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sexta-feira, 6 de abril de 2018

Neste caos de violência quem é a vítima: A sociedade, ou o criminosos ?



O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou em sua conta no Twitter que sua equipe está estudando casos internacionais que tiveram sucesso no combate ao crime organizado. Nesse contexto, ele escreveu neste sábado (31/03/218) que “a sociedade deve ser estimulada a reagir à ideia de que 'o criminoso é vítima da mesquinheza social”. Segundo ele, a vítima é a sociedade. As afirmações de Villas Bôas ocorrem em um momento no qual o Rio de Janeiro passa por uma intervenção federal que conta com o apoio das Forças Armadas por meio de uma operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem), decreto que dá aos militares poder de atuar na segurança pública.Em fevereiro, logo após o anúncio da intervenção, o comandante convocou o Exército brasileiro a apoiar a medida. E, na ocasião, disse que a solução da crise na segurança pública fluminense exigiria "comprometimento, sinergia e sacrifício dos poderes constitucionais, das instituições e, eventualmente, da população."Das ações similares no combate à insegurança pública depreendidas do estudo comparativo em outros países, destaco como 3º ponto que: A sociedade deve ser estimulada a reagir à ideia de que "o criminoso é vítima da mesquinheza social". Vítima é a sociedade. Criminoso é criminoso!O general não havia desenvolvido mais o raciocínio sobre o combate à ideia de que o criminoso seria vítima da "mesquinhez social" até às 15h30 deste sábado. Ele não fez referência a nenhuma situação nem pessoa ou instituição específica na publicação.Alguns analistas e ativistas costumam atribuir a fatores sociais a cooptação de membros pelo crime organizado. Um dos argumentos principais é que o criminoso teria poucas oportunidades para seguir por outros caminhos.Em duas publicações anteriores, Villas Bôas destacou outros fatores que ajudariam no combate ao crime organizado no Brasil.Ele citou a "centralização da segurança pública e ações sociais para permitir o avanço coordenado nas comunidades".A segurança pública é uma atribuição dos Estados, segundo a Constituição em vigor no país. Porém, em fevereiro o governo federal criou o Ministério da Segurança, que tem como uma de suas principais missões integrar o trabalho dos órgãos policiais de todo o país.Durante a intervenção no Rio, em ao menos uma ocasião, os interventores combinaram ações armadas com mutirões de assistência social em uma favela da zona oeste. A ideia era ganhar a confiança da população e estimular denúncias sobre o paradeiro de criminosos procurados e esconderijos de armas.No Twitter, Villas Bôas também defendeu o "reaparelhamento das estruturas de segurança, melhorias das condições de trabalho e valorização social do policial".A afirmação ocorre no momento em que o interventor federal no Rio, o general Walter Braga Netto, tentar reestruturar e reequipar a polícia fluminense.Durante muito tempo, nos meus idos tempos no partido Comunista lá em Aracati-CE,sustentei o discurso de que criminosos são vítimas da sociedade. Essa ideia inocente partia de um coração ingênuo de que as pessoas precisam de amor para se tornarem melhores. E também do fato de que parece muito óbvio de que, em um ambiente pobre, as pessoas estejam mais propensas a ser vítimas e a cometer violências de todo o gênero. Meu pensamento era: maldito sistema capitalista que fomenta a miséria, pobres, ladrões e assassinos.A recuperação do ser humano era algo a ser cumprido a todo custo. O meu coração adolescente estava a serviço de um ideal impraticável. Eu esquecia que existem “pessoas e pessoas”.Contundo, mudei de ideias, após começar a refletir mais sobre essas questões, principalmente no que tange ao lado moral e filosófico do problema.O que eu desconsiderava, há algum tempo atrás, é que as pessoas podem ser más, e isso não ser fruto de situações da vida, mas da escolha pessoal.




Quem só teve maus exemplos ao longo de sua trajetória teve ao menos duas opções:


1ª)- Repetir o mau exemplo, deixando-se levar pelo caminho fácil da violência e da repetição do comportamento danoso;

2ª)- Entender que aquele mau exemplo não deveria ser seguido.


Sem dúvidas, o exemplo é muito forte para o aprendizado, mas somos racionais. Nós, humanos, não estamos condicionados às mesmas limitações dos outros seres que habitam este planeta. Somos capazes de gerenciar nossa conduta. Esperar resultados, planejar e modificar. Nisto consiste a nossa liberdade de escolha. O mau elemento, que esfaqueia num assalto mostrando toda sua desconsideração pela vítima e demonstrando culpa somente quando é apreendido, não comete um ato irresponsável, culposo, provocado por emoções conflitantes, mas um ato de crueldade.



Os corações mais condoídos pelos bandidos esquecem que a grande maioria das pessoas pobres trabalha para construir seu patrimônio e são estas as mais vilipendiadas por esse estado de caos. O pobre trabalhador está vendo o seu patrimônio e a sua vida tratados como lixo.E nesse estado de caos é sempre comum que apontem o dedo para alguém. Culpam sempre o motorista que alivia sua consciência dando alguns trocados no sinal. Desculpa a pergunta, mas que nexo de causalidade é este? Culpam o individualismo, olvidando sempre que a solidariedade consiste em ajudar o outro e nunca tomá-lo nos braços e tratá-lo como um eterno coitado, ineficiente e incapaz para a vida.


Quando, em um debate ou discussão informal, alguém lhe disser que a culpa pela violência existente é do “sistema”, da “sociedade”, do “capitalismo” ou qualquer outra expressão que denote que a causa dessa violência é algo que afeta o criminoso de fora para dentro, saiba que você está lidando ou com um completo ignorante (aqui não no sentido puramente pejorativo e insultuoso da palavra, mas sim para designar alguém que ignora o assunto em questão) ou com um cínico. Antes que algum leitor deste texto se ofenda por se enquadrar em uma das hipóteses acima , ou quem sabe nas duas, peço que deixe a afetação de sensibilidade de lado e acompanhe o raciocínio.


Um sujeito, ao dizer que a violência é causada pelo “sistema” ou, ainda pior, pela própria sociedade, ele está categoricamente afirmando que, fazendo coro com Rousseau, o homem é bom por natureza e que o estado deficiente de coisas desvirtuam esse bondoso e bem intencionado indivíduo, levando-o a cometer crimes; crimes pelos quais ele está moralmente inocentado, pois, afinal de contas, ele foi apenas uma vítima do sistema, da sociedade. Portanto, a responsabilidade pelos seus atos recairá sempre sobre o sistema, sobre a sociedade.O grande problema desse pensamento é que ele desconsidera um dado absolutamente óbvio: há homens que são maus por natureza. A maldade é inerente ao ser humano, não sendo razoável conceber que ela seja uma produção externa, enquanto o seu contraponto, a bondade, seja uma produção interna.A maldade, a vileza, o ódio e a crueldade existem desde os tempos mais primórdios e vão continuar existindo, não importa o que se faça.



Não que a violência generalizada e o caos sejam inevitáveis. A solução para isso é uma aplicação rigorosa da lei, de forma que o temor a ela seja fator coibidor do crime. Não sendo suficiente para a coibição do crime, que se puna exemplarmente e o criminoso pague pelos seus atos. Qualquer alternativa a isso do estilo “reeducação” ou “reinserção na sociedade” não passa de empulhação esquerdista.O que acontece é que as pessoas que defendem a tese de que o bandido não é mau por que simplesmente é, mas sim porque as condições em que ele se encontra não lhe dão outra escolha, contribuem em maior ou menor grau, consciente ou inconscientemente, para o projeto de poder da esquerda, que se baseia, em grande parte, em vender soluções fantasiosas e inatingíveis. Para colocar em prática tais soluções, a esquerda precisaria ter o controle do governo e das instituições, podendo, assim, transformar o sistema que supostamente é o causador de todos os problemas, de toda a violência, de toda a injustiça. Aceitar que a maldade seja inerente ao ser humano e isentar o sistema de qualquer culpa faz com que o sentido de obter o controle do governo e das instituições perca em grande parte o sentido.Não há palavras para descrever a vigarice de quem defende que todos esses males se extinguirão com o advento de um “sistema perfeito” em que haverá “igualdade”, “justiça social”, e, portanto, nenhum homem será levado a cometer atos de violência. A história nos mostra que a suposta tentativa de destruir o sistema capitalista opressor e causador de tantos males espalhou a miséria e ceifou a vida de milhões de pessoas no século XX; o mundo nunca havia presenciado um morticínio tão monstruoso e em um período de tempo tão curto.Ao se deparar com um militante socialista passando a mão na cabeça de uma “vítima da sociedade” e dizendo que o sistema capitalista deve ser derrubado para que tenhamos uma sociedade mais justa ou qualquer coisa do tipo, a única opção que resta a uma pessoa minimamente informada e decente é mostra-lhe o que esse pensamento já causou à humanidade. Mais de 100 mil mortos em Cuba, mais de 20 milhões na União Soviética, mais de 70 milhões na China; esse é o saldo da tentativa de imposição de uma ideologia que pretende criar uma sociedade perfeita e incorruptível, igualitária e com justiça social.




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