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O que a bíblia sagrada revela sobre "rezar pelos mortos?"

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 21 de abril de 2014 | 14:46






Em primeiro lugar, convém distinguir entre mortos e mortos. Como existe morte física e morte da alma, os que morrem em pecado mortal estão mortos duas vezes, enquanto os que morrem na graça de Deus estão mortos apenas fisicamente.Por esse motivo é que Nosso Senhor Jesus Cristo diz que Abraão, Isaac e Jacó mortos há séculos  estavam vivos, quanto à alma:



"Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Ele não é o Deus dos mortos, mas dos vivos". (Mc 13, 26-27).





E se os que morreram na graça de Deus e são santos permanecem seus amigos, então é claro que podem interceder pelos homens, da mesma forma que o faziam quando estavam vivos na terra.É o que se lê na Escritura a respeito da intercessão dos vivos, quando Deus ordena aos amigos de Jó que recorram à intercessão de Jó para serem atendidos por Ele:





"Ide a meu servo Jó, e oferecei um holocausto por vós; e meu servo Jó orará por vós; admitirei propício a sua INTERCESSÃO, para que se vos não impute esta estultícia..." (Jó, XLII, 8).





Então Deus admite a intercessão dos vivos, para que, por suas orações e méritos, outros sejam atendidos.
Como vimos também, Abraão, Isaac e Jacó, embora mortos fisicamente, estavam vivos pela graça, e estando junto a Cristo em espírito e em verdade, são capazes de rogar pelos demais homens.É o que se lê na Escritura, quando Moisés recorre aos méritos de Abraão, Isaac e Jacó para obter graça para o povo de Israel:





"Lembra-te de Abraão, de Isaac e de Israel, teus servos, a quem por ti mesmo juraste..." (Ex 32, 13).














E no Apocalipse está a prova mais cabal e contundente desta intercessão dos justos que já estão com Cristo, pois as almas espirituais destes primeiros Cristãos que foram martirizados pelo império romano clamavam a Deus dizendo: "Até quando?..."





"Aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que tinham dado dele. Clamavam em voz alta, dizendo: Até quando, Senhor, santo e verdadeiro, decidirás Tu a nos fazer justiça e vingar o nosso sangue destes que habitam sobre a terra?" (Apoc 6, 9-10).




Logo se conclui por esta passagem que estes primeiros Cristãos martirizados, estão mortos fisicamente, mas vivos pela graça, podem clamar a Deus e interceder pelos homens aqui na terra.E nós, vivos, também podemos rezar por nossos mortos, como se lê no II livro histórico dos Macabeus,que está na SEPTUAGINTA a bíblia usada por Cristo e os apóstolos,onde vemos o líder Judas Macabeu mandar oferecer um sacrifício pelos que tinham morrido numa batalha, por terem cometido pecado não mortal (II Macabeus 12, 41 e seguintes).







São Paulo, na 2º Epístola a Timóteo (II Timóteo 1, 18), assim ora a Deus pelo seu já falecido amigo Onesíforo:






"Que o Senhor lhe conceda achar misericórdia junto ao Senhor naquele Dia."






Comparando os versículos 15 a 18 do capítulo I dessa epístola, com o versículo 19 do capítulo IV da mesma carta, vê-se que Onesíforo já era morto, porque nesses textos o Apóstolo se refere nominalmente a outras pessoas, e quando seria o caso de nomear Onesíforo, seu grande amigo e benfeitor, ele não o faz, mas só se refere "à família" de Onesíforo.E São Paulo reza por ele, pedindo que o Senhor tenha dele misericórdia.







É bom notar: reza-se pelos mortos porque a Sagrada Escritura e toda a Santa Tradição nos informam da existência do Purgatório:






Purgatório é o lugar de purificação dos que já estão salvos em Cristo,em que as almas dos justos, que não se santificaram suficientemente neste mundo, hão de completar a sua purificação, "por intervenção do fogo", para serem admitidas no Céu, "onde nada de impuro entrará" (Apocalipse 21, 27).É, pois, o lugar em que as almas dos que morrem na amizade de Deus (em estado de graça, portanto JÁ SALVOS), mas com alguma dívida, por culpas leves, ou por culpas graves já perdoadas, mas não suficentemente expiadas, se purificam inteiramente para entrar na visão e posse de Deus. Ali gozarão para sempre da sua perfeita felicidade na glória celeste. Agora, só a alma. E depois da ressurreição da carne, todo seu ser.






Alguém, então, pode questionar: a Bíblia fala desse lugar de purificação? 
Sim !!! Vejamos a comprovação bíblica:







1) Um fogo que salva - vemos isto na 1º Epístola de São Paulo aos Coríntios (I Coríntios III, 11-15) onde lemos: 







"Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso do que foi posto: Jesus Cristo. Se alguém sobre esse fundamento constrói com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, a obra de cada um será posta em evidência. O Dia a tornará conhecida, pois ele se manifestará pelo fogo e o fogo provará o que vale a obra de cada um. Se a obra construída sobre o fundamento subsistir, o operário receberá uma recompensa. Aquele, porém, cuja obra for queimada perderá a recompensa. Ele mesmo, entretanto, será salvo, mas como que atavés do fogo."







2) O perdão na outra vida - o próprio Jesus Cristo ensinou, no Evangelho de São Mateus (Mateus 12, 32): 






"Se alguém disser uma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas se disser contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem nesta era, nem na outra."





O nosso Divino Mestre e Senhor Jesus Cristo, portanto, com esta revelação nos ensina que há pecados que poderão ser perdoados na outra era, ou seja na era após a morte.





3) Uma prisão temporária - Nosso Senhor Jesus, segundo São Mateus (Mateus 5, 25-26), exorta à reconciliação com os irmãos nesta vida:






"...para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao guarda e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo."






É evidente que esta prisão temporária, lugar de perdão na outra vida, através de um fogo que purifica e salva, não pode ser o Céu, "onde nada de impuro entrará" (Apocalipse 21, 27), nem o Inferno, onde não há redenção e o fogo é eterno (Mateus 25, 41).
Só resta que esses textos se refiram a um lugar intermediário, transitório e de expiação, que a Igreja, com toda a propriedade, chama de Purgatório, embora essa palavra não esteja na Bíblia. Sua realidade é que está. Temos de admitir, portanto, com a Sagrada Escritura, a existência desse lugar de purificação que a Sabedoria de Deus, na sua infinita bondade, inventou para conciliar as exigências da sua justiça divina com as da sua misericórdia. Estão, pois, em erro os que só admitem a existência do Céu e do Inferno, e, com isso, não rezam pelos mortos.Podemos e devemos fazer orações e sacrifícios pelos mortos em geral. Devemos rezar por todas as almas, porque não sabemos com certeza quais estão realmente precisando e em condições de receber os méritos impetrados por nossas ações em favor delas. Estas, sobretudo a Santa Missa que fizermos celebrar, não ficarão sem efeito, pois o Senhor saberá aplicá-las às almas mais necessitadas (além de que, com isso, prestamos a Deus as homenagens que Lhe devemos).














Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade, na fé e esperança da ressurreição.Enterrar os mortos é uma obra de misericórdia corporal que honra os filhos de Deus, templos do Espírito Santo, como lemos na Bíblia:





"mas quando eu dormir com os meus pais, levar-me-ás do Egito e enterrar-me-ás junto à sepultura deles. Respondeu José: Farei conforme a tua palavra." (Gn 47,30)




Mas Tobit temia mais a Deus que ao rei, e continuava a levar para a sua casa os corpos daqueles que eram assassinados, onde os escondia e os inumava durante a noite. (Tobias 2,9).



No dia seguinte, Judas e seus companheiros foram tirar os corpos dos mortos, como era necessário, para depô-los na sepultura ao lado de seus pais. (II Macabeus 12,39).




levantaram-se; todos os homens valentes tomaram o corpo de Saul e os corpos de seus filhos, e os transportaram para Jabes. Enterraram seus ossos debaixo do terebinto de Jabes e jejuaram durante sete dias. (I Crônicas 10,12).



Quando tu oravas com lágrimas e enterravas os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em tua casa durante o dia, para sepultá-los quando viesse a noite, eu apresentava as tuas orações ao Senhor. (Tobias 12,12).


Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o depositaram num sepulcro. (Marcos 6,29)



Tomaram, pois, o corpo de Jesus, e o envolveram em panos de linho com as especiarias, como os judeus costumavam fazer na preparação para a sepultura. (Jo 19,40)


  



A ausência de sepultura era considerada uma maldição e uma condição vergonhosa (Sl.79,2-3; Jer.16,4-6;25,33) e era a sorte miserável dos ímpios. O uso de fechar os olhos do morto, referido na Bíblia (Gn.46,4) explica-se pela equiparação  da morte ao sono, sendo prática comum em muitas culturas. 






DETALHE:A Igreja permite a cremação sim,  a não ser que esta ponha em causa a fé na ressurreição dos corpos.




É importante e necessário rezar pelos mortos, pois "quer vivos ou mortos pertencemos ao Senhor" (Rm 14,8), e isso mostra nossa fé na ressurreição e talvez mesmo tendo morrido na graça de Deus os mortos ainda precisem de uma última purificação (Mt 12,32;  I Cor 3, 10-15) antes de entrar na alegria do céu.Ou seja, se praticamos qualquer mal deveremos pagar por ele também, ainda que não formos condenados ao inferno (I Cor 3, 10-15) e quer vivos ou mortos esforçamo-nos por agradar a Deus (II Cor 5,9).Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena (Lucas 23,43).






"De outra maneira, que intentam aqueles que se batizam em favor dos mortos ? Se os mortos realmente não ressuscitam, por que se batizam por eles? " ( I Cor 15,29)






Há vários modos de ajudar os mortos,  entre os quais,  a visita aos cemitérios, o cuidado com os sepulcros, orações, Missas, velas, flores, e boas obras ( II Mac 12,46; I Cor 15,29;  I Ped 4,8; Tob 4, 7-12; Eclo 3,33-34 At  10,4; Heb 13,16) como forma de súplica pelo descanso dos que partiram, pois diz a Bíblia:







"Dá de boa vontade a todos os vivos, e não recuses este benefício a um morto" - ( Eclo 7,37 )




Do mesmo modo, o respeito pelos mortos e seus túmulos é bíblico (Jo 11,38; Mt 27,60; Luc11,48) e os judeus ornamentavam os sepulcros dos justos (Mat 23,29) e se preocupavam com eles:






E no primeiro dia da semana, foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. (Marcos 16,2)



“...e o depositou num sepulcro novo, que tinha mandado talhar para si na rocha. Depois rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi-se embora.” (Mateus 27,60)






Para nós, cristãos católicos, o respeito aos cemitérios, sepulcros e tumbas decorre de nossa fé na ressurreição,sabendo que nossos irmãos despertarão ao chamado de Cristo no último dia:




"Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos sepulcros sairão deles ao som de sua voz..." João 5,28




"Então ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor.Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanham." (Apo 12,13)







O dia dos mortos é um dia de respeito, dedicado para que as famílias celebrem a vida eterna dos seus entes falecidos, tendo a esperança de que tenham sido recebidos pelo reino de Deus.As missas em memória às pessoas falecidas tiveram sua origem no século IV, mas foi no século seguinte que a igreja passou a consagrar um dia para essa celebração.Antes, porém, desde o século II alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. Depois, no século V, a igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais, ninguém lembrava.Também, o abade de Cluny, Santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos mortos. Desde o século XII os Papas Silvestre II (1009) , João XVII (1009) e Leão IX (1015) obrigaram as comunidades de então, a dedicar um dia aos mortos.No século XIII esse dia anual passa a ser comemorado em 2 de novembro, porque o 1º de novembro é a Festa de Todos os Santos.A doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar sua posição:Livro de Tobias Cap. 12, versículo 12: Livro de Jó Cap. 1, versículos 18-20; Livro dos Macabeus, Cap. 12, Vs. 43-46 e o Evangelho de Mateus Cap. 12, VS. 32 e se apóiam em uma prática de quase dois mil anos.








Testemunhos da Igreja  primitiva(dos primeiros Cristãos):





1)- São Cirilo, Bispo de Jerusalém (†386):“Enfim, também rezamos pelos santos padres e bispos e defuntos e por todos em geral que entre nós viveram; crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas, por quem se reza, enquanto jaz diante de nós a santa e tremenda vítima...Da mesma forma, rezando nós a Deus pelos defuntos, ainda que pecadores, não lhe tecemos uma coroa, mas apresentamos Cristo morto pelos nossos pecados, procurando merecer e alcançar propiação junto a Deus clemente, tanto por eles como por nós mesmos”(“Catequeses. Mistagógicas”. 5, 9, 10, Ed. Vozes, 1977, pg. 38).





2)- São João Crisóstomo (349-407), que foi patriarca de Constantinopla, doutor da Igreja, ensina a necessidade de rezar pelos mortos:





Os Apóstolos instituíram a oração pelos mortos e esta lhes presta grande auxílio e real utilidade.” (In Philipp. III 4, PG 62, 204).


“Levemos-lhes socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai (Jó 1,5), porque duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer aos que partiram e em oferecer as nossas orações por eles” (CIC, §1032; In I Cor 41,5 PG 61,361).


O mesmo São João Crisóstomo afirma que “os Apóstolos instituíram a oração pelos mortos e que esta lhes presta grande auxílio e real utilidade” ( In Philipp. III 4, PG 62, 204, citado na Revista Pergunte e Responderemos  n. 264, 1982, pp. 50-51).




3)- No início do século III, encontramos as Atas de Santa Perpétua de Cartago, na África, onde a mártir aparece orando por seu irmão Dinócrate, o qual morrera jovem: pedia que ele fosse transferido do lugar de padecimento em que se achava, para um “lugar de refrigério, de saciedade e de alegria”. Finalmente, viu Dinócrate, de coração puro, revestido de bela túnica, a gozar de refrigério, saciedade e alegria, como uma criancinha que sai da água e se dispõe a brincar. ( Passio, S. Perpétua VIIs; PR, idem)



4)- Nesta mesma época, Tertuliano (?202), de Cartago, atesta o uso de sufrágios na liturgia oficial de Cartago, que era um dos principais centros do cristianismo no século III. Diz, por exemplo, que “durante a morte e o sepultamento de um fiel, fora beneficiado com a oração do sacerdote da Igreja”. ( De anima 51; PR, ibidem)





 A esposa roga pela alma de seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressurreição; oferece sufrágios todos os dias aniversários de sua morte.” ( De Monogamia,10)



5)- São Cipriano (?258), bispo de Cartago, refere-se à oferta do sacrifício eucarístico em sufrágio dos defuntos como costume recebido da herança dos bispos seus antecessores ( cf. epist. 1,2). Nas suas epístolas é comum encontrar a expressão: “oferecer o sacrifício por alguém ou por ocasião dos funerais de alguém”. ( Revista PR, 264, 1982, pag. 50 e 51; PR ibidem)


6)- Falando da vida de Cartago, no século III, afirma Vacandart:“Podemos de certo modo conceber o que terá sido a vida religiosa de Cartago em meados do século III. Aí vemos o clero e os fiéis a cercar o altar… ouvimos os nomes dos defuntos lidos pelo diácono e o pedido de que o bispo ore por esses fiéis falecidos; vemos os cristãos… voltar para casa reconfortados pela mensagem de que o irmão falecido repousa na unidade da Igreja e na paz do Cristo.” (Revue de Clergé Français 1907 t. Lil 151; PR, ibidem)


7)- A Didascalia, ou “doutrina” atribuída aos Doze Apóstolos, do início do século III, usado pelos cristãos da Síria, dizia:“Ao fazerdes as vossas comemorações, reuni-vos, lede as Sagradas Escrituras… tanto em vossas assembléias quanto nos cemitérios. O pão duro que o pão tiver purificado e que a invocação tiver santificado, oferecei-o orando pelos mortos” (idem)Os chamados “Cânones de Hipólito” , que se referem à Liturgia do século III, contém uma rubrica sobre os mortos… “caso se faça memória em favor daqueles que faleceram…” (Canones Hippoliti, em Monumenta Ecclesiae Liturgica; PR, 264,1982)


8)- Na primeira metade do século IV, o bispo Serapião de Thmuis, no Egito, compôs uma coletânea litúrgica, onde se pode ver a intercessão pelos irmãos falecidos:“Por todos os defuntos dos quais fazemos comemoração, assim oramos: ‘Santifica essas almas, pois Tu as conheces todas; santifica todas aquelas que dormem no Senhor; coloca-as em meio às santas Potestades (anjos); dá-lhes lugar e permanência em teu reino’” (Journal of Theological Studies t. 1, p. 106; PR , 264,1982)


“Nós te suplicamos pelo repouso da alma de teu servo( ou de tua serva) N. ; dá paz a seu espírito em lugar verdejante e aprazível, e ressuscita o seu corpo no dia que determinaste”. (PR, 264,1982)




9)- Ainda podemos encontrar nas Constituições Apostólicas, do fim do século IV, redigidas com base em documentos bem mais antigos, no livro VIII da coleção, o seguinte:“Oremos pelo repouso de N. , afim de que o Deus bom, recebendo a sua alma, lhe perdoe todas as faltas voluntárias e , por sua misericórdia, lhe dê o consórcio das almas santas.”


10)- Nas Catequeses Mistagógicas, de S. Cirilo de Jerusalém (?386), assim ele diz:“Enfim, também rezamos pelos santos padres e bispos e defuntos e por todos em geral que entre nós viveram; crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas, por quem se reza, enquanto jaz diante de nós a santa e tremenda vítima”(Cat. Mist. 5, 9, 10, Ed. Vozes, 1977, p. 38)


“Da mesma forma, rezando nós a Deus pelos defuntos, ainda que pecadores, não lhe tecemos uma coroa, mas apresentamos Cristo morto pelos nossos pecados, procurando merecer e alcançar propiação junto a Deus clemente, tanto por eles como por nós mesmos.”(idem)




11)- Santo Ambrósio (340-397), bispo e doutor da Igreja de Milão, que batizou S.Agostinho,  no século IV já dava este testemunho:“…assim como é redimido do pecado e purificado no homem interior, por algumas obras de todo o povo, aquele que é lavado pelas lágrimas do povo. Pois concedeu Cristo à sua Igreja, que por todos resgatasse um, ela que mereceu o advento do Senhor, para que por um só, todos fossem remidos” ( DI, ref. 29).Não só a Igreja ora pelos mortos, como também ensina que eles intercedem por nós. O nosso Catecismo afirma que:“A nossa oração por eles [no Purgatório] pode não somente ajudá-los, mas também torna eficaz a sua intercessão por nós”. (CIC, § 958)



Muitos teólogos, como o próprio São Roberto Belarmino (lib. 2 de Purgat. c. 4), de renome na Igreja, afirmam que a invocação das almas do purgatório é utilíssima.Em 1700, o Papa Clemente XI erigiu uma Confraria “Sub invocatione animarum purgatorii” (Sob a invocação das almas do purgatório).Em todas as missas, em qualquer das formas da Oração Eucarística, a Igreja ora pelas almas dos fieis já falecidos e daqueles confiados à sua misericórdia:


“Lembrai-vos também dos que morreram na paz do vosso Cristo e de todos os mortos dos quais só vós conheceis a fé”( Oração Euc. IV)




"Lembrai-vos também dos nossos irmãos e irmãs que morreram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram desta vida: acolhei-os junto a vós na luz da vossa face.”(Or. Euc. II)



“Lembrai-vos dos nossos irmãos e irmãs … que adormeceram na paz do vosso Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé só vos conhecestes: acolhei-os na luz da vossa face e concedei-lhes, no dia da ressurreição, a plenitude da vida.” (Or. Euc. VI-A).



"Ó Pai, sabemos que sempre vos lembrais de todos. Por isso, pedimos por aqueles que nós amamos… e por todos os que morreram em vossa paz.”(Or. Euc. IX- crianças 1)



“A todos os que chamastes para a outra vida na vossa amizade, e aos marcados com o sinal da fé, abrindo os vossos braços,  acolhei-os. Que vivam para sempre bem felizes no reino que para todos preparastes.”(Or. Euc. V)





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31 de outubro de 2016 às 19:25

Isso é neoteologia? O único Mediador entre Deus e os homens é Jesus Cristo. Deus não precisa de secretários.

1 de novembro de 2016 às 11:02

Prezado Protestante Roberto Rangel,

Este é o problema dos protestantes papagaios de pastores: Não Lêem a bíblia cmpleta, mas só o que o paxtô recomenda.Vou repetir de novo, leia com atenção, para que não seja necessário eu desenhar:

Em primeiro lugar, convém distinguir entre mortos e mortos. Como existe morte física e morte da alma, os que morrem em pecado mortal estão mortos duas vezes, enquanto os que morrem na graça de Deus estão mortos apenas fisicamente.Por esse motivo é que Nosso Senhor Jesus Cristo diz que Abraão, Isaac e Jacó mortos há séculos estavam vivos, quanto à alma:"Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Ele não é o Deus dos mortos, mas dos vivos". (Mc 13, 26-27).E se os que morreram na graça de Deus e são santos permanecem seus amigos, então é claro que podem interceder pelos homens, da mesma forma que o faziam quando estavam vivos na terra.É o que se lê na Escritura a respeito da intercessão dos vivos, quando Deus ordena aos amigos de Jó que recorram à intercessão de Jó para serem atendidos por Ele:"Ide a meu servo Jó, e oferecei um holocausto por vós; e meu servo Jó orará por vós; admitirei propício a sua INTERCESSÃO, para que se vos não impute esta estultícia..." (Jó, XLII, 8).Então Deus admite a intercessão dos vivos, para que, por suas orações e méritos, outros sejam atendidos.Como vimos também, Abraão, Isaac e Jacó, embora mortos fisicamente, estavam vivos pela graça, e estando junto a Cristo em espírito e em verdade, são capazes de rogar pelos demais homens.É o que se lê na Escritura, quando Moisés recorre aos méritos de Abraão, Isaac e Jacó para obter graça para o povo de Israel:"Lembra-te de Abraão, de Isaac e de Israel, teus servos, a quem por ti mesmo juraste..." (Ex 32, 13).E no Apocalipse está a prova mais cabal e contundente desta intercessão dos justos que já estão com Cristo, pois as almas espirituais destes primeiros Cristãos que foram martirizados pelo império romano clamavam a Deus dizendo: "Até quando?..." : "Aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que tinham dado dele. Clamavam em voz alta, dizendo: Até quando, Senhor, santo e verdadeiro, decidirás Tu a nos fazer justiça e vingar o nosso sangue destes que habitam sobre a terra?" (Apoc 6, 9-10).Logo se conclui por esta passagem que estes primeiros Cristãos martirizados, estão mortos fisicamente, mas vivos pela graça, podem clamar a Deus e interceder pelos homens aqui na terra.E nós, vivos, também podemos rezar por nossos mortos, como se lê no II livro histórico dos Macabeus,que está na SEPTUAGINTA a bíblia usada por Cristo e os apóstolos,onde vemos o líder Judas Macabeu manda oferecer um sacrifício pelos que tinham morrido numa batalha, por terem cometido pecado não mortal (II Macabeus 12, 41 e seguintes).

Shalom !!! e volte sempre, mas antes leia a bíblia antes de perguntar idiotices.

3 de novembro de 2016 às 12:41

Bom dia irmão! Parabéns, amei o seu blog!
Não obstante, gostaria de saber se você possui algum material, que poderia me ajudar a responder aos irmãos separados, a respeito do batismo de crianças, especificamente, com citações bíblicas. Obrigado! Paz e bem!

5 de novembro de 2016 às 13:51

Amado irmão Wilson Junior,

Muito nos alegra e nos motiva a continuar o nosso trabalho suas palavras, e saber que estamos no caminho certo, pois parafraseando com este grande autor da citação abaixo nosso principal objetivo é:

“Pregando a Verdade e confirmando os irmãos na verdadeira fé, com a graça de Deus construo Catedrais nas almas para que nelas possam habitar o Espírito Santo de Deus” ( Pierry de Craon).


Segue o link conforme vc nos solicitou acima que irá tirar toda as suas dúvidas e com a fundamentação na palavra de Deus (Copie e cole).

http://berakash.blogspot.com.br/2009/12/por-que-batizar-as-criancas.html

Shalom !!!

10 de dezembro de 2017 às 09:01

A parábola do rico e Lázaro ti explica tudo incauto

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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