A
PERGUNTA QUE FICA É: “SÓ A HISTÓRIA CONTADA PELOS PERDEDORES MERECE 100% DE CRÉDITO?”
Arnold J. Tonynbee constatou que a “história não caminha em linha reta. Caminha em espiral”, palavra que vem do grego, spiros, que significa o fuso do parafuso.
Tomemos como exemplo a batalha de Kadesh, travada por volta de
1.300 A.C. entre duas superpotências da época, o Egito do faraó Ramsés II e o
Ipério Hitita.
Alguém
já afirmou que o revolucionário encena sua narrativa sempre em dois atos
contraditórios:
A
história do Brasil foi contada pelos vencedores?
Que vencedores?
D. Pedro I proclamou a independência do Brasil e existem milhares de documentos da época, nos museus e na Biblioteca Nacional que comprovam os fatos acontecidos, e ao final, o que importa não são os detalhes, o que importa é que o Brasil ficou independente de Portugal em 7 de Setembro de 1.822, é este o fato histórico indiscutível e importante. Na história da proclamação da república a mesma coisa, essa história não foi contada por vencedor nenhum, foi contada pelos documentos preservados da época, foi contada pelos jornais diários que existiam por todo o Brasil e davam as notícias dos acontecimentos. O fato histórico primordial foi que em 15 de Novembro de 1.889 o Brasil se tornou uma república e os relatos deste acontecimento histórico não foi contado por vencedor nenhum foi contado por milhares de narradores espalhados por todo o Brasil.
Um outro exemplo histórico e distante no passado, que aconteceu no
período entre 264
a.C. e 146 a.C, foi a guerra entre
Roma e Cartago pelo domínio do Mediterrâneo.
Karl Marx disse:
Engels disse:
Em função destes “dois dogmas do marxismo”, temos de
obrigatoriamente concluir conforme os marxistas, que:
1. Não existem fatos históricos uma vez que a história é apenas luta de classes, ou seja, todos os acontecimentos se resumem em luta de classes.
2. A história é determinista, os grandes homens não tem valor para o marxismo, é a história por si só que faz acontecer e não a ação humana dos grandes homens e mulheres. Os "intelectuais" marxistas se acham o “supra sumo” da humanidade, ou seja, se consideram as pessoas mais sábias do mundo e no direito de conduzir a humanidade, porém, a humanidade sempre foi conduzida pelos grandes homens e não pelos "sábios intelectuais marxistas", e isso provocou neles grande ódio contra os grandes homens e contra a sociedade que os respeita e os homenageia, por isso eles imaginaram o marxismo "cultural" que é uma estratégia a longo prazo para abalar as bases da sociedade ocidental: A pátria, a propriedade, a sã tradição, a família, o direito, a filosofia, e a política, e com tudo isto sob seu controle, ter o domínio do bonde da história.
3.Os historiadores contam a história a partir dos fatos constantes nas fontes históricas que relatam a ação humana ao longo da história. Para alguns historiadores a história não é mera luta de classes econômicas, e não existiu nenhuma luta de classes na Segunda Guerra Mundial, ou seja, as classes não se uniram em um plano mirabolante, foi uma luta entre nações. Para denegrir a história contada pelos historiadores, os marxistas deram corda a falácia de que a história é contada pelos vencedores. E como eles dominam nas universidades nas áreas de humanas, há muitos anos eles vem "ensinando" isso aos estudantes, que depois de formados vão dizer e repetir até convencerem a todos desta falácia, e por fim, até acabarmos em ver um ator da novela de maior pico de audiência da Globo, como se ele fosse a mais alta autoridade no assunto, repetindo com todas as letras: "A história é contada pelos vencedores...”A história é escrita pelos vencedores, é o que se diz comumente. Pena que os vencidos não se deem conta de que talvez não tenham sido vencidos. A grande verdade, é que nem sempre a história da vida real tem final feliz como nos romances, porém é preciso não perder o fio condutor do bonde da história. Não se pode ainda falar de vencedores e vencidos, porque não se pode confundir, perder uma batalha, com perder uma guerra, pois a luta continua!
CONCLUSÃO:
Não, a história não contada por vencedores, ela é contada por historiadores das mais diversas épocas e nações, a história é contada pelos escritores, pelos jornais, pelo folclore, pelos museus, pelas peças históricas que ficaram e são a imagem viva da história. A história da França dos séculos XVIII e XIX com a revolução francesa e Napoleão não foi contada por vencedor nem perdedor algum, foi contada pelos franceses e pelos europeus de todas as nações envolvidos nestes acontecimentos. Napoleão perdeu a guerra para a Inglaterra, mas, a história da França dessa época foi contada pelos ingleses vencedores? Não, de forma alguma, os próprios acontecimentos contam a história da França dessa época, na batalha final de Waterloo existiam dezenas de pessoas das mais diversas nacionalidades observando a batalha e anotando os acontecimentos, a história da batalha de Waterloo foi contada pelos que a observaram e não pelos vencedores ingleses. (Por exemplo sobre a Batalha de Waterloo, a Biblioteca Nacional de Portugal, tem um relato detalhado dessa batalha. Esta ai a história da Batalha de Waterloo sendo contada nem por perdedores nem por vencedores, está sendo contada por historiadores independentes).
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Tua argumentação é rasa e falaciosa, mas ajuda a refletir. Gostei do tema escolhido e da pesquisa que fizestes.
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