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Os retiros para Sacerdotes do projeto Shalom: “Com Maria pelos sacerdotes”

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 30 de julho de 2017 | 18:02




Sacerdote, por que és?





Dom Walmor Oliveira de Azevedo - Arcebispo de Belo Horizonte





O ministério sacerdotal é um dom para a Igreja e para o mundo. Urge aprofundar a compreensão das medidas e o alcance do sacerdócio como dom. O padre como dom. E sendo assim, o sacerdote é dádiva de Deus. O Santo Cura d’Ars, São João Maria Vianey, patrono dos padres, aquele que tocou com o seu ministério, de modo admirável e inesquecível, a vida da França, no seu tempo, afirmava, ‘o sacerdócio é o amor do coração de Jesus’. Agradecido pelo dom do seu sacerdócio, que fez de uma vila sem importância, em razão da excelência de sua vida sacerdotal, o grande centro de referência, batendo, pelas razões da busca de Deus e do sentido para a vida, a imbatível Paris de todos os tempos. Como dom, o sacerdote não é promotor e agente de um tipo de mercado religioso que hoje se multiplica. Embora perdendo forças, nos cenários contemporâneos, com a mercantilização de milagres e curas, arrebanhando incautos e sofridos, amalgamando tudo com uma linguagem que inclui gritarias e uma sensação de manipulação de Deus. Deus é amor. Jesus Cristo é o amor encarnado de Deus. O amor vem de Deus.




E todo aquele que ama nasceu de Deus, e conhece a Deus. Quem não ama não chegou a conhecer Deus. Pois Deus é amor, ensina o evangelista João na sua primeira carta. Ele continua, ‘foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho Único ao mundo para que tenhamos a vida por meio dele. Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados’ (I Jo 4,7-10).O sacerdote é dom porque o seu ministério sacerdotal, desdobrado em conduta, serviços, vivências e posturas, é manifestação e concretização deste amor. O Padre, homem escolhido entre homens e constituído em favor de todos, é discípulo missionário servidor do povo de Deus. E sustentado pela contínua busca da santidade de vida, é facilitador desse indispensável e inadiável encontro pessoal com o Cristo vivo, levando todos ao reconhecimento e à sabedoria de pautar a sua vida tendo Deus como seu centro e fonte inesgotável do seu sentido. O sacerdote, por isso mesmo, faz anteceder às suas muitas tarefas no labor de cada dia a serviço do povo, anunciando o Evangelho, o cuidado e o compromisso com a condição do seu ser. É a santidade de vida que alavanca, fecunda e torna exitoso o serviço prestado na condição própria de sacerdote.Um olhar atento e sincero deve ser lançado sobre a presença e vivência sacerdotal neste momento da vida da Igreja e de sua missão no coração do mundo. Não deixando de considerar e tomar providências quantos aos descompassos de vidas e condutas sacerdotais questionáveis, é preciso reconhecer a magnitude, em quantidade e extensão, do serviço de padres na vida de famílias, de pessoas, de grupos, dos pobres, na cultura e na congregação das comunidades de fé. Fazendo deste serviço uma escola de amor, longe do modelo de mercado religioso de milagres e curas. Um compromisso empenhado para ser e fazer de todos discípulos pela escuta da Palavra de Deus, interpelando vidas e condutas, e pela vivência dos sacramentos como fonte amorosa da graça de Deus que transforma e sustenta. O sacerdote, pois, não é um mero delegado na comunidade, mas um dom para ela, pela unção do Espírito Santo e por sua especial união com Cristo. Na cultura atual, o padre é chamado a conhecê-la profundamente, conduzindo todos, como facilitador, para beber na fonte do mistério do amor de Deus, pela Palavra e pelos Sacramentos. O sacerdote está empenhado no caminho missionário da Igreja como “advogada da justiça e defensora dos pobres”, assim afirma o Papa Emérito Bento XVI. O mundo precisa de sacerdotes. A Igreja, no conjunto amplo de sua missão a serviço da vida, orando e refletindo, empenha-se e se compromete com a qualificação permanente dos seus sacerdotes fazendo deles verdadeiro dom na vida do mundo, um servidor indispensável.






OS RETIROS ESPIRITUAIS PARA SACERDOTES DIOCESANOS DO BRASIL E DO MUNDO PROMOVIDOS PELO SHALOM EM FORTALEZA-CE





O carisma Shalom tem se tornado um caminho concreto de decisão pela santidade para muitos sacerdotes! “Aproximando-se da Comunidade, esses padres entusiasmam-se por encontrarem um ambiente fraterno, em que eles podem ser família. Nosso caminho de oração profunda e carismática tem revigorado o ânimo deles. Encontram a força da parresia se renovam no ardor de anunciar o Evangelho”, afirma Jonci Ferreira, missionária da Comunidade de Vida Shalom e secretária do Setor dos Sacerdotes e Seminaristas da Comunidade, que organiza o evento. A experiência do retiro tem gerado nos sacerdotes uma vida de oração mais intensa e profunda, além da alegria da vida fraterna e o entusiasmo de retornar as suas paróquias e exercer seu ministério.O número de participantes que aumentou consideravelmente e a credibilidade, foram algumas conquistas alcançadas nestes cinco anos de experiência no revigoramento espiritual e apostólico na vida dos sacerdotes.“Para nós, é cada vez mais claro, que Deus tem uma graça para ser derramada na vida dos padres por meio do carisma Shalom, e o retiro, tem sido essa grande manifestação do cuidado, ternura e amor do Pai”, diz Jonci Ferreira, missionária da Comunidade de Vida Shalom e secretária do Setor dos Sacerdotes e Seminaristas da Comunidade, que organiza o evento.






TESTEMUNHO DE PARTICIPANTE: padre Anderson Lodônio













Feliz e muito grato a Deus por ter participando pela primeira vez do retiro, padre Anderson Lodônio, paulista da Diocese de Santo Amaro, conta que em sua história de vida, o desejo pela igreja nasceu com o carisma Shalom. "Minha experiência primeira foi no Halleluya, eu vim para o Fortal (carnaval fora de época) em Fortaleza, errei o caminho e caí no Parque do Cocó, onde na época se realizava o evento. Lembro que Jesus estava exposto e a Emmir Nogueira conduzia uma oração (não sabia quem ela era), junto com o cantor Walmir Alencar. Ali aconteceu meu verdadeiro carnaval! Hoje entendo que eu acertei o caminho. De abadá no meio da multidão, percebi que Deus estava fazendo uma grande obra em meu coração. Retornando para São Paulo, procurei os sacramentos, fiz primeira eucaristia e o crisma. Entrei na Comunidade Shalom, porém no noviciado percebi que Deus tinha um outro propósito em minha vida. Fui trabalhar em uma TV católica e lá senti o chamado ao sacerdócio. Me ordenei dia 04 de dezembro de 2010”.Para Pe. Anderson esse retiro foi o ressuscitar de seu sacerdócio, pois tinha perdido a dimensão mais importante da vida religiosa que é a oração. "Eu estava sendo um funcionário da Igreja, eu não estava fazendo o que eu precisava ser, o padre, eu estava fazendo as coisas de padre”, confessa. Deus também o levou a matar a saudade do carisma Shalom,e recordar as raízes do primeiro amor. "Depois deste retiro, acho que os paroquianos que vão ganhar”.





Padre Marcio Antonio Lavratti, da Diocese de Novo Hamburgo no Rio Grande do Sul, também fez o retiro pela primeira vez!















Durante sua caminhada vocacional, ainda seminarista contou com o auxílio da Comunidade Shalom para fortalecer a sua decisão ao sacerdócio. Com vária atividades na paróquia, padre Marcio foi percebendo que estava escolhendo as coisas de Deus e não o próprio Deus, “justamente nesse momento, com uma vida de oração a desejar, Deus se utiliza deste retiro para renovar o meu sacerdócio”.Com a vontade de serem cada dia mais amigos de Deus, tanto padre Anderson como Padre Marcio, confirmaram o desejo de próximo ano, além de participarem novamente do retiro dos sacerdotes, convidar outros amigos padres, para assim todos possam ter uma vida sacerdotal renovada segundo o carisma Shalom. Misericordiar para ser misericordiado. O Caminho da Paz, proposto pela Comunidade, leva a uma profunda experiência renovada com o Ressuscitado que passou pela Cruz. Com isso, o padre entra em uma obra interior constante da ação da graça de Deus por meio de uma vida de oração profundaA Igreja tem recebido uma onda de graças vindas do Espírito Santo que são os novos Carismas que surgiram depois do Concílio Vaticano II. Os papas têm dado o seu reconhecimento explícito a esse Kayrós. João Paulo II chamava os Novos Movimentos Eclesiais e as Novas Comunidades de “Primavera da Igreja”[1]. Papa Bento XVI confirmou essa visão papal no Pentecostes de 2006. No mês de junho deste ano foi a vez do Papado de Francisco dar mais uma palavra de ânimo e reconhecimento a essas novas realidades eclesiais.















De fato, foi no último mês de junho que, por meio da Congregação da Doutrina da Fé, o papa encaminhou a todo o povo de Deus o Documento Iuvenescit ecclesia (Rejuvenesce Igreja). Por ocasião da publicação, acontecia em Roma a assembleia plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, que é o dicastério da Santa Sé que cuida dos Novos Movimentos e das Novas Comunidades e que trata de custodiar e aprovar esses novos carismas. Que a publicação tenha coincidido com essa assembleia é mais um sinal de que esse apoio e reenvio do papa a essas realidades eclesiais fosse como que entregue em mãos aos seus dirigentes.Para a dimensão formativa da Comunidade Católica Shalom que trabalha com a formação dos sacerdotes foi gratificante ver como esse novo documento ressalta o benefício que essas novas realidades sacerdotais têm trazido para os padres. Podemos ler, então, no parágrafo 22, letra B do documento: “Também os ministros ordenados, na participação numa realidade carismática, poderão encontrar, tanto um apelo ao sentido do próprio Baptismo, com o qual se tornaram filhos de Deus, quer à sua vocação e missão específica. Um fiel ordenado poderá encontrar, numa determinada agregação eclesial, força e ajuda para viver a fundo o que lhe é pedido pelo seu ministério específico, quer perante todo o Povo de Deus, e em particular a porção que lhe está confiada, quer no que diz respeito à obediência sincera devida ao próprio Ordinário[102].” (FRANCISCO, 2016, P.18).Como Comunidade Shalom, temos podido testemunhar que o transbordamento desse tempo de graça na Igreja para a vida dos sacerdotes tem sido bem real. Esse texto do documento que, para o leitor distraído, poderia soar somente como palavras de incentivo, traz conceitos importantes.De fato, por meio desses carismas os sacerdotes têm redescoberto uma forma concreta de ser Igreja em perfeita harmonia com os leigos.O conceito de fundo para essa vida harmônica está na redescoberta do batismo, conforme citado no trecho, como o sacramento que inaugura o ser Igreja. Não por coincidência, mas dentro dessa leitura correta acerca dos sacramentos, o papa Francisco usava as seguintes palavras no seu encontro com os participantes da Assembleia do Pontifício Conselho para os Leigos: “Na igreja se entra pelo batismo, não pela ordenação sacerdotal ou episcopal, se entra pelo Batismo. E todos entramos através dessa porta. ”A revalorização dessa origem comum de todos os membros da Igreja inaugura para o leigo um novo protagonismo missionário e para o padre um tempo em que ele não tem mais que estar só na missão nem precisa mais se sentir apartado do resto da Igreja. De fato, foi o clericalismo que isolou o padre em um púlpito. Deu a este líder uma postura autoritarista que o isolou do corpo eclesial e o deixou só na sua vida missionária, na dimensão comunitária da vida cristã e na sua espiritualidade.







Irmãos entre os irmãos





Já o concílio Vaticano II convidava o clero a uma nova postura que os livrava desse isolamento. O Documento Presbyterorum Ordinis convidava os sacerdotes a viverem como “irmãos entre os irmãos”:





“9. Embora os sacerdotes do Novo Testamento, em virtude do sacramento da Ordem, exerçam no Povo e para o Povo de Deus o múnus de pais e mestres, contudo, juntamente com os fiéis, são discípulos do Senhor, feitos participantes do seu reino pela graça de Deus que nos chama (50), Regenerados com todos na fonte do Baptismo, os presbíteros são irmãos entre os irmãos (51), membros dum só e mesmo corpo de Cristo cuja edificação a todos pertence (52)”.[2] (PAULO VI, 1965, p. 4).



Esse convite do Concílio o vemos encarnado de forma concreta nos Movimentos Eclesiais e nas Novas Comunidades. Podemos testemunhar que na Comunidade Católica Shalom os sacerdotes experimentam a grande alegria de viverem uma vida comunitária junto com os leigos. No nosso meio, também o apostolado do sacerdote não é apartado da ação missionária do leigo, mas juntos, cada qual com a sua contribuição específica segundo o seu estado de vida, pode contribuir de forma concreta para o anúncio do Reino. Na Comunidade Shalom o sacerdote também não vive uma espiritualidade separada, mas participa do mesmo Carisma que une a todos em uma só graça de oração.Diante da graça desse Carisma Shalom que une em uma só família todos os estados de vida da Igreja e a partir desse testemunho de comunhão, muitos sacerdotes têm se aproximado da comunidade para participar desse Carisma por meio da Obra Shalom[3]. Como descrito na citação acima da Iuvenescit Ecclecia, 22b, esses sacerdotes têm encontrado “força e ajuda para viver a fundo o que lhe é pedido pelo seu ministério específico”. Temos tido a experiência concreta, então, de proporcionarmos para a vida sacerdotal da Igreja, seja com os presbíteros de dentro da comunidade, seja com os que se aproximam da Obra Shalom, uma via concreta de ser Igreja. Nesse caminho eclesial, os padres encontram uma família espiritual de maneira que eles não são segregados de todo o povo de Deus por serem padres, pois vivem como irmãos, entre os irmãos.Esses padres encontram nesse carisma uma via espiritual profunda. De fato, o Caminho da Paz, proposto pela Comunidade, leva a uma profunda experiência renovada com o Ressuscitado que passou pela Cruz. Com isso, o padre entra em uma obra interior constante de ação da graça de Deus por meio de uma vida de oração profunda.Por fim, partindo da fonte que é a contemplação, vivendo essa vida de unidade com os irmãos, os sacerdotes sentem-se reenviados para a evangelização. Esse renovado envio missionário,gera sacerdotes cheios de entusiasmo pela missão que, no poder do Espírito, vão em busca da ovelha perdida e realizam o ideal de uma Igreja em Saída.














Referências:






[1] “Experimentamos o clima do Pentecostes, que tornou quase visível a fecundidade inexaurível do Espírito na Igreja. Movimentos e novas Comunidades, expressões providenciais da nova primavera suscitada pelo Espírito com o Concílio Vaticano II, constituem um anúncio do poder do amor de Deus que, superando divisões e barreiras de todo o género, renova a face da terra, para construir nela a civilização do amor.” – Trecho da Homilia de São João Paulo II na solenidade de Pentecostes de 1998.



[2] Cf. VI,PAULO. Presbyterorum Ordinis. Decreto sobre o ministério e a vida dos sacerdotes. Vaticano, 1965, p.4.



[3] Obra Shalom é a porção do Povo de Deus que se identifica com esse Carisma e cresce em sua vida cristã missionária apoiando-se nessa graça específica do Espírito. Quem é parte dessa Obra, pode ou não ser membro consagrado da Comunidade Católica Shalom.






Padre Denys Lima - Missionário da Comunidade de Vida Shalom / responsável pelo Setor de Sacerdotes e Seminaristas da Comunidade Shalom





Dê este presente ao seu pároco! 






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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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