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quarta-feira, 18 de abril de 2018

Liturgia não é ACHOLOGIA, nem muito menos a Casa da mãe Joana




A Pastoral Litúrgica é de importância basilar na vida da Igreja. A formação das Comissões Forâneas, que objetivarão, além do estudo aprofundado da liturgia, a normatização das práticas e atos dentro e fora das celebrações. Claro que como em todas as dimensões da Igreja, existem sempre desafios a serem superados, por isto é preciso sempre uma catequese voltada para aquilo que deve ser preservado como correto na vivência da liturgia, portanto, deve-se ter a profunda consciência de celebrar ricamente e fielmente a liturgia, onde a Santa Missa não é celebrativa, mas celebrada, pois a mesma é sempre atual.




Podemos, pela Liturgia, estabelecer uma intimidade com o divino pela linguagem dos sinais e símbolos. Só se celebra o que aconteceu e se viveu: uma data importante na vida das pessoas, da nação, um fato histórico de um povo, um momento marcante da fé. A liturgia, como memorial, é a celebração de eventos significativos da história de um povo, correlacionando-o com o transcendente. Para os católicos, é a celebração dos diversos momentos da história da salvação, fazendo memória da ação de Deus em favor dos seus eleitos.


No relato do início dos primeiros cristãos, Lucas descreve uma celebração litúrgica com riqueza de detalhes: “Eles se mostravam assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”. A catequese litúrgica portanto, gera a comunhão fraterna, verdadeira Igreja. Entendida e vivida esta comunhão, como capacidade de dar e receber, abertura interior para acolher e edificar, ter o mesmo sentimento, é possível participar da fração do pão da unidade.




Resta, então, a abertura à oração, intimidade da criatura com o Criador. Com isto está formado o tripé dos primeiros cristãos: ensinamento, comunhão, oração.A Liturgia não é só celebração ritual, é ação, gesto concreto, assembleia, unidade de culto, atitude interior que se projeta no exterior. É externar o Deus vivo que está no interior da alma. É testemunho, partilha.A Liturgia é compreendida melhor quando entramos na Tradição viva da Igreja, tanto oral como escrita, recebida como dom a ser preservado e vivido em espírito de fé e de oração. Este é o verdadeiro espírito para celebrar e participar da liturgia.






Não se trata de produzir emoções superficiais e fugazes, por meio de atitudes piegas particulares para entrar no rito, ou agradar a alguém, porque o verdadeiro “espírito da liturgia” é o espírito de oração adorante, de quem está “diante de Deus para servi-lo” (cf. Missal Romano - Paulo VI - Oração Eucarística II).O Papa Bento XVI afirma, com base em sua experiência, que é edificante aprender a compreender a liturgia com o sentido eclesial e dinâmico da verdadeira Tradição, pela oração litúrgica. Por isso, é necessária a formação pela catequese, para iluminar as trevas da ignorância e derrubar as falsas ideologias cultuais, compreendendo o sentido sagrado do culto divino (oração e liturgia) e sua relação com toda a história da Salvação, que a Igreja professa em seus filhos: Cabeça e membros, Pastor e rebanho, expressando literalmente: Para que a oração desenvolva esta força purificadora, deve, por um lado, ser muito pessoal, um confronto do meu eu com Deus, com o Deus vivo; mas, por outro, deve ser incessantemente guiada e iluminada pelas grandes orações da Igreja e dos santos, pela oração litúrgica, na qual o Senhor nos ensina continuamente a rezar de modo justo. O Cardeal Van Thuan, contou no seu livro de Exercícios Espirituais, como em sua vida tinha havido longos períodos de incapacidade para rezar, e como ele se tinha agarrado às palavras de oração da Igreja: ao Pai Nosso, à Ave Maria e às orações da Liturgia. (Livro: Testemunhas da esperança). Na oração, deve haver sempre este entrelaçamento de oração pública e oração pessoal. Assim podemos falar a Deus, e assim Deus fala a nós. Deste modo, realizam-se em nós as purificações, mediante as quais nos tornamos capazes de Deus e idóneos ao serviço dos homens. Assim tornamo-nos capazes da grande esperança e ministros da esperança para os outros: a esperança em sentido cristão é sempre esperança também para os outros. É a esperança ativa que nos faz lutar para que as coisas não caminhem para um fim perverso. É esperança ativa precisamente também, no sentido de mantermos o mundo aberto a Deus. Somente assim, ela permanece também uma esperança verdadeiramente humana.



CONCLUSÃO:



Para que as ações litúrgicas produzam o que significam, Cristo se faz presente em todas elas: está presente na pessoa do ministro, nas espécies eucarísticas, nos sacramentos, quando se leem as Escrituras é Cristo quem fala, na assembleia, pois assim ele nos assegurou: “quando dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles” [Mateus18,20]. Na Liturgia Deus é sempre glorificado e a Humanidade santificada. Portanto a Liturgia é por excelência o exercício do sacerdócio de Cristo. Nesse sentido, a essência da catequese litúrgica é conduzir o fiel ao mistério, fazendo-o membro da Trindade Santa revelada em Cristo, e enriquecida com a contemplação. Quanto mais nos familiarizarmos com a liturgia, mais íntimos de Deus seremos. Pela Liturgia a Igreja vai à frente levando o estandarte de Cristo, juntando todos os filhos dispersos pelo mundo no único Corpo, formado um só rebanho e um só Pastor.




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