Em
primeiro lugar, convém distinguir entre mortos e mortos. Como existe morte
física e morte da alma, os que morrem em pecado mortal estão mortos duas vezes,
enquanto os que morrem na graça de Deus estão mortos apenas fisicamente.Por esse motivo é que Nosso Senhor Jesus Cristo diz que Abraão, Isaac e Jacó
mortos há séculos estavam vivos, quanto
à alma:
"Eu sou o Deus de Abraão, o
Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Ele não é o Deus dos mortos, mas dos
vivos". (Mc 13, 26-27).
E se os que morreram na graça de Deus e são
santos permanecem seus amigos, então é claro que podem interceder pelos homens,
da mesma forma que o faziam quando estavam vivos na terra.É o que se lê na Escritura a respeito da intercessão dos vivos, quando Deus
ordena aos amigos de Jó que recorram à intercessão de Jó para serem atendidos
por Ele:
"Ide a meu servo Jó, e
oferecei um holocausto por vós; e meu servo Jó orará por vós; admitirei
propício a sua INTERCESSÃO, para que se vos não impute esta estultícia..."
(Jó, XLII, 8).
Então Deus admite a intercessão dos vivos, para que, por suas orações e
méritos, outros sejam atendidos.Como vimos também, Abraão, Isaac e Jacó,
embora mortos fisicamente, estavam vivos pela graça, e estando junto a Cristo em espírito e em verdade, são capazes de
rogar pelos demais homens.É o que se lê na Escritura, quando Moisés recorre aos méritos de Abraão, Isaac
e Jacó para obter graça para o povo de Israel:
"Lembra-te de Abraão, de Isaac e de Israel, teus servos, a quem por ti
mesmo juraste..." (Ex 32, 13).
E no Apocalipse está a prova mais cabal e contundente desta intercessão dos justos que já estão com Cristo, pois as almas espirituais destes primeiros Cristãos que foram martirizados pelo império romano clamavam a Deus dizendo: "Até quando?..."
"Aberto o quinto
selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da
palavra de Deus e por causa do testemunho que tinham dado dele. Clamavam em voz
alta, dizendo: Até quando, Senhor, santo e verdadeiro, decidirás Tu a nos fazer
justiça e vingar o nosso sangue destes que habitam sobre a terra?" (Apoc 6,
9-10).
Logo se conclui por esta passagem que estes primeiros Cristãos martirizados, estão mortos fisicamente, mas vivos
pela graça, podem clamar a Deus e interceder pelos homens aqui na terra.E nós, vivos, também podemos rezar por nossos
mortos, como se lê no II livro histórico dos Macabeus,que está na SEPTUAGINTA a bíblia usada por Cristo e os apóstolos,onde vemos o líder Judas Macabeu mandar oferecer um sacrifício pelos que tinham morrido numa batalha, por terem
cometido pecado não mortal (II Macabeus 12, 41 e seguintes).
São
Paulo, na 2º Epístola a Timóteo (II Timóteo 1, 18), assim ora a Deus pelo seu já falecido amigo
Onesíforo:
"Que o Senhor lhe
conceda achar misericórdia junto ao Senhor naquele Dia."
Comparando os versículos 15 a 18 do capítulo I
dessa epístola, com o versículo 19 do capítulo IV da mesma carta, vê-se que
Onesíforo já era morto, porque nesses textos o Apóstolo se refere nominalmente
a outras pessoas, e quando seria o caso de nomear Onesíforo, seu grande amigo e
benfeitor, ele não o faz, mas só se refere "à família" de Onesíforo.E São Paulo reza por
ele, pedindo que o Senhor tenha dele misericórdia.
É bom
notar: reza-se pelos mortos porque a Sagrada Escritura e toda a Santa Tradição
nos informam da existência do Purgatório:
Purgatório é o lugar de purificação dos que já
estão salvos em Cristo,em que as almas dos justos, que não se santificaram
suficientemente neste mundo, hão de completar a sua purificação, "por
intervenção do fogo", para serem admitidas no Céu, "onde nada de
impuro entrará" (Apocalipse 21, 27).É, pois, o lugar em que as almas dos que morrem na
amizade de Deus (em estado de graça, portanto JÁ SALVOS), mas com alguma
dívida, por culpas leves, ou por culpas graves já perdoadas, mas não
suficentemente expiadas, se purificam inteiramente para entrar na visão e posse
de Deus. Ali gozarão para sempre da sua perfeita felicidade na glória celeste.
Agora, só a alma. E depois da ressurreição da carne, todo seu ser.
Alguém, então, pode questionar: a Bíblia fala desse
lugar de purificação? Sim !!! Vejamos a comprovação bíblica:
1) Um
fogo que salva - vemos isto na 1º Epístola de São Paulo aos Coríntios (I
Coríntios III, 11-15) onde lemos:
"Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro
diverso do que foi posto: Jesus Cristo. Se alguém sobre esse fundamento
constrói com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno ou palha, a obra de
cada um será posta em evidência. O Dia a tornará conhecida, pois ele se
manifestará pelo fogo e o fogo provará o que vale a obra de cada um. Se a obra
construída sobre o fundamento subsistir, o operário receberá uma recompensa.
Aquele, porém, cuja obra for queimada perderá a recompensa. Ele mesmo,
entretanto, será salvo, mas como que atavés do fogo."
2) O
perdão na outra vida - o próprio Jesus Cristo ensinou, no Evangelho
de São Mateus (Mateus 12, 32):
"Se alguém disser
uma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas se disser contra o
Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem nesta era, nem na outra."
O nosso Divino Mestre e Senhor Jesus Cristo, portanto, com esta revelação nos ensina que há pecados que poderão ser perdoados na outra era, ou seja na era após a morte.
3) Uma prisão temporária -
Nosso Senhor Jesus, segundo São Mateus (Mateus 5, 25-26), exorta à reconciliação com
os irmãos nesta vida:
"...para não acontecer que o adversário te
entregue ao juiz e o juiz ao guarda e, assim, sejas lançado na prisão. Em
verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo."
É evidente que esta prisão temporária, lugar de perdão na outra vida, através
de um fogo que purifica e salva, não pode ser o Céu, "onde nada de
impuro entrará" (Apocalipse 21, 27), nem o Inferno, onde não há
redenção e o fogo é eterno (Mateus 25, 41).Só resta que esses textos se refiram a um lugar intermediário, transitório e de expiação, que a Igreja, com
toda a propriedade, chama de Purgatório, embora essa palavra não esteja na
Bíblia. Sua realidade é que está. Temos de admitir, portanto, com a Sagrada Escritura, a existência desse lugar de
purificação que a Sabedoria de Deus, na sua infinita bondade, inventou para
conciliar as exigências da sua justiça divina com as da sua misericórdia.
Estão, pois, em erro os que só admitem a existência do Céu e do Inferno, e, com
isso, não rezam pelos mortos.Podemos e devemos fazer orações e sacrifícios pelos mortos em geral. Devemos
rezar por todas as almas, porque não sabemos com certeza quais estão realmente
precisando e em condições de receber os méritos impetrados por nossas ações em
favor delas. Estas, sobretudo a Santa Missa que fizermos celebrar, não ficarão
sem efeito, pois o Senhor saberá aplicá-las às almas mais necessitadas (além de
que, com isso, prestamos a Deus as homenagens que Lhe devemos).
Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade, na fé
e esperança da ressurreição.Enterrar os mortos é uma
obra de misericórdia corporal que honra os filhos de Deus, templos do Espírito
Santo, como lemos na Bíblia:
"mas quando eu dormir com os meus pais, levar-me-ás do
Egito e enterrar-me-ás junto à sepultura deles. Respondeu José: Farei conforme a tua palavra." (Gn 47,30)
Mas Tobit temia mais a Deus que ao
rei, e continuava a levar para a sua casa os corpos daqueles que eram
assassinados, onde os escondia e os inumava durante a noite. (Tobias 2,9).
No dia seguinte, Judas e seus
companheiros foram tirar os corpos dos mortos, como era necessário, para
depô-los na sepultura ao lado de seus pais. (II Macabeus 12,39).
levantaram-se; todos os homens
valentes tomaram o corpo de Saul e os corpos de seus filhos, e os transportaram
para Jabes. Enterraram seus ossos debaixo do terebinto de Jabes e jejuaram
durante sete dias. (I Crônicas 10,12).
Quando tu oravas com lágrimas e
enterravas os mortos, quando deixavas a tua refeição e ias ocultar os mortos em
tua casa durante o dia, para sepultá-los quando viesse a noite, eu apresentava
as tuas orações ao Senhor. (Tobias
12,12).
|
Ouvindo isto, os seus discípulos foram tomar o seu corpo e o
depositaram num sepulcro. (Marcos
6,29)
|
Tomaram,
pois, o corpo de Jesus, e o envolveram em panos de linho com as
especiarias, como os judeus costumavam fazer na preparação para
a sepultura. (Jo 19,40)
A ausência de sepultura era considerada uma maldição e uma condição
vergonhosa (Sl.79,2-3; Jer.16,4-6;25,33) e era a sorte miserável dos ímpios. O uso de
fechar os olhos do morto, referido na Bíblia (Gn.46,4) explica-se pela equiparação
da morte ao sono, sendo prática comum em muitas culturas.
DETALHE:A Igreja permite a
cremação sim, a não ser que esta ponha em causa a fé na ressurreição dos corpos.
É importante e necessário rezar
pelos mortos, pois "quer vivos ou mortos pertencemos ao Senhor" (Rm
14,8), e isso mostra nossa fé na ressurreição e talvez mesmo tendo morrido na
graça de Deus os mortos ainda precisem de uma última purificação (Mt 12,32; I Cor 3,
10-15) antes de entrar na alegria do céu.Ou seja, se praticamos qualquer mal
deveremos pagar por ele também, ainda que não formos condenados ao inferno (I
Cor 3, 10-15) e quer vivos ou mortos esforçamo-nos por agradar a Deus (II Cor
5,9).Uma conversão que procede de uma
ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que
não haja mais nenhuma pena (Lucas 23,43).
"De outra maneira, que intentam aqueles
que se batizam em favor dos mortos ? Se os mortos realmente não ressuscitam, por que se batizam por eles?
" (
I Cor 15,29)
Há vários modos de ajudar os
mortos, entre os quais, a visita aos cemitérios, o cuidado com os
sepulcros, orações, Missas, velas, flores, e boas obras ( II Mac
12,46; I Cor 15,29; I Ped 4,8; Tob 4, 7-12; Eclo 3,33-34 At
10,4; Heb 13,16) como forma de súplica pelo descanso dos que partiram,
pois diz a Bíblia:
"Dá de boa vontade a todos os vivos, e não recuses este
benefício a um morto" - ( Eclo 7,37
)
Do mesmo modo, o respeito pelos mortos e seus túmulos é bíblico (Jo 11,38; Mt 27,60; Luc11,48) e os
judeus ornamentavam os sepulcros dos justos (Mat 23,29) e se preocupavam com eles:
E no primeiro dia da semana,
foram muito cedo ao sepulcro, mal o sol havia despontado. (Marcos 16,2)
“...e
o depositou num sepulcro novo, que tinha mandado talhar para si na rocha.
Depois rolou uma grande pedra à entrada do sepulcro e foi-se embora.” (Mateus 27,60)
|
Para nós, cristãos católicos, o respeito aos cemitérios, sepulcros e tumbas decorre de nossa fé
na ressurreição,sabendo que nossos irmãos despertarão ao chamado de
Cristo no último dia:
|
"Não
vos maravilheis disso, porque vem
a hora em que todos os que se acham nos sepulcros sairão deles ao
som de sua voz..." João 5,28
|
|
"Então ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora
morrem no Senhor.Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus
trabalhos, pois as suas obras os acompanham." (Apo 12,13)
O dia dos
mortos é um dia de respeito, dedicado para que as famílias celebrem a vida
eterna dos seus entes falecidos, tendo a esperança de que tenham sido
recebidos pelo reino de Deus.As missas em memória às
pessoas falecidas tiveram sua origem no século IV, mas foi no século
seguinte que a igreja passou a consagrar um dia para essa celebração.Antes,
porém, desde o século II alguns cristãos rezavam pelos falecidos,
visitando os túmulos dos mártires para rezar pelos que morreram. Depois,
no século V, a igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os
mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais, ninguém lembrava.Também, o
abade de Cluny, Santo Odilon, em 998 pedia aos monges que orassem pelos
mortos. Desde o século XII os Papas Silvestre II (1009) , João XVII (1009)
e Leão IX (1015) obrigaram as comunidades de então, a dedicar um dia aos
mortos.No século XIII esse dia anual passa a
ser comemorado em 2 de novembro, porque o 1º de novembro é a Festa de
Todos os Santos.A
doutrina católica evoca algumas passagens bíblicas para fundamentar
sua posição:Livro de Tobias Cap. 12, versículo 12: Livro
de Jó Cap. 1, versículos 18-20; Livro dos Macabeus, Cap. 12, Vs. 43-46 e o
Evangelho de Mateus Cap. 12, VS. 32 e se apóiam em uma prática de quase
dois mil anos.
Testemunhos da Igreja
primitiva(dos primeiros Cristãos):
1)-
São Cirilo, Bispo de Jerusalém (†386):“Enfim, também rezamos pelos santos padres e bispos e defuntos e por todos em geral que entre nós
viveram; crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas, por quem se
reza, enquanto jaz diante de nós a santa e tremenda vítima...Da mesma forma, rezando nós a Deus pelos defuntos, ainda que pecadores, não lhe tecemos uma coroa, mas apresentamos Cristo morto pelos nossos pecados, procurando merecer e alcançar propiação junto a Deus clemente, tanto por eles como por nós mesmos”(“Catequeses.
Mistagógicas”. 5, 9, 10, Ed. Vozes, 1977, pg. 38).
2)- São João
Crisóstomo (349-407), que foi patriarca de Constantinopla, doutor da Igreja,
ensina a necessidade de rezar pelos mortos:
“Os Apóstolos instituíram a oração pelos mortos e esta lhes presta grande auxílio e
real utilidade.” (In Philipp. III 4, PG 62, 204).
“Levemos-lhes
socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo
sacrifício de seu pai (Jó 1,5), porque duvidar que as nossas oferendas em favor
dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer aos que
partiram e em oferecer as nossas orações por eles” (CIC, §1032; In I Cor 41,5
PG 61,361).
O
mesmo São João Crisóstomo afirma que “os Apóstolos instituíram a oração pelos
mortos e que esta lhes presta grande auxílio e real utilidade” ( In Philipp.
III 4, PG 62, 204, citado na Revista Pergunte e Responderemos n. 264,
1982, pp. 50-51).
3)- No início do século III, encontramos as
Atas de Santa Perpétua de Cartago, na África, onde a mártir aparece orando por
seu irmão Dinócrate, o qual morrera jovem: pedia que ele fosse transferido do
lugar de padecimento em que se achava, para um “lugar de refrigério, de
saciedade e de alegria”. Finalmente, viu Dinócrate, de coração puro, revestido
de bela túnica, a gozar de refrigério, saciedade e alegria, como uma criancinha
que sai da água e se dispõe a brincar. ( Passio, S. Perpétua VIIs; PR, idem)
4)-
Nesta mesma época, Tertuliano (?202), de Cartago, atesta o uso de sufrágios na
liturgia oficial de Cartago, que era um dos principais centros do cristianismo
no século III. Diz, por exemplo, que “durante a morte e o sepultamento de um
fiel, fora beneficiado com a oração do sacerdote da Igreja”. ( De anima 51; PR,
ibidem)
“A esposa roga pela alma de
seu esposo e pede
para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressurreição; oferece sufrágios todos os dias aniversários de sua morte.”
( De Monogamia,10)
5)- São Cipriano (?258), bispo de Cartago,
refere-se à oferta do sacrifício eucarístico em sufrágio dos defuntos como
costume recebido da herança dos bispos seus antecessores ( cf. epist. 1,2). Nas
suas epístolas é comum encontrar a expressão: “oferecer o sacrifício por alguém
ou por ocasião dos funerais de alguém”. ( Revista PR, 264, 1982, pag. 50 e 51;
PR ibidem)
6)-
Falando da vida de Cartago, no século III, afirma Vacandart:“Podemos
de certo modo conceber o que terá sido a vida religiosa de Cartago em meados do
século III. Aí vemos o clero e os fiéis a cercar o altar… ouvimos os nomes dos
defuntos lidos pelo diácono e o pedido de que o bispo ore por esses fiéis
falecidos; vemos os cristãos… voltar para casa reconfortados pela mensagem de
que o irmão falecido repousa na unidade da Igreja e na paz do Cristo.” (Revue
de Clergé Français 1907 t. Lil 151; PR, ibidem)
7)-
A Didascalia, ou “doutrina” atribuída aos Doze Apóstolos, do início do século
III, usado pelos cristãos da Síria, dizia:“Ao
fazerdes as vossas comemorações, reuni-vos, lede as Sagradas Escrituras… tanto
em vossas assembléias quanto nos cemitérios. O pão duro que o pão tiver
purificado e que a invocação tiver santificado, oferecei-o orando pelos mortos”
(idem)Os chamados “Cânones de Hipólito” , que se referem à Liturgia do século
III, contém uma rubrica sobre os mortos… “caso se faça memória em favor
daqueles que faleceram…” (Canones Hippoliti, em Monumenta Ecclesiae Liturgica;
PR, 264,1982)
8)-
Na primeira metade do século IV, o bispo Serapião de Thmuis, no Egito, compôs
uma coletânea litúrgica, onde se pode ver a intercessão pelos irmãos falecidos:“Por
todos os defuntos dos quais fazemos comemoração, assim oramos: ‘Santifica essas
almas, pois Tu as conheces todas; santifica todas aquelas que dormem no Senhor;
coloca-as em meio às santas Potestades (anjos); dá-lhes lugar e permanência em
teu reino’” (Journal of Theological Studies t. 1, p. 106; PR , 264,1982)
“Nós
te suplicamos pelo repouso da alma de teu servo( ou de tua serva) N. ; dá paz a
seu espírito em lugar verdejante e aprazível, e ressuscita o seu corpo no dia
que determinaste”. (PR, 264,1982)
9)-
Ainda podemos encontrar nas Constituições Apostólicas, do fim do século IV,
redigidas com base em documentos bem mais antigos, no livro VIII da coleção, o
seguinte:“Oremos
pelo repouso de N. , afim de que o Deus bom, recebendo a sua alma, lhe perdoe
todas as faltas voluntárias e , por sua misericórdia, lhe dê o consórcio das
almas santas.”
10)-
Nas Catequeses Mistagógicas, de S. Cirilo de
Jerusalém (?386), assim ele diz:“Enfim,
também rezamos pelos santos padres e bispos e defuntos e por todos em geral que
entre nós viveram; crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas, por
quem se reza, enquanto jaz diante de nós a santa e tremenda vítima”(Cat. Mist.
5, 9, 10, Ed. Vozes, 1977, p. 38)
“Da
mesma forma, rezando nós a Deus pelos defuntos, ainda que pecadores, não lhe
tecemos uma coroa, mas apresentamos Cristo morto pelos nossos pecados,
procurando merecer e alcançar propiação junto a Deus clemente, tanto por eles
como por nós mesmos.”(idem)
11)- Santo Ambrósio (340-397),
bispo e doutor da Igreja de Milão, que batizou S.Agostinho, no século IV
já dava este testemunho:“…assim
como é redimido do pecado e purificado no homem interior, por algumas obras de
todo o povo, aquele que é lavado pelas lágrimas do povo. Pois concedeu Cristo à
sua Igreja, que por todos resgatasse um, ela que mereceu o advento do Senhor,
para que por um só, todos fossem remidos” ( DI, ref. 29).Não só a Igreja ora
pelos mortos, como também ensina que eles intercedem por nós. O nosso Catecismo
afirma que:“A
nossa oração por eles [no Purgatório] pode não somente ajudá-los, mas também
torna eficaz a sua intercessão por nós”. (CIC, § 958)
Muitos
teólogos, como o próprio São Roberto Belarmino (lib. 2 de Purgat. c. 4), de
renome na Igreja, afirmam que a invocação das almas do purgatório é utilíssima.Em 1700, o Papa Clemente XI erigiu uma
Confraria “Sub invocatione animarum purgatorii” (Sob a invocação das almas do
purgatório).Em todas as missas, em qualquer das formas da
Oração Eucarística, a Igreja ora pelas almas dos fieis já falecidos e daqueles confiados à sua misericórdia:
“Lembrai-vos
também dos que morreram na paz do vosso Cristo e de todos os mortos dos quais
só vós conheceis a fé”( Oração Euc. IV)
"Lembrai-vos também dos nossos irmãos e
irmãs que morreram na esperança da ressurreição e de todos os que partiram
desta vida: acolhei-os junto a vós na luz da vossa face.”(Or. Euc. II)
“Lembrai-vos
dos nossos irmãos e irmãs … que adormeceram na paz do vosso Cristo, e de todos
os falecidos, cuja fé só vos conhecestes: acolhei-os na luz da vossa face e
concedei-lhes, no dia da ressurreição, a plenitude da vida.” (Or. Euc. VI-A).
"Ó
Pai, sabemos que sempre vos lembrais de todos. Por isso, pedimos por aqueles
que nós amamos… e por todos os que morreram em vossa paz.”(Or. Euc. IX-
crianças 1)
“A
todos os que chamastes para a outra vida na vossa amizade, e aos marcados com o
sinal da fé, abrindo os vossos braços, acolhei-os. Que vivam para sempre
bem felizes no reino que para todos preparastes.”(Or. Euc. V)
“LOUVADO SEJA NOSSO
SENHOR JESUS CRISTO”
Link para o catálogo de nossos livros: https://amzn.to/3vFWLq5
....................................................................
GOSTOU Do APOSTOLADO berakash? QUER SER UM (A) SEGUIDOR (a) E RECEBER AS ATUALIZÇÕES EM SEU CELULAR, OU, E-MAIL?
Segue no link abaixo o “PASSO-A-PASSO” para se tornar um(a) seguidor(a) - (basta clicar):
https://berakash.blogspot.com/2023/10/como-ser-um-ser-um-seguidor-e-ou.html
Shalom!
.............................................
APOSTOLADO BERAKASH - A serviço da Verdade: Este blog não segue o padrão comum, tem opinião própria, não querendo ser o dono da verdade, mas, mostrando outras perspectivas racionais para ver assuntos que interessam a todos. Trata basicamente de pessoas com opiniões e ideias inteligentes, para pessoas inteligentes. Ocupa-se de ideias aplicadas à política, a religião, economia, a filosofia, educação, e a ética. Ele constitui uma tentativa de manter um pensamento crítico e independente sobre literatura, questões culturais, e em geral, focando numa discussão bem fundamentada sobre temas os mais relevantes em destaques no Brasil e no mundo. A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog, não sendo a simples indicação, ou reprodução a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. As notícias publicadas nesta página são repostadas a partir de fontes diferentes, e transcritas tal qual apresentadas em sua origem. Este blog não se responsabiliza e nem compactua com opiniões ou erros publicados nos textos originais. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com as fontes originais para as devidas correções, ou faça suas observações (com fontes) nos comentários abaixo para o devido esclarecimento aos internautas. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos os comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam, de maneira alguma, a posição do blog. Não serão aprovados os comentários escritos integralmente em letras maiúsculas, ou CAIXA ALTA. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte.Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar de alguma forma:
filhodedeusshalom@gmail.com
+ Comentário. Deixe o seu! + 5 Comentário. Deixe o seu!
Isso é neoteologia? O único Mediador entre Deus e os homens é Jesus Cristo. Deus não precisa de secretários.
Prezado Protestante Roberto Rangel,
Este é o problema dos protestantes papagaios de pastores: Não Lêem a bíblia cmpleta, mas só o que o paxtô recomenda.Vou repetir de novo, leia com atenção, para que não seja necessário eu desenhar:
Em primeiro lugar, convém distinguir entre mortos e mortos. Como existe morte física e morte da alma, os que morrem em pecado mortal estão mortos duas vezes, enquanto os que morrem na graça de Deus estão mortos apenas fisicamente.Por esse motivo é que Nosso Senhor Jesus Cristo diz que Abraão, Isaac e Jacó mortos há séculos estavam vivos, quanto à alma:"Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó. Ele não é o Deus dos mortos, mas dos vivos". (Mc 13, 26-27).E se os que morreram na graça de Deus e são santos permanecem seus amigos, então é claro que podem interceder pelos homens, da mesma forma que o faziam quando estavam vivos na terra.É o que se lê na Escritura a respeito da intercessão dos vivos, quando Deus ordena aos amigos de Jó que recorram à intercessão de Jó para serem atendidos por Ele:"Ide a meu servo Jó, e oferecei um holocausto por vós; e meu servo Jó orará por vós; admitirei propício a sua INTERCESSÃO, para que se vos não impute esta estultícia..." (Jó, XLII, 8).Então Deus admite a intercessão dos vivos, para que, por suas orações e méritos, outros sejam atendidos.Como vimos também, Abraão, Isaac e Jacó, embora mortos fisicamente, estavam vivos pela graça, e estando junto a Cristo em espírito e em verdade, são capazes de rogar pelos demais homens.É o que se lê na Escritura, quando Moisés recorre aos méritos de Abraão, Isaac e Jacó para obter graça para o povo de Israel:"Lembra-te de Abraão, de Isaac e de Israel, teus servos, a quem por ti mesmo juraste..." (Ex 32, 13).E no Apocalipse está a prova mais cabal e contundente desta intercessão dos justos que já estão com Cristo, pois as almas espirituais destes primeiros Cristãos que foram martirizados pelo império romano clamavam a Deus dizendo: "Até quando?..." : "Aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que tinham dado dele. Clamavam em voz alta, dizendo: Até quando, Senhor, santo e verdadeiro, decidirás Tu a nos fazer justiça e vingar o nosso sangue destes que habitam sobre a terra?" (Apoc 6, 9-10).Logo se conclui por esta passagem que estes primeiros Cristãos martirizados, estão mortos fisicamente, mas vivos pela graça, podem clamar a Deus e interceder pelos homens aqui na terra.E nós, vivos, também podemos rezar por nossos mortos, como se lê no II livro histórico dos Macabeus,que está na SEPTUAGINTA a bíblia usada por Cristo e os apóstolos,onde vemos o líder Judas Macabeu manda oferecer um sacrifício pelos que tinham morrido numa batalha, por terem cometido pecado não mortal (II Macabeus 12, 41 e seguintes).
Shalom !!! e volte sempre, mas antes leia a bíblia antes de perguntar idiotices.
Bom dia irmão! Parabéns, amei o seu blog!
Não obstante, gostaria de saber se você possui algum material, que poderia me ajudar a responder aos irmãos separados, a respeito do batismo de crianças, especificamente, com citações bíblicas. Obrigado! Paz e bem!
Amado irmão Wilson Junior,
Muito nos alegra e nos motiva a continuar o nosso trabalho suas palavras, e saber que estamos no caminho certo, pois parafraseando com este grande autor da citação abaixo nosso principal objetivo é:
“Pregando a Verdade e confirmando os irmãos na verdadeira fé, com a graça de Deus construo Catedrais nas almas para que nelas possam habitar o Espírito Santo de Deus” ( Pierry de Craon).
Segue o link conforme vc nos solicitou acima que irá tirar toda as suas dúvidas e com a fundamentação na palavra de Deus (Copie e cole).
http://berakash.blogspot.com.br/2009/12/por-que-batizar-as-criancas.html
Shalom !!!
A parábola do rico e Lázaro ti explica tudo incauto
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.