquitas e granadas
em cheches? É “proporcional” que
Israel eduque seus filhos para o futuro, enquanto os terroristas construam o
futuro de mais uma geração de suicidas?Você sabia que 10 mil
projéteis foram lançados pelo Hamas contra cidades israelenses desde 2001? E
que, desses, 6,5 mil foram disparados depois de Israel ter saído totalmente da
Faixa de Gaza, em 2005, na esperança de obter a paz.Como crescerão as
crianças israelenses que, sob tensão, tiveram que aprender a usar pagers para
serem alertados várias vezes por dia sobre um iminente ataque de foguetes?Quanto tempo ainda
milhares de civis israelenses, muitos dos quais bebês e idosos, vão correr
apavorados para tentar chegar em 15 segundos aos bunkers e rezar por sua
sobrevivência ?Quantos civis
israelenses serão obrigados a abdicar do trabalho, do estudo, do lazer, da
normalidade do dia-a-dia para poderem ser chamados pela mídia de vítimas, pelo
menos esporadicamente, ao invés de serem os permanentes vilões? Israel deve aceitar
quantas mortes e sequestros de civis para começar a reagir? E quantos foguetes
devem cair, mesmo sem vítimas fatais, para ser o momento de se manifestar com
justiça?Por que até agora
nenhum país que critica Israel abriu suas portas para acolher, com todo
carinho, estes “indefesos” terroristas? Por que o Egito,
quando assinou o tratado de paz com Israel, não aceitou o território de Gaza
como parte do acordo?Por que os palestinos
não aceitaram a oferta de Israel de um Estado independente, com o controle
total de Gaza, proposto por Ehud Barak a Yasser Arafat?Por que o mundo custa
tanto a admitir que Israel não inicia guerras, mas mesmo assim está sempre
disposto a negociar e a ceder – como fez com o Egito e com os próprios
palestinos liderados por Arafat?Por que o mundo não
contabilizou diariamente quantos civis palestinos e membros do oposicionista
Fatah foram torturados e assassinados brutalmente quando o Hamas assumiu o
poder em Gaza? E quantos membros do Hamas - acusados de traição - são
assassinados ainda hoje pelos seus próprios companheiros, sem a contagem
aritmética pela mídia?O que o Hamas faz com
os milhões de dólares despejados em Gaza, já que sua população não possui
condições mínimas de sobrevivência? Adquire mais e mais armamentos e premia as
famílias dos homens-bomba?Quando a mídia vai
perceber que jornalismo se faz imparcialmente, deixando as opiniões para o
editorial?Por que os
"humanistas" de plantão, especialistas em diabolizar Israel, que
surgem como técnicos de futebol em ano de Copa do Mundo, e políticos em época
de eleições, não alertam para as “areias movediças” do mundo selvagem, como a
divulgação de fotos deturpadas, informações manipuladas e declarações
teatralizadas ?Você sabia, por
exemplo, que o canal France 2 divulgou mortes que aconteceram no dia 05 de
Janeiro de 2009, teoricamente provocadas pelo Exército de Israel, quando,
comprovadamente, elas ocorreram no dia 23 de setembro de 2005, como resultado
da explosão acidental de um caminhão que transportava armamentos do Hamas?A France 2 admitiu
que foi enganada pela propaganda palestina.Você se lembra da morte da menina
Huda Ghaliya - que na mídia foi atingida por Israel e na realidade por armas
terroristas?Quantas gerações serão necessárias para os palestinos entenderem a histórica
frase de Golda Meir: "Não odeio os árabes por
tentarem matar nossas crianças; os odeio por nos fazer matar suas crianças.
Não haverá paz com os árabes enquanto eles nos odiarem mais do que amam suas
crianças"?Quando o Irã e o
Hamas vão implementar algo parecido com a declaração de independência de
Israel, que desde 1948 é taxativa: “Nós estendemos a mão da amizade, da paz e
da boa vizinhança a todos os Estados que nos avizinham e a seus povos”. E
quando alguém vai passar uma borracha na frase “Israel continuará existindo até
que o Islã o apague”, que consta em letras maiúsculas no “Pacto do Hamas” desde
a sua criação?Quando a ONU vai
entender que Israel é um país a ela filiado e o Hamas um dos grupos que
aterrorizam a ordem mundial?Será que a ONU tem
tamanha ingenuidade a ponto de acreditar que o terrorismo contra Israel é tão
somente por um pedaço no mapa mundi?Será que ela
realmente não percebe que, por trás de tudo isto, há o doentio e incontrolável
desejo de eliminar o único Estado Judeu, custe o que custar, e a intenção de
criar mais uma fanática e opressora República Islâmica?Até quando a ONU vai
fingir que não ouve as ameaças, verbais e expressas, neste sentido, feitas
diariamente pelo Irã e pelo Hamas?Quando o mundo vai
repreender de fato este terror psicológico, e físico, com eficazes sanções
comerciais, diplomáticas etc?Quando vai proibir
que poderosos armamentos bélicos sejam contrabandeados por seus filiados a
grupos considerados terroristas?Quando vai publicar
uma resolução para que o Sudão interrompa imediatamente a carnificina que já
matou 300 mil cristãos, que dê um basta à tirania assassina de Ruanda e encerre
de vez com os conflitos entre as 300 tribos que se entredevoram na muçulmana
Somália?Enfim, quando vai
transformar propostas inócuas e paliativas em uma solução de paz definitiva?Quantas vezes a ONU
criticou publicamente ataques antissemitas que vem ocorrendo há décadas contra
entidades judaicas em vários países – muito antes do atual conflito ?Ou será que Israel
será sempre declarado culpado pelo simples fato de existir e isto
autoriza/justifica pichações, incêndios e é, por si só, um sinal verde para
aterrorizar e matar judeus em sinagogas e cemitérios no mundo inteiro? A “Noite
dos Cristais” começou assim.Por que a ONU não
reconhece publicamente que o Hamas está cometendo três crimes simultaneamente:
disparando foguetes contra alvos civis, utilizando sua população como escudo e
pregando a destruição de um país membro de sua própria entidade?O mundo da
inteligência precisa encontrar urgentemente o mundo da ação – e da conciliação.
Que o mundo da paz possa comemorar algum acordo definitivo no Oriente Médio e
que as palavras “Shalom” e “Salam” sejam realmente sinônimas de harmonia,
convivência e civilidade no mundo do futuro.
FAIXA DE Gaza: hora de golpear definitivamente o terrorismo cruel e assassino!
Por Gustavo Ioschpe –
mestre em desenvolvimento econômico pela Universidade Yale Articulista da
revista “Veja
A cobertura do
conflito entre Israel e Hamas surpreende pela omissão de dois fatos simples e
indispensáveis:
1)- Primeiro: Israel
não ocupa Gaza desde 2005.
2)- Segundo: o Hamas
é uma organização terrorista. Não são “milicianos”, “radicais”,
“fundamentalistas”. O que diferencia o Hamas é o uso de métodos terroristas
para alcançar seus objetivos. Objetivos, aliás, públicos e antigos: constam de
sua carta de fundação, de 1988, solenemente ignorada pela imprensa.
Em seu documento, o
Hamas declara “trabalhar para impor a palavra de Alá sobre cada centímetro da
Palestina” (art. 6º). Aqui, “Palestina” é a histórica: território que hoje
inclui Israel, Gaza e Cisjordânia. Essa formulação prega a destruição de Israel
criação de um Estado islâmico, governado pela sharia (a lei muçulmana). No
artigo 7º, o Hamas cita “o profeta [Maomé]: “o julgamento final não virá até
que os muçulmanos lutem contra os judeus e os matem’”. No artigo 11, declara
que a Palestina é um “Waqf”: terra sagrada e inalienável para os muçulmanos até
o Dia da Ressurreição e que, pela origem religiosa, não pode, no todo ou em
parte, ser negociada ou devolvida a ninguém.Há outros trechos
interessantes, o Hamas deixa claro o papel dos intelectuais e das escolas, que
é de doutrinamento para a jihad; das mulheres (”fazedora de homens” e
administração do lar) e até determina o que é arte islâmica ou pagã -que
permitem ao leitor antever o paraíso de liberdade em que se tornaria a
Palestina caso a sua visão fosse concretizada. Também há artigos em que o
antissemitismo do grupo acusa a comunidade judaica internacional de dominar a mídia
e as finanças internacionais e de ter causado a Segunda Guerra Mundial, em que
6 milhões de judeus foram assassinados.O documento flerta
tanto com o ridículo que ele mesmo esclarece, no artigo 19, que “tudo isso é
totalmente sério e não é piada, pois a nação comprometida com a jihad não
conhece a jocosidade”. Quanto à seriedade do Hamas, não resta a menor dúvida, e
seria bom que a comunidade internacional deixasse de tratá-los como pobres
coitados e os visse como o que são: genocidas que só não implementam sua visão
por inabilidade. A realidade no Oriente Médio mudou, mas a imprensa brasileira
não se deu conta. Passou tanto tempo atacando Israel por sua ocupação contra os
pobres palestinos que continuam a dirigir sua sanha acusatória três anos depois
do fim da ocupação.
Qual é
a justificativa do Hamas para disparar foguetes contra a população civil
israelense?
Nenhuma! Para alguns,
seria uma reclamação contra o bloqueio da fronteira. Essa é uma maneira
totalmente ilegítima e inaceitável de protestar. Para notar o absurdo, basta
imaginar se o Uruguai resolvesse lançar foguetes sobre a Argentina quando esta
bloqueou suas fronteiras por causa da “guerra das papeleiras”. Pode-se realmente exigir de Israel que abra suas fronteiras a
uma organização que deseja destruí-lo? Por que o Egito também bloqueia sua
fronteira com o Hamas (apesar de ninguém protestar por isso)? Será por que o
grupo usa a fronteira para contrabandear armas?Quaisquer que sejam
as razões do Hamas para a campanha de pirotecnia, campanha assustadora, que já
lançou mais de 3.500 foguetes contra Israel-, nenhum Estado pode tolerar essa
agressão contra seus cidadãos.Comentaristas sugerem
a resolução do problema por vias pacíficas, mas ninguém menciona exatamente
como se daria a negociação, já que o Hamas não reconhece a existência de
Israel. Aqueles que reconhecem o direito de resposta de Israel o fazem com duas
condicionantes: que a resposta seja proporcional ao ataque e que civis não
sejam vitimados.
A exigência de proporcionalidade é uma sandice!
Levada ao pé da
letra, significa pedir que um Estado democrático constitucional lance foguetes
a esmo contra uma população civil indefesa. Outra “saída” seria a morte de mais
soldados israelenses. Ou, melhor ainda, civis. Ninguém menciona que, na Segunda Guerra, morreram 22 vezes mais civis
alemães do que ingleses. O dado é ignorado com razão. A contabilidade é
irrelevante. Hitler precisava ser derrotado.
É certo que a morte
de qualquer civil é uma tragédia. Uma vida é uma vida. Mas, quando os acusadores
se espantam que 20% ou 25% dos mortos sejam civis, eu me espanto pelo
contrário: é preciso enorme controle e apreço pela vida de inocentes para que,
em uma região densamente povoada e contra um inimigo que se esconde em regiões
urbanas, o índice de acerto seja de 75% a 80%. Os membros do Hamas se escondem
em áreas residenciais, em prédios cheios de crianças. Agem de tal
maneira que, em seu confronto com as democracias ocidentais, nós sempre saímos
perdendo: ou pagamos com as vidas de nossos civis ou com um pouco da nossa
civilidade.Não há maneira
militar de derrota-los em definitivo. A melhor saída é drenar o pântano: chegar
a um Estado palestino com os moderados do Fatah e investir para que o atraso
econômico e a sensação de derrota e humilhação de muitos países árabes sejam
amenizados. Fazer com que o caminho da paz e da prosperidade seja mais atraente
que o terrorismo. Enquanto isso não acontece, é preciso mão forte para combater
o terrorismo que já nos atinge. Ontem em Nova York, hoje em Gaza, amanhã
provavelmente em outras capitais do mundo civilizado.
O elefante e a formiga
Por Osias Wurman – em
Notícias da Rua Judaica
Durante os combates
da guerra em Gaza o Estado de Israel foi vitima de todos os tipos de difamação
orquestrada pela imprensa internacional, que deixou-se iludir pela propaganda
terrorista do Hamas. Até setores da comunidade judaica mundial ficaram
“impressionados” com as notícias de “matança desproporcional” promovida pelas
forças israelenses, segundo alardeado em letras maiúsculas nos jornais e nos
telejornais.Esqueceram de dizer que reação desproporcional foi a invasão de um
Estado recém criado, em 1948, por cinco países árabes vizinhos que tinham a
intenção de “afogar os judeus no Mediterrâneo”. Um dos episódios mais chocantes desta trama foi a denuncia de diretores
da ONU que acusaram o exército de Israel de ter bombardeado uma escola da ONU,
que abrigava refugiados, provocando, segundo os informantes, mais de 40 vítimas
fatais.Agora, após ouvir testemunhas oculares que estavam no interior da escola
mencionada, e evidencias colhidas pela imprensa internacional, a ONU aparece
para desmentir a culpabilidade de Israel no episódio, acrescentando que os
foguetes caíram fora da escola, numa área onde existiam lançadores de morteiros
do Hamas. Na verdade, as acusações foram do tamanho de
um elefante, e as desculpas da estatura de uma formiga. Fica na memória
dos desavisados que o exercito de Israel cometeu, deliberadamente, atrocidades
que agora mostram-se inverídicas. Fatos acontecidos nos
últimos tempos mostram a verdadeira face do Hamas. A tortura e morte de
seguidores do partido inimigo Fatah, o roubo de mantimentos e agasalhos dos
caminhões da UNRA e o reinicio da chuva de foguetes Qassam lançados sobre o sul
de Israel, não deixam dúvidas de que os fundamentalistas do Hamas desejam
perverter a ordem e a paz, a qualquer custo, mesmo usando os meios mais
indignos e desrespeitosos à verdade e a vida humana.Nas eleições em Israel, cujo resultado sempre será o reflexo da opinião
pública sobre a guerra em Gaza. Os partidos de direita crescem em função de um
consenso geral de que a segurança nacional está em perigo, e que é preciso “mão
forte” para lidar com o terror e a mentira.Que vença a opção
legitimamente democrática, o melhor para Israel, para o povo judeu, para o
mundo civilizado e para a PAZ.
Shalom, salam, paz!
O antissionismo não passa de um “antissemitismo incubado” contra os Judeus!
O sionismo é a
ideologia que tem como objetivo legitimar as aspirações do povo judeu como
nação, ou seja, a autoemancipar-se nacionalmente através da criação e
desenvolvimento de um Estado próprio. O antissionismo nega aos judeus o direito de considerar-se uma nação! Na
prática, ser antissionista é ser contra a existência de Israel. Há judeus que
não se vêem como um povo, ou como uma nação? Sim, mas são minorias, e não
podemos dizer que estão certos, pois alguns bascos não querem a separação
espanhola, alguns irlandeses também, bem como vários países não quiseram e ainda
não querem se separar da Rússia, mas sempre prevalece a vontade da maioria!
Os judeus são ou não um povo?
Claro que sim! Por
quê? Porque a própria história os reconhecem como um povo, e a sua grande
maioria assim se vêem. Este é o princípio básico da autodeterminação dos povos.
Da mesma forma que os palestinos são um povo, e reivindicam justamente o seu
Estado nacional, os judeus também têm o direito de fazê-lo. Negar aos judeus o direito de autodeterminar-se nacionalmente é
antissemitismo. Este Antissemitismo incubado, nega sómente aos judeus este direito. Israel é um
dos raros países que tem seu direito à existência questionado todos os dias. Nunca na história vimos um movimento anti-Portugal,
anti-Síria ou anti-Canadá. No entanto, pasmem! há movimentos antissionistas
pleiteando participação no parlamento europeu. Quando o
antissionismo passa a ser uma ideologia, devemos acionar o sinal de alerta.
Outro fator que me faz associar antissionismo a antissemitismo são as
comparações entre a política de ocupação israelense nos territórios
conquistados em 1967, e a Shoa (Holocausto). É preciso ser muito ignorante ou
ter muita má fé para associar os casos. Outra forma de antissionismo que me causa grande desconfiança é a
supervalorização dos erros de Israel em detrimento aos de outros países. Atacar
Israel consequentemente e simplesmente “esquecer” o que acontece em outros
lados é no mínimo estranho.
De modo algum está errado em criticar os erros de Israel! Pedimos no entanto, coerência!
O regime de Assad na
Síria já assassinou a mais de 80 mil pessoas, desde 2011, um número mais de
oito vezes maior do que o de todos os palestinos mortos desde 1948 em operações
militares e guerras contra Israel.
O número de sudaneses mortos desde 1983 já
ultrapassou os dois milhões. Nunca vimos no entanto,uma passeata contra estes
massacres. Nunca vimos alguem queimando bandeiras Sírias ou sudanesas depois de
um ataque. Nunca vimos um país sendo chamado de nazi-fascista dos anos 1990
para cá que não seja Israel. A pergunta, então, é: por que os crimes cometidos por Israel são
suficientes para que sua bandeira seja desenhada com uma suástica, ou queimada
em manifestações, enquanto não se vê gritos pedindo o fim do Estado Sírio, ou o
uso da terminologia “nazi-fascista” para referir-se a Estados (ou até mesmo a
governos) em conflito com grande contingente de mortos?
Sem sombra de
dúvidas, o exército israelense matou menos da metade dos civis que a Polícia
Militar do Rio de Janeiro desde 1948, e nem por isso há manifestações contra a existência
do Brasil, ou do estado do Rio de Janeiro. Há, sim, contra a violência
policial, esta deve ser a crítica correta e prudentemente. Contra os
governos que favorecem e que cometem crimes, não contra todo o Estado de forma
geral. Se os crimes de um governo são suficientes para que todo o país seja
atacado e negada a sua existência, neste caso, dificilmente alguém me convencerá
que este antissionismo não é antissemita!
Ora, para os
maometanos, Jerusalém é apenas a terceira cidade sagrada, para os Judeus, Jerusalém
é a primeira e a única. A solução apresentada pela comunidade maometana para o
conflito, é a divisão e internacionalização de Jerusalém, já para os radicais
islâmicos, a solução é a completa aniquilação dos Judeus, você considera a
proposta dos radicais justa? Se você acredita que Israel é o único Estado
que não deva ter vida própria, e cuja essência como povo e nação, não se
sobrepõe aos governos, e isto automaticamente transforma-se em imoral pela
simples condição de existirem e ou, aspirarem a sua autodeterminação, ou que os
judeus são o único povo no mundo que não tem o direito de autodeterminar-se,
recomendo que você reveja seus conceitos, e caso queira se contrapor a
esta tese, use argumentos convincentes e não acusações vazias ou palavrões nada
condizentes com a reta moral a qual talvez se diga defensor. Se você é um(a)
Maria vai com as outras, me desculpe, mas a lógica, a razão e o bom senso não
nos permite que pensemos igual a você.
- “Israel
e a Paz Mundial” - Norbert Lieth - Actual Edições, 2002
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Para os maometanos, Jerusalém é apenas a terceira cidade sagrada, para os Judeus, Jerusalém é a primeira e a única.
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