Por *Francisco José Barros Araújo
I Tessa 4, 1-18: "Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a
respeito dos mortos, para que não vos entristeçais, como os outros homens que
não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram. Eis
o que vos declaramos, conforme a palavra do Senhor: por ocasião da vinda do
Senhor, nós que ficamos ainda vivos não precederemos os mortos. Quando
for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor
descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os
vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles
sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com
o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras."
Muitos interpretaram
erroneamente este texto, achando que os últimos homens não morrerão, mas serão
arrebatados ao céu ainda vivos!
Particularmente, as seitas pentecostais gostam desta interpretação, que
se encaixa perfeitamente na sua escatologia de pinel: um grupo escolhido
passando para o paraíso sem a dor da morte. Daí marcarem datas para o fim do
mundo, prometendo aos que se dedicarem a ela a vida eterna fácil (Testemunhas
de Jeová).
Mas, a Bíblia deve
ser interpretada no conjunto, não isoladamente, e também diz São Paulo:
"Assim como todos morreram em Adão, assim todos serão vivificados
em Cristo". (I Cor. 15,22).
Além do que, nesta
mesma passagem de Tessalonicenses, se diz que "Deus levará com Jesus
os que nele morreram". Portanto, para ir com Cristo, é preciso morrer
primeiro!
Os que serão arrebatados morrerão neste arrebatamento, para que possam então renascer e ter a vida eterna! Assim sempre entendeu a Igreja, cuja doutrina se encontra bem expressa nas palavras de S. Ambrósio: "Nesse arrebatamento sobrevirá a morte. À semelhança de um sono, a alma se desprenderá do corpo, (mas) para voltar ao corpo no mesmo instante. Ao serem arrebatados, morrerão. Chegando, porém, diante do Senhor, novamente receberão suas almas, em virtude da (própria) presença do Senhor; porquanto não pode haver mortos na companhia do Senhor". (Ambr. in 1 Th. 4, apud. Catecismo Romano, I XII 6)".
A Igreja Católica
geralmente não considera haver profecia bíblica escatológica em textos como
Daniel e Apocalipse, referindo eventos estritamente futuros (quando vistos a partir do ponto de vista dos tempos atuais)
Em 1590 Francisco Ribera, um jesuíta, professor de "futurismo
cristão", ensinava que a maioria das ideias do Apocalipse é, sim, sobre um futuro iminente (em vez de referir certas
profecias que já se cumpriram nos primeiros anos da igreja). Ele
ensinava, também, que o evento de "encontro dos eleitos com o Senhor Jesus
[nos ares]" (semelhante ao que hoje é chamado de arrebatamento) aconteceria 45 dias antes do término dos primeiros três anos
e meio da Grande Tribulação. Nesse sentido, pode-se considerá-lo como
tendo, sido naquela ocasião, um professo católico
"midi-tribulacionista".
O conceito de
arrebatamento em conexão com Pré-milenarismo foi expresso no século XVII pelos
protestantes puritanos estadunidenses Increase e Cotton Mather
Eles sustentaram a ideia de que os crentes seriam arrebatados no ar,
seguido por juízos na terra, e, logo após, pelo Milênio de Cristo. Ainda no
século XVII, outros usos das expressões do arrebatamento encontraram-se nos
trabalhos de Robert Maton, Nathaniel Casas, John Browne, Vincent Thomas, Henry Danvers,
e William Sherwin. O termo arrebatamento foi ainda usado por Philip Doddridge e
John Gill em seus "Comentários aos Novo Testamento",
com a ideia de que os crentes seriam "apanhados" (ou
"arrebatados) antes do julgamento na Terra e da Segunda vinda de Jesus
Cristo.
Há, pelo menos uma
referência no século XVIII, e duas no século XIX, sobre o arrebatamento
pré-tribulação:
-Um ensaio publicado em 1788, na Filadélfia pelo batista Morgan Edwards,
que articulou o conceito de um arrebatamento
pré-tribulação, nos escritos do sacerdote católico Manuel Lacunza.
-E por John Nelson Darby, em 1827.
OUTROS AUTORES
POSTERIORES:
-Manuel Lacunza (1731-1801), um padre jesuíta (sob o
pseudônimo de "Juan Josafat Ben Ezra"), escreveu uma obra apocalíptica intitulada La venida del Mesías en gloria
y majestad (A Vinda do Messias em Glória e Majestade), que veio a lume em 1811,
10 anos após a sua morte. Em 1827, ele foi traduzido para o inglês pelo
ministro escocês Edward Irving.
-Dr. Samuel Prideaux Tregelles (1813-1875), um proeminente
teólogo inglês e estudioso da bíblia, escreveu um
panfleto, em 1866, traçando o conceito do arrebatamento pelas obras de John
Darby de volta para Edward Irving.
-Matthew Henry, em Uma Exposição do Antigo e do Novo
Testamento (1828), usa a palavra
"arrebatamento" para explicar 1 Ts 4:17.
-Apesar de não utilizar o termo "arrebatamento", a
ideia foi mais plenamente desenvolvida por Edward Irving (1792-1834). Em 1825, Irving dedicou-se ao estudo de profecia bíblica e, por fim, aceitou,
da parte de James Henthorn Todd, Samuel Roffey Maitland, Roberto Belarmino e
Francisco Ribera, a ideia do Anticristo derradeiro como sendo um homem, mas ele
foi um passo além. Irving começou a ensinar a ideia do
Retorno de Cristo em duas fases, a primeira fase consistindo de um
arrebatamento secreto antes da manifestação do Anticristo. Edward Miller
descreveu o ensino de Irving assim: "Há três
encontros: o primeiro, dos primeiros frutos da colheita, as virgens
prudentes que seguem o Cordeiro aonde quer que Ele vá; a seguir, a abundante
colheita reunida depois por Deus; e, por último, a reunião dos ímpios para o
castigo".
-John Nelson Darby propôs pela primeira vez e popularizou o
arrebatamento pré-tribulação em 1827. Esse ponto de vista
foi aceito entre muitos outros movimentos "Irmãos de Plymouth" na
Inglaterra. Darby e outros proeminentes Irmãos faziam
parte dos Movimento dos Irmãos que impactou o Cristianismo estadunidense,
especialmente com os movimentos e ensinamentos associados à Escatologia Cristã
e ao Fundamentalismo, principalmente por seus escritos. Essas
influências incluíram o Movimento Conferência Bíblica, a partir de 1878, com a
Conferência Bíblica Niágara. Essas conferências, que foram inicialmente
inclusivas de pré-milenaristas historiadores e futuristas, conduziu a uma
crescente aceitação de pontos de vista futuristas pré-milenaristas e o
arrebatamento pré-tribulação, especialmente entre crentes Batistas, Congregacionalistas
e Presbiterianos. Livros populares também contribuíram
para a aceitação do arrebatamento pré-tribulação, incluindo Jesus está voltando
(William E. Blackstone, publicado em 1878), que vendeu mais de 1,3 milhão de
cópias, e a Bíblia de Referência Scofield, publicada em 1909 e 1919 e
revisada em 1967.
A Igreja Católica
Romana, a Igreja Ortodoxa Oriental, a Comunhão Anglicana, a Igreja Luterana e
muitas denominações cristãs Calvinistas, não têm a
tradição de um retorno preliminar de Cristo!
A Igreja Ortodoxa, por exemplo, rejeita o
retorno preliminar, porque isso, segundo ela, depende de uma interpretação
milenar das escrituras proféticas, em lugar das visões amilenarista ou
pós-milenarista. Alguns defensores da visão pré-tribulação, tal como
Grant Jeffrey, afirmam que a mais antiga e conhecida
referência extra-bíblica para o arrebatamento pré-tribulação é um tratado do
século VII, conhecido como o "Apocalipse de Pseudo-Ephraem", o Sírio.
Diferentes autores
têm proposto várias versões diferentes do texto de Ephraem como autênticas e há opiniões divergentes quanto a saber se ele suporta a
crença em um arrebatamento pré-tribulação.
Numa versão do texto lê-se: "Porque todos
os santos e eleitos de Deus estão reunidos antes da tribulação que há de vir, e
são levados para o Senhor, para que não vejam a confusão que dominará o mundo,
por causa dos nossos pecados."
O aumento da crença
no arrebatamento pré-tribulação é muitas vezes
erroneamente atribuído a uma garota visionária Escocês-Irlandês, em 1830,
então com 15 anos, chamada Margaret McDonald:
A mesma teria sido dos primeiros a receber um batismo espiritual em um
despertar Pentecostal na Escócia. Diz-se que, em 1830,
ela teve uma visão do fim dos tempos, que descreve uma visão pós-tribulação do
arrebatamento, que foi publicado pela primeira vez em 1840. Ele foi republicado
em 1861, mas duas passagens importantes, demonstrando uma visão pós-tribulação
foram removidas para incentivar a confusão sobre o tempo do arrebatamento.
As duas passagens
removidas foram:
-"Esta é a ardente provação que há de nos tentar. Será para a limpeza e purificação dos verdadeiros membros
do corpo de Jesus"
-"O julgamento da Igreja vem do Anticristo. É por ser cheios do Espírito Santo que nós seremos mantidos".
OUTRAS PUBLICAÇÕES MAIS
RECENTES SOBRE O ARREBATAMENTO:
-Em 1957, John Walvoord, um teólogo no Dallas Theological Seminary, escreveu um livro: “A Questão do Arrebatamento”, que
deu suporte teológico para o arrebatamento pré-tribulação, e vendeu mais de
65.000 cópias.
-Em 1958, J. Dwight Pentecosts autor de outro livro de apoio ao
arrebatamento pré-tribulação: “O que está por Vir: Um
Estudo da Escatologia Bíblica”, que vendeu 215.000 cópias.
-Durante a década de 1970, a crença no arrebatamento tornou-se popular
em círculos mais amplos, em parte, porque os livros de Hal Lindsey, incluindo: “O Final do Grande Planeta Terra”, que já teria
vendido entre 15 milhões e 35 milhões de cópias, e o
filme: “Um Ladrão na Noite”, cujo título baseia-se na passagem bíblica de 1 Ts
5,2. Lindsey proclamou que o arrebatamento é iminente, baseada em condições
do mundo no momento.
-Em 1995, a doutrina do arrebatamento pré-tribulação foi mais
popularizado pela série de livros: “Deixados para trás”,
de Tim LaHaye, que venderam dezenas de milhões de cópias, além de terem originado vários filmes, bem como quatro
jogos de vídeo com estratégia de tempo real.
Variadas visões
escatológicas - Princípios bíblicos essenciais
Todas as visões escatológicas milenaristas, seja "visão
pré-tribulacionista", ou a "Visão midi-tribulacionista", ou a
"visão pós-tribulacionista", e, mesmo, a "visão a-milenarista, consideram os seguintes princípios bíblicos essenciais, como
se encontram em 1 Ts 4,15-17:
1. Aqueles que estão vivos e
permanecem até a vinda do Senhor não deve preceder aqueles que estão mortos. (1
Ts 4,15b)
2. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. (1 Ts 4,16b)
3. Os vivos
e os mortos serão ressuscitados, arrebatados juntos nas nuvens, a encontrar
o Senhor no ar. (1 Ts 4,17a)
4. O arrebatamento ocorrerá
durante a Parousia. "Aqueles que estão vivos e permanecem até a vinda
(Parousia, em grego) do Senhor, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares". (1 Ts 4,17a)
5. O encontro com o Senhor, será permanente. "E assim estaremos sempre com o
Senhor" (1 Ts 4,17b)
Segunda vinda
Presencial em Uma ou Duas fases?
A maioria dos pré-milenaristas considera a
Segunda vinda do Senhor Jesus como consistindo de duas etapas, eventos ou fases
distintas. Com efeito, alguns dispensacionalistas pré-milenaristas
(incluindo muitos evangélicos pentecostais) creem no retorno de Cristo em duas
fases distintas, ou uma segunda vinda em duas fases.
Conforme eles, 1 Ts
4,15-17, é vista como descrição de um evento preliminar para o retorno descrito
em Mt 24,29-31
Embora ambas as passagens descrevam a Segunda vinda de Jesus, elas são
vistas como eventos (ou etapas ou fases) diferentes:
-A primeira fase consiste precisamente no arrebatamento súbito
("serem captados", "serem pegos", ou "serem tomados
à distância").
-A segunda fase é descrita como a Segunda vinda de Jesus propriamente dita.
A maioria dos dispensacionalistas crê que o primeiro evento precede o
período de sete anos da tribulação, mesmo que não imediatamente!
No entanto, outra visão, menos defendida, crê
que três fases comporão o Retorno de Cristo!
Os defensores desse
ponto de vista organizam assim a Segunda vinda de Cristo:
-Primeiro, Jesus Cristo aparecendo "de modo
que todo olho o veja" ["Eis que vem com as nuvens, e todo o
olho o verá, até os mesmos que o traspassaram." ( Ap 1,7, Mt 24,30, Ap 6,14-17);
-Em segundo lugar, "o arrebatamento de
abdução" (Mt 24,31;1 Co 15,51-52; 1 Ts 4,13-17; Ap 11,15;14,14-16);
-E, por fim, em terceiro lugar, a Segunda vinda
de Cristo propriamente dita, em glória e em poder, à Terra (Mt 25,31; Ap
19) Muitos pré-tribulacionistas, embora não todos eles, são também
dispensacionalistas.
Os “amilenaristas”, por seu turno, negam a interpretação
literal dos 1.000 anos de Reino de Cristo!
Como tal, o amilenarismo não implica, necessariamente, muita diferença
entre si e a outras formas de milenarismo, além da
negação do milênio em si como Reinado de Cristo na Terra. No entanto,
existe considerável sobreposição nas crenças de amilenaristas
(incluindo a maioria dos Católicos Romanos, Ortodoxos Orientais, Anglicanos e
Luteranos, pós-milenaristas (incluindo Presbiterianos), e
Pré-milenaristas históricos (incluindo alguns Calvinistas, Batistas, entre
outros) com aqueles que sustentam que o Retorno de
Cristo dar-se-á num evento público, singular e único!
Alguns defensores
acreditam que a doutrina de amilenarismo originou-se em Alexandria
Com estudiosos, tais como Clemente e Orígenes e, mais tarde, tornou-se
mais um dogma Católico, através de Agostinho, Bispo de Hipona.
Destino dos
arrebatados?
-Os dispensacionalistas veem o imediato destino
dos cristãos arrebatados, segundo descrito em 1 Ts 4,17, como sendo o Paraíso,
bem como também assim o creem alguns comentaristas católicos romanos, tais como
Walter Drum (1912).
-Enquanto os Anglicanos têm, de modo geral, muitos pontos de vista, alguns comentaristas Anglicanos, como N. T. Wright,
identificam o destino como um local específico na Terra. Essa
interpretação pode ser, por vezes, ligada a preocupações ambientalistas
cristãs.
Na doutrina
amilenarista e pós-milenarista, não há distinções sobre o momento do
arrebatamento.
-Esses pontos de vista consideram que o arrebatamento descrito em 1 Ts
4,15-17 será idêntico à Segunda vinda de Jesus, conforme descrito em Mt
24,29-31, como um encontro nos ares com Jesus após o decurso do milênio por
eles considerado apenas simbólico.
-Na visão pré-milenarista, o arrebatamento será
antes de um milênio literal, o Milênio do Reinado de Jesus Cristo. Dentro
do pré-milenarismo, a "visão pré-tribulacionista" predomina para quem
distingue entre o arrebatamento e a segunda vinda, como dois eventos distintos
e sequenciais.
-Há, também, outros vieses dentro do pré-milenarismo, que diferem entre si com relação ao tempo do arrebatamento.
Doutrinas
pré-milenaristas (protestantes):
1)-Pré-milenarismo pré-tribulacionista:Os cristãos que creem
na visão pré-milenarista e pré-tribulacionista creem que o arrebatamento
ocorrerá antes do início dos sete anos de tribulação período, e a segunda vinda
ocorrerá ao final desses eventos. Os
pré-tribulacionistas muitas vezes descrevem o arrebatamento como "Jesus
vindo para a igreja", e a segunda vinda como "Jesus vindo com a
igreja". Entre os educadores e pregadores
pré-tribulacionistas, incluem-se Jimmy Swaggart, J. Dwight Pentecost,
Tim LaHaye, J. Vernon McGee, Perry Stone, Chuck Smith, Hal Lindsey, Jack Van
Impe, Chuck Missler, Grant Jeffrey, Thomas Ice, David Jeremiah, John F. MacArthur,
and John Hagee. Muitos pré-tribulacionistas são também dispensacionalistas,
porém não todos.
2)-Pré-milenarismo midi-tribulacionista:Os cristãos que creem
na visão pré-milenarista e midi-tribulacionista creem que o arrebatamento
ocorrerá em algum momento no meio ou transcurso do período da Grande
Tribulação, vale dizer, em algum instante da 70.ª Semana de Daniel. O período da tribulação divide-se em duas etapas de 3,5 anos cada. Os
midi-tribulacionistas creem que os santos passarão o primeiro período da tribulação
(Início das Dores), mas serão arrebatados para o Céu antes do grave
derramamento da ira de Deus, na segunda metade desse período de sete anos. Os
mid-tribulacionistas invocam Dan 7,25, que diz que "os santos serão
entregues à tribulação por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo... —
interpretados como significando 3,5 anos. Na metade da Grande Tribulação, o
Anticristo cometerá a "Abominação da Desolação" (Dn
9,27;11,31;12,11;Mt 24,15 e Mc 13,14). Entre os mestres tribulacionistas estão
Harold Ockenga , James O. Buswell (reformado, calvinista presbiteriano) e
Norman Harrison. Esta posição é uma visão minoritária entre
os pré-milenaristas.
3)-Pré-milenarismo pré-ira: Os partidários do
"arrebatamento pré-ira" também creem no arrebatamento em algum
momento durante a Grande Tribulação, antes da Segunda vinda de Cristo. Essa visão sustenta que a "tribulação da igreja" começa na
segunda metade dos sete anos, a 70.ª semana de Daniel, quando o Anticristo é
revelado no templo. Esse metade final dos sete anos [i.e. 3 1/2 anos] é que,
por eles, conhecida como a "grande tribulação", em si, embora sua
duração exata não seja conhecida. Referências de Mateus 24, Marcos 13 e Lucas
21, são usadas como evidência de que essa tribulação será interrompida pela
vinda de Cristo, ao resgatar o justo por meio do arrebatamento, que vai ocorrer
após eventos específicos do Apocalipse, em particular após o sexto selo ser
aberto, o sol escurecer-se e a lua tornar-se em sangue. No entanto, nesse momento, muitos cristãos já terão sido martirizados pelo
Anticristo. Depois do arrebatamento, abrir-se-á o Sétimo selo, e virá a ira
Deus, com trombetas e taças ("O Dia do Senhor"). O Dia da ira
do Senhor contra os ímpios irão seguirá até o fim dos sete anos. Marvin
Rosenthal, autor de “O Arrebatamento Pré-Ira da Igreja”, é um defensor dessa
tese teológica. Sua crença está fundada sobre o trabalho de Robert D. Van
Kampen (1938-1999); seus livros “O Sinal, O Arrebatamento: Pergunta Respondida”
e “O Quarto Reich” detalham sua doutrina de arrebatamento pré-ira.
4)-Pré-milenarismo parcial: A visão "condicional",
"parcial", "seletiva" do arrebatamento sustenta que todos
os cristãos fiéis e obedientes serão arrebatados antes, no meio ou depois da
tribulação, a depender de sua fé e de sua comunhão pessoal com Deus. Portanto, o arrebatamento de um crente em Deus é determinado pelo
momento de sua conversão, durante a tribulação. Outros defensores dessa teoria
sustentam que somente aqueles que são fiéis em seu relacionamento com Deus (que
têm verdadeira comunhão com Ele) serão arrebatados, e o resto, ressuscitado
durante a tribulação, entre o 5.º e o 6.º selos do Apocalipse, tendo perdido
suas vidas até então. Outros, ainda, afirmam que o resto será arrebatado
durante a tribulação, ou no seu final. Como indicado por David Ira (um defensor
dessa visão): "Os santos serão arrebatados em
grupos durante a tribulação à medida em que estejam preparados para ir."
Alguns notáveis defensores dessa teoria são G. H. Lang, Robert Chapman, G. H.
Pember, Robert Govett, D. M. Panton, Watchman Nee, David E. Ira, J. A. Seiss,
Hudson Taylor, Anthony Norris Groves, John Wilkinson, G. Campbell Morgan, Otto
Stockmayer e Rev. J. W. (Chip) White, Jr.
5)-Pré-milenarismo pós-tribulacionista: Na visão
pré-milenarista pós-tribulacionista, o arrebatamento coincidirá com a segunda
vinda de Jesus ou um encontro nos ares com Jesus, a preceder imediatamente Seu
retorno à Terra, para o reinado de um milênio literal. A visão pós-tribulacionista crê no arrebatamento no final da Grande
Tribulação. Os escritores dessa visão dizem que o período da tribulação, num
sentido amplo, é toda a época atual", ou, num sentido específico, é um
período (os sete anos) que precedem a Segunda vinda de Cristo já para o Seu
Reinado Milenar. A ênfase neste ponto de vista é que "a igreja vai sofrer
a tribulação"- Mateus 24,29-31 - "Imediatamente após a tribulação
daqueles dias... eles se juntarão a Seu Eleito..." — é citada como
escritura primordial para a visão. Os
pós-tribulacionistas concebem o arrebatamento como simultâneo com a Segunda
vinda de Jesus. Com o retorno de Jesus, os crentes encontrá-lo-ão nos
ares, e, após, acompanhá-lo-ão em seu retorno à Terra. Nas Cartas de Paulo,
mais notavelmente em 1 Ts 4:16,17[108]: "os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro") e 1 Coríntios 15,51-52, uma trombeta é
descrita a tocar no fim da tribulação para anunciar o retorno de Cristo;
Apocalipse 11,15. Entre os autores e professores que apoiam a visão
pós-tribulacionista, citam-se Pat Robertson, Walter R. Martin, John Piper,
George E. Ladd,Robert H. Gundry e Douglas Moo.
Outras perspectivas
A visão pré-milenarista menos difundida considera o sinal da trombeta de
1 Co 15:51,52,[111] onde se lê, "...nem todos dormiremos, mas seremos
transformados—num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última
trombeta. Pois a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados
incorruptíveis, e nós seremos transformados."A última trombeta" é
entendida como sendo a 7.ª trombeta de Apocalipse 11,15 e seguintes. De acordo
com esse ponto de vista, depois da tribulação de Mt 24,9-22 - os sinais
celestiais de Mateus 24,29 terão lugar. O evento do "sinal do Filho do
Homem" (Mt 24,30) segue os sinais astronômicos do versículo 29.
"Então" (Mc 13,27;Mt 24,31) o επισυναγω ("ajuntamento")
ocorre—na 7.ª e última trombeta do Ap 11. A visão do arrebatamento na trombeta
do arrebatamento final é diferente de outras perspectivas de arrebatamento
pré-milenares, na medida em que ela não define a 70.ª Semana de Daniel como o
"período de tribulação", mas define a tribulação, à luz de Mt
24,9-22. Essa visão apresenta a Segunda vinda de Jesus
Cristo em três partes:
(a) um de Seus primeiros que aparecem,
(b) o Arrebatamento da Igreja,
(c) de Seu retorno à terra.
Ele ensina que o arrebatamento-encontro ocorre antes de as taças da ira
de Deus serem derramadas sobre a Terra e enfatiza expressões contemporâneas do
fim dos tempos da Bíblia em temas (por exemplo, resistência).
Visões doutrinárias
NÃO Pré-milenaristas:
1)-Pós-milenarismo
Na "visão pós-milenarista", o milênio
é visto como um período temporal indefinidamente longo, portanto, impedindo a
interpretação literal de um período de mil anos. Conforme Loraine
Boettner, "o mundo será cristianizado, e o retorno de Cristo ocorrerá
apenas no fim de um longo período de justiça e paz, comumente chamado de
milênio." Os pós-milenaristas veem o arrebatamento
da Igreja e a Segunda Vinda de Cristo como um só e o mesmo evento. Segundo
eles, a Grande tribulação já ocorreu nos tempos antigos (invasão romano de
Jerusalém, em 66-73 d.C, que envolveu a destruição de Jerusalém). Alguns
defensores dessa visão são John Bunyan (autor puritano de o Peregrino),
Jonathan Edwards e Charles Finney.
2)-Amilenarismo
A visão Amilenarista considera o Milênio de
Cristo como o período atual, mas indefinido, que se iniciou com a fundação da
igreja, e que terminará com a Segunda vinda de Cristo — um período onde Jesus
Cristo já reina com seus santos pela Eucaristia e sua igreja. Eles vêem
a vida da igreja como o reino de Cristo já estabelecida (inaugurada no dia de
Pentecostes descrito no primeiro capítulo de Atos 1, porém não completa, até
que sobrevenha sua segunda vinda. Isso impede uma
interpretação literal do período de mil anos mencionados em Ap 20, exibindo
o número "mil" como simbologia numerológica e pertencente à era atual
da igreja. Os amilenaristas geralmente não usam
"arrebatamento" como um termo teológico, mas veem o evento como
coincidindo com a Segunda vinda de Jesus, principalmente como um encontro
místico com Cristo. Para os amilenaristas, "os últimos dias"
começaram efetivamente desde o dia de Pentecostes, mas creem que a Grande
Tribulação ocorrerá durante a fase final ou de conclusão do milênio, com Cristo
retornando como "O Alfa e O Ômega", no Final dos tempos. Ao contrário dos pré-milenaristas, que preveem o
"milênio literal" (mil anos de reinado de Cristo), depois de seu
retorno, os amilenaristas enfatizam a continuidade e a permanência do seu
reinado, ao longo de todos os períodos da Nova Aliança, passado, presente e
futuro. Eles não consideram a menção de Jerusalém em Ap 21, como referente à presente cidade geográfica, mas para o
futuro, a Nova Jerusalém ou "Novo Céu e Nova Terra", para o que a
igreja, por meio dos doze apóstolos (representando as doze tribos de Israel),
atualmente, constitui o fundamento do reino messiânico já presente. Ao
contrário de certos dispensacionalistas pré-milenaristas, eles não visualizam a reconstrução do templo de Jerusalém
como uma necessidade, porque já foi estabelecida na vida da igreja pelo sacrifício
final de Cristo na cruz, e que disse que o reconstruiria em 3 dias (conf. João 2,19-22). Autores que manifestaram o seu apoio a essa visão incluem
Agostinho, Bispo de Hipona. A visão amilenarista é adotada pela Igreja Católica
Romana, Cristã Ortodoxa e Igreja Anglicana, bem como pelas igrejas reformadas
históricas, ou de vanguarda, tais como, a Igreja Luterana, Metodista,
Presbiteriana e outras denominações de cunho Calvinista.
Sobre as Previsões
de data do arrebatamento:
Desde a origem da tese teológica do arrebatamento,no meio protestante, muitos
defensores do arrebatamento fizeram previsões sobre a data do evento. A
principal referência Bíblica citada contra tais previsões é Mt 24,36-37 – a passagem na qual Jesus adverte expressamente
sobre sua Parousia: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos
céus, nem o Filho, senão o Pai. Mas como nos dias de Noé, assim será também a
vinda (Parousia) de que o Filho do homem." Também em 2 Pedro 3,10 diz:
"O dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com
grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, a terra e as obras que
nela há, se queimarão" (veja também 1 Ts 5,2). Outro problema potencial
para aqueles que tentam definir uma data para o arrebatamento surge a partir de
Mt 24, 34,onde Jesus diz: "em Verdade vos digo que não passará Esta
geração, até que todas essas coisas se cumpram".
Qualquer indivíduo ou grupo religioso que já "previu o dia do
arrebatamento", acabou sendo completamente
desacreditado e envergonhado, na medida em que a "data da suposta previsão"
chega, mas sem o evento de fato acontecer. Alguns desses indivíduos e
grupos têm oferecido datas-alvo "corretas", e outros têm oferecido
desculpas e tentado "corrigir" suas datas-alvo, enquanto simplesmente lançam uma reinterpretação do significado das
escrituras para comportar sua nova situação e, em seguida, explicam que, embora
a previsão parecesse não se ter cumprido, na realidade, tinha sido completa e
precisamente cumprida, embora — dizem eles — "de uma forma diferente do
que se esperava".
Por outro lado,
muitos dos que creem que a data do arrebatamento não pode ser conhecida
afirmam, doutra sorte, que o quadro que antecede o arrebatamento evento pode
ser conhecido — “o princípio das Dores”:
Este período é muitas vezes referido como
"Sinais dos Tempos". A principal passagem evangélica que o
expressa é Mt 24,32-35 na qual Jesus
ensina a Parábola da Figueira, como alerta sobre a iminência do tempo do
arrebatamento, bem como as demais profecias listados nas seções das escrituras
que precedem e sucedem essa parábola.
O livro “Left
Behind” (Deixado para Trás) ganhou esse título a partir de uma passagem de Lc
17 e outra semelhante em Mt 24, que falam da vinda do
Senhor como nos dias de Noé e nos dias de Lot. E Evangelho segundo S.
Mateus (24) diz o seguinte:
“Como foram os dias de Noé, assim será também a
vinda do Filho do homem … eles comiam, bebiam, casavam-se e eles não sabiam até
que veio o dilúvio e os varreu a todos, assim será também a vinda do Filho do
homem. Em seguida, dois homens estarão a trabalhar no campo, um será
levado e o outro será deixado para trás. Duas mulheres estarão a moer no
moinho, uma será levada a outra será deixada para trás.”
“Veja”, argumentam
os entusiastas da interpretação literal do arrebatamento, “um será levado, o
outro deixado. É o arrebatamento! Jesus leva os cristãos e deixa os ímpios para
trás!”
-Mas há graves problemas com essa interpretação! Note-se que a vinda de Jesus está sendo comparada aos que ocorreu nos dias
de Noé e nos dias de Lot. Sendo assim, vejamos: depois do dilúvio, quem foi
deixado? Noé e sua família, que eram exatamente os justos, enquanto os
pecadores foram levados. Também nos tempos de Lot, depois que Sodoma e
Gomorra tornaram-se cinzas, quem foi deixado? Lot e suas filhas, os justos, mas
os pecadores foram levados!
Em segundo lugar,
lembremo-nos do versículo 17 de 1Ts, que diz:
Aqueles que são “deixados” é que vão ao encontro de Jesus nos ares, não
os que são levados. Ou seja, os justos são deixados para trás. – Em outras
palavras, o cristão deveria desejar ser deixado para trás, para que possa ir ao
encontro de Jesus, que irá acompanhá-lo de volta à Terra em sua segunda e
definitiva vinda. – Portanto, não haverá arrebatamento tal e qual tratam
publicações de livros como "Left
Behind".
Recapitulando as “controversas
teses teológicas” de cada uma das teorias protestantes sobre o arrebatamento:
Qual a sua versão do arrebatamento? – Você é
"pré", "médio/meso" ou "pós? – Se você não sabe como
responder a essa pergunta, você provavelmente é católico. A maioria dos
fundamentalistas dentre os ditos "evangélicos" sabe que essas
palavras são sinônimos de pré-tribulação, meso-tribulação e pós-tribulação. Os
termos referem-se a quando o arrebatamento deve ocorrer.
O Milênio - Em
Apocalipse 20,1-3; 7-8, lemos:
“Vi, então, descer do céu um anjo que tinha na mão a chave do abismo e
uma grande algema. Ele apanhou o Dragão, a primitiva
Serpente, que é o Demônio e Satanás, e o acorrentou por mil anos. Atirou-o no
abismo, que fechou e selou por cima, para que já não seduzisse as nações, até
que se completassem mil anos. Depois disso, ele deve ser solto por um
pouco de tempo. (...) Depois de se completarem mil
anos, Satanás será solto da prisão. Sairá dela para seduzir as nações
dos quatro cantos da Terra (Gog e Magog) e reuni-las para o combate. Serão
numerosas como a areia do mar.”
O período de mil anos,
conforme nos diz o autor sagrado, é o Reinado de Cristo!
Esse período é popularmente chamado de Milênio. O Milênio é o prenúncio
do fim do mundo. O capítulo 20 do Apocalipse é interpretado de três maneiras
por diferentes protestantes conservadores: as três escolas de pensamento são
chamadas:
-Pós-milenismo,
-Amilenismo
-Pré-milenismo.
Vamos analisá-las
brevemente:
1)-Pós-Milenismo: Segundo Loraine Boettner, no seu livro
"Millennium" (mesmo autor do caluniuoso do patético livro anticatólico
'Catolicismo Romano'), pós-milenismo é “a visão de que as últimas coisas que
sustentam o Reino de Deus estão sendo estendidas no mundo agora, através da
pregação do Evangelho e da obra salvadora do Espírito Santo; que o mundo
finalmente está para ser cristianizado, e que o retorno de Cristo ocorrerá no
final de um longo período de justiça e paz, comumente chamado de Milênio".Esta opinião foi popular entre os protestantes do século XIX, quando o
progresso era esperado até mesmo na religião e antes dos horrores do século XX
. Hoje, poucos a mantêm, exceto grupos como os reconstrucionistas cristãos, uma
consequência do movimento conservador presbiteriano. Comentaristas
apontam que o pós-milenismo deve ser distinguido da visão de teólogos liberais
e seculares que preveem melhoria social e até mesmo que o Reino de Deus venha
puramente através de meios naturais, ao invés de sobrenaturais.
Pos-milenialistas, no entanto, argumentam que o homem seja incapaz de construir
um "paraíso terrestre" por si mesmo; o Paraíso só virá pela Graça de
Deus.Pos-milenialistas típicos também dizem que o
milênio mencionado em Apocalipse 20 deve ser entendido em sentido figurado e
que a expressão “mil anos” não se refere necessariamente a um período fixo de
dez séculos, mas a um tempo indefinidamente longo. Por exemplo, o Salmo
50 (vs. 10) fala da Soberania de Deus sobre tudo o que existe e diz-nos que
Deus é o Dono “do gado sobre milhares de montanhas”, o que não é para ser
entendido literalmente. No final do milênio, aconteceria então a Segunda Vinda,
a ressurreição geral dos mortos e o Juízo Final.O
problema com a ‘teoria’ do pós-milenismo é que a Bíblia não descreve que o
mundo vivenciará um período de cristianização completa (ou relativamente
completa) antes da Segunda Vinda. Existem inúmeras passagens que falam
da era entre a primeira e a segunda vinda como um momento de grande tristeza e
luta para os cristãos. Uma passagem reveladora é a
parábola do trigo e do joio (Mt 13,24-30; 36-43). Nesta, o Cristo declara que
os justos e os ímpios serão ambos plantados e crescerão lado a lado no campo de
Deus ('o campo é o mundo', conf. Mt 13,38) até o fim do mundo, quando serão
separados, julgados, e serão ou lançados no fogo do inferno ou herdarão o Reino
de Deus (Mt 13,41-43).Não há nenhuma evidência bíblica de que o mundo
acabará por tornar-se totalmente (ou mesmo quase que totalmente) cristão, mas
que sempre haverá um desenvolvimento paralelo dos justos e os ímpios até o
Julgamento Final.
2)-Amilenismo: A visão amilenista interpreta Apocalipse 20
simbolicamente, e não vê o Milênio como uma era de ouro terrestre em que o
mundo será totalmente cristianizado, mas como o atual período de reinado de
Cristo no Céu e na Terra, através da sua Igreja (que para os protestantes é
apenas o conjunto dos que 'aceitam a Jesus como Senhor e Salvador', espalhados
no mundo). Esta foi a opinião dos chamados
"reformadores" protestantes e ainda é a visão mais comum entre os
protestantes tradicionais, embora não seja assim entre a maioria dos chamados
"evangélicos" mais novos e as seitas fundamentalistas.Amilenistas também acreditam na coexistência do bem e do mal
na Terra até ao fim. Para estes, a tensão que existe na Terra entre os justos e
os ímpios será resolvida apenas com a volta do Cristo no fim dos tempos. A
idade de ouro do Milênio seria, ao invés, o Reinado celestial de Cristo com os
santos, do qual a Igreja na Terra participa de alguma forma, embora não da
forma gloriosa como será na Segunda Vinda.Amilenistas salientam que os
tronos dos santos que reinarão com Cristo durante o milênio parecem fixados no
Céu (Ap 20,4) e que o texto nada diz sobre Cristo na Terra durante esse Reinado
com os santos. "Explicam" eles que, embora o
mundo nunca vá ser totalmente cristianizado até a Segunda Vinda, o Milênio não
tem efeitos sobre a Terra a que Satanás está preso, de tal forma que ele não
poderá enganar as nações no sentido de dificultar a pregação do Evangelho (Ap
20,3). Eles apontam que Jesus falou da necessidade de “amarrar o homem forte”
(Satanás), a fim de saquear a sua casa, resgatando as pessoas de seu aperto (Mt
12,29).Quando os discípulos voltaram de uma turnê de pregação do Evangelho,
rejubilando-se com a forma como os demônios estavam sujeitos a eles, Jesus
declarou: “Eu vi Satanás cair como um relâmpago” (Lc 10,18). Assim, para o
evangelho avançar em todo o mundo, é necessário que Satanás seja atado em um
sentido, mesmo que ele ainda possa estar ativo (1Pd 5,8).O Milênio é uma
época de ouro não quando comparado com as glórias do porvir, mas em comparação
a todas as eras anteriores da história humana, nas quais o mundo fora engolido
em trevas pagãs. Hoje, um terço da raça humana é cristã,
e muitos mais ainda repudiam os ídolos pagãos e abraçam o culto ao Deus de
Abraão, Isaac e Israel.
3)-Pré-Milenismo: Em terceiro lugar na lista, há o
pré-milenismo, atualmente o mais popular entre os fundamentalistas e ditos
"evangélicos" (ainda que, há um século atrás, fosse o amilenismo). A
maioria dos livros escritos sobre o fim dos tempos, como o de Hal Lindsey,
"A Agonia do Grande Planeta Terra", são escritos sob uma perspectiva
pré-milenista.Como os pós-milenistas, os
pré-milenistas acreditam que os mil anos sejam uma era de ouro na Terra,
durante a qual o mundo será completamente cristianizado. Ao contrário dos pós-milenistas, acreditam que essa era irá
ocorrer após a Segunda Vinda e não antes, para que Cristo reine fisicamente na
Terra durante o Milênio. Eles acreditam que o Juízo Final só ocorrerá
após o fim do Milênio, o que muitos interpretam como um período de exatamente
mil anos.Mas as Escrituras não apoiam a ideia de um
período de mil anos entre a Segunda Vinda e o Juízo Final. Cristo declara:
“Porque o Filho do Homem há de vir com os seus anjos na glória de seu Pai, e
então retribuirá a cada homem pelo que ele tem feito” (Mt 16,27), e “Quando o
Filho do Homem vier na sua Glória, e todos os anjos com Ele, então, se
assentará em seu Trono glorioso. Diante dEle serão reunidas todas as nações, e
Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos ….
E eles [os bodes] irão para o castigo eterno, mas os justos para a vida
eterna" (Mt 25,31-32, 46).
Sobre a tese teológica
do Arrebatamento
Os pré-milenistas muitas vezes dão muita atenção à doutrina do
arrebatamento. De acordo com essa doutrina, quando Cristo voltar, todos os
eleitos que morreram serão ressuscitados em seus corpos físicos e transformados
a um estado de glória, junto com os eleitos viventes, e então serão arrebatados
para estarem com Cristo. O texto-chave referente ao arrebatamento é 1Ts
4,16-17, que afirma: “Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com um grito de
comando, com o chamado do Arcanjo e com o som da Trombeta de Deus. E os mortos
em Cristo ressuscitarão primeiro, depois nós, os vivos, que ficam, seremos
arrebatados juntamente com eles nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e
assim estaremos para sempre com o Senhor ".Os
pré-milenistas acreditam, assim como praticamente todos os cristãos (exceto
alguns pós-milenistas), que a segunda vinda será precedida por um momento de
grande aflição e perseguição do povo de Deus (2Ts 2,1-4). Esse período é
chamado frequentemente a tribulação. Até o século XIX, muitos cristãos
concordavam que o arrebatamento, – embora não fosse chamado assim, – ocorreria
imediatamente antes da Segunda Vinda, no final do período de perseguição. Esta posição hoje é chamada de “pós-tribulacional” porque
afirma que o arrebatamento virá depois da tribulação.
John N.
Darby
Mas em 1800, alguns começaram a clamar que o arrebatamento ocorrerá antes
do período de perseguição. Esta posição, hoje conhecida como o ponto de vista
”pré-tribulacional”, também foi abraçada por John Nelson Darby, um dos primeiros líderes de um movimento fundamentalista que
ficou conhecido como dispensacionalismo. A visão pré-tribulacional do
arrebatamento de Darby foi então adotada por um homem chamado Cyrus Ingerson
Scofield, que ensinou esta posição nas notas de rodapé de sua Bíblia de
Referência Scofield, que foi amplamente distribuída na Inglaterra e nos Estados
Unidos.
C. I.
Scofield
Muitos protestantes que leram a chamada "Bíblia de Referência
Scofield" aceitaram sem críticas esta sua interpretação particular, e
adotaram a sua visão pré-tribulacional, apesar de que qualquer cristão jamais
tivesse ouvido falar de algo assim nos 1800 anos anteriores de história da
Igreja.Eventualmente, uma terceira posição foi
desenvolvida, ficando conhecida como a “meso-tribulacional” ponto de vista que
afirma que o arrebatamento ocorrerá durante o meio da tribulação.Finalmente, um
quarto ponto de vista elaborou que não haverá um arrebatamento único no qual
todos os crentes serão reunidos a Cristo, mas que haverá uma série de
"mini-arrebatamentos" que ocorrerão em momentos diferentes com
relação à tribulação. Nem seria preciso esclarecer que toda essa
confusão fez com que o movimento se dividisse em campos mais ou menos
radicalmente opostos.O problema com todas essas
posições (exceto o ponto de vista histórico, pós-tribulacional, o qual foi
aceito por todos, inclusive os não pre-milenialistas) é que eles dividem a
Segunda Vinda em eventos diferentes. No caso da visão
pré-tribulacionista, acredita-se que Cristo teria três vindas: uma quando
nasceu em Belém, uma quando retornará para o arrebatamento no início da
tribulação e uma no final da tribulação, quando estabelece o Milênio. Esse ponto de vista, de três vindas, parece contrário às
Sagradas Escrituras.
Dale Moody
Os problemas com a visão pré-tribulacional são evidenciados pelo teólogo
(e pré-milenista) batista Dale Moody, que escreveu:… “A
crença em um arrebatamento pré-tribulacional contradiz todos os três capítulos
do Novo Testamento que mencionam a tribulação e o arrebatamento juntos (Mc
13,24-27; Mt 24,26-31; 2Ts 2,1-12). A teoria é tão falida biblicamente que a
habitual defesa é feita através de três passagens que não chegam a mencionar
uma tribulação (Jo 14,3; 1Ts 4,17; 1Cor 15,52)". Estas são
passagens mais importantes, mas elas não dizem uma palavra sobre um
arrebatamento pré-tribulacional. A pontuação é de três a zero, três passagens
que ensinam um arrebatamento pós-tribulacional e três que não dizem nada sobre
o assunto.
Afinal,
qual é a posição católica sobre tudo isso?
Depois de nos
dedicarmos à tarefa inglória de tentar esclarecer tamanha confusão, faz-se
necessário dizer da postura da primeira Igreja quanto ao assunto. Vamos a ela:
-Sobre o Milênio, nós, católicos, tendemos a
concordar com Sto. Agostinho e com os amilenistas. Assim, a posição católica
tem sido historicamente “amilenista”, embora não usemos esse termo, ao menos
costumeiramente. A Igreja tem rejeitado a posição pré-milenista, às
vezes chamada de “milenarismo” (cf. Catecismo da Igreja Católica, §676). Embora a Igreja não tenha dogmaticamente definido a questão,
em 1940 o Santo Ofício considerou que o pré-milenismo “não pode ser ensinado
com segurança”.
-Com relação ao arrebatamento, os católicos
certamente acreditam que o evento de nossa reunião com Cristo terá lugar, embora
geralmente não usem comumente a palavra “arrebatamento” para se referir a esse
momento. – Situação que traz em si certa ironia, uma vez que o termo
“arrebatamento” é derivado dos textos da Vulgata Latina, a tradução oficial da
Bíblia Católica, em 1Ts 4,17 – que significa 'seremos raptados' (do latim
rapiemur).
Nihil obstat:
Cheguei à conclusão de que os materiais apresentados neste trabalho
estão livres de erros doutrinais ou morais.
Bernadeane Carr, STL,
Censor Librorum, agosto 10, 2004
Imprimatur:
De acordo com 1983 CIC 827 Permissão para publicar este trabalho é
concedida.
† Robert H. Brom, Bispo
de San Diego, 10 de agosto de 2004
O QUE DIZ O "MAGISTÉRIO OFICIAL DA IGREJA" SOBRE ESTE TEMA?
Última
provação da Igreja
§675 Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar
por uma provação final que abalar a fé de muitos crentes. A perseguição que
acompanha a peregrinação dela na terra" desvendará o "mistério de
iniquidade" sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos
homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A impostura
religiosa suprema é a do Anticristo, isto é, a de um
pseudo-messianismo em que o homem glorifica a si mesmo em lugar de Deus e de seu Messias que
veio na carne.
§676. Esta impostura anticrística já se
esboça no mundo, sempre que se pretende realizar na história a esperança
messiânica, que não pode consumar-se senão para além dela, através do juízo
escatológico. A Igreja rejeitou esta falsificação do Reino
futuro, mesmo na sua forma mitigada, sob o nome de milenarismo (642), e
principalmente sob a forma política dum messianismo secularizado,
«intrinsecamente perverso» (643).
§677 A Igreja só entrará na glória do Reino por meio desta
derradeira Páscoa, em que seguirá seu Senhor em sua Morte e Ressurreição. Portanto, o Reino não
se realizará por um triunfo histórico da Igreja segundo um progresso
ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o desencadeamento último do mal,
que fará sua Esposa descer do Céu. O triunfo de Deus sobre a revolta do mal assumirá a forma
do Juízo Final depois do derradeiro abalo cósmico deste mundo que passa.
Cristo e
sua descida dos céus
§440 Jesus acolheu a profissão de fé de Pedro, que o reconhecia
como o Messias anunciando a Paixão iminente do Filho do Homem. Desvendou o
conteúdo autêntico de sua realeza messiânica, seja na identidade transcendente
do Filho do Homem "que desceu do Céu" (Jo 3,13) seja em sua missão
redentora como Servo sofredor: "O Filho do Homem não veio para ser
servido, mas para servir e dar sua vida em resgate pela multidão" (Mt
20,28). Por isso o verdadeiro sentido de sua realeza só se manifestou do alto
da Cruz. É somente após sua Ressurreição que sua realeza messiânica
poderá ser proclamada por Pedro diante do povo de Deus: "Que toda casa de
Israel saiba com certeza: Deus o constituiu Senhor e Cristo, este Jesus que vós
crucificastes" (At 2,36).
§1001 Quando? Definitivamente "no último dia" (Jo
6,39-40.44-54); "no fim do mundo". Com efeito, a ressurreição dos
mortos está intimamente associada à Parusia de Cristo:Quando o Senhor, ao sinal
dado, à voz do arcanjo e ao som da trombeta divina, descer do céu, então os mortos em
Cristo ressuscitarão primeiro (1Ts 4,16).
Novos
céus e nova terra!
§1042 No fim dos tempos, o Reino de Deus chegar à sua plenitude. Depois do Juízo
Universal, os justos reinarão para sempre com Cristo, glorificados em corpo e
alma, e o próprio universo será renovado: Então a Igreja será "consumada na glória celeste,
quando chegar o tempo da restauração de todas as coisas, e com o gênero humano
também o mundo todo, que está intimamente ligado ao homem e por meio dele
atinge sua finalidade, encontrará sua restauração definitiva em Cristo"
§1043 Esta renovação misteriosa, que há de transformar a humanidade e o
mundo, a Sagrada Escritura a chama de "céus novos e terra nova" (2Pd
3,13). Ser a realização definitiva do projeto de Deus de
"reunir, sob um só chefe, Cristo, todas as coisas, as que estão no céu e
as que estão na terra" (Ef 1,10).
§1044 Neste "universo novo", a Jerusalém celeste, Deus
terá sua morada entre os homens. "Enxugará toda lágrima de seus olhos, pois nunca mais
haverá morte, nem luto, nem clamor, e nem dor haverá mais. Sim! As coisas antigas
se foram!" (Ap 21,4).
§1045 Para o homem, esta consumação será a realização última da
unidade do gênero humano, querida por Deus desde a criação e da qual a Igreja
peregrinante era "como o sacramento". Os que estiverem unidos
a Cristo formarão a comunidade dos remidos, a cidade santa de Deus (Ap 21,2),
"a Esposa do Cordeiro" (Ap 21,9). Esta não será mais ferida pelo
pecado, pelas impurezas, pelo amor-próprio, que destroem ou ferem a comunidade
terrestre dos homens. A visão beatífica, na qual Deus se revelará de maneira
inesgotável aos eleitos, será a fonte inexaurível de felicidade, de paz e de
comunhão mútua.
§1046 Quanto ao cosmos, a Revelação afirma a profunda comunidade
de destino do mundo material e do homem:Pois a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos
de Deus (...) na esperança de ela também ser libertada da escravidão da
corrupção (...). Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de
parto até o presente. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias
do Espírito, gememos interiormente, suspirando pela redenção de nosso corpo (Rm
8,19-23).
§1047 Também o universo visível está, portanto, destinado a
ser transformado, "a fim de que o próprio mundo, restaurado em seu
primeiro estado, esteja, sem mais nenhum obstáculo, a serviço dos justos", participando
de sua glorificação em Cristo ressuscitado.
§1048 "Ignoramos o tempo da consumação da terra e da
humanidade e desconhecemos a maneira de transformação do universo. Passa certamente a
figura deste mundo deformada pelo pecado, mas aprendemos que Deus prepara uma
nova morada e nova terra. Nela reinará a justiça, e sua felicidade irá
satisfazer á e superar todos os desejos de paz que sobem aos
corações dos homens."
§1049 "Contudo, a expectativa de uma terra nova, longe de atenuar, deve
impulsionar em vós a solicitude pelo aprimoramento desta terra. Nela cresce o
corpo da nova família humana que já pode apresentar algum esboço do novo
século. Por isso, ainda que o progresso terrestre se deva distinguir
cuidadosamente do aumento do Reino de Cristo, ele é de grande interesse para o
Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para melhor organizar a
sociedade humana."
§1050 "Com efeito, depois que propagarmos na terra, no
Espírito do Senhor e por ordem sua, os valores da dignidade humana, da
humanidade fraterna e da liberdade, todos estes bons frutos da natureza e de nosso trabalho, nós
os encontraremos novamente, limpos, contudo, de toda impureza, iluminados e
transfigurados, quando Cristo entregar ao Pai o reino eterno e universal. Deus será, então,
"tudo em todos" (1 Cor 15,28), na Vida Eterna.
CONCLUSÃO:
Sempre que o cristão encontra uma doutrina que não foi ensinada
de forma unificada pela igreja de Cristo durante os últimos séculos, bem como,
não foi pregada de forma unânime pelos apóstolos e evangelistas, tal doutrina
de ser tratada com muita suspeita e prudência pelas lideranças
Cristãs. Até mesmo porque, é realmente muito estranho que apenas algumas
pessoas tenham descoberto isso recentemente. As
doutrinas sobre "os tipos de arrebatamentos" veio à existência
mediante uma exegese cuidadosa da Escritura, feita por grandes teólogos?
Não! A primeira pessoa a ensinar a doutrina foi uma jovem chamada
Margaret Macdonald. Margaret não era teóloga nem expositora bíblica, mas uma
profetiza da seita Irvingita. O jornalista
cristão Dave MacPherson escreveu um livro sobre o assunto da origem do
arrebatamento secreto. Ele escreve:
“Temos visto que uma jovem escocesa chamada Margaret Macdonald
(que supostamente), teve uma revelação particular em Port Glasgow, Escócia, no
começo de 1830, de que um grupo seleto de cristãos seria capturado para
encontrar Cristo nos ares, antes dos dias do Anticristo. Uma
testemunha ocular, Robert Norton M.D., preservou o relato escrito a mão por ela
de sua revelação de um arrebatamento pré-tribulacional em dois de seus livros,
e disse que foi a primeira vez que alguém dividiu a segunda vinda em duas
partes ou estágios distintos. Seus escritos, juntamente com muitas outras
literaturas da seita Irvingita, ficaram escondidos por muitas décadas do
pensamento evangélico dominante, e apenas recentemente reapareceram. As
visões de Margaret eram bem conhecidas por aqueles que visitavam sua casa,
entre eles John Darby dos Irmãos. Dentro de poucos meses sua concepção
profética distintiva foi refletida na edição de setembro de 1830 do The Morning
Watch2 e na primeira assembleia dos Irmãos em Plymouth, Inglaterra. Os
primeiros discípulos da interpretação pré-tribulacionista frequentemente a
chamavam de uma nova doutrina.”
John Nelson Darby (1800-1882), que foi o líder do movimento
Irmãos e “pai do Dispensacionalismo moderno”, tomou o novo ensino de Margaret
Macdonald sobre o arrebatamento, fez algumas adaptações (Margaret
Macdonald ensinava um arrebatamento parcial de crentes, enquanto John Nelson
ensinava que todos os crentes seriam arrebatados) e incorporou-o em seu
entendimento pessoal e particular, dispensacionalista, da Escritura e profecia.
Darby gastaria o resto de sua vida falando, escrevendo e viajando para espalhar
sua nova teoria do arrebatamento. Os Irmãos de
Plymouth admitiam abertamente e até mesmo se orgulhavam do fato que entre os
seus ensinos estavam alguns totalmente novos, que nunca tinham sido ensinados
pelos pais da igreja, escolásticos medievais, reformadores protestantes e
muitos outros comentaristas. O maior responsável pela ampla aceitação do
pré-tribulacionismo e dispensacionalismo entre os evangélicos foi Cyrus
Ingerson Scofield (1843- 1921). C. I. Scofield publicou sua Bíblia de
Referência Scofield em 1909. Essa Bíblia, que expunha as doutrinas de Darby em
suas notas, se tornou muito popular em círculos fundamentalistas de seitas
cristãs. Na mente de muitos, entre estes: professores da Bíblia, pastores
fundamentalistas e multidões de cristãos professos – as notas de Scofield eram
praticamente igualadas à própria palavra de Deus. Se uma pessoa não aderia ao
esquema dispensacionalista e pré-tribulacional, ele ou ela seria quase que
automaticamente rotulado de herege modernista.Hoje
existe uma abundância de livros advogando a teoria do arrebatamento
pré-tribulacional e o entendimento dispensacionalista dos fins dos tempos que
não passam de falsas interpretações achológicas e não teológicas. Recado final
a estes protestantes ávidos por novidades (conforme 2 Timóteo 4,3):
"estudem seriamente as escrituras junto a autores e doutores Cristãos
seguros, antes de dar crédito a essas baboseiras e crendices enganadoras".
*Francisco José Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma Nº 31.636 do Processo Nº 003/17
BIBLIOGRAFIA:
-LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
1. ed. Rio de Janeiro: CPAD
-Ambr. in 1 Th. 4, apud. Catecismo Romano, I XII
6)".
-https://www.ofielcatolico.com.br/2005/06/a-igreja-e-o-arrebatamento.html
-https://pt.wikipedia.org/wiki/Arrebatamento_crist%C3%A3o_(escatologia)
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