Anjo das
Nações: São guerreiros pertencentes ao exército dos céus. Combatem, no plano
espiritual os demônios perturbadores das nações
que são fiéis à Palavra de Deus e buscam a implantação de sua vontade,
não no campo de demonstração de força física, mas da dimensão, da vontade,
liberdade e inteligência.
Efésios 6,12: “Porque a nossa luta não é contra o sangue e
a carne, e, sim, contra os principados e potestades! Contra as forças
espirituais do mal, nas regiões celestiais”.
Daniel 10,12-13 – “Então me disse: Não temas, Daniel; porque desde o primeiro dia em
que aplicaste o teu coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus,
são ouvidas as tuas palavras, e por causa das tuas palavras eu vim. Mas o
príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; e eis que Miguel,
um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu o deixei ali com os reis
da Pérsia.”
Apredemos aqui uma grande lição a respeito da ação
dos adversários de Deus (diablos), quando observamos um impedimento direto de
Satanás.Daniel havia orado e jejuado durante vinte e um dias, e passou por uma
prova de Fé. A medida que lemos a narrativa, vemos que isto aconteceu, não
porque Daniel não fosse um homem bom ou porque seu pedido não fosse justo, mas
por causa de um ataque de Satanás.No momento em que Daniel começou a rezar, o
Senhor enviou um mensageiro para dizer-lhe que a sua oração fora respondida;
mas um anjo maligno se opôs ao anjo de DEUS e lutou contra ele, impedindo-o.
Houve conflito nos ares; e Daniel pareceu atravessar na terra uma agonia
semelhante à que estava ocorrendo no céu.Satanás atrasou a resposta por três
semanas. Daniel quase sucumbiu, e satanás ter-se-ia alegrado em matá-lo; mas
DEUS não nos deixa vir nada além do que possamos suportar (I Co 10:13).
Acerca desta realidade dentro dos
ministérios angélicos, o Novo Catecismo da Igreja Católica dá-nos esta explicação, que não deve
ser ignorada por revanchismos:
CIC nº 56 e 57: "Desfeita
a unidade do género humano pelo pecado, Deus processou, em primeiro lugar,
salvar a humanidade através de cada uma das suas partes. A aliança com Noé, a
seguir ao dilúvio (cfr. Gn. 9,9,), exprime o princípio da economia divina em
relação às "gentes" ou nações, quer dizer, em relação aos homens
reagrupados "segundos os seus países, cada qual segundo a sua língua e os
seus clãs (Cfr. Gn. 5; 10, 20-31).Esta ordem, ao mesmo tempo cósmica, social e
religiosa, da pluralidade nas nações (cfr. Act. 17, 26-27), confiada pela
Providência Divina à guarda dos Anjos (cfr. Dt. 4, 19; 32, 8), destinou-se a
pôr cobro ao orgulho duma humanidade decaída, que, unânime na sua perversidade
(cfr. Sab. 10, 5), pretendia refazer por si mesma a própria unidade, à maneira
de Babel (cfr. Gn. 11, 4-6)"
A
universalidade das Alianças antes da realizada com Abraão, Deus a concretizará
plenamente em Seu Filho. Na nova e eterna Aliança, ficarão englobadas
definitivamente todas as nações, todos os povos, línguas e raças. Contudo, Deus
nunca abandonou a obra das Suas mãos, ou seja, as outras nações fora de Israel,
povo de Deus da primeira Aliança. A Sua Providência entregou-as ao cuidado dos
Seus Anjos.Ao longo do Antigo Testamento São Miguel é apresentado como um dos
principais guardiães do povo judeu. E chamado "Príncipe do vosso
povo", conforme o diálogo de S. Gabriel com o profeta Daniel. Precisamente
, é com este profeta que se fortalece esta crença, numa hora histórica
dificílima do povo hebreu, quando estava no exílio e subjugado entre os gregos
e persas, e depois libertados da escravidão por um decreto de Ciro.Todavia o
tão suspirado regresso à pátria era impedido por dificuldades misteriosas. Quem
mais se afligia com tais demoras era o profeta Daniel, que a Deus fazia
contínuas súplicas. Um dia, enquanto repousava nas margens do rio Tigre,
apareceu-lhe o Arcanjo S. Gabriel a anunciar-lhe que as suas preces iam ser
ouvidas. Mas, acrescentou que o Anjo protetor da Pérsia não acedia a deixar
partir os Hebreus em liberdade, opunha-se mesmo a isso. "O Príncipe do
reino da Pérsia resistiu-me durante 21 dias" (Dn. 10, 13); e a ele se
aliara, pouco antes, o anjo protector da Grécia (cfr. Dn. 10, 23). Não obstante,
muito em breve Gabriel combateria esta resistência, fortalecido desta vez pelo
apoio de Miguel: "Para tal empresa ninguém virá em meu auxílio, excepto o
vosso chefe Miguel" (Dn. 10, 20-21).A guarda
angélica dos povos é doutrina consoladora, da qual jamais duvidaram os insignes
exegetas da Escritura e os Padres e Doutores da Igreja; doutrina de que tiraram
proveito não só os profetas como também os Santos e os Apóstolos. O falecido
teólogo alemão Martin Dibelius enxerga uma referência aos anjos das nações em:1 Coríntios 4, 9 – “Porque a mim me parece que Deus nos pôs a nós, os
apóstolos, em último lugar, como se fôssemos condenados à morte; porque nos
tornamos espetáculo ao mundo, tanto a anjos, como a homens.” Nessa
passagem acima Paulo afirma que ele e os outros apóstolos tornaram-se num
verdadeiro θέατρον — théatron — espetáculo, inclusive para os anjos e não
apenas para o mundo e os seres humanos. A opinião de Dibelius está baseada no
seguinte: uma vez que a imagem do teatro romano invoca imagens de multidões
zombeteiras e hostis que ignoram por completo o sofrimento das vítimas, elas só
podem estar sendo representadas por esses anjos que são aqui mencionados, como os protetores das nações pagãs.Esses
anjos, na opinião de Dibelius, observam todo esse cenário com uma satisfação
mordaz o notar como os apóstlos são tratados pelos povos que se encontram sob a
influência dessas criaturas não humanas.1 Timóteo 3, 16: “Evidentemente, grande é o
mistério da piedade.Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em
espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo,
recebido na glória.” Essa é
outra passagens onde alguns enxergam a presença dos anjos da nações. Isso se
deve pela parte da frase que diz: “contemplado por anjos, pregado entre os
gentios”. Não deve
nos surpreender que os anjos, de um modo geral, são completamente ignorantes
quanto aos planos de Deus, no que diz respeito à salvação dos seres humanos
caídos por meio da obra redentora de Jesus Cristo, e que os mesmos precisam de
revelação divina para entender o que Deus está fazendo. Nesse sentido o
conhecimento que passaram a ter acerca de Jesus está ligado com a pregação do
evangelho entre as nações. A história registra que alguns padres da Companhia
de Jesus — jesuítas — costumavam orar para os anjos que imaginavam dominar
determinada região antes de entrar na mesma. Orígenes
de Alexandria entendia o pedido de Atos 16,9 como sendo as palavras de uma anjo
das nações apelando para Paulo ir pregar o evangelho na Europa, começando pela
cidade de Filipos. Atos 16,9:
“À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e
lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos.”
OREMOS!
"Deus eterno e onipotente, que
destinastes a cada nação o seu Anjo da Guarda, concedei que, pela intercessão e
patrocínio do Anjo da Nação brasileira, sejamos livres de todas as
adversidades. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus conVosco
na unidade do Espírito Santo!" (cfr. Oração da Coleta da Missa de 10 de
Junho: Santo Anjo da Guarda de Portugal).
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