O Partido dos Trabalhadores (PT) e a esquerda radical de um modo geral, nasceram para ser do contra, independente do que se aprove no parlamento seja bom para o trabalhadores, porém, não encabeçado por alguém da ala deles. Até 2002, a legenda fez de tudo para firmar-se no cenário político nacional como a mais aguerrida organização na luta contra qualquer iniciativa que não fosse de sua lavra. O PT ausentou-se da transição do regime militar para o governo de Tancredo Neves, votando nulo na eleição indireta; votou contra a Constituição de 1988, votou contra o Plano Real e também contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, pilares do controle da inflação e do equilíbrio das contas públicas. Nesse período, os sindicatos petistas infernizaram a vida de todos os governos com manifestações e greves cujas reivindicações trabalhistas mal disfarçavam sua evidente natureza claramente política. A atuação do PT que hoje quer tomar para si a estabilidade econômica e os avanços que o Plano Real trouxe ao País, foi exatamente oposta durante o período de estabilização econômica e abertura do mercado brasileiro, na década de 1990. Desde que o Plano Real surgiu, em 1994, o PT foi contra a estratégia desenhada para estancar a inflação sob o comando do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso. Quando a criação da URV, (Unidade Real de Valor), moeda provisória que deu origem ao Real, estava sendo discutida em uma comissão mista no Congresso, o PT e PDT tentavam obstruir a sessão. Lula classificou em alto e bom som, registrado por vários veículos de comunicação, que o Plano Real era um ESTELIONATO ELEITORAL.
Vejamos outros posicionamentos simplesmente "DO CONTRA" do
PT:
1985 – O PT É CONTRA A ELEIÇÃO DE TANCREDO NEVES E EXPULSA DO PARTIDO OS
DEPUTADOS QUE VOTARAM NELE.
1988 – O PT VOTA CONTRA A NOVA CONSTITUIÇÃO QUE MUDOU O RUMO DO BRASIL,
HOJE POSAM DE CONSTITUCIONALISTAS.
1993 – PRESIDENTE ITAMAR FRANCO CONVOCA TODOS OS PARTIDOS PARA UM GOVERNO DE COALIZÃO PELO BEM DO PAÍS. O PT FOI CONTRA E NÃO PARTICIPOU.
1994 – O PT VOTA CONTRA O PLANO REAL E DIZ QUE A MEDIDA É ELEITOREIRA.
1996 – O PT VOTA CONTRA A REELEIÇÃO. HOJE DEFENDE.
1998 – O PT VOTA CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA TELEFONIA, MEDIDA QUE HOJE NOS
PERMITE TER ACESSO A INTERNET E MAIS DE 150 MILHÕES DE LINHAS TELEFÔNICAS.
1999 – O PT VOTA CONTRA A ADOÇÃO DO CÂMBIO FLUTUANTE.
1999 – O PT VOTA CONTRA A ADOÇÃO
DAS METAS DE INFLAÇÃO.
2000 – O PT LUTA FEROZMENTE
CONTRA A CRIAÇÃO DA LEI DA RESPONSABILIDADE FISCAL, QUE OBRIGA OS GOVERNANTES A
GASTAREM APENAS O QUE ARRECADAREM, OU SEJA, O ÓBVIO QUE NÃO ERA FEITO NO
BRASIL.
2001 – O PT VOTA CONTRA A CRIAÇÃO DOS PROGRAMAS SOCIAIS NO GOVERNO FERNANDO HENRIQUE CARDOSO: BOLSA ESCOLA, VALE ALIMENTAÇÃO, VALE GÁS, PETI E OUTRAS BOLSAS SÃO CLASSIFICADAS COMO ESMOLAS ELEITOREIRAS E INSUFICIENTES.HOJE FEZ APENAS MUDAR NOME E AS DEFENDE COMO SUAS PRINCIPAIS BANDEIRAS.
TODA ESTRUTURA DE ESTABILIDADE SÓCIO-ECONÔMICA
DO BRASIL FOI CONSTRUÍDA NO PERÍODO ANTERIOR A ERA PTISTA. O PT FOI CONTRA
TUDO.HOJE ROUBAM TODOS OS AVANÇOS QUE OS OUTROS PARTIDOS PROMOVERAM E POSAM
COMO OS ÚNICOS CONSTRUTORES DE UM PAÍS DEMOCRÁTICO.JÁ QUE O PT DESDE SUA FUNDAÇÃO, FOI CONTRA TUDO ISTO ACIMA LISTADO, FICA A PERGUNTA
QUE NÃO QUER CALAR:
“DURANTE A ERA PTISTA, QUAIS AS REFORMAS QUE O PT
PROMOVEU NO BRASIL PARA REALMENTE MUDAR O LEGADO QUE OS SEUS ANTECESSORES NOS
DEIXARAM?”
(Por Murilo Basso
especial para a Gazeta do Povo -
06/04/2017)
O Partido dos Trabalhadores
divulgou uma nota em que manifestava seu repúdio à forma como o governo de
Michel Temer tem conduzido a política externa do Brasil em relação à Venezuela: “É visível que o
governo golpista decidiu encabeçar uma campanha da direita contra a esquerda no
continente e assumiu uma postura belicista, particularmente contra a República
Bolivariana da Venezuela”, diz o documento assinado pelo presidente nacional do
PT, Rui Falcão, e pela secretária de Relações Exteriores, Mônica Valente. O PT, como era
esperado, afirma que não há uma ditadura imposta por Nicolas Maduro e diz que o
governo Temer “aproveita-se de informações distorcidas disseminadas pela mídia
para tentar justificar as medidas contra o país vizinho, inicialmente,
suspendendo-o do Mercosul”. Negar o óbvio não é algo inédito para a legenda.
Por isso, além da primeira incoerência democrática em apoiar à Venezuela, listamos mais 12 ítens em que o Partido dos
Trabalhadores simplesmente preferiu deixar de lado qualquer conexão com a realidade,para
simplesmente ser do contra:
PT é
contra a Constituição de 1988:
O posicionamento do
PT em relação à Constituição de 1988 é sempre lembrado por opositores para
citar uma suposta irresponsabilidade da legenda. Lula, na época deputado constituinte,
justificou porque o partido votou contra o projeto do relator Bernardo Cabral. “Queríamos uma
(Constituição) mais forte, mas não foi possível”, afirmou o ex-presidente que,
anos depois, elogiou o texto, dizendo que: “captava a alma daquilo que os brasileiros
queriam construir”. A argumentação de que
o partido não assinou a Carta, como recorrentemente acusam opositores, é
inverídica. De fato, os parlamentares petistas a assinaram, mas tudo não passava
de formalismo, de uma exigência legal. Eles, porém, se recusaram a participar da
homologação coletiva da Constituição. Ou seja, quando lhes foi dada a
oportunidade de reconhecê-la, escolheram negá-la.
Os
Ptistas foram Contrários ao Plano Real que beneficiou a era Lula!
Em sua concepção o
“Plano Real” não foi uma unanimidade: o Brasil recém passara por uma infinidade
de planos econômicos mal sucedidos e havia um clima de desconfiança quanto a
uma nova investida econômica. Neste cenário, tanto o PT como centrais sindicais
eram as principais frentes de oposição, mas houve resistência também dentro da
própria base governista, tanto que foram precisos mais de dois meses de
negociações para que a medida que criou a URV (unidade real de valor) fosse
aprovada, poucas semanas antes do prazo final estipulado para a troca de moeda.
Um ano após a implantação, a inflação beirava 14%, número que é insignificante
perto do índice de 1093,8% de 1994. De qualquer forma, na época, a alternativa
era aceitar o plano ou morrer abraçado na hiperinflação, e o PT foi contra.
4) – O PT foi
contra a Lei de Responsabilidade Fiscal
Se há um benefício que o brasileiro confere
aos políticos, e do qual eles se beneficiam, é sua curta memória. Porém, em maio de
2010, durante evento que comemorava os 10 anos da Lei de Responsabilidade
Fiscal (LRF), o então ministro da Defesa do governo Lula, Nelson Jobim,
relembrou o posicionamento do partido na época da aprovação da LRF.“O PT foi contra o texto,
Palocci (ex-ministro da Fazenda) também foi. Está vendo como é bom ter
memória?”, questionou. Jobim lembrou ainda
que o PT e outros partidos entraram com uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF): “Entendiam que
teria havido alteração no Senado e que o projeto deveria ter voltado à Câmara”.
5)- O PT rejeita
o Bolsa Escola, para depois recria-lo como Bolsa Família
Criado em meados de 2001, o programa
objetivava a transferência de recursos para a manutenção de crianças nas
escolas; dessa forma, elas não precisariam trabalhar, já que para ter
acesso ao benefício era preciso apresentar uma frequência mínima de 85% e estar
dentro de limites de renda pré-estabelecidos. A origem do programa ainda gera
controvérsias: em 1986, quando era reitor da Universidade de Brasília,
Cristovam Buarque, então filiado ao PT, o idealizou. Já em 1995, como
governador do Distrito Federal, ele foi implantado com o nome “Bolsa-Educação”.
No mesmo ano, José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB), prefeito de Campinas,
também instituiu o “Bolsa Escola” com o nome de “Programa de Garantia de Renda
Familiar Mínima” (PGRFM) na cidade paulista. De qualquer forma, nacionalmente,
o PT sempre se posicionou contrário ao programa. Marta Suplicy, prefeita
de São Paulo, criou inúmeras dificuldades à implantação da iniciativa na
capital paulista, a Prefeitura de Pelotas (RS), chegou a afirmar não se
interessar pelo Bolsa Escola e o presidente interino do partido, José Genoíno,
o chamou de “Bolsa Esmola”, nomenclatura reaproveitada pelo PSDB nos anos
seguintes para se referir ao “Bolsa Família”.
6)- O PT se
gabava de Eleger até “postes”, se
indicados por Lula
“Se eu quiser, meu filho, elejo até um poste”. O criador da célebre
frase foi Antônio Carlos Magalhães, no auge de seu poder, ainda na década de
80. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a incorporou ao seu vocabulário
e, por muito tempo, ninguém duvidou de sua capacidade em transferir sua popularidade
e transformá-la em votos . Mas em determinado momento esse suposto poder perdeu
força. O deputado Ronaldo Caiado
(DEM-GO) chegou a brincar com a situação em meados de 2009 e profetizou: “Dizem
que Lula elege até poste. Mas será que elege poste apagado?”. Dilma, Haddad e
Padilha, os “postes” sem experiência política ungidos por Lula para vencer
eleições importantes, dariam continuidade a permanência do PT no poder. No
Paraná, ele chegou a apostar (e insistir) em Gleisi Hoffmann. Tudo caminhava
conforme o roteiro previsto até junho de 2013, quando multidões tomaram as ruas
em protestos contra os políticos, entre eles, Dilma e Haddad. No fim, pouco ou
nada deu certo, Padilha não fez frente ao PSDB na disputa pelo governo de São
Paulo, Haddad perdeu a Prefeitura da principal cidade do país ainda no primeiro
turno, e Dilma o poste de Lula, sofreu impeachment.
7)- O bom filho à casa torna: PT perdoa Corruptos
do Mensalão
Expulso do PT em 2005
devido ao envolvimento no escândalo do mensalão, o ex-tesoureiro Delúbio Soares
teve a sua refiliação à legenda aprovada em abril de 2011 pelo Diretório
Nacional do partido. Para autorizar o retorno do ex-tesoureiro, o Diretório
Nacional analisou uma carta apresentada por Delúbio onde ele argumentava que
nunca procurou outra legenda e que se manteve fiel ao PT. Rui Falcão defendeu o
direito de Delúbio retornar, já que no Brasil “não existe prisão perpétua”.
Humberto Costa (PT-PE), também se posicionou favorável a Delúbio: “Do meu ponto
de vista, até o presente momento, não houve nenhuma condenação formal e o
partido não pode dessa forma manter uma pena.”
8)- PT institui
o Lema: “Corruptos, corruptos, porém, negócios à parte”
Em 2012, por 1 minuto
e 30 segundos a mais de propaganda eleitoral, o PT se aliou a Paulo Maluf (PP).
Acompanhado por Fernando Haddad, Maluf justificou a parceria: “Política é como
futebol. Quem é palmeirense não gosta do Corinthians, quem é corintiano não
gosta do Palmeiras e pode alguém não gostar de mim. Mas ninguém pode dizer que
Paulo Maluf como ex-governador e ex-prefeito não conhece como ninguém os
problemas da cidade de São Paulo...” - disse, afirmando que a parceria
estratégica do PP com o PT se devia à participação de seu partido no Ministério
das Cidades, desde 2004.Opinião corroborada por Haddad: “Há 20, 24 anos
tínhamos um contexto em que as coisas se comportavam de uma determinada
maneira. Hoje temos um projeto político no país que está dando certo que, em um
terceiro mandato, conta com apoio do PP”.
9)- O PT
institui a festa do desagravo aos mensaleiros do PT
Anos antes do
julgamento do mensalão, o PT realizou inúmeros atos de desagravo. E então
pipocavam eventos em defesa de gente como José Genoíno, José Dirceu e João
Paulo Cunha. Depois das condenações, seria óbvio que todo o processo se tornasse uma
oportunidade de reflexão e autocrítica para o partido. No entanto, o caminho
seguido foi questionar a decisão do STF, colocando-se na posição de
perseguidos. E, embora vários membros do PT tenham reconhecido que
companheiros da sigla cometeram erros e estavam sendo punidos JUSTAMENTE, a
direção da legenda preferiu continuar negando o óbvio.
10) - Não
era só pelos R$ 0,20
A forma como o partido interpretou os protestos
de 2013 parece amadora. A quantidade de manifestações, emergidas repentinamente,
expressava uma insatisfação significativa com os serviços públicos, esferas
municipais e estaduais, que também tinham sua parcela de responsabilidade, não
foram atingidas da mesma forma. O “porém” é que a grande essência delas também
trazia à tona uma crise de representatividade política, o que o PT tentou
contornar olhando para aquilo que consolidou seu projeto de poder: já
temos o eleitorado do “Bolsa Família”, a classe média é historicamente volátil
e, invariavelmente, uma parte dela acabaria votando no partido. Já ao
empresariado seriam oferecidas isenções para mantê-lo próximo. No fundo,
o PT não percebeu o esgotamento natural de um discurso já batido de retórica
triunfalista baseado em “nunca antes na história desse país” ou no “espetáculo
do crescimento”.
11)- O
desespero para colocar Lula como “primeiro-ministro” de Dilma
Um dia após a
divulgação de conversas envolvendo Lula e Dilma, o ex-presidente tomou posse
como ministro-chefe da Casa Civil. Cerca de uma hora depois, o juiz federal
Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara do Distrito Federal, suspendeu a posse por
meio de uma decisão liminar. Outras decisões semelhantes, em outras Varas de
Justiça, também foram proferidas e cassadas por Tribunais Federais, até que,
dois dias depois, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes
suspendeu definitivamente a nomeação. “O objetivo da
falsidade é claro: impedir o cumprimento de ordem de prisão de juiz de primeira
instância. Uma espécie de salvo conduto emitida pela Presidente da República”,
afirmou Gilmar na decisão. Na época, Rui Falcão
chegou a chamar Lula de “Ministro da Esperança”. Uma esperança que durou pouco
mais que 24 horas.
12)- Amigo
é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito: Dilma e Cabral, a amizade que
nem mesmo a força do tempo irá destruir!
Graças a aliança com
o PMDB carioca, Dilma obteve expressiva votação no estado. Durante a campanha,
ela circulava ao lado de Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão sem pudor algum.
Mas bastou o ex-governador ser preso para que o PT o abandonasse e negasse qualquer
envolvimento.“Sérgio Cabral Filho
jamais foi aliado da ex-presidenta da República. Tanto é verdade que, nas
eleições presidenciais, ele fez campanha para o principal adversário de Dilma
nas eleições de 2014”, tentou justificar a assessoria da ex-presidente,
ignorando inúmeros registros fotográficos.
13)- Esta
foi a pior das incoerências Ptistas: “Caixa dois” não é crime!
O
relator da proposta de reforma política na Câmara, Vicente Cândido (PT-SP),
após reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desistiu de
incluir em seu parecer a tipificação do crime de “caixa 2” (dinheiro não
declarado à Justiça Eleitoral).A tipificação deste tipo de crime já foi tratada
no pacote anticorrupção aprovado pela Câmara no ano passado.De acordo com Cândido, líderes
partidários pediram para que o tema não fosse tratado no projeto. Hoje,
partidos ou candidatos que cometam esse tipo de prática só podem ser condenados
por outros crimes, como prestação falsa de contas e lavagem de dinheiro. O
vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, afirmou que caixa dois pode
levar a cassação de registro ou diploma de candidatos. "Não há dúvidas de que o
caixa 2 tem uma relação íntima com abuso de poder econômico", disse o
responsável pelo Ministério Público do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). para Dino, a prática é sim ilícita. "O caixa 2 tem
efeito muito lesivo, porque faz com que a disputa seja determinada por um fator
monetário. Aquele que investe mais, gasta mais, tende a ter mais sucesso, o que
é uma equação ruim para a democracia em termos de legitimação. Você cria regimes plutocráticos", defendeu o
vice-procurador-geral eleitoral.E argumentou que é necessária a punição:
"o abuso de poder econômico ou político, inclusive mediante caixa 2, em
tese pode, sim, levar à cassação de registros, de diplomas".
Fonte:
Gazeta do Povo (Abril de 2017)
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