Todo batizado e Crismado em Cristo, é um UNGIDO e separado para o serviço de Deus. Ficamos sabendo que todos nós também podemos ter essa 'unção especial', se colocarmos em prática as verdades da Palavra de Deus, do mesmo modo como aqueles que de forma especial foram UNGIDOS, ou seja, SEPARADOS de forma especial e específica para Deus, como é o caso dos Sacerdotes, religiosos e leigos consagrados.
Primeiro vamos dar uma olhada na palavra 'ungido' e ver se realmente existe uma
'unção especial'. No Velho Testamento, a palavra 'ungido' significa aplicar
óleo no corpo de alguém, simbolizando que Deus escolheu essa pessoa para o
serviço do Senhor. Essa pessoa foi consagrada, ou seja SERPARADA para servir ao
Senhor especificamente e formalmente. A palavra 'consagrado significa ter sido
separado à parte, provido com o poder de Deus para executar o Seu serviço
especial. Também significa que essa pessoa foi confirmada por Deus através de
um chamado específico ao seu serviço.Embora o homem comum seja
pecador, é Deus quem consagra e por isso está escrito no Salmo 105,15:
'Não toqueis os meus ungidos, e não maltrateis os meus
profetas'.
Esses
eram homens que, no contexto do Velho Testamento, Deus havia escolhido e
consagrado para o Seu serviço. Todavia, a passagem mais conhecida é aquela em
que Davi, sendo pressionado pelos seus homens para aproveitar a oportunidade de
matar Saul na caverna, respondeu:
"O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao
meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele [Saul], pois é o ungido do
Senhor" (1Sm 24,6).
Noutra ocasião, Davi impediu com o mesmo argumento que Abisai, seu homem de confiança, matasse Saul, que dormia tranquilamente ao relento:
"Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão
contra o ungido do Senhor e fique inocente?" (1 Sm 26,9).
Davi
de tal forma respeitava Saul, como ungido do Senhor, que não perdoou o homem
que o matou:
“Como não temeste estender a mão para matares o ungido
do Senhor?” (2 Sm 1,14).
Esta relutância de Davi em matar Saul por ser ele o ungido do Senhor tem sido interpretado por muitos Cristãos como um princípio bíblico referente às lideranças Cristãs a ser observado em nossos dias. Para estes, uma vez que sacerdotes, religiosos e consagrados, são os ungidos do Senhor, não se pode levantar a mão contra eles, isto é, não se pode acusa-los, contraditá-los, questioná-los, criticá-los e muito menos mover-se qualquer ação contrária a eles. A unção do Senhor funcionaria como uma espécie de proteção e imunidade dada por Deus aos seus ungidos. Ir contra eles seria ir contra o próprio Deus.
A expressão “ungido do Senhor” usada na Bíblia em referência
aos reis de Israel se deve ao fato de que os mesmos eram oficialmente
escolhidos e designados por Deus para ocupar o cargo mediante a unção feita por
um juiz ou profeta. Na ocasião, era derramado óleo sobre sua cabeça para
separá-lo para o cargo. Foi o que Samuel fez com Saul (1Sam 10,1) e depois com
Davi (1Sam 16,13).A razão pela qual
Davi não queria matar Saul era porque reconhecia que ele, mesmo de forma
indigna, ocupava um cargo designado por Deus. Davi não queria ser culpado de
matar aquele que havia recebido a unção , ou autoridade real. O próprio Cristo
confirma isto ao dizer a Pilatos:
“Então
Pilatos o advertiu: Tu te negas a responder-me? Não sabes que eu tenho
autoridade para te libertar e poder para te crucificar? Ao que Jesus lhe afirmou: Não terias
qualquer poder sobre mim, se não te fosse dado por meu Pai...”( João 19,10-11)
As pessoas que fazem parte da igreja
de Deus foram chamadas “a ser santos” (1 Coríntios
1,2). O Senhor que nos chamou disse: “Sede santos, porque eu sou
santo” (1 Pedro 1,16).Embora a santificação e perfeição sejam
nossos alvos, ainda erramos. Deus faz tudo para nos ajudar nas batalhas contra
a tentação (Romanos 8,31-39) e sempre oferece uma saída das ciladas do
Adversário (1 Coríntios 10,13). Mesmo assim, falhamos. O apóstolo João escreveu
aos cristãos quando disse:
“Se
dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade
não está em nós” (1 João 1,8).
Sabemos que não somos perfeitos. Eu
faço coisas que não devo e deixo de fazer coisas que devo. Sei que os meus
irmãos, também, erram. Reconhecendo esses fatos tristes, entendemos que há
pecado na igreja.Ao invés de nos conformar à realidade lamentável de pecado na
igreja, devemos buscar e seguir as instruções bíblicas para purificá-la. “Segui
a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus
12,14).
Quantas vezes ficamos olhando pela
janela para ver as falhas dos outros quando precisamos olhar no espelho e
enxergar os nossos erros? Jesus perguntou:
“Por
que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está
no teu próprio? .... Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás
claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” (Mateus 7,3-5).
Devemos levar a santificação a sério,
começando com os nossos próprios corações, e com as atitudes e o procedimento
do nosso dia-a-dia. Cobrar a pureza dos outros enquanto vivemos deliberadamente
no pecado é seguir a hipocrisia dos fariseus (Mateus 23,3-4;25-28).
As Atitudes corretas e necessárias Para Corrigir os Irmãos que Pecam:
Este pequeno estudo fala do trabalho
essencial de corrigir os irmãos que pecam, procurando resgatá-los da
condenação. Ao mesmo tempo, estudaremos sobre a responsabilidade da igreja de
se manter pura. Um pequeno artigo não é suficiente para examinar todas as
passagens que falam sobre esses assuntos. Por isso, examinaremos
especificamente as passagens que mostram como agir quando um irmão peca. Antes
de falar sobre o que fazer, é importante também considerar as atitudes certas
em fazer esse trabalho. As seguintes passagens devem ser consideradas por
qualquer pessoa que se envolve na obra de resgate de irmãos perdidos.
Observemos alguns princípios essenciais:
1º)- Devemos procurar o pecador e
perdoar o irmão arrependido (Lucas 15,1-32). Esta parábola bem
conhecida repreende a auto-justiça do irmão mais velho, que não desejava e não
agia para incentivar a reconciliação do irmão desviado com seu pai. Quantos
“cristãos” de hoje mostram a mesma falta de amor?
2º)- Cada membro do corpo tem sua
função para a edificação dos outros (Efésios 4,16). O trabalho de
correção dos irmãos que pecam não se limita aos pastores. Cada membro da Igreja
ou comunidade Cristã deve cooperar de forma positiva na edificação mútua para o
bem do organismo todo, não alimentando fofocas, que não levam a
nada, mas no desejo sincero de corrigir para o bem de todos e principalmente
para o irmão em falta.
3º)- Os irmãos mais fortes devem
restabelecer “as mãos descaídas e os joelhos trôpegos” (Hebreus 12,12-17).
Ajudemos os fracos e desanimados para que não caiam nas mãos do Inimigo, pois
aquele que está de pé cuide para não cair ( 1 Cor 10,12).
4º)- A Correção do Irmão que Cai no
Pecado:
Quando sabemos de pecados na vida de
um irmão, devemos agir. Os espirituais devem corrigi-lo com brandura (Gálatas
6,1). Também sofremos com as fraquezas humanas, e devemos ser compreensivos
na abordagem do pecador. Mas a nossa compreensão não justifica o pecado,
e não deve se tornar tolerância ou aprovação. Ajamos com brandura, mas
corrijamos com firmeza e determinação.
5º)- A conversão do irmão de seu
pecado é a salvação de sua alma (Tiago 5,19-20; Provérbios
24,11). Igrejas que ensinam a impossibilidade do Cristão perder a
salvação (uma doutrina fundamental do calvinismo: Uma vez salvo,
salvo para sempre, portanto crê no Sr Jesus e podes pecar a vontade) negam
o ensinamento bíblico e oferecem uma falsa segurança às pessoas que caem. Tiago
disse que o resgate do irmão que peca é uma conversão que salva a alma dele.
6º)- Há casos em que a correção
pública é necessária (1 Timóteo 5,20; Gálatas 2,11-14). Alguns pecados públicos, se não
corrigidos diante das outras pessoas, poderão levar outros ao mesmo erro. É
desagradável, mas necessário em alguns casos.
7º)- Em questões de “ofensas pessoais”, Jesus deu instruções específicas
sobre como agir:
Quando um irmão peca contra outro,
devemos fazer o que Jesus mandou (Mateus 18,15-17):
1. Falar em particular com a pessoa
que nos ofendeu.
2. Se ela não aceitar a correção,
devemos tentar de novo, levando uma ou duas testemunhas.
3.Se ela ainda não se arrepender, devemos levar o
caso à igreja, que também deve repreender o ofensor. Se a pessoa for rebelde até esta última
etapa, devemos nos afastar dela. Por outro lado, se o ofensor se arrepender, em
qualquer momento, devemos perdoar e nos reconciliar, certos de que Deus,
também, perdoa o arrependido.
“Estas
instruções de Jesus proíbem a tentação comum de espalhar notícias dos erros
particulares dos outros, sem primeiro falar com eles para ajudá-los (Provérbios
20,19; 26,20-22).”
8º)- A Expulsão da Comunidade Cristã
do Irmão Que Anda
Desordenadamente, e ou em situação de escândalo (Na maioria destes casos o
próprio pecador se auto exclui da vida Comunitária):
O ensinamento de Paulo reforça
as instruções de Jesus. Quando um irmão volta ao pecado e recusa se arrepender,
os discípulos não devem se associar com o ele (1 Coríntios 5,1-13). A linguagem
de Paulo especialmente seu uso da palavra “expulsar”,é tão forte que muitos
procuram palavras mais suaves para diminuir o impacto deste ensinamento.
Observamos neste capítulo vários pontos importantes:
● O problema: Tolerância do
pecado (e do pecador) na congregação (5,1-2).
● A ação exigida: Entregá-lo a
Sátanas (5,5). O pecador queria ficar com um pé no reino de Cristo e outro no
império das trevas. Paulo mandou colocar os dois pés no reino do diabo, para
que o irmão aprendesse a futilidade da vida no pecado.
● Os propósitos:
1. A salvação do pecador (5,5);
2. A pureza da igreja (5,6-8);
3. A obediência a Deus e manter
a igreja sem mácula proposital(5,4-8).
● A aplicação prática: Evitar o
envolvimento social com o pecador: “...não vos associeis com alguém
que, dizendo-se irmão, for impuro...; com esse tal, nem ainda comais” (5,11).
Paulo reitera o mesmo princípio nas
instruções dadas aos tessalonicenses. Devemos nos apartar de todo irmão que
ande desordenadamente (2 Tessalonicenses 3,6;14-15).
9º)- Advertir como irmão, não tratar
como inimigo: Tudo que fazemos para corrigir o pecador e manter a pureza da
comunidade deve ser motivado pelo amor, não pelo ódio ou desprezo das pessoas
que caem.Quando tivermos contato com um irmão que foi expulso, ou se auto
excluiu, devemos aproveitar para advertir e encorajá-lo a voltar para Deus.
10º)- O Perdão do Arrependido:Se o pecador se
arrepender e voltar, os outros irmãos devem perdoar e aceitá-lo (2 Coríntios
2,3-11). Igrejas que praticam a expulsão sem a possibilidade de reconciliação
(no caso de determinados pecados como adultério, por exemplo) erram por não
mostrar o espírito de Deus, que “é rico em perdoar” (Isaías
55,7). O irmão arrependido deve ser perdoado e aceito e abraçado, não tratado
como um cidadão de segunda classe. Uma vez que ele abandonou o
império das trevas,(Farras, adultérios, homossexualismo deliberado,corrupções,fornicações,
etc...) precisará do apoio dos fiéis para se firmar novamente no reino de
Cristo.
Não
há dúvida que nossos líderes espirituais merecem todo nosso respeito e
confiança, e que devemos acatar a autoridade deles, enquanto, é claro, eles
estiverem submissos à Palavra de Deus, pregando a verdade e andando de maneira
digna, honesta e verdadeira. Quando se tornam repreensíveis, devem sim ser
corrigidos e admoestados, claro que de forma Cristã, sempre objetivando a
conversão e não apenas a mera acusação revanchista, jogando como se diz a M...
no ventilador que não leva a nada, e só provoca atrasos e impedimentos na obra
de Deus. Eis a forma biblicamente correta:
"Não aceites denúncia contra presbíteros, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas. (I Tim 5,19).
Se
não vir destas formas acima explicitadas, trate ao acusador como um gentil
revoltado, reze por ele, e tome as medidas cíveis cabíveis ao caso para
corrigi-lo judicialmente para o bem de todos.
A Santidade Começa Comigo
O Chamado a
santidade É PARA TODO BATIZADO, e não apenas para sacerdotes, religiosos,
consagrados, e pessoas engajadas na Igreja. Portanto, você que vive cobrando a
santidade dos outros, se é batizado, está atirando no próprio Pé. NÃO FIQUE
APENAS ASSISTINDO DE CAMAROTE, COBRANDO A SANTIDADE DOS OUTROS, SEJA SANTO !!!
Fica ai a dica para os(as) fiscais da santidade dos outros, e esquece da
própria, a qual também é chamado(a) ser.
Parabéns pelo assunto, gosto muito do seu blog e eu percebi que os católicos precisam aprender muito.
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