Estima-se que existam mais de 2 milhões de brasileiros viciados em crack! O Governo na era Ptista “apressou-se” em diagnosticar essa realidade como epidemia e construir narrativas ideológicas em cima, impedindo ou inviabilizando soluções. O vai e
vem de mortos-vivos na chamada Cracolândia é de cortar o coração. Penso nas
mães, nos pais, nos irmãos, nos filhos dessas pessoas. Diante do número
alarmante, no “país das Bolsas”, eis que foi criado o Cartão Recomeço,
inevitavelmente apelidado de “bolsa crack”. Em resumo: Não se trata de dar dinheiro ao viciado! O dependente é
levado para uma clínica conveniada que recebe cerca de R$ 1.350,00 por mês do
governo do Estado de São Paulo para investir em reabilitação. Porém isto é paliativo, pois é como tentar eliminar todos os ovos
existentes sem eliminar as galinhas. Mas, quero mesmo é focar nos números e
vocês entenderão o por quê: O vício no crack não atinge somente o dependente. Atinge em cheio a
sua família e a sociedade como um todo. É sim uma questão de saúde pública, a
saúde das famílias também é abalada. Sem falar nas finanças! O crack subtrai do
país 2 milhões de cidadãos que poderiam estar no mercado de trabalho gerando
riqueza e pagando seus impostos. Conheço uma família afetada pelo crack. É pesado! O rapaz fez uma
escolha errada em sua vida e agora sua vida não mais lhe pertence. Está doente,
o crack decide tudo por ele. O crack tem o condão de, num curto espaço de tempo,
retirar da pessoa toda sua condição de humano. É claro que ela não perde a
humanidade, mas distancia-se de toda sua existência humana, deixa de vivenciar
toda possibilidade ampla de experiências inteligíveis e sensoriais para
agarrar-se apenas a uma: a imediata catarse provocada pela
droga quando tragada ,o chamado “barato”. Segundo
expressão usada por alguns usuários, é um “fiuim” finíssimo que se sente no
cérebro ao tragar, muito curto e efêmero, mas cuja sensação se prolonga no
espírito e provoca, com chamado constante, o retorno ao uso.E, a partir deste, as sensações outras começam a
ser esquecidas, as necessidades mais básicas, deixadas de lado e a vida
própria, observada à distância. É o “soma” do admirável
mundo novo exponencialmente elevado, desligando a pessoa não apenas daquilo que
lhe é ruim, mas de tudo o que forma o seu todo, seu mundo, sua consciência, seu
ser. A pessoa
passa a agir não irracionalmente, mas numa dimensão pré-racional, pois ainda
lhe restam dados de sua construção cultural, mas o todo de seu contexto é
perdido. Seu mundo da vida é quebrado e sua existência, consequentemente,
fragmentada.A noção de vontade comumente definida, aproveitada
pelo racionalismo que fundamenta um direito penal teoricamente pobre é abandonada. O usuário não tem vontade, ele
é movido por uma espécie de tropismo, que o dirige imperiosamente à droga. Todavia,
por manter aquela condição pré-racional e por guardar suas estruturas culturais
básicas, ele ainda consegue se agregar, infelizmente motivado pelo movimento de
consumo do entorpecente.
A Cracolândia – “Terra
do crack”, é o resultado dessa forma
de associação: Uma sociedade de mortos-vivos reunidos em torno de dois polos de
ação comum e determinada:
No centro de São Paulo há anos, a Cracolândia é mais um dos problemas cuja solução passará para as próximas gestões, pois a solução não é a curto prazo!
1)- O projeto Nova Luz,
que vem sendo reformulado desde 2005, planeja atacar a situação a partir da
reurbanização e reocupação dessa região e deve ser reescrito mais uma vez, já
que Fernando Haddad (PT), prometeu rever as desapropriações
previstas. Entre outras ações, o Nova Luz pretende potencializar o comércio,
ampliar áreas públicas destinadas a praças e ao convívio social e melhorar as
condições de mobilidade e de infraestrutura, atraindo 15 mil moradores para o
local.Ocupar o centro, com moradores e lojas, é uma das respostas de
especialistas para resolver a Cracolândia. Segundo o arquiteto Marcos de
Oliveira Costa, que estuda a revitalização de áreas deterioradas, cidades como
Bogotá e Nova York conseguiram resolver o problema quando fizeram a população
ocupar os locais dominados pelo consumo de drogas.
2)- Já o diretor da
Faculdade de Arquitetura da Universidade Mackenzie, Valter Caldana, ressaltou
que é necessário investir ainda no pequeno comércio. “A reforma
precisa compreender projetos que dão vida à área. Isso impede que ela volte a
ser ‘terra de ninguém’.” E ainda: “Não basta reformar o espaço público, é de
extrema importância fazer com que a Cracolândia adquira o status de local para
estar, e não apenas passar.”
3)- Bogotá e
Nova York - Há quase 15 anos, o que se via em Bogotá, no “Calle
del Cartucho”, no bairro de Santa Inês, a poucas quadras na sede do governo,
era um cenário de completo abandono. Usuários de drogas, principalmente
cocaína, dividam as ruas e os cortiços da região com traficantes. A taxa de
homicídios entre pessoas de 15 a 44 anos era quatro vezes maior do que no resto
da capital colombiana e, dos cerca de 12 mil moradores, quase a metade – 5 mil
– era de moradores de rua, segundo dados Câmara de Comércio de Bogotá. Iniciado
em 1998 com o então prefeito Enrique Peñalosa, o plano Projeto Terceiro Milênio
realizou uma série de medidas para a revitalização da área, sendo a maior delas
a construção de um parque de 20 hectares, que ficou pronto em 2005. Tendo com
objetivo principal a volta das pessoas para os espaços urbanos, Penãlosa fez um
plano que tinha como diretrizes o aumento da oferta habitacional, de serviços
públicos e do espaço comum. Até 2002, cerca de 270 km de ciclorrotas foram feitas,
mais de 10 mil itens de mobiliário urbano foram instalados, 135 mil árvores
foram plantadas e 1,6 milhões de km quadrados de espaços públicos, como
calçadas e alamedas, foram construídos, resultando na total revitalização. Além
disso, houve crescimento do comércio do bairro de San Victorino com a
implantação de um centro de compras a céu aberto e aumento no número de
moradores no bairro San Bernardo com a construção de moradias populares, ambos
vizinhos ao parque.
4)- Porém, o exemplo
mais famoso de reurbanização aconteceu nos anos 80 na ilha de Manhattan, região
mais cara de Nova York, que sofria com um mercado de drogas no Bryant Park.
Outro foco de criminalidade encontrava-se no bairro de Alphabet City, onde
edifícios abandonados eram ocupados por dependentes e traficantes, o que lhes
rendeu o nome de “crack houses” (casas de crack).A prefeitura de Nova York investiu em medidas para estimular o convívio social,
como melhora de calçadas, construção de parques e instalação de equipamentos
esportivos disponíveis 24 horas por dia. Além disso, a administração do
ex-prefeito Rudolph Giuliani, no início dos anos 90, instaurou uma política de
tolerância zero contra crimes, mesmo para os pequenos delitos, e fez uso da lei
Rockefeller, criada em 1973, que estabelecia sentenças mínimas obrigatórias de
15 anos até a prisão perpétua por posse de cerca de 110 gramas de qualquer tipo
de droga. As estatísticas são chocantes: em 1980, 27 mil pessoas foram presas
por posse de drogas; em 1999, esse número subiu para 145 mil – um aumento de
430%.
5)- Para completar as
iniciativas, drug courts, tribunais especializados em lidar com casos de posse
de droga não-violentos, foram implantados. Fruto de uma parceria entre o
Ministério Público, a polícia, a defensoria pública e organizações de educação
e saúde, eles ofereciam a possibilidade de reduzir sentenças ou até cancelar a
ficha criminal se eles concordassem em frequentar um programa de tratamento
para dependentes químicos. Atualmente, a cidade conta com 161 desses tribunais.
6)- Exemplo
português. Acredita-se que a Holanda é o país com as
políticas mais permissivas em relação ao uso de drogas na Europa. Na verdade,
esse país é Portugal. Em julho de 2011, o governo português decidiu
descriminalizar o uso de todos os tipos de droga. O usuário fica, assim, livre
da acusação de ter cometido um crime, embora traficantes e produtores de drogas
continuem a ter de responder na Justiça.Quando um indivíduo é flagrado com
pequenas quantidades de droga, ela é encaminhada a uma comissão formada por
advogado, assistente social e psiquiatra, que decide se o usuário será multado,
condenado à prestação de serviço comunitário ou encaminhado para tratamento. Aliado
a isso, Portugal implantou a política de redução de danos, já utilizada na
Holanda, Alemanha e Canadá. O governo fornece seringas descartáveis para
usuários de drogas injetáveis. Um relatório do Instituto Cato de 2009 mostrou
que o consumo de drogas caiu – entre jovens de 16 a 18 anos, a redução foi de
21,6%.Para Rosana Schwarz, da
equipe de governo de Haddad na área de Movimentos e Inclusão Sociais, afirma
que o caso de Portugal é um exemplo a ser seguido. “A maior lição que devemos
tirar dos portugueses é mudar o significado do que é ser um dependente químico.
O usuário tem que ser tratado com doente, não como um criminoso.”
7)- Existe um
conceito militar chamado inquietação. Consiste de você negar o descanso
ao inimigo. Funciona assim: “Imagina uma frente de combate. Para
impedir que seu inimigo descanse, durma, se alimente direito e tudo o mais,
você mantém atividade na linha o tempo todo. Você não vai avançar, mas
faz com que seu inimigo ache que você vai avançar o tempo todo. Assim os
soldados do inimigo tendem a chegar a um estado de exaustão.” A
polícia também usa esse conceito. Uma das primeiras coisas que eles fazem
em situação de cerco é cortar água e luz. Manter o indivíduo sob pressão. É comum vermos
carros da polícia passando com sirene ligada o tempo todo nas proximidades do
cerco. Tudo isso visa minar a resistência mental do criminoso, provocar
cansaço físico, impossibilitá-lo de dormir, levando-o a uma estafa e finalmente
a rendição.
Por
que não aplicá-los na Cracolãndia?
“Essas pessoas tem muita
vida mansa! Ficam sossegadas dentro dos canteiros de obras, escondidas
atrás do tapumes, barracas, etc. Ninguém os perturbam. Assim, podem dormir, fazer
suas necessidades, fumarem e tudo o mais. Uma tática de inquietação
contra eles seria interessante.” - Considere que,
onde quer que eles se aglomerem, a polícia impeça essa aglomeração.
Recursos há para isso! Basta a polícia expulsá-los e dispersa-los
com meios não letais. Eles não teriam para onde ir. Para onde forem,
são expulsos, dispersados. O tempo todo, dia após dia. Não tendo onde
fumar, onde dormir, onde irem ao banheiro, onde parar e curtir, só podem fugir, desistir dessa vida, e se entregarem ao tratamento. Sem poderem
consumir a droga em paz, sem poderem sequer descansar, tendo que fugir o tempo
todo, sem nem poder dormir, muitos trocarão essa vida por uma confortável cama
de abrigo de recuperação de drogados. Pode ser que alguns se
animem a resistir, mas nesse caso o dano seria todo para o lado deles mesmos. Acho
que seria uma ajuda e tanto para as assistentes sociais. Receberiam
cracudos exaustos, em busca de um sossego, coisa que elas terão a oferecer e
poderão realizar seu trabalho. A polícia
possui efetivo para isso, basta tirar um pouco das blitzes de IPVA (os
policiais não ficarão exaustos, pois eles podem ser rendidos por outros). Como benefício
secundário dispersaria as cracolândias, permitindo ver cada indivíduo que lá
frequenta, e dessa forma, pegar os traficantes e marginais com mandatos de prisão infiltrados.
Além de que,
com eles dispersos e em fuga constante, ficaria muito mais difícil de comprarem
ou venderem a droga! Um misto de todas essas soluções poderia também, ser viável a realidade brasileira.
Porque não
tentar?
Por Isabela Constance
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Muito boas as sugestões! Mas infelizmente, a grande verdade é que em nosso país contaminado e dominado em todas as instâncias pela ideologia de esquerda, estes esquerdopatas de plantão, autênticos empata-phoda, e legítimos representantes da esquerda caviar vivendo longe destas realidades em seus condomínios fechados, não querem a solução do problema evidentemente para terem combustível para suas narrativas e manterem sua militância dentro daquele esquema do quanto pior, melhor, esta é a realidade brasileira, só Jesus na causa!
Se acabar com a cracolândia como é que o Padre Julio Lancellotti vai poder agora tirar foto fazendo aquelas caridade de holofotes em horários de pico pra todo mundo ver e dizer que ele é bonzinho e amigo dos pobres?kkkkkkkkkkkkk
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