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segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Por que tanto ódio e desprezo "ao santo padre o papa Francisco?"






Há alguns anos atrás, numa quarta-feira, celebrávamos a fumata bianca expelida pela chaminé da Capela Sistina e pouco tempo depois, ansiosos, ouvíamos pela TV secular o secular anúncio do Habemus Papam. Era o (então desconhecido) cardeal Jorge Maria Bergoglio, qui sibi nomen imposuit Franciscum.Olhando em retrospectiva, creio que se pode dizer ao contrário do que parece à primeira vista, que estamos diante de um dos Papas mais odiados da história da Igreja. Sim, é certo que a mídia anticatólica, os católicos progressistas e alguns não-católicos enaltecem [aquilo que acreditam ser] o Papa Francisco; no entanto, só o enaltecem naquilo que lhes agrada e lhes é conveniente.










Os inimigos da Igreja falam muito do Papa Francisco, é verdade, e falam dele em tom laudatório, Por que “amam” o Papa Francisco? 






Estas pessoas não amam realmente o Papa Francisco. E não o amam por uma razão dupla: primeiro que não se afeiçoam ao Papa de verdade, senão a uma sua caricatura grotesca; segundo porque atribuem a ele características idealizadas, e não aquilo que realmente ele é: Pastor universal da Igreja, e não de grupos. Seja progressistas, tradicionalistas, ou moderados.Não é portanto verdade que os anticlericais tenham passado a amar o Papa: os anticlericais continuam odiando o Papa. Apenas o fazem agora por outro meio.Em contrapartida, muitos dos que se dizem católicos debandaram tristemente para o ódio escancarado e a perseguição aberta ao Soberano Pontífice. Engolem da maneira mais acrítica possível as maiores barbaridades que os inimigos da Igreja dizem a respeito do Papa: dão mais crédito ao burburinho do mundo que à oração de Nosso Senhor para que a Fé de Pedro não desfalecesse. Acreditam em tudo o que se diz de depreciativo sobre o Papa Francisco, e o divulgam e alardeiam, contribuindo assim para o fortalecimento da má fama de Sua Santidade. Eis porque o atual Pontífice é um dos mais odiados de todos os tempos: porque aos odiadores tradicionais que o continuam odiando, somaram-se multidões de católicos que, fazendo coro aos anticlericais, vêem no Papa mais o Anticristo que o doce Cristo-na-Terra, como dizia Santa Catarina de Sena, que viveu uma crise papal pior que a atual, com dois papas na Cátedra de Pedro.Bento XVI era odiado pelo mundo, mas amado por parte significativa dos católicos tradicionais. Francisco continua odiado pelo mundo e é também odiado por grande parte destes católicos que  enxergam no Papa mais um inimigo que um aliado. No final das contas, quem é que ama o Papa Francisco pelo que ele é, e não pelo que [acredita que] ele representa? Quase ninguém. E não se justifique o próprio ódio sob a alegação de que o Papa não ajuda a desfazer a imagem errada que têm dele. São Valentino também é um dos santos menos amados do mundo, apesar de milhões de pessoas celebrarem alegremente o Valentine’s Day a cada 14 de fevereiro. São Francisco de Assis também é um dos santos mais impopulares pelos tradicionalistas da história, a despeito de a “Oração de São Francisco” ser mais conhecida que o Hino Nacional. Não é privilégio do Papa Francisco ter uma imagem pública destoante da que se espera de um católico de verdade.Além disso, o esforço exigido para desfazer o senso comum é hercúleo e não pode ser exigido de ninguém, muito menos de um Papa, aliás, a quem absolutamente ninguém pode ditar a melhor forma de governar a Igreja. Se Sua Santidade poderia ser mais claro e não o é, disto ele haverá de prestar contas ao Altíssimo e não aos leigos católicos da internet da corrente tradicionalista. Eventuais defeitos dos superiores não elidem o dever de submissão dos subordinados, e nem muitíssimo menos justificam a falta de respeito cada vez mais generalizada que se tem tristemente observado nos últimos quatro anos.Finalmente, para venderem a  imagem do Papa-que-não-é-católico, os inimigos da Igreja praticam o cherry-picking mais descarado. Jamais divulgam aquilo que o Papa diz e faz de católico, mas conferem grande alarde a tudo que se possa mal interpretar. Um exemplo entre muitos, os que defendem a comunhão dos adúlteros dizem que isto é um ato de «misericórdia» pastoral, com o qual a Igreja deve temperar a «justiça» inflexível das normas canônicas. Mas o Papa Francisco, há menos de um mês, comentando o Evangelho de S. Mateus, deu-nos esta belíssima lição:“Jesus não responde se é lícito [para um marido repudiar a própria mulher] ou não; não entra na lógica casuística deles. Porque eles pensavam na fé somente em termos de ‘pode’ ou ‘não pode’, até onde se pode, até onde não se pode. É a lógica da casuística: Jesus não entra nisso. E faz uma pergunta: ‘Mas o que Moisés vos ordenou? O que está na vossa lei?’. E eles explicam a permissão que Moisés deu de repudiar a mulher, e são eles a cair na própria armadilha. Porque Jesus os qualifica como ‘duros de coração’: ‘Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento’, e diz a verdade, sem casuística. Depois, uma pessoa de mentalidade casuística pode se perguntar: ‘Mas o que é mais importante em Deus? Justiça ou misericórdia?’. Este também é um pensamento doente.O que é mais importante? Não são duas: é somente uma, uma só coisa. Em Deus, justiça é misericórdia e misericórdia é justiça. Que o Senhor nos ajude a entender esta estrada, que não é fácil, mas nos fará felizes, a nós, e fará felizes muitas pessoas”.Não existe oposição entre misericórdia e justiça! A misericórdia verdadeira não pode senão ser justa, e a justiça verdadeira é ela própria misericordiosa. A idéia de conferir sacramentos de vivos a pecadores formais sob a justificativa da misericórdia, portanto, é uma falsa idéia, é «um pensamento doente». Que duro golpe nos divorcistas.Quem, no entanto, dos “admiradores” do Papa Francisco, prestou atenção a esta homilia, preocupou-se em divulgar este ensinamento ?...É preciso entender que o papa não governa com interesse de agradar a grupos, mas pensando no bem de toda a Igreja a qual é chamado a pastorear. Desde que George Bush propôs, durante uma entrevista, uma distinção entre “unificadores” e “divisores”, a mídia norte-americana vem se perguntando continuamente sobre cada presidente dos Estados Unidos: "Será que ele é um unificador ou um divisor?".Francisco é um papa impossível de enquadra-lo em nossos estereótipos pré concebidos, e que  pode desagradar conservadores e progressistas ao mesmo tempo.Muitos católicos que se identificam como conservadores ou como progressistas vão se decepcionar com o Papa Francisco, cujo programa de renovação espiritual, continuidade doutrinal e ênfase nos pobres não se encaixa em nenhum dos moldes tradicionais, disse o eminente cardeal alemão Walter Kasper, teólogo e presidente emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, disse que o Papa Francisco também vai enfrentar resistência dentro da Cúria, que precisa tanto de uma renovação organizacional quanto de uma mudança de mentalidade.As tentativas de reforma irão trazer resistências e dificuldades, "assim como com todas as grandes instituições", disse ele em uma entrevista ao jornal italiano Il Foglio:"No entanto, esse papa é muito determinado: ele sabe o que quer", disse.O cardeal de 80 anos, que era elegível por apenas cinco dias para ser parte do conclave que elegeu o novo papa, é muito apreciado pelo Papa Francisco, que chamou o cardeal de um "teólogo em forma". Durante o seu primeiro discurso público, no Ângelus, o papa se referiu a uma das obras publicadas recentemente pelo cardeal que "me fez muito bem".Kasper disse ao jornal italiano que "não é possível enquadrar (o papa) no clássico debate europeu conservadores-progressistas", que já é um esquema esgotado.Muitas pessoas estão entusiasmadas com ele: ele é um pastor de verdade, tem um grande charme e uma abordagem imediata com as pessoas" e fala de uma forma direta e compreensível, disse Kasper. Há aqueles "que o acusam de fazer um show, mas, a meu ver, ele está dando um testemunho autêntico: ele vive o que diz".O fato de o papa tentar viver simplesmente "lhe dá credibilidade. Ele não vive como um príncipe. Bento XVI também era uma pessoa simples, mas havia se adequado um pouco com certas formas que Francisco rejeita", disse o cardeal alemão."Muitos vão se decepcionar com Francisco", disse ele, presumindo que o chamado ramo conservador já se sente decepcionado "porque ele não tem a estatura intelectual de Bento XVI e, depois, porque ele aboliu a corte pontifícia – algo pelo qual eu lhe sou grato, era um barroquismo anacrônico". O cardeal prevê também, que a chamada ala progressista não ficará feliz, até porque, mesmo que o papa tenha dado início a uma mudança de estilo, "ele não vai mudar o conteúdo". Entre ele e Bento XVI, há continuidade na doutrina, disse.O Papa Francisco não vai mudar nada no celibato dos padres e não vai abrir às ordenações das mulheres,nem promover outras questões "progressistas" que não fazem parte do ensino da Igreja.O Papa Francisco "não é um conservador nem um progressista. Ele quer uma Igreja pobre e dos pobres", e está ciente de que uma grande parte do mundo vive na extrema pobreza, disse o cardeal.Dado o nível de miséria no mundo, "eu acredito que ele vai mudar a agenda da Igreja" de modo ela "leve mais a sério os problemas" do mundo em desenvolvimento."O modelo de civilização ocidental não funciona mais", e "o liberalismo não responde aos problemas da miséria difusa no mundo", afirmou.O cristianismo é a única força espiritual e intelectual no mundo de hoje que tem uma alternativa para o futuro", disse o cardeal. O seu sucesso não depende da força nos números, mas sim na determinação dos católicos de serem, como chamou o Papa Bento XVI, uma "minoria criativa", influenciando o mundo secularizado e conturbado.O chamado do Papa Bento XVI a combater o secularismo está sendo posto em prática com o seu sucessor, disse Kasper. "Hoje, com Francisco, abre-se uma temporada de renovação espiritual".A renovação envolve a própria Igreja, afirmou Kasper, começando pela Cúria. O Papa Francisco já começou a trabalhar na forma como as autoridades da Cúria pensam em si mesmas, insistindo que a mentalidade da Cúria "não deve ser de poder e burocracia, mas sim de serviço".A reforma da Cúria era um "desejo quase unânime dos cardeais" presentes no conclave que elegeu o Papa Francisco em março.O maior problema da Cúria, segundo ele, é a falta de comunicação entre os presidentes de todos os escritórios vaticanos. "A mão direita não sabe o que faz a mão esquerda"."Os chefes de dicastério devem se ver frequentemente, ao menos uma vez por mês", e devem ser capazes de "ter acesso diretamente ao papa, sem passar pela Secretaria de Estado, que ultimamente funcionava como órgão de governo intermediário", disse o cardeal.














Há quem o odeie porque não querem entender que a fé cristã é a fé em um Deus onipotente que decidiu operar a salvação da humanidade tornando-se homem junto conosco. Prefeririam um Deus muçulmano, que lhes ordenasse usar a força.Aliás, a sua obsessão com o islã é o reflexo da sua inveja e a expressão do seu pesar por não poderem exaltar a própria vontade de poder, tal como aqueles muçulmanos que justificam a própria vontade de dominar invocando a jihad.Do mesmo modo que o amor nos torna inteligentes, a maldade nos torna cegos. De tanto atribuir ao Papa o que ele nunca disse, os inimigos do Papa Francisco se condenam a não entender nada.Ao fazer um diagnóstico sem complacências sobre a realidade de certos matrimônios celebrados meramente na forma, o Papa destacou as consequências da apostasia e da frouxidão dos responsáveis do clero que renunciaram a iluminar consciências quando as condições de validade para um matrimônio sacramental não eram cumpridas.Negando-se a escutar o que o Papa realmente diz e dando preferência à calúnia, os católicos que desfrutam do próprio ódio ao Papa se condenam a uma cegueira voluntária.A histeria que o Papa Francisco desencadeia em alguns não nos diz nada sobre o que o Papa de fato pensa e fala, mas nos ensina muito sobre o estado interior dos seus detratores.Deste ponto de vista, a alergia ao Papa Francisco é um sintoma revelador de incoerências e infâmias em alguns círculos católicos e, por isso mesmo, é uma boa notícia: Com o papa Francisco as máscaras caem.





Oremos pelo papa como Cristo orou por Pedro, para que a sua fé não desfaleça!




 








Na Igreja – diferentemente das confissões protestantes, nas quais cada fiel tem o seu próprio magistério –, existe uma autoridade, um fundamento visível colocado pelo próprio Cristo e ao qual todos os cristãos devem amor e obediência. Este fundamento é a confissão que o Apóstolo Pedro fez há dois mil anos: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" ( Mt 16, 16), e que os seus sucessores são chamados a imitar. De fato, em meio às tempestades que agitam o barco da Igreja, " aquilo que a salva não são as qualidades nem a coragem dos seus homens, mas a fé, que permite caminhar até no meio da escuridão, entre as dificuldades. A fé confere-nos a segurança da presença de Jesus sempre ao nosso lado, da sua mão que nos segura para nos proteger do perigo. Todos nós estamos neste barco, e aqui sentimo-nos seguros, não obstante os nossos limites e as nossas debilidades. Estamos seguros sobretudo quando sabemos ajoelhar-nos e adorar Jesus, o único Senhor da nossa vida"   





V. Oremos pelo nosso Beatíssimo Papa... 



R. O Senhor o conserve, lhe dê vida e o torne feliz na terra, e não o entregue em poder dos seus inimigos!




"Ó Deus, que na vossa Providência quisestes edificar a vossa Igreja sobre São Pedro, chefe dos Apóstolos, fazei que o nosso Papa..., que constituístes sucessor de Pedro, seja para o vosso povo o princípio e o fundamento visível da unidade da fé e da comunhão na caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, Amém!"














“No dia em que eu achar que sei mais que a Igreja, seus apóstolos e o próprio Espírito Santo que a conduz, eu não preciso mais dela! Se já não a obedeço, não me esforço em entendê-la, de ama-la e defende-la, é porque há muito tempo já deixei de ser católico...” (Pe. Leo)






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Um comentário:

  1. Perfeito com esse comentário, acerto em tudo o que eu pensava. Sobre o Papa Francisco, no começo eu odiava mas hoje o vejo como Papa. Parabéns pelo assunto.

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