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Qual o problema do Capitalismo ser também, Utópico?

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 11 de agosto de 2017 | 19:56







Não podemos deixar morrer a utopia, porque a utopia não é de esquerda nem de direita, mas faz parte do universo humano. A direita não tem que ficar complexada pelo facto de a esquerda se crer utópica, nem a esquerda tem que ficar complexada se a direita também, quiser ser utópica. O Importante é que não deixemos de perseguir a utopia na sociedade, na economia e na política, mas de forma plural, porque só assim se foge ao populismo antissistema. A ausência de pluralidade, não serve a democracia, não serve o Estado de direito, não serve a Constituição e, sobretudo, não serve a humanidade que não é uniforme, mas plural.Há realmente muito pouca gente interessada em demonstrar as vantagens e, principalmente, o lado moral e ético do capitalismo. Poucos se dão conta, por exemplo, de que, no livre mercado, os indivíduos só são recompensados quando satisfazem as demandas dos outros, ainda que isso seja feito exclusivamente visando aos próprios interesses. Ao contrário de outros modelos, o capitalismo não pretende extinguir aquele certo egoísmo dosado e sadio inerente à condição humana, mas que nos obriga constantemente a pensar na satisfação do próximo, se quisermos prosperar. Além disso, para obter sucesso em grande escala, você tem de produzir algo que agrade e seja acessível a muitas pessoas, inclusive aos mais pobres, e não apenas aos mais abastados. Sob todos os aspectos o capitalismo é bem melhor moralmente e socialmente  que o socialismo. Deveríamos bater mais nessa tecla de que a superioridade moral também é espantosa, e que um abismo intransponível separa um modelo baseado em trocas voluntárias de outro voltado para a “igualdade” forçada, que leva ao caos e à degradação de valores básicos da civilização. Quando você abastece seu carro, ou quando o avião aterrisa, escutamos o piloto agradecendo pela escolha da companhia aérea. Não por acaso, quando um cliente entra numa loja, a primeira coisa que ouve do vendedor é: “Em que posso ajudá-lo?”. E a última coisa que ambos dizem, depois de uma compra, é um duplo “obrigado!”. Um sinal inequívoco de que aquela transação foi vantajosa para ambos”, pois nesta relação é satisfeito o princípio: de cada um conforme a sua capacidade, e para cada um conforme a sua necessidade”. O capitalismo fortalece os laços de cooperação e cordialidade, enquanto o socialismo leva ao cinismo, à inveja e ao uso da força para se obter o que se demanda. É verdade que o capitalismo produz resultados materiais bem superiores, mas esse não é “apenas” seu grande mérito: ele é também um sistema bem melhor sob o ponto de vista moral. No capitalismo quem chega ao topo elas estão mais ligadas ao mérito individual, enquanto na burocracia socialista elas dependem de favores e coação.No socialismo, os que chegam ao topo são os piores, os mais cínicos e mentirosos, os populistas, os bandidos, os exploradores, os inescrupulosos.Vide no Brasil petista, ou na Venezuela de Chávez e Maduro, ou em Cuba. E é isso que os liberais e conservadores de direita  precisam destacar com mais frequência.












O que me levou a estudar filosofia foi a desigualdade, a pobreza e a miséria que se via por todo lado. Queria entender, ou descobrir, suas causas. Assim, dirigi-me à leitura dos clássicos do pensamento político. Meu primeiro contato foi com os filósofos modernos. Li Marx só depois de ter lido Locke e Rousseau. As respostas às minhas questões começaram com a leitura de dois filósofos modernos. Especificamente, quando tive a oportunidade de ler o (segundo) “Tratado sobre o Governo Civil”, de John Locke, publicado em 1690, e quando li o “Discurso Sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens”, de Jean-Jacques Rousseau, de 1755.A leitura de Locke me surpreendeu, pois sabia que era conhecido como o pai do liberalismo, teoria que defende o capitalismo. Surpreenderam-me as condições que, de início, estipula para a propriedade privada da terra: que esteja vazia, que a tomada de posse seja resultado do próprio trabalho e, por último, que a apropriação não ultrapasse o limite das  necessidades de quem trabalha.











O que excede, diz Locke, é dos outros. Isso não me pareceu nada liberal, mas, sim, muito mais próximo das pichações de esquerda que vira nos muros das cidades do meu país: a terra para quem a trabalha. No entanto, no mesmo texto Locke dirá mais adiante que a apropriação ilimitada pode ser feita de coisas que não servem para satisfazer necessidades básicas, como os pedras e metais preciosos. Suas ideias, aliadas às que Adam Smith propôs em sua “Riqueza das Nações”, de 1776, estão no coração do que se denomina liberalismo clássico de direita. Nele, o Estado deve deixar o mercado com o mínimo de regulamentação possível para que a “mão invisível”, fundamentada no interesse das satisfação individual e meritocrática, termine trabalhando pelo interesse coletivo como consequência natural, e não algo imposto forçosamente.













As ideias utópicas e igualitárias, que muitos pensam que começaram com o pensamento socialista, na realidade, apareceram bem antes mesmo do início do período moderno (pois a “Utopia” de Tomás Moro foi publicada em 1516, ainda no período renascentista, sem mencionar, claro, a “República” de Platão, considerada a primeira grande obra utópica).  Aqueles que, como eu, acreditávamos na inevitabilidade de um mundo mais justo, mais igual, pensávamos que, efetivamente, havia uma diferença entre o socialismo utópico e o científico (veja-se a obra de Engels, de 1880, com esse título). Acreditávamos que o socialismo, como imaginado por Marx, era possível. O socialismo real e a história recente provaram o contrário. Curiosamente, ao ler as posições programáticas de Mitt Romney, pré-candidato conservador à presidência dos Estados Unidos, vejo que o sonho capitalista também está baseado numa convicção utópica: na ideia de que, voltando a Smith, quanto menos intervenha o Estado no mercado, mais riqueza, mais prosperidade e mais felicidade haverá no mundo.














Entre estas duas utopias surge a questão: “com que é preferível sonhar ? com um mundo que promete riquezas ilimitadas de um planeta de recursos limitados, ou com outro, em que a felicidade esteja no equilíbrio de posses, de oportunidades e de respeito aos limites dos outros e do próprio planeta?...” Eis a questão. O mundo capitalista inegavelmente passa por muitas transformações, e principalmente no seu modo operacional. No princípio, tínhamos um sistema que pouco se importava com os danos causados nas relações sociais e ambientais. Esse modelo se arrastou por muitos anos, com o pensamento predominante de obter simplesmente o lucro acima de tudo, e a exploração extrema da natureza, devido ao fato de acreditarem na capacidade infinita da natureza em prover insumos para sua produção. Contudo, verificou-se que esse modelo era insustentável, tanto para as relações sociais quanto ambientais, e a força da destruição causada por anos de descaso a natureza se voltou contra o modelo.














Ainda, concernente ao pensamento do capitalismo clássico, temos o crescimento da violência e criminalidade como conseqüência da falta de comprometimento do modelo com o ser humano. As relações sociais trabalhista eram a mais degradante possível, não concebendo dignidade ao trabalhador nem respeito pela sua condição humana, porém isto está mudando e precisa sim melhorar mais ainda. O capitalismo do século XIX era realmente uma coisa abominável, com um nível de exploração inaceitável. As pessoas com espírito de solidariedade e com sentimento de justiça se revoltaram contra aquilo. O Manifesto Comunista, de Marx, em 1848, e o movimento que se seguiu tiveram um papel importante para mudar a sociedade. A luta dos trabalhadores, o movimento sindical, a tomada de consciência dos direitos, tudo isso fez melhorar a relação capital-trabalho dentro do próprio capitalismo.














O que está errado é achar, como Marx diz, que quem produza riqueza é o trabalhador e o capitalista só o explora. É bobagem. Sem a empresa, não existe riqueza. Um depende do outro. O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas.A visão de que só um lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista.O fato é que o comunismo não foi fundado nem por Marx, Engels, Jesus Cristo e nem por Ramsés II. Talvez encontremos algum inventor genial na origem do arame para cortar manteiga e da pólvora de canhão. Mas não encontramos nenhum na origem do comunismo, assim como na origem do capitalismo. Os movimentos sociais não são questão de invenção.Engels, e a seguir a ele Marx, juntaram-se a um movimento que já estava bem consciente da sua própria existência. Nunca pretenderam ter inventado a palavra ou a coisa. Sobre a sociedade comunista propriamente dita, nem sequer escreveram muito. Ajudaram o movimento e a teoria comunista a livrar-se das brumas da utopia para a praxis. Incitaram os proletários a não fundarem o seu movimento sobre os planos deste ou daquele reformador, sobre as revelações deste ou daquele iluminado.Os verdadeiros revolucionários não idolatram as ideias de Marx e Engels, ou de David Hume e Adam Smith, pois sabem que estas são fruto de uma época determinada, a qual estão condicionadas, e que têm os seus limites.Fato é que não é necessário essa dicotomia no capitalismo como existe no socialismo de mercado-solidariedade, muito pelo contrário, ou seja, não é da benevolência, ou solidariedade do açougueiro que a comida chega a minha mesa, mas da busca recíproca de satisfações minha e dele, ou seja não precisamos da benevolência, ou solidariedade de governos, ou empresários para ter minhas demandas atendidas, mas do mercado competitivo, é assim que devem ser satisfeitas as nossas necessidades e preferências numa economia livre.






CONCLUSÃO:














Em suma, o capitalismo é melhor ou pelo menos mais eficiente, E adaptável às realidades, pragmaticamente falando, considerando o momento histórico em que vivemos. Por mais conservador que possa parecer, essa é a verdade. As mentes mais românticas e idealizadoras tendem a discordar, nada mais compreensível. Não precisamos e não devemos nos submeter a tudo a que nos impõe, não precisamos aceitar tudo de cabeça baixa, mas, por favor, sejamos mais racionais e críticos.É óbvio que um governo central com seis burocratas, ou alguns intelectuais dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento. No Bonde da História prevalece sempre a razão, e assim caminha a humanidade, pois não acredito em cultura e nem em ideologia de escritório, ou seja, naquelas criadas em uma sentada ou canetada por pseudo iluminados, mas naquela testada na história da humanidade com tentativas de erros e acertos e naturalmente prevalecida, pois este tal Comunismo dito científico, de científico não tem absolutamente nada, pois tudo que é científico se caracteriza pela repetibilidade em laboratório, coisa que nenhum laboratório social Comunista mundo afora em suas tentativas de implantação o fez até agora, pois tudo descambou em ditaduras sanguinárias e desumanas de esquerda.








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Anônimo
2 de junho de 2023 às 17:37

Realmente, o capitalismo é melhor ou pelo menos mais eficiente que o comunismo. E adaptável às realidades, pragmaticamente falando, considerando o momento histórico em que vivemos. Por mais conservador que possa parecer, essa é a verdade.

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