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QUESTÃO TEOLÓGICA: “Se a fé é dom de Deus, como exigi-la e condenar quem não a tem ?”

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 20 de agosto de 2012 | 23:50




















ESTÁ ESCRITO:



Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb. 11,6)



“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair” (João 6,44)







COMO ENTENDER ESTÁ EXIGÊNCIA E COLOCAR-SE DENTRO DO PLANO DE SALVAÇÃO DA FÉ ?

Entendido à luz do contexto, este verso de Jo 6.44 não é tão problemático como pode parecer.


O próximo versículo (45) diz, “Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus.” O todos não deve ser negligenciado.Como alguns têm dito, o Pai deseja atrair todos que desejam ser atraídos. No versículo 51 Jesus disse, “Eu sou o pão vivo... Se alguém comer deste pão, viverá para sempre.”O versículo 44 é precedido pelo versículo 40, sendo idênticas as últimas palavras em cada um. O versículo 40 diz,


“A vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna....”

Portanto, além do contexto imediato, é interessante verificar declarações significativas tanto no capítulo anterior quanto no seguinte. No capítulo 5.40 Jesus revelou o papel de responsabilidade e livre arbítrio conciente que o homem  tem, nas palavras:



 “E não quereis vir a mim para terdes vida.”


A evidência é que eles podiam vir, mas a falha estava justamente neles, “não quereis.” Então, no sétimo capítulo, o versículo 17, Jesus disse, “Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus,” o que mostra que depende da pessoa, “se alguém....”


Em João 2.32 Jesus disse:



“E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim.”



“Que esta ‘atração’ não é a graça irresistível, é confessado até mesmo pelo próprio Agostinho, o grande defensor das doutrinas da graça:



“Se um homem... vem indispostamente, ele não crê; se não crê, ele não vem. Pois não corremos a Cristo sobre nossos pés, mas pela fé; não com o movimento do corpo, mas como a livre vontade do coração.’... Os intérpretes gregos aceitam a opinião que eu adotei acima”



Esta atração está sendo exercida agora em todo o mundo, de acordo com a profecia do Senhor (12.32) e Seu comando (Mt 28.19-20).”




HÁ JUSTIFICATIVA  PARA A INCREDULIDADE ?




ROMANOS 1,19-20 - "Porquanto, o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente vistos desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles são inescusávei".



PROBLEMAS:
 




1)- Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14:6).



2)- Também, Atos 4:12 diz a respeito de Cristo: "E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos".



Mas, e se alguém nunca ouviu o Evangelho de Cristo, estará ele eternamente perdido?




SOLUÇÃO:
 A resposta de Paulo é clara. Ele disse que os pagãos são "indesculpáveis" (1:20):




Porque "o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas" (Rom1,19-20).



Dessa forma, os pagãos com justiça são indesculpáveis, por várias razoes:



1)- Primeiro, Romanos 2:12 afirma: "Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram, mediante lei serão julgados".



Essa passagem ensina que o judeu é julgado pela Lei, as Escrituras hebraicas, mas o gentio é condenado pela "lei gravada no seu coração”, pois assim está escrito:




"Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei; os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os" (Rm 2,14-15)


2)- Segundo : A Bíblia diz: Disse Jesus: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede, recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á" (Lc 11.9-10).




Nesse texto, temos três ações, que devem lhe orientar quando for buscar resposta de Deus.


Primeira ação: pedir. Até para pedir você precisa ter sabedoria e discernimento. "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal..." (Tg 4.3). O importante é você consultar a Deus em relação ao seu projeto.

Segunda ação: buscar. Você precisa ir onde Deus está e da maneira que Ele quer, conforme está escrito: "Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo vosso coração" (Jr 29.13).


Terceira ação: bater. Significa insistir. Quem deseja uma porta aberta, não bate uma vez só. Disse Jesus: "Eu sou a porta, se alguém entrar por mim salvar-se-á, e entrará e sairá, e achará pastagens" (Jo 10.9).



CONCLUSÃO: Jesus nos proporcionou livre acesso ao Pai. Ele não desampara quem o busca. "Buscai ao Senhor enquanto se pode achar" (Is 55.6). Buscando a Deus você vai encontrar: abrigo, proteção, livramento, cura, transformação, libertação, e o milagre de que você necessita.



3)- Atos 10:35 acrescenta: "pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável".


4)- Portanto, Deus tem muitas maneiras de fazer com que a verdade acerca da salvação por meio de Cristo chegue àqueles que o buscarem. Ele pode enviar um missionário (At 10) ou uma Bíblia (SI 119:130), pode dar-lhes uma visão (Dn 2; 7) ou enviar-lhes um anjo (Ap 14).

Porém. Deus nos deu o livre arbítrio para nossas escolhas, e lógico suas consequências. Portanto,aqueles que derem as costas à luz que têm (pela natureza), e acharem-se perdidos nas trevas, não têm a quem culpar senão a si mesmos.

Pois "os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más" (Jo 3:19).




A FÉ É O MESMO QUE A VIRTUDE ?



Virtude é o hábito do bem, isto é, disposição estável para agir bem.Opõe-se ao vício - que é o hábito do mal. Virtudes naturais são adquiridas pelo exercício e aperfeiçoamento de dons naturais. Desenvolvem-se pelo esforço da vontade, agindo sobre a aptidão específica. Por exemplo, a virtude de um bom pintor.Virtudes sobrenaturais são as que, pela graça santificante, recebemos de Deus, tendo por fim nossa eterna salvação.



Não dependem de nosso esforço - ao nos dar a graça, Deus as infunde em nossa alma. Devemos, porém, desenvolvê-las. 


Virtudes teologais são infusas (ou sobrenaturais). Vêm de Deus e nele têm seu objeto imediato. São a Fé, a Esperança e a Caridade. Recebemo-las com a graça do Batismo, e, em maior abundância, com a da Confirmação.


ATENÇÃO !!! As Virtudes morais são diretamente ligadas aos costumes - ligam-se a Deus, de modo indireto. Podem ser naturais, isto é, que se alcançam por meios naturais, ou sobrenaturais, pelo efeito da graça. 





Dentre essas virtudes, destacam-se a Prudência, Justiça, Força e Temperança.




Todas as outras virtudes morais derivam-se dessas quatro. Sem a prática dessa virtudes ninguém pode entrar na vida de perfeição".Recebidas no Batismo, são infusas (ou sobrenaturais) - recebemo-las com a graça santificante. 



O QUE É A FÉ ?


"Ter fé numa coisa, é aderir a ela, por causa da afirmação de outrem, sem podermos conferir pessoalmente. Se a afirmação é de nossos semelhantes, nossa fé é humana. Se a afirmação é de Deus, trata-se de fé divina. 




É praticamente impossível viver sem fé. Não existe quem só creia no que pode conferir antes. Acreditamos em bulas de remédios e em tabuletas de segurança de ônibus,que o trem não vai sair dos trilhos e que o avião não vai cair.




Esta fé é humana ,e dela precisamos para viver como homens.Para vivermos como filhos de Deus, precisamos da fé divina, da Fé, virtude teologal que nos leva a crer na palavra de Deus, no que o Verbo revelou e a Igreja ensina. Como virtude teologal, seu objetivo imediato é Deus. 




O QUE DIZ O MAGISTÉRIO DA IGREJA SOBRE A FÉ ?




1)- Ciência e fé:



§159 Fé e ciência. "Porém, ainda que a fé esteja acima da razão, não poderá jamais haver verdadeira desarmonia entre uma e outra, porquanto o mesmo Deus que revela os mistérios e infunde a fé dotou o espírito humano da luz da razão; e Deus não poderia negar-se a si mesmo, nem a verdade jamais contradizer a verdade." "Portanto, se a pesquisa metódica, em todas as ciências, proceder de maneira verdadeiramente científica, segundo as leis morais, na realidade nunca será oposta à fé: tanto as realidades profanas quanto as da fé originam-se do mesmo Deus. Mais ainda: quem tenta perscrutar com humildade e Perseverança, os segredos das coisas, ainda que disso não tome consciência, e como que conduzido pela mão de Deus, que sustenta todas as coisas, fazendo com que elas sejam o que são."



2)- Deposito da fé:



§84 "O patrimônio sagrado" da fé ("depositum fidei"), contido na Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura, foi confiado pelos apóstolos à totalidade da Igreja. "Apegando-se firmemente ao mesmo, o povo santo todo, unido a seus Pastores, persevera continuamente na doutrina dos apóstolos e na comunhão, na fração do pão e nas orações, de sorte que na conservação, no exercício e na profissão da fé transmitida se crie uma singular unidade de espírito entre os bispos e os fiéis."



§85 "O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo", isto é, foi confiado aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma.



§86 "Todavia, tal Magistério não está acima da Palavra de Deus, mas a serviço dela, não ensinando senão o que foi transmitido, no sentido de que, por mandato divino, com a assistência do Espírito Santo, piamente ausculta aquela palavra, santamente a guarda e fielmente a expõe, e deste único depósito de fé tira o que nos propõe para ser crido como divinamente revelado."



§87 Os fiéis, lembrando-se da palavra de Cristo a seus apóstolos: "Quem vos ouve a mim ouve" (Lc 10,16), recebem com docilidade os ensinamentos e as diretrizes que seus Pastores lhes dão sob diferentes formas.



§88 O Magistério da Igreja empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando, utilizando uma forma que obriga o povo cristão a uma adesão irrevogável de fé, propõe verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária.



§89 Há uma conexão orgânica entre nossa vida espiritual e os dogmas. Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé.




§91 Todos os fiéis participam da compreensão e da transmissão da verdade revelada. Receberam a unção do Espírito Santo, que os instrui e os conduz à verdade em sua totalidade.



§92 "O conjunto dos fiéis... não pode enganar-se no ato de fé. E manifesta esta sua peculiar piedade mediante o senso sobrenatural da fé de todo o povo, quando, 'desde os bispos até o último dos fiéis leigos', apresenta um consenso universal sobre questões de fé e costumes."


§94 Graças à assistência do Espírito Santo, a compreensão tanto das realidades como das palavras do depósito da fé pode crescer na vida da Igreja:


"Pela contemplação e estudo dos que crêem, os quais as meditam em seu coração", é em especial "a pesquisa teológica que aprofunda o conhecimento da verdade revelada".


"Pela íntima compreensão que os fiéis desfrutam das coisas espirituais"; "Divina eloquia cum legente crescunt - as palavras divinas crescem com o leitor".


"Pela pregação daqueles que, com a sucessão episcopal, receberam o carisma seguro da verdade."




§95 "Fica, portanto, claro que segundo o sapientíssimo plano divino, a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o Magistério da Igreja estão de tal modo entrelaçados e unidos que um não tem consistência sem os outros, e que juntos, cada qual a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas."



§173 "Com efeito, a Igreja, embora espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra, tendo recebido dos apóstolos e dos discípulos deles a fé... guarda [esta pregação e esta fé] com cuidado, como se habitasse em uma só casa; nelas crê de forma idêntica, como se tivesse uma só alma; e prega as verdades de fé, as ensina e transmite com voz unânime, como se possuísse uma só boca".


§175 "Esta fé que recebemos da Igreja, nós a guardamos com cuidado, pois sem cessar, sob a ação do Espírito de Deus, à guisa de um depósito de grande preço encerrado em um vaso precioso, ela rejuvenesce e faz rejuvenescer o próprio vaso que a contém."




3)- Deus e as verdades por Ele reveladas como objeto de fé:




§150 A fé é primeiramente uma adesão pessoal do homem a Deus; é, ao mesmo tempo e inseparavelmente, o assentimento livre a toda a verdade que Deus revelou. Como adesão pessoal a Deus e assentimento à verdade que ele revelou, a fé cristã é diferente da fé em uma pessoa humana. E justo e bom entregar-se totalmente a Deus e crer absolutamente no que ele diz. Seria vão e falso pôr tal fé em uma criatura.



§151 Para o cristão, crer em Deus é, inseparavelmente, crer naquele que Ele enviou, "seu Filho bem-amado", no qual Ele pôs toda à sua complacência; Deus mandou que O escutássemos. O próprio Senhor disse a seus discípulos: "Crede em Deus, crede também em mim" (Jo 14,1). Podemos crer em Jesus Cristo por que ele mesmo é Deus, o Verbo feito carne: "Ninguém jamais viu a Deus: o Filho unigênito, que está voltado para o seio do Pai; este o deu a conhecer" (Jo 1,18). Por ter ele "visto o Pai" (Jo 6,46), ele é o único que o conhece e pode revelá-lo.




§152 Não se pode crer em Jesus Cristo sem participar de seu Espírito. E o Espírito Santo que revela aos homens quem é Jesus. Pois "ninguém pode dizer 'Jesus é Senhor' a não ser no Espírito Santo" (1 Cor 12,3).



§170 Não cremos em fórmulas, mas nas realidades que elas expressam e que a fé nos permite "tocar". "O ato (de fé) do crente não pára no enunciado, mas chega até a realidade (enunciada). Todavia, temos acesso a essas realidades com o auxílio das formulações da fé. Estas permitem expressar e transmitir a fé, celebrá-la em comunidade, assimilá-la e vivê-la cada vez mais.



§182 "Nós cremos em tudo o que está contido na Palavra de Deus escrita ou transmitida, e que a Igreja propõe a crer c divinamente revelado. "




4)- Dúvida de fé




§644 Mesmo confrontados com a realidade de Jesus ressuscitado, os discípulos ainda duvidam, a tal ponto que o fato lhes parece impossível: pensam estar vendo um espírito. "Por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam perplexos" (Lc 24,41). Tomé conhecerá a mesma provação da dúvida e quando da última aparição na Galiléia, contada por Mateus, "alguns, porém, duvidaram" (Mt 28,17). Por isso, a hipótese segundo a qual a ressurreição teria sido um "produto" da fé (ou da credulidade) dos apóstolos carece de consistência. Muito pelo contrário, a fé que tinham na Ressurreição nasceu - sob a ação da graça divina - da experiência direta da realidade de Jesus ressuscitado.




§1381 "A presença do verdadeiro Corpo de Cristo e do verdadeiro Sangue de Cristo neste sacramento 'não se pode descobrir pelos sentidos, diz Santo Tomás, mas só com fé, baseada na autoridade de Deus'. Por isso, comentando o texto de São Lucas 22,19 ("Isto é o meu Corpo que será entregue por vós"), São Cirilo declara: 'Não perguntes se é ou não verdade; aceita com fé as palavras do Senhor, porque ele, que é a verdade, não mente":


Com devoção te adoro,/ Latente divindade./Que, sob essas figuras,/Te escondes na verdade;/Meu Coração de pleno/Sujeito a ti, obedece,/Pois que, em te contemplando,/Todo ele desfalece./A vista, o tato, o gosto,/Certo, jamais te alcança;/Pela audição somente/Te crêem com segurança;/Creio em tudo o que disse/De Deus Filho o Cordeiro./Nada é mais da verdade/Que tal voz, verdadeiro./Adoro te devote,



latens deitas/quae sub his figuris/vere latitas./Tibi se cor meum/totum subiicit,/quia, te contemplans,/totum deflcit./Visus, tactus, gustus/in te faílitur,/sed auditu solo/tuto creditur./Credo quidquid dixil/Dei Filius:/Nil hoc verbo/Veritatis verius/




§2088 O primeiro mandamento manda-nos alimentar e guardar com prudência e vigilância nossa fé e rejeitar tudo o que se lhe opõe. Há diversas maneiras de pecar contra a fé.A dúvida voluntária sobre a fé negligencia ou recusa ter como verdadeiro o que Deus revelou e que a Igreja propõe para crer. A dúvida involuntária designa a hesitação em crer, a dificuldade de superar as objeções ligadas à fé ou, ainda, a ansiedade suscitada pela obscuridade da fé. Se for deliberadamente cultivada, a dúvida pode levar à cegueira do espírito.


§2089 A incredulidade é a negligência da verdade revelada ou a recusa voluntária de lhe dar o próprio assentimento. "Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Batismo, de qualquer verdade que se deve crer com fé divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dessa verdade; apostasia, o repúdio total da fé cristã; cisma, a recusa de sujeição ao Sumo Pontífice ou da comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos."


5)- Fé ato humano não contrário à liberdade e inteligência:




§154 Crer só é possível pela graça e pelos auxílios interiores do Espírito Santo Mas não é menos verdade que crer é um ato autenticamente humano. Não contraria nem a liberdade nem a inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas. Já no campo das relações humanas, não é contrário à nossa própria dignidade crer no que outras pessoas nos dizem sobre si mesmas e sobre suas intenções e confiar nas promessas delas (como, por exemplo, quando um homem e uma mulher se casam), para entrar assim em comunhão recíproca. Por isso, é ainda menos contrário à nossa dignidade "prestar, pela fé, à revelação de Deus plena adesão do intelecto e da vontade" e entrar, assim, em comunhão íntima com ele.




§155 Na fé, a inteligência e a vontade humanas cooperam com a graça divina: "Credere est actus intellectus assentientis veritati divinae ex imperio voluntatis a Deo motae per gratiam - Crer é um ato da inteligência que assente à verdade divina a mando da vontade movida por Deus através da graça"




6)- Fé dom de Deus



§153 Quando São Pedro confessa que Jesus é o Cristo, Filho do Deus vivo, Jesus lhe declara que esta revelação não lhe veio "da carne e do sangue, mas de meu Pai que está nos céus". A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. "Para que se preste esta fé, exigem-se a graça prévia e adjuvante de Deus e os auxílios internos do Espírito Santo, que move o coração e o converte a Deus, abre os olhos da mente e dá a todos suavidade no consentir e crer na verdade."



7)- Fé virtude teologal



§1813 As virtudes teologais fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão. Informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus na alma dos fiéis para torná-los capazes de agir como seus filhos e merecer a vida eterna. São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano. Há três virtudes teologais: a fé, a esperança e a caridade.



§1814 A fé é a virtude teologal pela qual cremos em Deus e em tudo o que nos disse e revelou, e que a Santa Igreja nos propõe para crer, porque Ele é a própria verdade. Pela fé, "o homem livremente se entrega todo a Deus. Por isso o fiel procura conhecer e fazer a vontade de Deus. "O justo viverá da fé" (Rm 1,17). A fé viva "age pela caridade" (Gl 5,6).



§1815 O dom da fé permanece naquele que não pecou contra ela. Mas "é morta a fé sem obras" (Tg 2,26): privada da esperança e do amor, a fé não une plenamente o fiel a Cristo e não faz dele um membro vivo de seu Corpo.



§1816 O discípulo de Cristo não deve apenas guardar a fé e nela viver, mas também professá-la, testemunhá-la com firmeza e difundi-la: "Todos devem estar prontos a confessar Cristo perante os homens e segui-lo no caminho da Cruz, entre perseguições que nunca faltam à Igreja. O serviço e o testemunho da fé são requisitos da salvação: "Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens também eu me declararei por ele diante de meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens também o renegarei diante de meu Pai que está nos céus" (Mt 10,32-33).



8)- Igreja guardiã da fé



§171 A Igreja, que é "a coluna e o sustentáculo da verdade" (1 Tm 3,15), guarda fielmente a fé uma vez por todas confiada aos santos. E ela que conserva a memória das Palavras de Cristo, é ela. que transmite de geração em geração a confissão de fé dos apóstolos. Como uma mãe que ensina seus filhos a falar e, com isto, a, compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na compreensão e na vida da fé.



§181 "Crer" e um ato eclesial. A fé da Igreja precede, gera, tenta e alimenta nossa fé. A Igreja é a mãe de todos os crentes. "Ninguém pode ter a Deus por Pai, que não tenha Igreja por mãe. "



9)- Motivo da fé:



§156 O motivo de crer não é o fato de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz de nossa razão natural. Cremos "por causa da autoridade de Deus que revela e que não pode nem enganar-se nem enganar-nos". "Todavia, para que o obséquio de nossa fé fosse conforme à razão, Deus quis que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados das provas exteriores de sua Revelação. Por isso, os milagres de Cristo e dos santos, as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, sua fecundidade e estabilidade "constituem sinais certíssimos da Revelação, adaptados à inteligência de todos", "motivos de credibilidade" que mostram que o assentimento da fé não é "de modo algum um movimento cego do espírito".



10)- Pecados contra a fé:



§2088 O primeiro mandamento manda-nos alimentar e guardar com prudência e vigilância nossa fé e rejeitar tudo o que se lhe opõe.



Há diversas maneiras de pecar contra a fé:



A dúvida voluntária sobre a fé negligencia ou recusa ter como verdadeiro o que Deus revelou e que a Igreja propõe para crer.A dúvida involuntária designa a hesitação em crer, a dificuldade de superar as objeções ligadas à fé ou, ainda, a ansiedade suscitada pela obscuridade da fé.Se for deliberadamente cultivada, a dúvida pode levar à cegueira do espírito.



11)- Perseverança na fé e sua defesa:



§162 A fé é um dom gratuito que Deus concede ao homem. Podemos perder este Dom inestimável; São Paulo alerta Timóteo sobre isso: 'Combate... o bom combate, com fé e boa consciência; pois alguns, rejeitando a boa consciência, vieram a naufragar na fé" (1Tm 1,18-19).



Para viver, crescer e perseverar até o fim na fé, devemos alimentá-la com a Palavra de Deus; devemos implorar ao Senhor que a aumente; ela deve "agir pela caridade" (Gl 5,6), ser carregada pela esperança e estar enraizada na fé da Igreja.


§2088 O primeiro mandamento manda-nos alimentar e guardar com prudência e vigilância nossa fé e rejeitar tudo o que se lhe opõe. Há diversas maneiras de pecar contra a fé.A dúvida voluntária sobre a fé negligencia ou recusa ter como verdadeiro o que Deus revelou e que a Igreja propõe para crer. A dúvida involuntária designa a hesitação em crer, a dificuldade de superar as objeções ligadas à fé ou, ainda, a ansiedade suscitada pela obscuridade da fé. Se for deliberadamente cultivada, a dúvida pode levar à cegueira do espírito.



12)- Provações e dificuldades no caminho da fé:



§164 Por ora, todavia, "caminhamos pela fé, não pela visão" (2Cor 5,7), e conhecemos a Deus "como que em um espelho, de uma forma confusa..., imperfeita" (1Cor 13,12). Luminosa em virtude daquele em que ela crê, a fé é muitas vezes vivida na obscuridade.



A fé pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos muitas vezes parece estar bem longe daquilo que a fé nos assegura; as experiências do mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa Nova; podem abalar a fé e tornar-se para ela uma tentação.



13)- Testemunho de fé



§1816 O discípulo de Cristo não deve apenas guardar a fé e nela viver, mas também professá-la, testemunhá-la com firmeza e difundi-la: "Todos devem estar prontos a confessar Cristo perante os homens e segui-lo no caminho da Cruz, entre perseguições que nunca faltam à Igreja.



O serviço e o testemunho da fé são requisitos da salvação: "Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens também eu me declararei por ele diante de meu Pai que está nos céus. Aquele, porém, que me renegar diante dos homens também o renegarei diante de meu Pai que está nos céus" (Mt 10,32-33).




§2220 Os cristãos devem uma gratidão especial àqueles de quem receberam o dom da fé, a graça do Batismo e a vida na Igreja Pode tratar-se dos pais, de outros membros da família, dos avós. dos pastores, dos catequistas, de outros professores ou amigos. "Evoco a lembrança da fé sem hipocrisia que há em ti, a mesma que habitou primeiramente em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice e que, estou convencido, reside também em ti" (2 Tm 1,5).


§2473 O martírio é o supremo testemunho prestado à verdade da fé; designa um testemunho que vai até a morte. O mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã. Enfrenta a morte num ato de fortaleza. "Deixai-me ser comida das feras. E por elas que me será concedido chegar até Deus."


§2474 Com o maior cuidado, a Igreja recolheu as lembranças daqueles que foram até o fim para testemunhar a fé. São as "Atas dos Mártires" (Acta Martyrum). Constituem os arquivos da Verdade escritos em letras de sangue:

“De nada me servirão os encantos do mundo e dos remos deste século. Melhor para mim é morrer (para me unir) a Cristo Jesus do que reinar até as extremidades da terra. É a Ele, que morreu por nós, que eu procuro; é a Ele, que ressuscitou por nós, que eu quero. Aproxima-se o momento em que serei gerado... .Eu vos bendigo por me terdes julgado digno desse dia e dessa hora, digno de ser contado no número dos vossos mártires... Guardastes vossa promessa, Deus da fidelidade e da verdade. Por essa graça e por todas as coisas, eu vos louvo, vos bendigo e vos glorifico pelo eterno e celeste sumo sacerdote, Jesus Cristo vosso Filho bem-amado. Por Ele, que está convosco e com o Espírito, vos seja dada glória, agora e por todos os séculos. Amém.”



14)- Ultima provação da fé:




§675 Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalar a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra" desvendará o "mistério de iniquidade" sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da apostasia da verdade.



A impostura religiosa suprema é a do Anticristo, isto é, a de um pseudo-messianismo em que o homem glorifica a si mesmo em lugar de Deus e de seu Messias que veio na carne.



15)- Defesa e difusão da fé



§1285 Juntamente com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos "sacramentos da iniciação crista cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária à consumação da graça batismal. Com efeito, "pelo sacramento da Confirmação [os fiéis são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras".




16)- O Exemplo da Fé de Maria - (Bem aventurada aquela que creu):



§148 A Virgem Maria realiza da maneira mais perfeita a obediência da fé. Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazida pelo anjo Gabriel, acreditando que "nada é impossível a Deus" (Lc 1,37) e dando seu assentimento: "Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1,38). Isabel a saudou: "Bem-aventurada a que acreditou, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido" (Lc 1,45). É em virtude desta fé que todas as gerações a proclamarão bem-aventurada.



§149 Durante toda a sua vida e até sua última provação, quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, sua fé não vacilou. Maria não deixou de crer "no cumprimento" da Palavra de Deus. Por isso a Igreja venera em Maria a realização mais pura da fé.



17)- Efeitos da fé:



17.1)- Aceitação e conhecimento da revelação



§99 Graças a seu senso sobrenatural da fé, o Povo de Deus inteiro não cessa de acolher o dom da Revelação divina, de penetrá-lo mais profundamente e viver dele com mais plenitude.



§158 "A fé procura compreender": e característico da fé o crente desejar conhecer melhor Aquele em quem pôs sua fé e compreender melhor o que Ele revelou; um conhecimento mais penetrante despertará por sua vez uma fé maior, cada vez mais ardente de amor. A graça da fé abre "os olhos do coração" (Ef. 1,18) para uma compreensão viva dos conteúdos da Revelação, isto é, do conjunto do projeto de Deus e dos mistérios da fé, do nexo deles entre si e com Cristo, centro do Mistério revelado. Ora, para "tomar cada vez mais profunda a compreensão da Revelação, o mesmo Espírito Santo aperfeiçoa continuamente a fé por meio de seus dons. Assim, segundo o adágio de Santo Agostinho, "eu creio para compreender, e compreendo para melhor crer".



17.2)- Acesso ao mistério da Igreja



§770 A Igreja está na história, mas ao mesmo tempo a transcende. É unicamente "com os olhos da fé" que se pode enxergar em sua realidade visível, ao mesmo tempo, uma realidade espiritual, portadora de vida divina.



§779 A Igreja é ao mesmo tempo visível e espiritual, sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é una, formada de elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério.



§812 Só a fé pode reconhecer que a Igreja recebe estas propriedades de sua fonte divina. Mas as manifestações históricas delas constituem sinais que falam também com clareza à razão humana. "A Igreja - lembra o Concílio Vaticano I -, em razão de sua santidade, de sua unidade católica, de sua constância invicta, é ela mesma um grande e perpétuo motivo de credibilidade e uma prova irrefutável de sua missão divina."



17.3)- Acesso ao mistério da morte



§1006 "É diante da morte que o enigma da condição humana atinge seu ponto mais alto." Em certo sentido, a morte corporal é natural; mas para a fé ela é na realidade "salário do pecado" (Rm 6,23). E, para os que morrem na graça de Cristo, é uma participação na morte do Senhor, a fim de poder participar também de sua Ressurreição.



17.4)- Acesso ao mistério da ressurreição de Cristo

§1000 Este "corno" ultrapassa nossa imaginação e nosso entendimento, sendo acessível só na fé. Nossa participação na Eucaristia, no entanto, já nos dá um antegozo da transfiguração de nosso corpo por Cristo:Assim como o pão que vem da terra, depois de ter recebido a invocação de Deus, não é mais pão comum, mas Eucaristia, Constituída por duas realidades, uma terrestre e a outra celeste, da mesma forma os nossos corpos que participam da Eucaristia não são mais corruptíveis, pois têm a esperança da ressurreição.



17.5)- Acesso ao mistério eucarístico o MISTÉRIO DA FÉ:




§1381 "A presença do verdadeiro Corpo de Cristo e do verdadeiro Sangue de Cristo neste sacramento 'não se pode descobrir pelos sentidos, diz Santo Tomás, mas só com fé, baseada na autoridade de Deus'. Por isso, comentando o texto de São Lucas 22,19 ("Isto é o meu Corpo que será entregue por vós"), São Cirilo declara: 'Não perguntes se é ou não verdade; aceita com fé as palavras do Senhor, porque ele, que é a verdade, não mente":Com devoção te adoro,/ Latente divindade./Que, sob essas figuras,/Te escondes na verdade;/Meu Coração de pleno/Sujeito a ti, obedece,/Pois que, em te contemplando,/Todo ele desfalece./A vista, o tato, o gosto,/Certo, jamais te alcança;/Pela audição somente/Te crêem com segurança;/Creio em tudo o que disse/De Deus Filho o Cordeiro./Nada é mais da verdade/Que tal voz, verdadeiro./Adoro te devote.




17.6)- Adesão à onipotência de Deus



§273 Somente a fé pode aderir aos caminhos misteriosos onipotência de Deus. Esta fé gloria-se de suas fraquezas a fim de atrair sobre si o poder de Cristo, Desta fé, a Virgem Maria é o modelo supremo, ela que acreditou que "nada impossível a Deus" (Lc 1,37) e que pôde engrandecer o Senhor. "O Todo-Poderoso fez grandes coisas em meu favor, seu nome é Santo" (Lc 1,49).




É BÍBLICO PEDIR PARA QUE DEUS AUMENTE NOSSA FÉ ?




Muitos de nós já ouvimos esta frase ou no mínimo já tivemos curiosidade de saber se podemos pedir a Deus que aumente nossa fé.É bíblico fazer esse tipo de pedido? Vamos ler o que a bíblia diz e ter nossa  resposta à luz das Escrituras.




Lucas 17:3-10

“Tende cuidado de vós mesmos; se teu irmão pecar, repreende-o; e se ele se arrepender, perdoa-lhe.Mesmo se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; tu lhe perdoarás.Disseram então os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé.Respondeu o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te, e planta-te no mar; e ela vos obedeceria.Qual de vós, tendo um servo a lavrar ou a apascentar gado, lhe dirá, ao voltar ele do campo: chega-te já, e reclina-te à mesa?Não lhe dirá antes: Prepara-me a ceia, e cinge-te, e serve-me, até que eu tenha comido e bebido, e depois comerás tu e beberás?Porventura agradecerá ao servo, porque este fez o que lhe foi mandado?Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos somente o que devíamos fazer.”



É interessante esse texto porque a primeira impressão que temos ao lê-lo é que Jesus ao responder ao pedido do Apóstolo Pedro, toca em dois assuntos distintos, mas, na verdade em todo o tempo Jesus permanece no mesmo assunto.



Vamos por parte. Do que fala todo o contexto do capítulo?


Perdão é a resposta correta. Pedro pede que sua fé fosse aumentada para poder andar no estilo de vida que Jesus requer, ou seja, perdoando quantas vezes fosse necessário. Jesus ensina que o crescimento da fé não viria pela oração suplicante, mas exercendo a medida que eles já tinham em seus corações, por menor que fosse.



Jesus diz: “ Se tiverdes fé como um grão de mostarda direis...” Todo Cristão batizado já tem uma medida de fé que Deus derramou pelo Espírito Santo em seu coração (Rm 12:3b). Essa fé é liberada falando o que se crer.



O problema do Cristão não está na falta de fé, mas no entendimento de como liberá-la. Como fazê-la funcionar. Jesus ensinou que se eles dissessem à amoreira: “Desarraiga-te e planta-te no mar”, ela vos obedeceria... Ou seja, se eles praticassem a medida que já tinham, poderiam ver coisas impossíveis acontecer,e até maiores que a D’Ele:




João 14,12-14:  “Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai. E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho. O que vocês pedirem em meu nome, eu farei.”


Quando exercemos a fé que já temos vamos experimentar o crescimento dela. A bíblia diz que a fé vem pelo ouvir, não existe outra maneira de fé vir (Rm 19:17), permanece pelo meditar (Js 1:8) e cresce pela prática.Jesus também ensina que para viver essa vida de fé é necessário o andar continuo de perdão. Na parábola do servo inútil, Ele exorta que a vida de perdão é uma obrigação cristã e quando andamos nesse estilo de vida fazemos apenas nossa obrigação.



“Senhor, eu creio, mas vem em socorro de minha pouca fé”








Essa oração nunca deve sair de nossos lábios, de nosso coração. Nós precisamos do auxílio do Senhor para crer, para nos mantermos firmes em nossa postura de fé.A vida, muitas vezes, confronta nossa fé. Muitos acontecimentos chegam para abalar as estruturas de nossas convicções. Precisamos que a nossa fé cresça para vivermos o Evangelho nas situações mais corriqueiras da vida, sobretudo quando algum sofrimento ou tentação bate à nossa porta. Precisamos de fé para obedecer a Jesus.



Como amar sempre? Como “perdoar setenta vezes sete vezes”? Como amar os inimigos e rezar pelos que nos perseguem? Como oferecer a outra face a quem nos feriu? Como confiar de novo em quem nos traiu e magoou, em quem mentiu para nós, nos decepcionou? Como deixar as mágoas para trás? Como amar além dos nossos limites?




Jesus nos manda fazer tudo isso. Como acreditar na bondade do ser humano diante de tantas barbaridades que vemos pelo mundo? Somente a fé nos abre para essa realidade.Em Cristo está todo o poder e todo o domínio. Ao redor parece que está tudo um caos, perdido, mas Cristo tem o controle.



Por que parece que Ele não faz nada? Por que parece que Ele está em silêncio?



Por falta de fé, por falta de oração, de intimidade com Ele, de ir até Ele com o coração aberto. Ele age sempre, e sempre tem uma palavra para nós.




Para quem crê, até o silêncio de Deus é resposta. Não é um silêncio de indiferença ou impotência, mas de segurança e onipotência. Para isso precisamos pedir, “Senhor, aumentai a nossa fé!”


 Precisamos de fé para aceitar o que não compreendemos e não podemos mudar.  Temos nossos limites, e só a fé pode nos fazer transpô-los.



Só a fé nos conduz a um abandono confiante. “Eu não sei nada, não posso nada, mas Deus pode tudo, sabe tudo e, o melhor, Ele me ama”.



Pela fé “caminhamos sobre águas profundas e agitadas, e às vezes até chegamos a afundar, mas a mão de Jesus está sempre lá, estendida para nos socorrer em nossa falta de fé” (Mt 14,22-33).



Precisamos que nossa fé seja grande para alcançarmos os milagres que tanto necessitamos, e para não desanimarmos quando esses milagres não acontecem, pois também nos dia a palavra de Deus: “ Felizes aqueles que nada viram mas, mesmo assim creram...”




Às vezes, a escuridão, a dor ou a angústia é tão forte, que ter fé já é o próprio milagre; afinal, a fé é, antes de tudo, um dom de Deus. Por isso todos somos capazes de ter fé.




Jesus nos diz que “se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda seremos capazes de transportar montanhas” (Mt 17,20). Talvez minha fé seja bem menor que um grão de mostarda, e talvez a sua também seja. Mas eu não quero transportar montanhas. Pra quê? Você quer? Deixa a montanha lá quietinha.




Eu peço para Jesus aumentar nossa fé para podermos viver o Evangelho, viver melhor, suportarmos os sofrimentos reais da vida, superarmos nosso egoísmo, perdoarmos aqueles que nos feriram para continuarmos fazendo sempre o bem, para sermos luzes neste mundo tão obscurecido pelo pecado e pela falta de fé.A fé está desaparecendo do mundo, assim como o amor. Precisamos ter uma fé grande para superarmos nossos limites dia após dia e sermos cada vez melhores, amarmos cada vez mais.Precisamos de fé para espalhar o amor pelo mundo. E não qualquer amor, mas o amor de Deus, manifestado em Cristo e que foi derramado em nossos corações pelo poder do Espírito.Esse amor está em nós, e ele brilhará conforme cresce nossa fé.Por isso, vamos pedir juntos: “Senhor, eu creio, mas aumentai a nossa fé”.



“LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”


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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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