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Gustavo Tanaka: “Não está na hora de parar de culpar o Capitalismo por tudo e aceitar que a culpa é nossa?"

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 17 de junho de 2016 | 10:55



(foto reprodução - You Tube)






A cada dia surge um novo herói das massas e dos oprimidos para nos tacar na cara como o capitalismo não funciona, como esse mundo é doente, e como caminhos para o inevitável apocalipse. Da esquerda vêm os heróis da pátria, sempre com a mesma ideia de “eu sou o caminho, a verdade e a luz”, portanto sigam-me que eu tenho a solução. Falham miseravelmente, e sempre. A esquerda é uma piada superada. Ok, nenhuma surpresa até aqui. Acontece que essa manhã me chegou o texto de um Gustavo Tanaka (cidadão que, talvez por completa ignorância, eu desconheço), refletindo sobre como devemos assumir que o capitalismo realmente não funcionou, e que, portanto, devemos repensar um novo sistema para mundo. Tanaka, aliás, para o espanto de todos, assumiu-se um NÃO esquerdista!? E foi isso, talvez, que lhe fez chover aplausos. É como quando um negro critica o sistema de cotas: “viu? Eles próprios acham isso uma imbecilidade!” Aliás, só pode realmente ser esse o sucesso dos aplausos, pois a qualidade do conteúdo do texto, além de ser um maçante “mais do mesmo”, é de questionabilidade absoluta. 






Tanaka listou oito pontos essenciais, os quais ele acredita serem o alicerce da falência do sistema capitalista (e eu sigo seu encalço, respondendo a cada um!) -  Vamos lá:






1)- Esgotamento de recursos






Sistemas capitalistas inescrupulosos estão sim poluindo rios e lagos, queimando a Amazônia, etc. Sem entrar no mérito de que estes argumentos me soam como uma princesa Disney em seu discurso de formatura da oitava série, mas enfim. Pergunta que não quer calar: O capitalismo é o culpado disto tudo ?, estas mesma mazelas não acontecem em solos e naturezas Socialistas? Errado, cara pálida!!!O homem vem poluindo rios e destruindo florestas desde quando (infelizmente) ele surgiu nesse pequeno planeta azul. Por todos os sistemas pelos quais passou, da caverna aos foguetes, o homem destruiu, poluiu e consumiu a Terra! Hoje, no entanto, o mundo tem muito mais gente, e os efeitos são, é claro, muito mais devastadores. Por outro lado, se hoje nos espantamos com isso (a ponto de escrever textos medíocres dizendo que “o mundo está cinza”), esse é um motivo de comemoração! Há cem anos ninguém nem se importava com isso. É o homem que é insustentável, não o seu sistema. Qualquer que seja ele Capitalista ou Comunista! A evolução tecnológica proporcionada pelo mundo atual é a maior responsável e única aliada REAL na luta pela sustentabilidade do mundo. 












O Capitalismo não é o mesmo monstrão único de há trocentos anos!






Ele já foi comercial, mercantil, industrial, financeiro, e agora caminha para mais uma mudança, de moral, de pensamento, de atitudes, mas isso não é graças a nenhum outro sistema ou benfeitor de pseudo iluminados de escritórios a pensar por nós e pelo mundo, que surja dizendo “pobre de nós, vamos pensar logo uma solução para o mundo”. Não! O capitalismo está mudando porque as pessoas estão mudando , e  estão até mesmo se espantando com a poluição na Terra.Mas principalmente porque o Capitalismo é um sistema que permite ser mudado, alterado, renovado, e desmantelado em sua essência para dar espaço, naturalmente a algo novo, mas sem perder a sua essência: a liberdade, ao contrário do dogmatismo pesudo científico do Comunismo. Então não venham, por favor, querer “criar” um sistema novo. Apenas SEJA o sistema que você quer ver! A natureza agradece.





2)- Desconexão com a natureza







Aqui o autor diz “não ensinamos a plantar tomates, mas sim a passar no vestibular”. E a culpa é do capitalismo? O vestibular é uma intervenção do Estado para colocar os mais aptos (afinal é para os piores?) dentro das poucas vagas de ensino que ele possui, pois é incapaz de suprir toda a demanda...O capitalismo incentiva o empreendedorismo. Você não precisa de vestibular se for bom e empreendedor o suficiente par começar seu próprio negócio. O autor cita que precisamos voltar ao contato com a natureza. E eu concordo. Não queremos todos acabar como os humanos de Wall-E, embora eu já esteja bem próximo. O que não podemos esquecer é que, embora milhões passem fome nos dias de hoje, bilhões passariam ainda mais caso não houvéssemos industrializado a produção de alimentos! Dito isto, eu preciso perguntar: de qual exemplo capitalista vem a informação de que “ninguém mais sabe plantar tomate”. Se você falar dos EUA, eu vou concordar, muito embora o meio oeste e o sul daquele país seja tão caipira e rico de cultura agrícola quanto nosso interior (talvez mais), entendo que o capitalismo que vem de lá, é o pior dos capitalismos. Não por acaso, justamente aquele no qual a gente se espelha.Mas vamos nos dar ao trabalho de dar uma olhadinha em países que deixam os ianques no chinelo. Países evoluídos de verdade, onde, NESTE MOMENTO, está sendo construído o capitalismo que vai reger nossa vida no futuro. (Veja bem, eu digo CONSTRUÍDO, e não discutido em facebook para saber se Stalin matou mais que Hitler ou não).Na Escandinávia, em alguns locais, propostas como bairros inteiros onde as pessoa mantém hortas em seus quintais, e trocam produtos entre vizinhos, são uma realidade. Conheçam a aposta de Malmö, conheçam a B-samfundet, conheçam os ZEBs da Noruega.Tudo capitalista, tudo rentável, tudo livre, tudo de bem com o mundo e com as pessoas.Falar de capitalismo citando apenas um exemplo (talvez o pior deles, mas confesso que também, quer queiramos ou não, o maior) é mais fácil do que pesquisar o panorama geral. É preciso estudar a vanguarda, ver o que estar por vir e não o que já não funcionou e está fadado ao fim próximo.






3)- A condição bizarra que alçamos na economia















“O Deus mercado”. Não é raro ouvir esse termo, e o autor tem razão: a economia é um monstro do qual não podemos escapar. E não podemos mesmo, é impossível, nem tente, pois a “economia”, à qual se refere o autor, é, nada mais que a MATEMÁTICA. Uma coisa é certa: 2 + 2 vão ser eternamente quatro! Não importa o quanto você tente dar um jeitinho, o quanto crie leis, o quanto empurre pra lá ou pra cá, o quanto tente fazer as coisas por paixão. A matemática é e sempre será fria. Se nos preocupamos com uma boa economia é porque sabemos que quando os números não vão bem, fatalmente serão refletidos em cada um. Todos conversamos diariamente SIM, a respeito da chuva e do calor, aliás, o “clima/tempo” ocupa o mesmo tempo (senão mais) nos noticiários televisivos de horário nobre, quanto a parte de economia, que muitas vezes é empurrada apenas para os jornais da meia noite. Conversamos o tempo todo sobre chuva e sol. Isso se chama small talk, quebra gelo, conversa de ponto de ônibus. A todo momento falando se amanhã chove ou não, muito embora pouco (ou quase nada) possamos fazer a respeito. Já a economia, ela está sob nosso controle. Os números que mexemos aqui ou acolá determinam onde ela vai parar, mas não há como esperar que somando 2 + 2 obtenhamos 17.Tememos a economia, mais uma vez, porque tememos a nossa própria estupidez, e a das pessoas que estão em seu controle. O erro não é do sistema, é do indivíduo.






4)- Uma sociedade de escravos do sistema (qual sistema?)











“Quantas pessoas você conhece que gostariam de fazer algo diferente das suas vidas, mas não fazem porque tem que pagar as contas no final do mês?”(o autor começa com essa frase).MUITAS! Eu respondo na lata. Eu inclusive! Mas quantas, apesar das contas ao final do mês, não deram conta de trilhar exatamente o caminho de seus sonhos? Eu já estou cansado de me afogar em uma enxurrada diária de postagens e notícias de pessoas que simplesmente “largaram tudo” e foram viver viajando, ou ficaram milionárias vendendo aquilo que gostavam de fazer. Essa coisa de largar o emprego e empreender. Ou mesmo aquelas pessoas que vivem de seus trampo das coisas que a natureza dá. Se você se preocupa em pagar as contas ao final do mês, EXISTE UM CAMINHO, que muitas vezes pode atrasar um pouco os sonhos daqueles que não tem força de vontade suficiente para persegui-lo, MAS também partirá de você a determinação de não se importar com as contas ao final de mês, de viver do que bem entende, de seguir seu rumo e abandonar o sistema. Sim, é possível, muito embora o sistema ofereça coisas atraentes. O capitalismo pode até falhar ao tentar nos mostrar que somos presos a um sistema, mas falha ainda mais aquele que acredita nisso.






5)- A meritocracia não é um modelo justo... (?)
















Em primeiro lugar, o autor precisa entender que meritocracia é uma coisa, capitalismo é outra! 






Capitalismo é simplesmente a liberdade de mercado. Não tem absolutamente NADA a ver com meritocracia, embora muitas vezes os dois termos possuam defensores em comum. Prosseguindo, meritocracia não é plenamente justa mesmo. Nem tente discordar disso. Mas, no entanto, faz todo o sentido sim! O fortíssimo argumento de que as pessoas não estão no mesmo patamar para disputar uma corrida, é certo. As pessoas não são iguais e têm origens diferentes, com problemas diferentes. A grande questão é que isso jamais vai mudar, independente se dentro do Capitalismo, ou Comunismo. Houve apenas um momento na história humana onde as pessoas eram iguais, com origens iguais e problemas iguais, e esse momento foi na largada. No exato momento em que o primeiro macaco desceu de uma árvore e decidiu que iria caminhar sobre duas patas. A partir daí foi cada um por si na luta pela sobrevivência, coisa que o próprio Charles Darwin, tão amado e querido pelos esquerdistas e progressistas, afirma isto na sua famosa teoria da evolução das espécies como algo plenamente natural. Algumas conquistas duram por gerações e nós não podemos tirar do indivíduo o direito de transmitir seus ganhos para quem ele bem quiser. A hereditariedade é um direito inato tal qual Sófocles citou em Antígona a respeito do enterro. Que sentido existiria em conquistar algo para sua existência, se este algo não pudesse ser transmitido para seus descendentes? E que culpa possuem esses descendentes por terem recebido algo pelo qual lutou seu antepassado, afinal não é assim que caminha a humanidade em seus saltos evoluitivos?













A corrida humana não para nunca, e para ZERAR tudo novamente, será preciso resetar o mundo. Matar a todos e deixar por aí somente um Adão e uma Eva? É lógico que em poucas gerações, tudo estará uma bagunça novamente, e surgirão novos oprimidos urgindo por igualdade. A igualdade é possível, mas em direito, não em fato. Se quisermos trazer à tona a igualdade de direito, devemos nos conformar com a extinção da liberdade.Tão logo os homens são livre, tão logo são desiguais.Por outro lado, parte também da liberdade humana, o entendimento, bom senso e sensibilidade para compreender sua própria vantagem por sobre os outros, pois, se ele não teve culpa de seus privilégios, tampouco teve o outro, culpa por seus infortúnios.A compaixão está liberada e é instituto primordial do capitalismo, muito embora, as vezes, possa parecer que não. 







(até Marx defendia a Meritocracia)





Liberdade e compaixão caminham juntos. Se algo me é tomado para dar aos outros, nenhuma compaixão existiu. Lembro-me de Renato Russo: Disciplina é liberdade, compaixão é fortaleza. Nossa maior força é a compaixão. Disciplinemo-nos, como fazem aqueles países da vanguarda capitalista, para melhorar a disparidade desta “corrida”, através da liberdade, e jamais da imposição.







6)- Uma sociedade que não valoriza a arte... (mas,qual tipo de arte não é valorizada?)






Preciso copiar mais um trecho: “É mais importante ser produtivo que ser criativo! Uma pessoa que sabe vender é mais útil que uma que sabe criar. Alguém que obedece as regras consegue mais oportunidades que alguém que tem o pensamento disruptivo.”






Mentira deslavada! Em um mundo tão competitivo, ser criativo nunca esteve tão em alta. O próprio empreendedorismo, instituto que é fruto do capitalismo, é a maior das provas de quem inova se dá bem. Concordo, no entanto, que a arte está na berlinda. Mas ainda culpo a sociedade e não o sistema. Culpo as pessoas. Caso a arte fosse objeto de preferência, caso as pessoas REALMENTE se importassem com arte, ela seria a coqueluche do mercado, e os artistas (os verdadeiros), seu grandes magnatas.Não podemos (nem devemos) impor aos outros o que devem ou não gostar. Mas caso todos tivessem amplo desejo em consumir arte, ela seria o novo petróleo.O problema é que são as pessoas que não se importam e não o sistema. O sistema é extremamente lógico, ele não tem paixões ou predileções, somente funciona, somente é o que é. E a falha não é, MAIS UMA VEZ, do capitalismo. É sua! O “hate the game, not the player” (odeio o jogo, não o jogador) - não funciona para o capitalismo!  Aqui, a falha é do player mesmo! Pode "hatear"  (odiar) a vontade!







7)- Nunca é suficiente! - (e já atingimos a perfeição?)






Aqui sem querer, o autor, tocou numa questão transcendental, que é a nossa sede de infinito, que todos nós trazemos e que nunca e jamais será suprida plenamente, seja lá em qual regime for! Mas aqui creio que a  crítica é a como as empresas precisam estar sempre em crescimento. E elas realmente precisam. Afinal, existem mais pessoas a cada dia, mais consumidores a cada dia. Volto ao primeiro tópico: o que faz o mundo não ser sustentável é o ser humano. Ou matamos um monte de pessoas como nos regimes Comunistas de uma vez para dar uma aliviada na mãe Gaia, ou impedimos que novas pessoas nasçam, como é feito também na China Comunista. Sinto dizer-lhe, mas a tendência deste estado de coisas, independente do regime se capitalista ou Comunista, sem querer ser pessimista, mas realista, é piorar! Se minha empresa vende para 10 pessoas hoje, ela sem dúvida tem possibilidade de vender para 11 amanhã. A culpa é da biologia, não do capitalismo! Podemos nos resguardar cada vez mais e passar a consumir cada vez menos. Ótimo! Mas o crescimento não vai parar nem assim, e muito possivelmente corremos o risco de no futuro estarmos consumindo nossos próprios dejetos como alternativa auto sustentável? Não! Eu ainda prefiro acreditar no novo homem que vem surgindo, aliado ao mercado livre e globalizado, à tecnologia de ponta e ao espírito empreendedor que lhe fará criar alternativas para um mundo novo, absolutamente sustentável e, por que não, rentável.Se sua cabeça vive no futuro e você sente dificuldade de se concentrar no presente por estar sempre em busca de mais, mais uma vez, o fraco é você. Policie-se e seja feliz, ou então largue tudo e seja feliz assim também! Se só te dão limões, faça uma limonada! O Capitalismo nos permite isto ao Contrário do Comunismo!







8)- Vida sem equilíbrio






Talvez seja esta a parte onde eu mais concordo! Vivemos um mundo sem equilíbrio! Nos alimentamos mal, dormimos mal, não temos tempo para quem amamos. Para que viver, afinal, se viver é apenas viver assim? Mais uma vez (cansei de tantos “mais uma vez”) eu sigo dizendo: analisemos a vanguarda do capitalismo! Analisemos as maiores empresas, como Google, como Facebook, etc, onde as pessoas sentem desejo de trabalhar. Analisemos as pequenas agências das capitais, as grandes agências do mundo, os escritórios mais modernos. O cenário é bem distante deste “Tempos Modernos” chapliniano que o autor descreve. Bem longe da Metropolis de Fritz Lang, de 1927.






O cenário é bom...






Concordo com o lixo das cabeças atrasadas e ainda atreladas a um capitalismo que não mais existe, mas sei que minha realidade periférica não pode me impedir de vislumbrar o brilhantismo que tencionamos atingir se buscarmos apenas UMA mudança: A nossa! O capitalismo não precisa acabar, ele só vai mudar, como até hoje mudou.Com o perdão do trocadilho financeiro, mas o capitalismo é um cheque em branco, somos nós que decidimos seu valor e como usar. E se nós estamos mudando, ele, inevitavelmente, também está.Posso não ter o gabarito daquele autor, para cobrar 380 reais por palestras que costumo ministrar sem custo (mas cada um capitaliza aquilo que quiser, certo?), porém finalizo com algo que acredito poder ensinar: Aprendamos de uma vez por todas: o capitalismo é um modelo pautado na filosofia da plena liberdade DE SER. Entretanto, estúpidos como somos, o confundimos e creditamos a ele a plena e medíocre liberdade DE TER. Desse modo, se consideramos que o capitalismo falhou, na verdade, quem falhou, miseravelmente, foi você, ou nós.Jamais se esqueça, o capitalismo lhe permite tudo, até mesmo não ser capitalista! E muitas vezes capitalizar dinheiro com isso, como faz o cidadão Gustavo Tanaka.













Criticar e demonizar o capitalismo se tornou para muitos um "exercício irracional" diário (e também, meio de vida lucrativo!)














Gostar do capitalismo é ser concentrador de renda, malvado, insensível. É tirar o sorvete da menina, bater na velhinha ou matar de fome as pobres e famintas crianças africanas. A palavra maniqueísmo é a que melhor representa 99% das discussões sobre o assunto.  “Capitalismo malvado!”, “Capitalismo Tirano!”, “Imperialismo!”. Tente ir contra e logo será chamado de Fascista Nojento ou Puxa-saco dos Estados Unidos. Se você for pobre então e mesmo assim não acha que o Capitalismo é a reencarnação de Judas, automaticamente se torna um traidor do movimento ou um pobre iludido, sem personalidade. As correntes mais comuns atualmente são as pró-comunismo. Diga que nenhum sistema baseado no comunismo deu certo e logo dirão que não aplicaram a coisa direito. União Soviética? Nhá! Stalin estragou tudo... Cuba? Cuba é um paraíso tropical, que isso... China? Ela abriu as pernas pro Tio Sam, etc e coisa e tal.Muitos propõem a migração para outro sistema, mas complicado mesmo é apontar para qual? Do jeito que alguns falam, até parece que é só trocar Windows por Linux. A verdade é que o comunismo teve sua vez e se mostrou ineficaz. Os exemplos remanescentes são de dar pena.Ao invés de sair por aí gritando e exigindo um mundo melhor, com nuvens de algodão doce e rios feitos de Nescau, considero muito mais produtivo discutir reformas. A história da humanidade mostra que revoluções no âmbito das economias tendem a ser, mais do que qualquer outra coisa, desastrosas. Claro que também há aqueles, um pouco mais moderados (ou menos radicais) que falam de uma revolução gradativa. Não sei se isso existe, mas, a questão aqui é que acredito piamente que o "sistema capitalista mais humanizado" é melhor do que qualquer outro que já tenha sido tentado, levanto em conta, obviamente, o nosso contexto. Ele possui inúmeras falhas, sim, mas nada é perfeito.






Nesse ponto sou obrigado a concordar com as seguintes frases de Winston Churchill:





"O vício inerente ao capitalismo é a distribuição desigual de benesses; o do socialismo é a distribuição por igual das misérias."





"A democracia é a pior forma de governo, salvo todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos".






Voltemos então às reformas: não precisamos nos acomodar com os males do capitalismo, com suas falhas, e deixar por isso mesmo. E, aliás, não deixamos. Reformas é o que mais fazemos, exatamente por não se tratar de um modelo estático e imutável. Desde 1929, data da maior crise econômica já vista, inúmeras reformas foram adotadas. E estamos aí, firmes e fortes, e olha que Estados Unidos e Europa ainda não se recuperaram da crise que teve seu início em 2008, o que parece uma ironia, considerando o que eu acabei de dizer. Aí está outra diferença fundamental entre Capitalismo e Socialismo.O modelo atualmente predominante passa por essas crises e sai delas fortalecido e aprimorado. No Socialismo qualquer leve intempérie era motivo para o fim do mundo. Não podemos nos esquecer de que já passamos por algo em torno de 46 grandes crises e que cada uma delas resultou no aprimoramento do sistema ou ao menos numa adaptação necessária apara a superação da crise.Ou seja, o capitalismo e a democracia se adaptam e se fortalecem, enquanto o comunismo, quando sofre um tremor, desfragmenta-se.







Gritam os Socialistas: "Nunca houve tanta miséria como agora!" - será mesmo?






Estatisticamente falando: a miséria, a expectativa de vida, a participação social e demais aspectos melhoraram imensamente. Não faz sentido analisar unicamente a partir de um raciocínio unicamente quantitativo, é preciso contextualizar-se. Seis décadas atrás aproximadamente três bilhões (um pouco menos) de pessoas andavam sobre a terra, hoje, quase sete bilhões. Os números mudaram e poderíamos dizer que hoje mais pessoas morrem em comparação com o ano de 1950, mas afirmar isso desconsiderando a alteração na quantidade de habitantes seria um ato de parcialidade manipulativa e leviana. Proporcionalmente falando, hoje a miséria é muito menor do que era antes, em termos proporcionais de habitantes do passado e presente. As possibilidades de ascender da pobreza a uma melhor condição de vida hoje é insuperavelmente maior que no passado. Os miseravelmente pobres de hoje estão em uma condição muito melhor que no passado, hoje apenas a pobreza ficou mais evidente em virtude dos meios de comunicações, coisa que não existia antes. Não querendo com isto justiçar o atual estado de coisas, pois sempre podemos melhorar, sem necessidades de impor as mudanças a forças de armas e ditaduras seja de direita ou esquerda. Em suma, o capitalismo é melhor ou pelo menos mais eficiente, pragmaticamente falando, considerando o momento histórico em que vivemos. Por mais conservador que possa parecer, essa é a verdade. As mentes mais românticas e idealizadoras tendem a discordar. Nada mais compreensível. Não precisamos e não devemos nos submeter a tudo a que nos impõe, não precisamos aceitar tudo de cabeça baixa, mas, por favor, sejamos mais racionais e críticos.






Utopia no Comunismo e pragmatismo no Capitalismo






O Capitalismo e o Comunismo são formas antagônicas de organizar sistemas produtivos e, assim sendo, o convívio em sociedade. Ao longo do tempo, houve - e ainda há - uma guerra para definir qual sistema é mais eficiente. O fato é que esta guerra não é apenas ideológica, mas prática, mexendo com a vida de milhões de pessoas, causando mortes, barbáries e atrocidades. Sendo assim, vamos retroceder um pouco no tempo e entender o surgimento dos sistemas (minha intenção aqui é dar apenas uma introdução ao tema central e não uma explicação aprofundada dos sistemas), tal como algumas de suas diferenças. Com o colapso do Império Romano do ocidente, os nobres se mudam para o campo onde tinham propriedades rurais e estabelecem sistemas chamados Feudos. Surge assim, o Feudalismo, e a era apelidada de Idade Média.O Feudalismo era um sistema não-natural, pois era mantido a força, uma vez que os senhores feudais possuíam servos que trabalhavam a força, totalmente desprovidos de liberdade.Com o colapso do sistema feudal, devido a diversos fatores como a peste negra, o aumento da circulação de moeda e o crescimento das classes comerciantes nos burgos (daí o nome de burguesia), começa a surgir, de forma natural, um sistema que seria chamado, futuramente, de Capitalismo (por Marx).






Por que o "sistema capitalista surge de forma natural?"














A essência do Capitalismo é a troca voluntária. Com o passar do tempo, o homem percebe que produzir o que irá consumir garante a si, no máximo, sua subsistência. Não precisou de força ou imposição para que o homem percebesse este fato, ele nota que a troca é, naturalmente, benevolente, aumentando seu bem estar. A teoria que melhor nos demonstra essa constatação é a teoria do valor subjetivo. Obviamente, com o surgimento natural do Capitalismo, viria a aparecer teóricos que colocariam este, como teoria, no papel, mas a verdade é que as trocas são inerentes a natureza do ser humano, quase que um instinto. Isso explica o porque de que quando há liberdade, há trocas voluntárias entre os homens, e assim, há capitalismo e aumento do bem estar social.






E como surge o Comunismo?














Muitos acreditam que Karl Marx foi o primeiro a tocar no assunto. É verdade que Marx teorizou o comunismo da forma que o conhecemos, e ele foi o grande responsável por dar corpo a teoria, mas Platão, na Grécia antiga, já pregava que o governo ideal deveria extinguir a propriedade privada e os interesses individuais, colocando o interesse da comunidade e do coletivo em primeiro lugar. Com a revolução industrial que se deu na Inglaterra entre 1760 e 1860, e em alguns outros países da Europa entre 1860 e 1900, muda-se por completo a forma de produzir. Há assim um aumento das riquezas de forma geral, mas o trabalho nas indústrias, de início, era bastante sacrificante. Existem correntes que afirmam que, mesmo sob regimes árduos de trabalho, os operários aumentaram seu padrão de vida (não teremos como aprofundar aqui esse fato). Desde o surgimento da indústria, e com sua evolução, a sociedade como um todo tem enriquecido.No entanto, houve, já no começo do sistema industrial, um aumento da desigualdade social e reafirmação das classes sociais, fato que motivou Karl Marx de retomar a ideologia coletivista e elaborar uma teoria acerca desta questão.Marx prevê que, sob a forma de produção Capitalista, pautada no modelo industrial, a tendência era que, segundo ele, a “exploração” do burguês ao trabalhador, por ele denominado como proletariado, aumentaria cada vez mais, tal como a desigualdade das classes. Assim, formulou uma teoria complexa, contendo um enredo histórico complexo, aliás, uma história que poderíamos classificar como romântica e apaixonante. (Obviamente, não tenho a intenção de abordar o Socialismo e Comunismo de Marx de forma aprofundada. Abordarei apenas o importante para o prosseguimento deste artigo).Marx subdivide a história, basicamente, no bem (proletariado) e no mal (burguês). De início, como uma boa aventura romântica, o mal começa triunfante. O burguês quase que escraviza o proletário, e assim permanece, de forma cada vez pior. Em determinada etapa da história, há uma reviravolta. Há uma situação insustentável e o proletariado se rebela (La Revolución), e inicia assim uma luta de classes. O bem se une para derrotar o mal, o proletariado se junta, e toma o poder do Estado, instaurando assim a Ditadura do Proletariado, o Socialismo.O Socialismo é a preparação para o Comunismo, pois os proletariados, com posse do Estado, começam a confiscar os bens de produção a força, ou seja, inicia uma luta contra o mal. A luta de classes é o clímax da história, a parte mais empolgante, que mais inspira os comunistas dos tempos modernos, os revoltados com o sistema, porque ilustra o heroísmo dos bons, e a guerra contra o mal. Não é de se estranhar que, uma história tão romântica e bem elaborada atrairia tantos adeptos. Pois bem, quando o Socialismo cumpre seu papel, o de confiscar todos os bens de produção, o capital, o Estado se desfaz, os bens de produção são coletivizados, seus frutos também o são, e assim se instaura o Comunismo. O Comunismo, na história, ilustra a vitória dos bons, o “final feliz” (SQN).







Vamos sair da "estória" e retroceder a realidade!










A previsão de Marx para fundamentar a história era de que a desigualdade aumentaria cada vez mais, tal como a exploração. Na questão da desigualdade, há um amplo debate para apurar se esta aumentou de fato, ou se vem diminuindo, mas tal fato é o menos relevante da previsão de Marx. Há um erro de suma importância em sua previsão que fez com que essa história não se tornasse real: mesmo supondo maior desigualdade - embora pouco provável -, o nível de riqueza geral aumentou, e a “exploração” - no sentido Marxista -, vem reduzindo, tal como a qualidade de vida vem se elevando cada vez mais, e os trabalhadores trabalhando cada vez menos, graças ao avanço tecnológico movido cada vez mais freneticamente pela competição capitalista. O capitalismo só seria excludente e explorador, na medida em que o agente econômico só tivesse o que reclamar, e nunca o que oferecer. Tal situação é exceção para a maioria dos agentes econômicos, e não a regra. Já o capitalismo é justamente o sistema econômico mais sustentável, já que sua lógica interna é a do custo da escolha econômica recair sobre o agente que age e não sob terceiros, o que induz o agente a escolher de maneira racional como agir economicamente. É o Estado e o custo socializado da escolha econômica que gera, de maneira exponencial, a insustentabilidade do uso dos bens sociais.Com o avanço da tecnologia, houve aumento produtivo das nações, o que vem aumentando a riqueza real das pessoas através dos bens pessoais, e serviços públicos, previdenciários e trabalhistas.Somos cada vez mais produtivos, há cada vez mais bens à nossa disposição, há cada vez mais tecnologia para fazer o serviço pesado, a exemplo das máquinas de arado das lavouras, das máquinas industriais que substituíram o trabalho a mão, etc. E o melhor, nada disso tirou o trabalho e renda dos trabalhadores, pelo contrário, tem lhe aumentado a renda real, e a disponibilidade de bens.O meio ambiente tem sido amplamente pensado. Cada vez mais a tecnologia avança no sentido de causar menos agressão. As primeiras indústrias eram muito mais poluentes que as de hoje, estamos usamos menos produtos advindos da natureza, a exemplo, cadernos e arquivos, substituídos por arquivos virtuais, e por aí vai. E por que de todo esse avanço? Porque nos interessa, se dá de forma natural para atender nossas necessidades, assim como é natural o Capitalismo, e as trocas voluntárias.






É verdade que ainda existam países extremamente pobres...






Infelizmente Sim... Estamos tratando o Capitalismo como sistema natural, tal como o avanço do bem estar. Se esse avanço é natural, e por conseguinte gera riqueza, significa que quanto mais formos livres para executá-lo, ou seja, quanto menos o manipularmos, maior será o progresso. Isso nos remete a uma pergunta: é coincidência o fato de que os países mais ricos são os mais livres? Certamente que não. Quanto mais bloquearmos esse avanço natural, inerente de nossa natureza e vontade, através do cerceamento das liberdades, mais demoraremos à progredir. Coincidentemente, os países que adotaram o comunismo foram os que menos avançaram na riqueza e qualidade de vida de seus cidadãos , que são capazes de aventuras suicidas para fugirem destes regimes.







Deturparam Marx?







Acredito que sim, pois a teoria de Marx não teria como ser aplicada, mas os grandes tiranos, ditadores e estadistas viram aí uma oportunidade de usá-la em benefício próprio, e ainda a usam, uma vez havendo tantos apaixonados para apoia-la! Marx foi um bom teórico, mas um grande equivocado. Produziu uma arma usada até hoje. De propósito? Não, mas perigosa. Admirar o enredo da sua história é plausível, se apaixonar por ela é perigoso e mortal. Nossa verdadeira luta, leitores, é pela prosperidade, e pela LIBERDADE, chave do verdadeiro progresso.








Por que os intelectuais progressistas odeiam o capitalismo, mas querem todos os bonos do capitalismo?







“Por que os intelectuais sistematicamente odeiam o capitalismo?”  Foi essa pergunta que Bertrand de Jouvenel (1903-1987) fez a si próprio em seu artigo Os intelectuais europeus e o capitalismo. 






Esta postura, na realidade, sempre foi uma constante ao longo da história. Desde a Grécia antiga, os intelectuais mais distintos , começando por Sócrates, passando por Platão e incluindo o próprio Aristóteles, viam com receio e desconfiança tudo o que envolvia atividades mercantis, empresariais, artesanais ou comerciais. E, atualmente, não tenham nenhuma dúvida: desde atores e atrizes de cinema e televisão extremamente bem remunerados até intelectuais e escritores de renome mundial, que colocam seu labor criativo em obras literárias, todos são completamente contrários à economia de mercado e ao capitalismo.  Eles são contra o processo espontâneo e de interações voluntárias que ocorre de mercado.  Eles querem controlar o resultado destas interações.  Eles são socialistas.  Eles são de esquerda.  Por que é assim?Vocês, futuros empreendedores, têm de entender isso e já irem se acostumando.  Amanhã, quando estiverem no mercado, gerenciando suas próprias empresas, vocês sentirão uma incompreensão diária e contínua, um genuíno desprezo dirigido a vocês por toda a chamada intelligentsia, a elite intelectual, aquele grupo de intelectuais que formam uma vanguarda.  Todos estarão contra vocês. "Por que razão eles agem assim?", perguntou-se Bertrand de Jouvenel, que em seguida pôs-se a escrever um artigo explicando as razões pelas quais os intelectuais — no geral e salvo poucas e honrosas exceções — são sempre contrários ao processo de cooperação social que ocorre no mercado.






Eis as três razões básicas fornecidas por de Jouvenel:






1)- Primeira, o desconhecimento.  Mais especificamente, o desconhecimento teórico de como funcionam os processos de mercado.  Como bem explicou Hayek, a ordem social empreendedorial é a mais complexa que existe no universo. Qualquer pessoa que queira entender minimamente como funciona o processo de mercado deve se dedicar a várias horas de leituras diárias, e mesmo assim, do ponto de vista analítico, conseguirá entender apenas uma ínfima parte das leis que realmente governam os processos de interação espontânea que ocorrem no mercado.  Este trabalho deliberado de análise para se compreender como funciona o processo espontâneo de mercado, o qual só a teoria econômica pode proporcionar, desgraçadamente está completamente ausente da rotina da maior parte dos intelectuais. Intelectuais normalmente são egocêntricos e tendem a se dar muita importância; eles genuinamente creem que são estudiosos profundos dos assuntos sociais.  Porém, a maioria é profundamente ignorante em relação a tudo o que diz respeito à ciência econômica.






2)- A segunda razão, a soberba. Mais especificamente, a soberba do falso racionalista.  O intelectual genuinamente acredita que é mais culto e que sabe muito mais do que o resto de seus concidadãos, seja porque fez vários cursos universitários ou porque se vê como uma pessoa refinada que leu muitos livros ou porque participa de muitas conferências ou porque já recebeu alguns prêmios de seus próprios pares.  Em suma, ele se crê uma pessoa mais inteligente e muito mais preparada do que o restante da humanidade.  Por agirem assim, tendem a cair no pecado fatal da arrogância ou da soberba com muita facilidade. Chegam, inclusive, ao ponto de pensar que sabem mais do que nós mesmos sobre o que devemos fazer e como devemos agir.  Creem genuinamente que estão legitimados a decidir o que temos de fazer.  Riem dos cidadãos de ideias mais simplórias e mais práticas.  É uma ofensa à sua fina sensibilidade assistir à televisão.  Abominam anúncios comerciais.  De alguma forma se escandalizam com a falta de cultura (na concepção deles) de toda a população.  E, de seus pedestais, se colocam a pontificar e a criticar tudo o que fazemos porque se creem moral e intelectualmente acima de tudo e todos. E, no entanto, como dito, eles sabem muito pouco sobre o mundo real.  E isso é um perigo.  Por trás de cada intelectual há um ditador em potencial.  Qualquer descuido da sociedade e tais pessoas cairão na tentação de se arrogarem a si próprias plenos poderes políticos para impor a toda a população seus peculiares pontos de vista, os quais eles, os intelectuais, consideram ser os melhores, os mais refinados e os mais cultos.É justamente por causa desta ignorância, desta arrogância fatal de pensar que sabem mais do que nós todos, que são mais cultos e refinados, que não devemos estranhar o fato de que, por trás de cada grande ditador da história, por trás de cada Hitler e Stalin, sempre houve um corte de intelectuais aduladores que se apressaram e se esforçaram para lhes conferir base e legitimidade do ponto de vista ideológico, cultural e filosófico.












3)- E a terceira e extremamente importante razão, o ressentimento e a inveja.  O intelectual é geralmente uma pessoa profundamente ressentida.  O intelectual se encontra em uma situação de mercado muito incômoda: na maior parte das circunstâncias, ele percebe que o valor de mercado que ele gera ao processo produtivo da economia é bastante pequeno.  Apenas pense nisso: você estudou durante vários anos, passou vários maus bocados, teve de fazer o grande sacrifício de emigrar para Paris, passou boa parte da sua vida pintando quadros aos quais poucas pessoas dão valor e ainda menos pessoas se dispõem a comprá-los.  Você se torna um ressentido.  Há algo de muito podre na sociedade capitalista quando as pessoas não valorizam como deve os seus esforços, os seus belos quadros, os seus profundos poemas, os seus refinados artigos e seus geniais romances, músicas e encenações teatrais.Mesmo aqueles intelectuais que conseguem obter sucesso e prestígio no mercado capitalista nunca estão satisfeitos com o que lhes pagam.  O raciocínio é sempre o mesmo: "Levando em conta tudo o que faço como intelectual, sobretudo levando em conta toda a miséria moral que me rodeia, meu trabalho e meu esforço não são devidamente reconhecidos e remunerados.  Não posso aceitar, como intelectual de prestígio que sou, que um ignorante, um parvo, um inculto empresário ganhe 10 ou 100 vezes mais do que eu simplesmente por estar vendendo qualquer coisa absurda, como carne bovina, sapatos ou barbeadores em um mercado voltado para satisfazer os desejos artificiais das massas incultas." - "Essa é uma sociedade injusta", prossegue o intelectual.  "A nós intelectuais não é pago o que valemos, ao passo que qualquer ignóbil que se dedica a produzir algo demandado pelas massas incultas ganha 100 ou 200 vezes mais do que eu".  Ressentimento e inveja.Segundo Bertrand de Jouvenel, o mundo dos negócios é, para o intelectual, um mundo de valores falsos, de motivações vis, de recompensas injustas e mal direcionadas. Para o intelectual, o prejuízo é resultado natural da dedicação a algo superior, algo que deve ser feito, ao passo que o lucro representa apenas uma submissão às opiniões das massas. Enquanto o homem de negócios tem de dizer que "O cliente sempre tem razão", nenhum intelectual aceita este modo de pensar.






E prossegue de Jouvenel...





Dentre todos os bens que são vendidos em busca do lucro, quantos podemos definir resolutamente como sendo prejudiciais?  Por acaso não são muito mais numerosas as ideias prejudiciais que nós, intelectuais, defendemos e avançamos?







Conclusão






Há realmente muito pouca gente interessada em demonstrar as vantagens e, principalmente, o lado moral e ético do capitalismo. Poucos se dão conta, por exemplo, de que, no livre mercado, os indivíduos só são recompensados quando satisfazem as demandas dos outros, ainda que isso seja feito exclusivamente visando aos próprios interesses.Ao contrário de outros modelos, o capitalismo não pretende extinguir o egoísmo inerente à condição humana, porém nos obriga constantemente a pensar na satisfação do próximo, se quisermos prosperar. Além disso, para obter sucesso em grande escala, você tem de produzir algo que agrade e seja acessível a muitas pessoas, inclusive aos mais pobres, e não apenas aos mais abastados.Sob todos os aspectos o capitalismo é bem melhor do que o socialismo. Deveríamos bater mais nessa tecla de que a superioridade moral também é espantosa, e que um abismo intransponível separa um modelo baseado em trocas voluntárias de outro voltado para a “igualdade” forçada, que leva ao caos e à degradação de valores básicos da civilização. Quando você abastece seu carro, ou quando o avião aterrisa, escutamos o piloto agradecendo pela escolha da companhia aérea. Não por acaso, quando um cliente entra numa loja, a primeira coisa que ouve do vendedor é: “Em que posso ajudá-lo?”. E a última coisa que ambos dizem, depois de uma compra, é um duplo “obrigado!”. Um sinal inequívoco de que aquela transação foi vantajosa para ambos”, pois nesta relação é satisfeito o princípio: de cada um conforme a sua capacidade, e para cada um conforme a sua necessidade”.O capitalismo fortalece os laços de cooperação e cordialidade, enquanto o socialismo leva ao cinismo, à inveja e ao uso da força para se obter o que se demanda. É verdade que o capitalismo produz resultados materiais bem superiores, mas esse não é “apenas” seu grande mérito: ele é também um sistema bem melhor sob o ponto de vista moral.No capitalismo quem chega ao topo elas estão mais ligadas ao mérito individual, enquanto na burocracia socialista elas dependem de favores e coação.No socialismo, os que chegam ao topo são os piores, os mais cínicos e mentirosos, os populistas, os bandidos, os exploradores, os inescrupulosos.Vide no Brasil petista, ou na Venezuela de Chávez e Maduro, ou em Cuba.E é isso que os liberais precisam destacar com mais frequência.O empreendedorismo que é incentivado  em qualquer pais capitalista, no Brasil é uma prática quase proibitiva, pois abrir uma empresa no Brasil é algo extremamente difícil, com uma burocracia e carga tributária pesadíssima, fechar esta mesma empresa então, é quase impossível.Não é necessário essa dicotomia no capitalismo como existe no socialismo de mercado-solidariedade, muito pelo contrário, ou seja, não é da benevolência, ou solidariedade do açougueiro que a comida chega a minha mesa, mas da busca recíproca de satisfações minha e dele, ou seja não precisamos da benevolência, ou solidariedade de governos, ou empresários para ter minhas demandas atendidas, mas do mercado competitivo, é assim que devem ser satisfeitas as nossas necessidades e preferências numa economia livre.É óbvio que um governo central com seis burocratas, ou alguns intelectuais dirigindo um país não vai ter a capacidade de ditar rumos a esses milhões de pessoas. Não tem cabimento. No Bonde da História prevalece sempre a razão, e assim caminha a humanidade, pois não acredito em cultura e nem em ideologia de escritório, ou seja, naquelas criadas em uma sentada ou canetada por pseudo iluminados, mas naquela testada na história da humanidade com tentativas de erros e acertos e naturalmente prevalecida, pois este tal Comunismo dito científico, de científico não tem absolutamente nada, pois tudo que é científico se caracteriza pela repetibilidade em laboratório, coisa que nenhum laboratório social Comunista mundo afora em suas tentativas de implantação o fez até agora, pois tudo descambou em ditaduras sanguinárias e desumanas de esquerda.















“A economia Capitalista não é ideologia, é ciência prática e Cartesiana. Se você tem três pessoas chegando a conclusões diferentes sobre o mesmo assunto como no Socialismo, então já não é mais ciência, mas sim ideologia...” (Roberto Campos).








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Anônimo
9 de julho de 2024 às 18:46

Há realmente muito pouca gente interessada em demonstrar as vantagens e, principalmente, o lado moral e ético do capitalismo. Poucos se dão conta, por exemplo, de que, no livre mercado, os indivíduos só são recompensados quando satisfazem as demandas dos outros, ainda que isso seja feito exclusivamente visando aos próprios interesses.Ao contrário de outros modelos, o capitalismo não pretende extinguir o egoísmo inerente à condição humana, porém nos obriga constantemente a pensar na satisfação do próximo, se quisermos prosperar. Além disso, para obter sucesso em grande escala, você tem de produzir algo que agrade e seja acessível a muitas pessoas, inclusive aos mais pobres, e não apenas aos mais abastados.

José Carlos - Natal RN

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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