Por Prof. Alessandro Lima – (autor do Veritatis)
Ora, nós somos limitados, mas a Igreja goza de assistência especial do Espírito Santo! Por isso devemos confiar nela e não nos “gurus” que normalmente nem fazem parte da Igreja docente. Se há um ponto difícil de entender na exposição da doutrina, ou uma contradição aparente em relação ao que sempre foi ensinado, cabe ao Magistério da Igreja explicá-lo. Especialmente no que diz respeito ao Concílio do Vaticano II, a má vontade dos tradicionalistas em encontrar na letra do Concílio a perene Doutrina de sempre da Igreja é notória. Em resumo, encontram “chifres em cabeça de cavalo”, pois dizem que os documentos do Concílio ensinam erros (que lá não estão), e pelo fato do Concílio não ter sido declarado dogmático, complementam alegando que é legítimo recusar seus ensinamentos.
Primeiramente
ensina o Código de Direito Canônico:
Mesmo não sendo dogmáticas foram entregues pelos apóstolos para serem observadas naquele tempo. Completa a Escritura: “Nas cidades pelas quais [Paulo e Timóteo] passavam, ensinavam que observassem as decisões que haviam sido tomadas pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém” (At 16,4).
Os tradicionalistas e sedevacantistas fazem tanto mal aos fiéis quanto os modernistas. Mostram-se tão católicos quanto os vétero-católicos e os ortodoxos.Ser católico é ter a Igreja como Mãe e Mestra. Um filho que é obediente na infância, mas se nega a sê-lo na adolescência quando a Mãe lhe transmite novas normas, recusa sua filiação e impõe na família uma desordem não querida por Deus.Aliás, sítios tradicionalistas que adoram tomar textos do Card. Ratzinger à revelia, mostrando notória desonestidade, esqueceram de divulgar o seguinte trecho: "o Vaticano II é sustentado pela mesma autoridade que sustenta o Vaticano I e o Concílio de Trento, a saber, o Papa e o Colégio dos Bispos em comunhão com ele…Também com respeito ao seu conteúdo, o Vaticano II está na mais estreita continuidade com ambos os concílios anteriores e incorpora os seus textos palavra por palavra nos pontos decisivos." Portando não é permitido a um Católico tomar posição pública, ou particular contra Trento,Vaticano I,e II,ou qualquer outro Concílio Ecumênico. Quem aceita o Vaticano II, como ele claramente se expressou e se entendeu a si mesmo, ao mesmo tempo aceita a inteira tradição da Igreja Católica, particularmente, os concílios anteriores [...] Da mesma forma é impossível decidir a favor de Trento e do Vaticano I mas contra o Vaticano II. Quem quer que negue o Vaticano II nega a autoridade que sustenta os outros concílios e os separa dos seus fundamentos. Isto se aplica ao assim chamado ‘tradicionalismo’ [...] Uma escolha partidária destrói o todo, a própria história da Igreja, que só pode existir como uma unidade indivisível (The Ratzinger Report: An Exclusive Interview on the State of the Church by Joseph Cardinal Ratzinger; Ignatius Press, San Francisco, 1985, pgs.28-9). Ora, é o próprio Card. Ratzinger, hoje Papa emérito Bento XVI que afirma que é impossível ser católico e negar o Concílio do Vaticano II, que é impossível ser católico e ser tradicionalista. Como bem se vê, engana-se redondamente quem pensa que os escritos do Card. Ratzinger são tradicionalistas. Ele, homem de personalidade forte e firme na ortodoxia, não ensinaria uma coisa em um lugar e outra em outro. O método dos tradicionalistas é o mesmo usado pelos protestantes Luteranos e Calvinistas quando deturparam os textos de Santo Agostinho e das escrituras, ouseja,escolhem apenas partes do magistério e das escrituras que lhes sejam mais convenientes a seus gostos particulares. Quem colabora com estes grupos (Fraternidade Sacerdotal São Pio X, Associação Cultural Montfort, Permanência e etc) não colabora com a Igreja e viola o cân. 752 do Código de Direito Canônico. Quem pretende ser católico deve colaborar com a Santa Igreja Católica, admitindo tudo que ela ensina, inclusive no Concílio do Vaticano II, pois nos ensinou o Senhor: “Quem não está comigo está contra mim; e quem não ajunta comigo, espalha” (Mt 12,30).
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