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Eclesiastes 9 diz que "os santos estão mortos", por que então rezar a eles?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 21 de agosto de 2016 | 16:47







A consulta aos mortos é uma prática condenada nas Sagradas Escrituras como “NECRO+MANCIA”, e sempre foi condenada pelas escrituras e pela Igreja Católica. (em tempo: O "Museu das Almas do Purgatório" que trata do tema, não é um órgão oficial do Vaticano e não se situa no Vaticano, mas em Roma).






 





Esta prática (necromancia) é condenada pelas escrituras na seguinte passagem:






"Quando tiveres entrado na terra que o Senhor teu Deus te há de dar, guarda-te de querer imitar as abominações daquelas gentes...não consultarás os necromantes, ou advinhos ou indague dos mortos a verdade. Porque o Senhor abomina todas estas coisas e por tais maldades exterminará estes povos à tua entrada" (Deuteronômio, 19, 9-13). 













Após a morte, através da comunhão dos santos e pelas orações, e missas pelos almas dos falecidos, pode haver uma comunicação de méritos para as almas dos que estão no purgatório. Nunca uma comunicação direta com falecidos pela invocação das almas, pois o que a Igreja e a Sagrada Escritura condenaram como pecado, nunca deixa de ser pecado. Nenhum padre, Bispo ou mesmo Papa pode aprovar o que o próprio Deus condenou. São Paulo ensinou que, “se um anjo do céu viesse ensinar algo diferente do que está no Evangelho, que seja amaldiçoado. (Gálatas 1,8)”. O que a Igreja ensina é que Deus por iniciativa d’Ele (e não nossa por evocações em mesas brancas, pretas, ou seja lá de qualquer cor) pode permitir o aparecimento de uma alma do purgatório, ou até mesmo já da glória celeste, em condições especialíssimas e muito raramente, como já aconteceu na história da Igreja e na própria sagrada escritura ( como na transfiguração com Moisés e Elias).A Igreja Católica também, defende a sã doutrina da intercessão dos santos junto a Cristo e por Cristo, pelos méritos dos santos, através da permanente comunhão dos santos, que não se interrompe com a morte. O que a Igreja e as escrituras proíbem simultaneamente é a consulta direta por evocação às almas dos mortos (isto é o que a Bíblia chama, e condena, como necromancia), pois é uma abominação "indagar dos mortos a verdade" (Deuteronômio 18, 11). A Igreja nos adverte ainda que, em tais circunstâncias, o demônio, por ser anjo, facilmente pode iludir a quem segue essa prática:“Isso não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz...” ( II Cor 11,14)






O ENSINO DA IGREJA SOBRE A COMUNHÃO DOS SANTOS







Diversas espiritualidades e comunhão dos santos






§2684: Na comunhão dos santos, desenvolveram-se, ao longo da história das Igrejas, diversas espiritualidades. O carisma pessoal de uma testemunha do Amor de Deus aos homens pôde ser transmitido, como "o espírito" de Elias a Eliseu" e a João Batista, para que alguns discípulos tenham parte nesse espirito. Há uma espiritualidade igualmente na confluência de outras correntes, litúrgicas e teológicas, atestando a inculturação da fé num meio humano e em sua história. As espiritualidades cristãs participam da tradição viva da oração e são guias indispensáveis para os fiéis, refletindo, em sua rica diversidade, a pura e única Luz do Espírito Santo.O Espírito é de fato o lugar dos santos, e o santo é para o Espírito um lugar próprio, pois se oferece para habitar com Deus e é chamado seu templo.






A Intercessão expressão da comunhão dos santos





§1055 Em virtude da "comunhão dos santos", a Igreja recomenda os defuntos à misericórdia de Deus e oferece em favor deles sufrágios, particularmente o santo sacrifício eucarístico.



§2635: Interceder, pedir em favor de outro, desde Abraão, é próprio de um coração que está em consonância com a misericórdia de Deus. No tempo da Igreja, a intercessão cristã participa da de Cristo; é a expressão da comunhão dos santos. Na intercessão, aquele que ora "não procura seus próprios interesses, mas pensa sobretudo nos dos outros" (Fl 2,4) e reza por aqueles que lhe fazem mal.






Significação da comunhão dos santos






§1331: Comunhão, porque é por este sacramento que nos unimos a Cristo, que nos toma participantes de seu Corpo e de seu Sangue para formarmos um só corpo; denomina-se ainda as "coisas santas: ta hagia (pronuncia-se "ta háguia" e significa "coisas santas"); sancta (coisas santas), este é o sentido primeiro da "comunhão dos santos" de que fala o Símbolo dos Apóstolos, pão dos anjos, pão do céu, remédio de imortalidade, viático.






Intercessão dos santos





§956: A intercessão dos santos. "Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio": Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida.






§1434 As múltiplas formas da penitência na vida cristã A penitência interior do cristão pode ter expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. Ao lado da purificação radical operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de obter o perdão dos pecados, os esforços empreendidos para reconciliar-se com o próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a intercessão dos santos e a prática da caridade, "que cobre uma multidão de pecados" (1Pd 4,8).







Intercessão pelos falecidos






§958: A comunhão com os falecidos. "Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primeiros da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos (...) e, `já que é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados' (2Mc 12,46), também ofereceu sufrágios em favor deles." Nossa oração por eles pode não somente ajudá-los, mas também tornar eficaz sua intercessão por nos.






§2636 As primeiras comunidades cristãs viveram intensamente esta forma de partilha. O Apóstolo Paulo as faz participar assim de seu ministério do Evangelho, mas intercede também por elas. A intercessão dos cristãos não conhece fronteiras: "Por todos os homens, pelos que detêm a autoridade" (1 Tm 2,1), pelos que perseguem pela salvação daqueles que recusam o Evangelho.








“Porque os vivos, esses sabem pelo menos que hão de morrer! Mas os mortos não sabem nada; nem sequer têm memória. Tudo o que fizeram em vida: os seus amores, ódios, rivalidades, tudo se foi com eles, e já não têm participação de espécie alguma naquilo que se passa aqui na Terra.” (Eclesiastes 9,5-6)






Em primeiro lugar, temos que ter muito cuidado ao definir o que a palavra “mortos” significa neste contexto. Como sabemos, os que se mantém fiéis ao Evangelho de nosso Senhor são garantidos a “Vida Eterna”, tal e qual assegurou Jesus à Marta diante da morte de seu irmão Lázaro:“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim viverá, ainda que morra, e quem vive e crê em mim nunca morrerá .”(João 11,24-25). Note que por esse motivo Jesus se referiu à morte de Lázaro como ‘sono’, causando confusão na mente de seus discípulos naquele tempo, e ainda hoje, na mente de muitos Cristãos que não entenderam o que Jesus tentava lhes dizer. 









Então, como podemos interpretar corretamente Eclesiastes 9,5-6 ?






Basta colocar que essa escritura se refere àqueles que partiram injustificados ou seja, fora da ‘amizade’ de Deus. O texto de Eclesiastes 9,5-6 afirma claramente que estes mortos, não têm mais recompensa alguma, e morreram (ou seja, não alcançaram a Vida Eterna, a recompensa dos Justos) juntamente com seu amor, ódio e inveja. Eles não têm parte nesse mundo ou no vindouro. Claramente, esta escritura não se refere  àqueles que viveram o Evangelho e confessaram fé em Jesus como nosso Salvador. Caso contrário, como poderíamos ter sequer esperança de alcançarmos o Reino dos Céus?

 





O Antigo Testamento também confirma esse entendimento em outra passagem, onde aquele que ‘morre’ consiste claramente naquele que “em vida não se arrepende de suas ofensas e parte do mundo físico fora da Graça de Deus”:






“Porque se fizer o que é reto e guardar os meus mandamentos, com toda a certeza que há de viver. Aquele que pecar, esse morrerá.” (Ezequiel 18,19 – Bíblia Protestante).





“O justo receberá a justiça que merece e o injusto pagará pela sua injustiça.Se o injusto se arrepende de todos os erros que praticou e passa a guardar os meus estatutos e a praticar o direito e a justiça, então permanecerá vivo, não morrerá.” (Ezequiel 18,20).






Ora,  sabemos que todo ser humano, justo ou pecador, morre no corpo físico. Portanto, essa passagem seguramente trata da morte espiritual, em contraste à Salvação Eterna, ou Vida Eterna. São Pedro ecoa essa verdade em sua Epístola:“Por esta razão, o evangelho foi proclamado, mesmo para os mortos, de modo que, apesar de terem sido julgados em carne e osso como todos são julgados, eles possam viver em espírito como Deus faz.” (1 Pedro 4,6).A Igreja Católica sempre ensinou que a Igreja é o Corpo Místico de Cristo, e que esse corpo é formado tanto pelas almas dos santos defuntos, bem como pelos fiéis e santos no mundo temporal (pessoas viventes). A Igreja ensina também que dentro do Corpo de Cristo há o que chamamos de Comunhão dos Santos tanto na terra como no céu, como é mencionado Credo milenar:“Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos santos e na vida eterna...” Os católicos acreditam que o santos que partiram do mundo físico vivem em espírito (1 Pedro 4,6), pois alcançaram a vida eterna e por isso continuam a fazer parte do Corpo Místico de Cristo. A Bíblia nos atesta isso em outras passagens, como por exemplo as que seguem abaixo:Ali ele foi transfigurado diante deles. Seu rosto brilhava como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. Só então apareceu diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus. (Mt 17,2-3). “Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito, no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas, se salvaram pela água...”(I Pedro 3,18-19).Os católicos, assim como todos os verdadeiros Cristãos, não rezam aos ‘mortos’, oram sim pela intercessão dos santos de Deus, junto a Cristo, ou seja, aqueles que já vivem em glória no céu. A isso chamamos de Igreja Triunfante, ou seja, a Igreja constituída por todos os que obtiveram a Vida Eterna, e não o castigo ou morte eterna que significa a separação perpétua de Deus.






Eis o que o Catecismo da Igreja Católica diz sobre a Comunhão dos Santos:






CIC 947: Porque é que se acredita nisso? São Paulo explicou que o corpo é corruptível quando ele está enterrado, mas será incorruptível quando levantado.“Semeia-se em desonra, ressuscita em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo físico, é ressuscitado corpo ESPIRITUAL“(1 Coríntios 15,43-44).






Dito isso, eu gostaria de passar para um segundo, mas o não menos importante ponto, que diz respeito ao caráter de nossas orações ou petições. Vamos esclarecer que a palavra rezar vem do grego e orar do latim e ambas tem o mesmo significado: “Pedir, dirigir súplicas.” A Igreja Católica proíbe qualquer tipo de adoração ou oração de louvor ao santos de caráter lautrêutico, pois esse tipo de oração deve ser dirigida somente à Deus. Obviamente, enquanto Cristãos, os Católicos acreditam na Santíssima Trindade, portanto, orações de adoração podem ser dirigidas às três pessoas da Santíssima Trindade.Portanto, “pedir” aos santos para rogarem ao Senhor Jesus em nosso favor não difere do ato de solicitar as preces de um amigo, ou de interceder por aqueles que nos pedem por nossas orações. “Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e, com isso em vista, estar em alerta com toda a perseverança e súplica por todos os santos, e orar em meu nome, esse enunciado pode ser dado a mim na abertura do minha boca, para dar a conhecer com ousadia o mistério do evangelho...”(Efésios 6,18). “Aquele que perscruta os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque Ele faz intercessão pelos santos de acordo com a vontade de Deus.”(Romanos 8,27)






Outras Passagens sugeridas para consulta:






Provérbios 15,8-29 – O Senhor está longe dos maus, mas atende à oração dos justos (santos).






Na carta de  Tiago 5,16 lemos que quanto mais poderosas são as orações dos santos no céu, na qual a justiça tem sido aperfeiçoada. Já no Antigo Testamento, vemos esses exemplos de intercessão seres celestiais em nome da vida: “Mas naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que Se levanta pelos filhos do teu povo, e um tempo virá, tal como nunca houve desde o tempo que as nações começaram, até que o tempo. E naquele tempo o teu povo seja salvo, todo aquele que for achado escrito no livro. “(Daniel 12,1).






“Eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me.”(Daniel 10,13).






Portanto, a posição católica dá a Jesus ainda mais glória. Ele faz tudo, mas nos ama tanto que Ele deseja a nossa participação. Assim, recorremos aos Santos porque cremos que as orações dos justos são fortes e cheias de eficácia e porque estão dispostos a cooperar conosco para a nossa salvação.“Como todos os fiéis formam um só corpo, o bom de cada um é comunicado aos outros.Devemos, portanto, acreditar que existe uma comunhão dos bens na Igreja. Mas o membro mais importante é Cristo, pois Ele é a cabeça. As riquezas de Cristo são comunicadas a todos os membros, através dos sacramentos. CIC 478″. Como a Igreja é governada por um único e mesmo Espírito, todos os bens que ela recebeu se tornam necessariamente um fundo comum a todos. CIC 479″ (Efe 6,18-19).









Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!








 

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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