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(O Cristo que ri: "Onde está ó morte, a tua vitória?" - 1 Cor 15,53-58 ) |
A morte é uma realidade
terrível! Isso milhares de pessoas já experimentaram quando se encontravam ao
lado da sepultura de algum ente querido. Também o nosso Senhor Jesus Cristo
jamais ignorou a realidade da morte. Quando Ele chegou para ressuscitar seu
amigo Lázaro que já se encontrava quatro dias na sepultura, Ele até chorou ao
lado do sepulcro. Mas assim como a morte é uma
dura realidade, existe uma outra realidade que é maravilhosa: "essa mesma morte
que nos inspira tanto pavor perdeu seu poder e sua força por meio da morte de
Jesus!" Embora nós que cremos em
Cristo fiquemos com o passar dos anos cada vez mais velho, e esteja se aproximando
inexoravelmente do dia em que partiremos deste mundo, a pessoa que crê em Jesus
se encontra dentro do raio de ação da promessa do Salmo 92:
“Como é bom render graças ao
Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, anunciar de manhã o
teu amor leal e de noite a tua fidelidade, ao som da lira de dez cordas e
da cítara, e da melodia da harpa. Tu me alegras, Senhor, com os teus
feitos; as obras das tuas mãos levam-me a cantar de alegria. Como
são grandes as tuas obras, Senhor, como são profundos os teus propósitos! O
insensato não entende, o tolo não vê que,
embora os ímpios brotem como a erva e floresçam todos os malfeitores, serão
destruídos para sempre. Pois somente Tu, Senhor, és exaltado para sempre! Mas
os teus inimigos, Senhor, os teus inimigos perecerão; serão dispersos todos os
malfeitores! Tu aumentaste a minha força como a do boi selvagem;
derramaste sobre mim óleo novo. Os meus olhos contemplaram a derrota dos
meus inimigos; os meus ouvidos escutaram a debandada dos meus maldosos
agressores! Os justos florescerão
como a palmeira, crescerão como o cedro do Líbano; plantados na casa do
Senhor, florescerão nos átrios do nosso Deus. Mesmo na velhice darão
fruto, permanecerão viçosos e verdejantes, para proclamar que o Senhor é
justo. Ele é a minha rocha; n'Ele não há injustiça!"
E, conforme as palavras do
apóstolo Paulo, essa pessoa constantemente rejuvenesce em seu interior:
“…mesmo
que o nosso homem exterior se corrompa, contudo o nosso homem interior se
renova de dia em dia.”
Essa pessoa é possuidora da
juventude vinda da graça daqueles que se
confiam em Cristo, pois assim nos assegura o Salmo 103,1-5:
“Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e tudo o que há em mim
bendiga o seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te
esqueças de nenhum de seus benefícios! Ele é o que perdoa todas as tuas
iniqüidades, que sara todas as tuas enfermidades! Que
redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia.Que
farta a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia...”
Esse
é o fato eterno e maravilhoso!
“Através da Sua morte, Jesus Cristo nos reconciliou e nos religou
com Deus! A ponte quebrada em virtude do pecado, foi reconstruída! Ele nos
libertou do poder de Satanás! Ele nos salvou do caráter deste mundo inteiro que jaz sob o poder do malígno ( 1 João 5,19)
E por que a expressão o
mundo inteiro jaz?
Essa expressão "jaz" significa estar sob o poder do mal, ser mantido em
submissão pelo diabo. Indica “alguém” que aceita o domínio do mal e o aprova.Temos
aqui a menção do sistema mundano (o império da besta). A Bíblia nos diz que o
diabo é o deus deste século. “nos quais o deus deste século cegou o
entendimento dos incrédulos…” (2Cor 4, 4). - João tem em vista aqui a
sociedade sem Deus, e sem os valores Cristãos, dominada pelo diabo e pelo
pecado. É uma constatação! Todo o nosso mundo, quando não tem Deus como guia,
está entregue nas mãos do diabo e sob o domínio de seu mal, prevalece a lei do
mais forte, esfria a caridade e impera a violência, vícios e o egoismo,
fazendo-se cumpri a profecia:
"E,
ante o progresso crescente da iniqüidade, a caridade de muitos
esfriará". (Mt 24,12)
E no Maligno?
Aqui temos uma menção clara ao diabo e ao mal. Note que no
versículo o termo “Maligno” é grafado com a primeira letra em maiúscula,
apontando para o representante de todo mal, o diabo. Ele é mencionado como o
“deus” que domina a sociedade mundana. Juntando toda a expressão, e considerando
o contexto, podemos observar que essa expressão significa que o sistema
mundano, ou seja, sem Deus, jaz, ou seja, está sob o poder do diabo, está
submisso a Ele e ao seu mal. Sem Deus, o mundo está aberto à ação do Maligno,
principalmente, através das tentações que levam as pessoas a optarem pela vida
de pecado. Uma vez consumado, o pecado gera a morte: “Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o
pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tg 1. 15). Somente voltando-se a Deus pode-se quebrar esse domínio do
Maligno, como vemos no versículo anterior: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado;
antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.” (1Jo 5.
18).Por sua morte e ressurreição, Ele
nos concedeu a verdeira vida e a verdadeira liberdade, além do prêmio da vida
eterna. “Se é só para esta vida que esperamos
em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima.” O apóstolo aproxima-se do fim da carta que estava escrevendo.
Embora a finalidade precípua dela já houvesse sido alcançada, Ele precisava
tocar num ponto fundamental para a melhor consistência espiritual daquela
igreja.
Como
crentes na Ressurreição e vida eterna, o que o Cristão deve esperar do futuro?
Para Paulo, “a fé na
ressurreição correspondia à própria vitalidade e saúde do cristianismo”. O
apóstolo queria lembrar aos coríntios o que lhes havia ensinado quando ali estivera,
sobre a ressurreição do crente. “Muitas vezes, o que mais precisamos, não é de
algo novo, mas de relembrar com vivacidade, aquilo que já aprendemos e
experimentamos em Cristo!”
Paulo vai responder a
algumas heresias que estavam se introduzindo na comunidade:
1) O corpo ressurreto logo
após a morte é corpo espiritual e não físico!
2) Negar a ressurreição
correspondia a negar a fé em Cristo!
3) Sem a fé na certeza da ressurreição
o Cristão torna-se o mais infeliz dos homens, sem nenhuma esperança! Portanto: “...comamos e bebamos pois amanhã morreremos!” ( 1
Cor 15,32)
Alguns líderes infiéis a verdadeira TRADIÇÃO DOS APÓSTOLOS
disseminavam na igreja primitiva a ideia de que a ressurreição não existia!
Para Paulo, negar a ressurreição, uma das doutrinas fundamentais
do cristianismo, era algo como destruir a própria fé cristã! Vai basear-se no
testemunho de várias pessoas vivas ainda, algumas delas conhecidas até dos
coríntios, e finalmente, no seu próprio testemunho, para proclamar em alto e bom
som que, “se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais
(mortos) nos vossos pecados.”
Por
isso, é que de forma semelhante a como lhes passara o mandamento da Ceia do
Senhor, ele começa a expor (1 Cor 15,1-8):
“Porque primeiramente vos entreguei o que também
recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi
sepultado; que foi ressuscitado ao terceiro dia, segundo as Escrituras”. É
quando vai então citar 6 aparições de Jesus Cristo, das quais tinha tomado
conhecimento pessoal.”
Daí
em diante Paulo vai ensinar:
1)- A razão essencial da ressurreição:
1 Cor 15,9-19
2)- Cristo, se tornou a
“primícias dos que dormem”: 1 Cor 15,20-23;
3)- A ressurreição de Cristo
e a implantação do seu reino: 1 Cor 15,24-30;
4)- Para desafiá-los então à
vida nova em Cristo: 1 Cor 15,31-34)
5)- E, finalmente: Os que já
morreram em Cristo terão outro corpo, o
corpo espiritual: 1 Cor 15,35-49
Em 1Coríntios 15,50-54 Paulo vai explicar-lhes algo
essencial para os que criam que o corpo físico não podia ser ressurreto por se
tratar de algo ruim em si mesmo. Ele
lhes fala então da transformação que ocorreria:
1Coríntios 15,50-54: “...a ressurreição nos daria um corpo
espiritual 50. Mas digo isto, irmãos, que carne e sangue não podem herdar o
reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção. 51. Eis aqui vos digo um
mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos transformados, 52. num
momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a
trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos
transformados. 53. Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade.
54. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade,
e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra
que está escrito: Tragada foi a morte na vitória!”
E para proclamar esta
verdade basilar do Evangelho, o apóstolo vai terminar o texto sobre a
ressurreição dos crentes em Cristo, com um verdadeiro hino de vitória! Este
sentimento de confiança deve levar-nos então a uma vida de firmeza e segurança
na fé em Cristo:“55. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está,
ó morte, o teu aguilhão? 56. O aguilhão da morte é o pecado, e a força do
pecado é a lei. 57. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor
Jesus Cristo. 58. Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes,
sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no
Senhor!”
1Coríntios
16 - Neste último capítulo da carta, o apóstolo, escreve então:
1) Sobre o espírito de
solidariedade e amor da igreja de Cristo (1-4);
2) Sobre sua próxima visita
à igreja (5-7)
3) Sobre seus projetos
missionários (8-12);
4) Sobre as recomendações
apostólicas que julgava necessárias (13-18);
5) Sua saudação final (19-24)
Conclusão reflexiva:
-Você realmente crê na ressurreição
daquele(a) que crer em Jesus e anda em boas obras, para a vida eterna?
-Que argumento o convence
desta verdade?
-Você sente em seu coração
a alegria da certeza desta ressurreição para a glória eterna?
-De que forma podemos
testemunhar o Ressuscitado que passou pela Cruz ?
“LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR
JESUS CRISTO”
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