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sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Entre Mistério e Risadas: Conheça Mister Ponkel, o Detetive Non Sense

 




Mister Ponkel é um ícone do humor brasileiro, surgido nos anos 1970 e 1980, que conquistou fãs por sua abordagem única de sátira policial e non sense. Combinando o estilo clássico de "detetives noir" (detetive típico do estilo narrativo do filme noir ou literatura noir, caracterizado por um protagonista cínico, moralmente ambíguo e muitas vezes anti-herói, inserido em um universo sombrio, de corrupção e fatalismo, com tramas complexas e atmosfera de suspense e desespero)com situações absurdas e diálogos ilógicos, Ponkel transforma investigações sérias em cenas cômicas, desafiando as expectativas do público. Suas histórias, presentes em revistas em quadrinhos, enquetes de TV e rádio, permanecem como referência do humor brasileiro que brinca com a lógica e exagera o cotidiano policial.A autoria de Mister Ponkel continua um mistério — até hoje ninguém sabe quem teve a ideia de criar esse detetive atrapalhado. O que se sabe é que ele apareceu no Brasil nos anos 1970 e 1980, circulando por revistas em quadrinhos, esquetes de TV e programas de rádio, sempre transformando casos policiais sérios em cenas absurdamente engraçadas.Mister Ponkel é aquele detetive exageradamente formal que leva tudo a sério, inclusive as coisas mais ridículas. Ele pode investigar um “roubo” dentro de uma geladeira ou prender criminosos que, na verdade, são apenas objetos inanimados. É o tipo de humor que faz a lógica policial pirar e o público rir sem parar.Mesmo sem saber quem o criou, Mister Ponkel deixou sua marca: abriu caminho para o humor brasileiro non sense, com trocadilhos, exageros e situações completamente inesperadas. Até hoje, suas trapalhadas lembram que, no mundo do detetive Ponkel, o absurdo é a regra e a diversão é garantida.





 

Mister Ponkel: o humor nonsense brasileiro com sotaque americano

 


Mister Ponkel surgiu como uma sátira aos personagens clássicos de quadrinhos americanos, trazendo um estilo de humor nonsense e absurdo que combinava perfeitamente com a linguagem irreverente da MAD, revista famosa por suas paródias de cultura pop, política e comportamento. Ao contrário da Pasquim, que era voltada para o jornalismo satírico e crítico com forte ênfase em charges políticas e textos engajados, Mister Ponkel se destacava pelo humor gráfico mais absurdo, leve e brincalhão, típico das publicações de quadrinhos de humor da época.

 






O próprio nome do personagem evidencia sua inspiração americana


 

“Mister” é o título formal de tratamento em inglês, equivalente a “Senhor” no Brasil. "Ponkel" tem uma sonoridade que lembra apelidos de personagens cômicos americanos, carregando aquele toque nonsense típico de quadrinhos de humor.

 


No Brasil, nomes de personagens de quadrinhos geralmente seguiam uma linha mais engraçada ou caricata no estilo português, como Chico Bento, Geraldinho, Zé Carioca ou Fradi João. A escolha de um nome como Mister Ponkel, portanto, não era casual: era uma referência direta ao estilo americano, provavelmente inspirada no humor absurdo das publicações da MAD americana, que já fazia sucesso entre leitores jovens e adultos interessados em sátira e irreverência.

 


Mister Ponkel se tornou, assim, um exemplo de como o humor brasileiro pode dialogar com influências internacionais sem perder sua própria identidade, mostrando que a irreverência não tem fronteiras.




Aqui vai um resumo do personagem:



-Perfil: Mister Ponkel é um detetive atrapalhado, exageradamente formal, que se envolve em casos policiais absurdos. Ele combina o estilo de detetive clássico americano com situações completamente ilógicas ou cômicas.


-Humor: O charme do personagem está no humor non sense, misturando trocadilhos, soluções ridículas e diálogos que quebram a lógica policial tradicional.


-Aparência: Normalmente desenhado com chapéu e sobretudo, remetendo aos detetives noir, mas com expressões caricatas.


-Cultura: Apesar de não ser amplamente conhecido hoje, Mister Ponkel é lembrado por quem gosta de quadrinhos e humor satírico brasileiro, sendo quase um precursor do estilo de humor que mais tarde influenciaria programas como Casseta & Planeta e alguns quadrinhos de Millôr Fernandes.




Humor policial non sense, é justamente o que caracterizava o Mister Ponkel:



-Definição: É um tipo de comédia que mistura elementos clássicos de investigação policial com situações absurdas ou totalmente ilógicas.


-Estratégia cômica: O detetive age como se estivesse em um caso muito sério, mas tudo à sua volta é ridículo. Trocadilhos, exageros e soluções impossíveis são comuns.


-Quebra de expectativas: o leitor ou espectador espera uma investigação séria, mas a lógica é subvertida.



Exemplo clássico desse tipo de humor (estilo Mister Ponkel):



Um detetive investiga um “roubo” que acontece dentro de uma geladeira. Suspeitos são objetos inanimados ou animais, mas o detetive os trata como criminosos.Interações formais e pomposas em situações absurdas (fala muito sério sobre coisas ridículas).



Influências e legado


-Inspirou o humor de quadrinhos satíricos brasileiros e programas de TV como Casseta & Planeta.


-Mistura de detetive noir + exagero cômico.


-Base para humor moderno que brinca com expectativas de gênero policial.



Aqui estão 10 piadas ou situações típicas que refletem seu estilo, mantendo o espírito original:



1. O ladrão transparente


Mister Ponkel entra correndo na delegacia:

-“Delegado, prendeu o ladrão?”

-“O quê? Qual ladrão?”

-“Aquele que entrou aqui e sumiu sem deixar rastros!”

-“Ponkel, você não está vendo que você está preso sozinho?”






2. Confusão de identidade


Ponkel pergunta a um suspeito:

-“Qual é o seu nome?”

-“Não posso dizer...”

-“Então, como vou prender alguém que não sei quem é?”

“Exatamente.”



3. O interrogatório inusitado


Interrogando um suspeito:

-“Onde estava ontem à noite?”

-“No cinema.”

-“Qual filme?”

-“Ah… você sabe, aquele que ninguém lembra, mas todo mundo assistiu.”



4. A prisão poética


Um criminoso recita:

-“Roubei pão, roubei queijo, mas nunca o seu respeito.”

Ponkel responde:

-“Então você vai para a cadeia poética. Lá, só há celas com rimas obrigatórias!”



5. O interrogatório filosófico


Ponkel pergunta:

-“Você cometeu o crime ou ele cometeu você?”

Suspeito: 

-“Isso depende se você acredita em destino ou em estatística policial...”



6. O delegado preguiçoso


Ponkel vai prender um ladrão e encontra o delegado dormindo:

-“Delegado, o ladrão escapou!”

Delegado:

-“Ele escapou ou você não percebeu que ele não estava aqui o tempo todo?”



7. O crime do absurdo


Ponkel lê a denúncia: “O acusado roubou uma sombra e fugiu com ela.”

Ele comenta:

-“Ah, é crime em horário de verão...”







8. O álibi impossível


Ponkel interroga o suspeito:

– “Onde você estava na hora do crime?”

– “Na cena do crime.”

– “Então confessa?”

– “Não, só estava visitando a cena… antes do crime acontecer.”

– “Mas isso é impossível!”

– “Por isso que é um álibi perfeito!”


9. O assalto invisível


Um homem entra na delegacia e grita:

– “Ponkel, fui assaltado!”

– “O que levaram?”

– “Nada!”

– “Então não foi assalto.”

– “Foi sim! Antes eu não tinha alguma coisa, agora eu também fiquei sem nada!"




10. A prova definitiva


Ponkel mostra uma foto borrada para o delegado:

– “Aqui está a prova do crime!”

Delegado olha e pergunta:

– “Mas isso não é só um borrão?”

– “Claro, delegado! O borrão é o disfarce do criminoso!”



ALGUMAS NARRATIVAS POLICIALESCAS NON SENSE AO ESTILO MISTER PUNKEL



O Assalto ao Silêncio



Ponkel estava sentado na delegacia quando um senhor nervoso entrou: “Fui roubado! Roubaram meu silêncio!” Ponkel levantou uma sobrancelha, intrigado. “E como percebeu que o silêncio sumiu?” perguntou. “Porque desde ontem só ouço barulhos estranhos e sussurros de suspeitos invisíveis discutindo sobre nada.” Ponkel anotou calmamente: “Roubo de silêncio, vítimas: todas as pessoas próximas, suspeito: desconhecido.” E, como sempre, decidiu conduzir a investigação… em silêncio absoluto.




O Caso do Relógio Apressado



Ponkel foi chamado para investigar um roubo muito estranho: alguém havia levado o tempo da vizinhança. “O que quer dizer com ‘tempo’?” perguntou o delegado. Um morador explicou: “Meu relógio e todos os outros começaram a andar para frente sem parar. Perdemos reuniões, jantares e até cochilos!”Ponkel coçou a cabeça e declarou: “Então temos um ladrão de segundos. Muito rápido, quase imperceptível… e ainda atrasou o boletim de ocorrência!”



O Caso da Chuva que Fugia



Ponkel foi chamado para investigar um fenômeno curioso: a chuva não estava molhando ninguém.

-“Como assim?” 

Perguntou o delegado.

-“Chove, mas as gotas correm antes de tocar o chão!” explicou um morador.


Ponkel examinou a rua, olhou para o céu e anotou: “Suspeito: chuva fugitiva. Testemunhas: guarda-chuvas abandonados. Evidência: poças que não existem.” Ao final, Ponkel sugeriu uma patrulha aérea para pegar a chuva antes que ela fugisse de novo.



CONCLUSÃO



O legado de Mister Ponkel vai muito além de suas piadas e situações absurdas. Ele abriu caminho para um tipo de humor que mistura exagero, trocadilhos e subversão de expectativas, influenciando gerações de quadrinistas e programas humorísticos brasileiros. Ao revisitar suas histórias, percebe-se como o detetive atrapalhado continua relevante, mostrando que o non sense bem-humorado e a sátira inteligente nunca saem de moda.




Fontes e Bibliografia




-Vilmar Rodrigues foi um desenhista e ilustrador brasileiro que colaborou com revistas de humor como Pif-Paf e MAD Brasil, publicações que influenciaram o cenário do humor gráfico nacional. Seu trabalho contribuiu para a formação de uma linguagem de humor que dialogava com o absurdo e a crítica social, elementos presentes no estilo de Mister Ponkel. Fonte: Vilmar Rodrigues - Wikipédia


-João Batista Queiroz foi um quadrinista brasileiro que trabalhou com o grupo humorístico Os Trapalhões nos anos 1980. Seu envolvimento com esse grupo reflete a popularização do humor nonsensical e satírico na televisão brasileira, um ambiente onde o estilo de Mister Ponkel também encontrou espaço. Fonte: João Batista Queiroz - Wikipédia


-"O Guia do Assaltado" de Millôr Fernandes - Embora não trate diretamente de Mister Ponkel, a obra de Millôr Fernandes, como O Guia do Assaltado, exemplifica o tipo de humor satírico e absurdo que também caracteriza as histórias do detetive. Millôr foi uma figura central no humor brasileiro e sua abordagem influenciou diversos personagens e programas da época. Fonte: Millôr Fernandes - Wikipédia





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