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Papa Francisco usa casulas com divindade Tarapacá no Chile: paganismo ou inculturação?

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 9 de setembro de 2024 | 14:09

 





Em sua visita ao Chile em janeiro de 2018, o Papa Francisco usou casulas de cores diferentes, mas com o mesmo desenho representando símbolos do Chile. Um deles era uma figura da divindade Inca/Mapuche chamada Tarapacá ou Tunupa.A figura foi impressa duas vezes no desenho da casula papal pelos membros da Opus Dei, sob a figura da Cruz. Para a Missa que rezou em Santiago (16 de janeiro) usou uma casula verde; para a de Temuco (17 jan.) ele usava uma vermelha, e para a Missa rezada em Iquique (18 jan.) sua casula era cor de areia. Todos os Bispos presentes usavam casulas idênticas; os padres presentes tinham paramentos com o mesmo tema no meio das duas faixas adornadas.Em sua visita ao Chile em janeiro de 2018, o Papa Francisco usou casulas com a figura da divindade Inca/Mapuche chamada Tarapacá ou Tunupa. 





(foto reprodução)




Pronto! Bastou isso para os fanáticos e vigilantes sedevacantistas, Rad Trad, e protestantes, que ficam procurando chifre em cabeça de cavalo para enquadrar o papa Francisco em seus julgamentos parciais, tendenciosos e sem fundamentação. Eis a DEDUÇÃO SIMPLÓRIA: “Ao usar tal símbolo em suas casulas, Francisco endossou o paganismo e não estava muito longe de endossar o satanismo, que inspirou essas práticas idólatras.”

 


 

INCULTURAÇÃO E MAGISTÉRIO DA IGREJA

 

 



Elementos culturais próprios de cada povo adaptados na iniciação cristã 

 


 

CIC §1232: O concílio Vaticano II restaurou, para a Igreja latina, "o catecumenato dos adultos, distribuído em várias etapas". Encontram-se tais ritos no Ordo initiationis christianae adultorum (Ritual da iniciação cristã dos adultos). O Concílio por sua vez permitiu que, "além dos elementos de iniciação fornecidos pela tradição cristã", fossem admitidos "em terras de missão estes outros elementos de iniciação cristã, cuja prática constatamos em cada povo, na medida em que possam ser adaptados ao rito cristão".

 

 



Espiritualidades e testemunho de fé

 

 



CIC §2684: Na comunhão dos santos, desenvolveram-se, ao longo da história das Igrejas, diversas espiritualidades. O carisma pessoal de uma testemunha do Amor de Deus aos homens pôde ser transmitido, como "o espírito" de Elias a Eliseu" e a João Batista, para que alguns discípulos tenham parte nesse espirito. Há uma espiritualidade igualmente na confluência de outras correntes, litúrgicas e teológicas, atestando a inculturação da fé num meio humano e em sua história. As espiritualidades cristãs participam da tradição viva da oração e são guias indispensáveis para os fiéis, refletindo, em sua rica diversidade, a pura e única Luz do Espírito Santo.O Espírito é de fato o lugar dos santos, e o santo é para o Espírito um lugar próprio, pois se oferece para habitar com Deus e é chamado seu templo.

 


 





 

Igreja e inculturação

 

 

 

CIC §854: Por sua própria missão, "a Igreja caminha com a humanidade inteira. Experimenta com o mundo a mesma sorte terrena; é como o fermento e a alma da sociedade humana a ser renovada em Cristo e transformada na família de Deus". O esforço missionário exige, pois, a paciência. Começa pelo anúncio do Evangelho aos povos e aos grupos que ainda não crêem em Cristo; prossegue no estabelecimento de comunidades cristãs que sejam "sinais da presença de Deus no mundo" e na fundação de Igrejas locais; encaminha um processo de inculturação para encarnar o Evangelho nas culturas dos povos; e não deixará de conhecer também fracassos. "Quanto aos homens, sociedades e povos, apenas gradualmente os atinge e penetra, e assim os assume na plenitude católica.".

 

 


Um grupo de voluntárias do “Taller Costanera” ligadas a Opus Dei, pegou agulha e linha para preparar os paramentos das três Missas que o Papa Francisco celebrou no Chile em 2018





(foto reprodução)





O Papa Francisco esteve ao Chile em 2018, e contamos a história por trás das toalhas para os altares e dos paramentos que vestiram os Bispos que acompanharam o Santo Padre na celebração das três cerimônias religiosas multitudinárias que tiveram lugar nas cidades de Iquique, Temuco e Santiago.




O “Taller Costanera” (oficina costeira), começou a sua atividade há 45 anos no Chile! 




Inspirado nos ensinamentos de São Josemaria (fundador da Opus Deis), continua a antiga tradição de fazer ressaltar a beleza dos elementos que se utilizam na liturgia, para dar a Deus maior glória. Além de executar os paramentos necessários para as necessidades da prelazia do Opus Dei no Chile, recebe encomendas de outras instituições da Igreja chilena e de diferentes lugares do mundo. Atualmente estão atendendo a pedidos do Paraguai, Congo, Espanha, França e Japão.




Margot Ojeda, a diretora do projeto, conta que depois de se disponibilizarem junto da Comissão de Liturgia da Visita Papal, presidida pelo Padre Héctor Gallardo, receberam o encargo de executar 178 casulas e estolas para os Bispos, e também as alfaias para as Missas: toalhas, purificadores, corporais, palas e manustérgios; um encargo privilegiado, mas que não se podia realizar sem a ajuda de mãos generosas.





(foto reprodução)





“Para um atelier pequeno como o nosso, executar este encargo era impossível sem a ajuda de outras pessoas. Graças à sua generosidade e carinho pelo Santo Padre, cinquenta voluntárias dedicaram algumas horas por semana, durante vários meses, para levar a cabo estas tarefas".




Por exemplo, Isabel Vial disponibilizou a sua casa onde cortaram, puseram os forros e costuraram as estolas. O trabalho de desfiar, cortar e costurar os tecidos foi realizado na casa de Gabriela Mönckeberg e no Centro Cultural Alsacia; e as cruzes das casulas para o Papa foram bordadas no atelier de dom Pedro.




Surpresa, carinho e conhecer mais o papa Francisco!




Carmen Reyes trabalha há cinco anos no atelier: “O que mais gosto de fazer é costurar. Aprendi com a minha mãe aos doze anos e embora tenha feito um curso de técnico paramédico, descobri que esta é a minha verdadeira vocação profissional”. Susana Miranda está no atelier desde o início. Pelas suas mãos passaram a casula, a alba, o cíngulo, o amito e a estola que usou São João Paulo II na missa que celebrou em Valparaíso no dia 2 de abril de 1987. María Eugenia Muñoz está há 19 anos no atelier e conta que aprendeu o ofício de forma autodidata: “Foi uma surpresa que pudéssemos colaborar com um grão de areia. Interessamo-nos por saber mais do Papa. O meu marido pergunta-me assombrado como está indo o trabalho”, resume.




Trabalho invisível para algo muito grande!




No total, onze mulheres se reúnem duas ou três vezes por semana há seis meses para cortar, alinhavar e costurar paramentos. “Não é monótono - diz Alejandra Palma - pela importância que tem. O trabalho mais chato e mais difícil era o de desfiar, mas fazê-lo para a vinda do Papa, transformava-o em algo totalmente alegre e novo. Havia, além disso, um ambiente maravilhoso de trabalho e amizade”, salienta. Josefina Cruz e Angélica Toledo estão de acordo em que os trabalhos foram uma grande oportunidade para colaborar de um modo concreto para esta visita: 




“Já tenho alguma idade, pelo que tinha que ver em que é que poderia ajudar: há pessoas que dão dinheiro, outros trabalham na segurança, outros nos cantos, enfim… Esta é a nossa contribuição e este trabalho ajudou-nos a crescer muito em paciência com os pormenores: de voltar a fazer, de voltar a desarmar…”






Patricia Villagra emociona-se ao relatar como chegou a ser voluntária: 




“A minha nora perguntou-me se estaria disposta a ajudar na execução dos paramentos do Santo Padre. Senti-me tremendamente honrada, foi como se fosse um prêmio colaborar nesta visita que é de uma enorme importância...Cheguei aqui – continua - e não conhecia ninguém. Nestes meses fiz umas amizades maravilhosas; novas amigas e entregar o meu trabalho pessoal foi algo inesperado. Estou feliz por ter posto todo o meu amor numa causa como esta”.




Cada zona do país terá uma simbologia própria nas vestes e paramentos!










A faixa central da casula que o Papa utilizará em Iquique será de cor areia e a sua simbologia terá as gravuras rupestres do deserto de Atacama; em Santiago será verde e terá um cacho de uvas entre os seus adornos; a de Temuco é vermelha, para simbolizar o sangue derramado pelo povo mapuche e entre os seus símbolos encontra-se a caraterística cruz mapuche.


 

 

Fonte - https://opusdei.org/pt-br/article/paramentos-para-o-papa-francisco-e-os-bispos-no-chile/

 

 


Fé, verdade e cultura em Bento XVI



Por Rudy Assunção









Para Bento XVI, o que é cultura? 





O conceito de J. Ratzinger – para começar com a sua teologia – está bem expresso e sistematizado na obra Fé, verdade e tolerância[1]. Na referida obra, Ratzinger parte de uma clara defesa do universalismo cristão e, é claro, da missão cristã.



 

O universalismo cristão



 

A mensagem cristã é destinada a todos os povos e isso faz parte do mandato do próprio Jesus; não fazê-lo implicaria falsear ou não corresponder à vontade expressa de Cristo. Ele dizia: “O ponto de partida do universalismo cristão não foi a vontade de poder, mas a certeza de ter recebido o conhecimento salvador e o amor redentor, aos quais todas as pessoas têm direito e pelo qual esperavam no mais íntimo do ser. A missão não foi considerada como uma aquisição de pessoas para seu âmbito de poder, mas como transmissão obrigatória do que estava destinado a todos e de que todos careciam”[2]

 




O caráter missionário e universal da mensagem cristã obriga a pensar na correlação entre religião e cultura!




Como a mensagem cristã pode se encarnar em culturas distintas? 




Isso só é possível com certo processo de enculturação ou interculturalidade. Ratzinger diz: “A enculturação pressupõe, então, a universalidade potencial de cada cultura”[3]. O teólogo bávaro mostra que o valor de uma cultura está precisamente em sua abertura a outras. O encontro entre a fé cristã e outra religião, com a cultura da qual ele vive, depende que elas – nas palavras de Ratzinger – “não se achem em uma relação de absoluta alteridade, mas que nelas exista uma abertura interna mútua”[4]. Assim, não é suficiente a universalidade do cristianismo, mas é requerida uma abertura da cultura a que ele se dirige.

 



Cultura: conhecimento e valores; relação com o divino; historicidade


 

Mas, afinal, qual o conceito de cultura de Ratzinger? Segundo ele, a “cultura é a forma de expressão comunitária, desenvolvida historicamente, que marca com seu cunho os conhecimentos e valores de uma vida em comunidade”[5]. Ele desenvolve alguns elementos desta definição. São três especificamente:

 



a) a cultura está relacionada com o conhecimento e com os valores, pois é uma tentativa de entender o homem e o mundo. Ou seja, o modo como o homem se insere no mundo e como conhece também a forma correta da comunidade onde vive. O indivíduo depende da comunidade para ser feliz. E mais, a cultura é um conhecimento aberto à práxis ou seja, refere-se à dimensão ético-moral. Ratzinger aqui recorda que a reflexão sobre o homem e o mundo está contemplada a questão da divindade. Não há como entender o mundo sem dar uma resposta a ela. Assim, o núcleo das grandes culturas está determinado por sua relação com o divino[6].


 

Portanto, o segundo elemento explorado por Ratzinger é aquele pelo qual:



b) a cultura pressupõe ultrapassar o invisível; em seu núcleo está a abertura ao divino. Isso faz com que o indivíduo se sinta suportado por um “sujeito comunitário maior”, que o ampara com os seus conhecimentos. Ele deve aproveitar de conhecimentos que ultrapassam a própria capacidade; assim é que historicamente muitas culturas sempre se valeram da “sabedoria dos ‘antigos’”, expressas muitas vezes por revelações (ou seja, não são fruto da reflexão humana).

 



O terceiro elemento aprofundado por Ratzinger é do que: 




c) a cultura está relacionada com a história pois a comunidade progride no tempo. Ela deve ter capacidade de progredir, de transformar-se por meio do encontro (o judaismo, a cultura, e filosifia grego-romana se enculturou no Cristianismo). Ele ressalva que há culturas cósmico-estáticas e históricas. Mas a cultura judaica e cristã se insere no segundo grupo, enquanto as culturas pré-escrita na primeira. De qualquer modo, todas as religiões possuem uma “dinâmica de advento”[7] que aponta para Jesus Cristo, a Verdade encarnada.

 



Interculturalidade e verdade!




 

A defesa de Ratzinger é de que as culturas têm a sua individualidade, vinculada a determinado sujeito cultural e está aí a raiz da pluralidade cultural. Sua defesa reside na interculturalidade, não na a inculturação. Diz ele: 




“A inculturação pressupõe a substituição de uma fé por assim dizer culturalmente nua, por uma cultura indiferente religiosamente, onde dois sujeitos até agora estranhos se encontram e se fundem numa síntese”. 




No entanto, nem uma nem outra existem deste modo. Por isso Bento XVI asseverava: 





“não existe fé livre de cultura e também porque não há cultura livre de fé, fora a civilização técnica”[8]. 



A questão da técnica aparecerá mais adiante, de qualquer modo, Ratzinger defende que a própria fé cristã tem elementos culturais específicos. Posso citar o encontro cultural providencial entre a herança judaica e a herança grega, tão determinante para a configuração do cristianismo nascente em meio ao panteão religioso da antiguidade. Mas também as culturas, formadas na maior parte das vezes a partir de concepções religiosas, têm em si elementos que as tornam abertas a outras. Ou seja, para Ratzinger: 




“A referência ao metafísico não pode ser evitada! O encontro das culturas é possível porque, em todas as suas diferenças históricas e nas suas formações comunitárias, o homem é um só, uma única e mesma essência”[9].

 




Por isso é fundamental a busca comum pela verdade. Aí reside a sua complementaridade mútua! 









Por isso ele fala “da unidade da essência humana e da sua capacidade de ser ocultamente tocada pela verdade, por Deus”[10]. A interculturalidade só é possível se a fé cristã, portadora da mensagem da Verdade em pessoa, encontra-se com uma cultura aberta à verdade, que a busca, ainda que tateando. Nesse sentido Ratzinger mostra o grande desafio que é o diálogo do cristianismo com a cultura técnica vigente que renunciou à verdade, que a considera um objetivo demasiado alto e demasiado pretensioso para os esforços da razão humana, que se contenta na maior parte das vezes com o pragmatismo do factível e com a utilidade.

 



Ratzinger insiste: 




“O encontro das culturas é possível porque, em todas as suas diferenças históricas e nas suas formações comunitárias, o homem é um só, uma única e mesma essência. Essa essência única ‘homem’ é tocada no fundo da sua existência pela verdade mesma”[11].

 




A relação entre fé e cultura




 

Só assim se entende corretamente a relação entre fé e cultura. A elevação de uma cultura está na sua abertura à verdade. Obscurecê-la leva à miséria do homem. Ratzinger dizia que “a fé mesma é cultura. Não existe uma fé nua, como mera religião”; “a fé cria cultura, é cultura”[12]. A Igreja é um “sujeito cultural” que engloba indivíduos de etnias e localidades distintos. E aquele que se une à ela manterá sua dupla pertença, viverá em dois sujeitos culturais: “no sujeito histórico e no novo sujeito da fé, que nele se encontram e se compenetram”[13]. Por isso a fé não está em busca de uma cultura de empréstimo. A fé não é o espírito e a cultura o corpo. Isso não corresponde à universalidade da fé cristã. “Se a cultura é mais do que mera forma ou mera estética, se ela é, antes, uma coordenação dos valores numa forma histórica de vida, e se não se pode prescindir da questão do divino, então não se pode passar por cima o fato de a Igreja ser para os crentes um sujeito cultural próprio”[14]. E acrescentava: “Quem ingressa na Igreja há de estar consciente de que ingressou num sujeito cultural próprio, nascido historicamente, com uma interculturalidade própria e com múltiplos níveis. Sem certo ‘êxodo’, sem uma mudança radical de vida em todas as suas relações, ninguém pode tornar-se cristão. Porquanto a fé não é um caminho particular para Deus; a fé conduz para dentro do povo de Deus e de sua história”[15].

 



A interpretação ratzingeriana é cristológica: 




O próprio Cristo vinculou-se à história; seu corpo glorioso na eternidade, por meio de sua “carne”, conserva as marcas de sua história e cultura. “Cristo permanece ele mesmo, também na carne”[16]. A Igreja não é uma “estrutura cultural própria, mas compõe-se de todos os povos”[17]. E isso Cristo inclui no seu próprio corpo. Sendo a Igreja corpo de Cristo, nele está a pluralidade dos povos abarcada pela unidade dela. É assim que “a encarnação de Cristo, o Logos, chegue a sua plenitude total”[18].

 




A relação entre fé e "cultura técnica"

 



Um dos pontos mais importantes da reflexão de Ratzinger é que, agora, a fé deve dialogar com a cultura técnica. E uma das notas dominantes desta nova cultura é o relativismo, que vai em duas direções: o questionamento da verdade, repropondo insistentemente a pergunta de Pilatos – “O que é a verdade?” (Hans Kelsen). A pluralidade das culturas seria prova da relatividade de cada uma delas. “A cultura é contraposta à verdade”[19]. Todo o resto é entendido como eclesiocentrismo, cristocentrismo, teocentrismo. A segundo direção é aquela que ataca a missão. Esta última passa a ser entendida como “uma crua arrogância de uma cultura que se julga superior…”[20].

 




Neste caso Ratzinger defende que algumas pessoas não podem ser declaradas como “uma espécie de parque natural protegido em relação à história de sua cultura e de sua religião, para evitar que os tempos modernos penetrem em tais âmbitos”[21]. Ratzinger defende o encontro das culturas. É essencial. E uma das principais críticas ratzingerianas é precisamente que não se pode querer impor a moderna civilização técnica a uns e confinar outros num sonho romântico pré-tecnológico[22].




Segundo Bento XVI, a própria técnica não é religiosamente neutra! 




Também ela é, caracteristicamente, ocidental[23].  Não é conciliável o ressurgir de antigas religiões pré-técnicas e a afirmação de uma civilização técnica. Por isso Ratzinger tem alertado há tempos para uma crescente paganização ocidental. Nesse sentido, o cristianismo está mais vinculado às antigas culturas do que com o mundo relativista e racionalista, pois este cortou seus laços dos conhecimentos das evidências morais originárias. De qualquer modo só o cristianismo possibilita a verdadeira síntese entre racionalidade técnica e religião, pois ele conjuga uma visão racional sobre o mundo com a convicção de que a verdade existe. O cristianismo não renuncia à razão e, por isso, não renuncia à verdade que lhe une a todas as culturas realmente abertas.





CITAÇÕES:

 




[1] RATZINGER, J. Fé, verdade, tolerância. O cristianismo e as grandes religiões do mundo. São Paulo: Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência “Raimundo Lúlio” (Ramon Llull), 2007.

 

[2] Ibid., p. 55.

 

[3] Ibid., p. 59.

 

[4] Ibid.

 

[5] Ibid.

 

[6] Cf. Ibid., p. 60.

 

[7] Ibid., p. 61.

 

[8] Ibid., p. 62.

 

[9] Ibid., p. 63.

 

[10] Ibid., p. 64.

 

[11] Ibid., p. 63.

 

[12] Ibid., p. 65.

 

[13] Ibid., p. 66.

 

[14] Ibid., p. 67.

 

[15] Ibid., p. 68-69.

 

[16] Ibid., p. 69.

 

[17] Ibid.

 

[18] Ibid.

 

[19] Ibid., p. 70.

 

[20] Ibid., p. 71.

 

[21] Ibid., p. 73.

 

[22] Cf. Ibid., p. 73.

 

[23] Cf. Ibid., p. p. 74.

 



 

Fonte - https://www.paulus.com.br/portal/fe-verdade-e-cultura-em-bento-xvi/







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