Pages

domingo, 27 de agosto de 2017

“Não toqueis em meus CONSAGRADOS diz o Senhor” (Salmo 105,15).




Todo batizado e Crismado em Cristo, é um UNGIDO e separado para o serviço de Deus. Ficamos sabendo que todos nós também podemos ter essa 'unção especial', se colocarmos em prática as verdades da Palavra de Deus, do mesmo modo como aqueles que de forma especial foram UNGIDOS, ou seja, SEPARADOS de forma especial e específica para Deus, como é o caso dos Sacerdotes, religiosos e leigos consagrados.












Primeiro vamos dar uma olhada na palavra 'ungido' e ver se realmente existe uma 'unção especial'. No Velho Testamento, a palavra 'ungido' significa aplicar óleo no corpo de alguém, simbolizando que Deus escolheu essa pessoa para o serviço do Senhor. Essa pessoa foi consagrada, ou seja SERPARADA para servir ao Senhor especificamente e formalmente. A palavra 'consagrado significa ter sido separado à parte, provido com o poder de Deus para executar o Seu serviço especial. Também significa que essa pessoa foi confirmada por Deus através de um chamado específico ao seu serviço.Embora o homem comum seja pecador, é Deus quem consagra e por isso está escrito no Salmo 105,15:




'Não toqueis os meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas'.


Esses eram homens que, no contexto do Velho Testamento, Deus havia escolhido e consagrado para o Seu serviço. Todavia, a passagem mais conhecida é aquela em que Davi, sendo pressionado pelos seus homens para aproveitar a oportunidade de matar Saul na caverna, respondeu:


"O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele [Saul], pois é o ungido do Senhor" (1Sm 24,6).


Noutra ocasião, Davi impediu com o mesmo argumento que Abisai, seu homem de confiança, matasse Saul, que dormia tranquilamente ao relento:


"Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do Senhor e fique inocente?" (1 Sm 26,9).


Davi de tal forma respeitava Saul, como ungido do Senhor, que não perdoou o homem que o matou:


“Como não temeste estender a mão para matares o ungido do Senhor?” (2 Sm 1,14).


Esta relutância de Davi em matar Saul por ser ele o ungido do Senhor tem sido interpretado por muitos Cristãos como um princípio bíblico referente às lideranças Cristãs a ser observado em nossos dias. Para estes, uma vez que sacerdotes, religiosos e consagrados, são os ungidos do Senhor, não se pode levantar a mão contra eles, isto é, não se pode acusa-los, contraditá-los, questioná-los, criticá-los e muito menos mover-se qualquer ação contrária a eles. A unção do Senhor funcionaria como uma espécie de proteção e imunidade dada por Deus aos seus ungidos. Ir contra eles seria ir contra o próprio Deus.





A expressão “ungido do Senhor” usada na Bíblia em referência aos reis de Israel se deve ao fato de que os mesmos eram oficialmente escolhidos e designados por Deus para ocupar o cargo mediante a unção feita por um juiz ou profeta. Na ocasião, era derramado óleo sobre sua cabeça para separá-lo para o cargo. Foi o que Samuel fez com Saul (1Sam 10,1) e depois com Davi (1Sam 16,13).A razão pela qual Davi não queria matar Saul era porque reconhecia que ele, mesmo de forma indigna, ocupava um cargo designado por Deus. Davi não queria ser culpado de matar aquele que havia recebido a unção , ou autoridade real. O próprio Cristo confirma isto ao dizer a Pilatos:




Então Pilatos o advertiu: Tu te negas a responder-me? Não sabes que eu tenho autoridade para te libertar e poder para te crucificar? Ao que Jesus lhe afirmou: Não terias qualquer poder sobre mim, se não te fosse dado por meu Pai...”( João 19,10-11)



As pessoas que fazem parte da igreja de Deus foram chamadas “a ser santos” (1 Coríntios 1,2). O Senhor que nos chamou disse: “Sede santos, porque eu sou santo” (1 Pedro 1,16).Embora a santificação e perfeição sejam nossos alvos, ainda erramos. Deus faz tudo para nos ajudar nas batalhas contra a tentação (Romanos 8,31-39) e sempre oferece uma saída das ciladas do Adversário (1 Coríntios 10,13). Mesmo assim, falhamos. O apóstolo João escreveu aos cristãos quando disse: 




“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós” (1 João 1,8).




Sabemos que não somos perfeitos. Eu faço coisas que não devo e deixo de fazer coisas que devo. Sei que os meus irmãos, também, erram. Reconhecendo esses fatos tristes, entendemos que há pecado na igreja.Ao invés de nos conformar à realidade lamentável de pecado na igreja, devemos buscar e seguir as instruções bíblicas para purificá-la. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12,14).


Quantas vezes ficamos olhando pela janela para ver as falhas dos outros quando precisamos olhar no espelho e enxergar os nossos erros? Jesus perguntou: 


“Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? .... Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão” (Mateus 7,3-5).



Devemos levar a santificação a sério, começando com os nossos próprios corações, e com as atitudes e o procedimento do nosso dia-a-dia. Cobrar a pureza dos outros enquanto vivemos deliberadamente no pecado é seguir a hipocrisia dos fariseus (Mateus 23,3-4;25-28).




As Atitudes corretas e necessárias Para Corrigir os Irmãos que Pecam:




Este pequeno estudo fala do trabalho essencial de corrigir os irmãos que pecam, procurando resgatá-los da condenação. Ao mesmo tempo, estudaremos sobre a responsabilidade da igreja de se manter pura. Um pequeno artigo não é suficiente para examinar todas as passagens que falam sobre esses assuntos. Por isso, examinaremos especificamente as passagens que mostram como agir quando um irmão peca. Antes de falar sobre o que fazer, é importante também considerar as atitudes certas em fazer esse trabalho. As seguintes passagens devem ser consideradas por qualquer pessoa que se envolve na obra de resgate de irmãos perdidos. 



Observemos alguns princípios essenciais:




1º)- Devemos procurar o pecador e perdoar o irmão arrependido (Lucas 15,1-32). Esta parábola bem conhecida repreende a auto-justiça do irmão mais velho, que não desejava e não agia para incentivar a reconciliação do irmão desviado com seu pai. Quantos “cristãos” de hoje mostram a mesma falta de amor?



2º)- Cada membro do corpo tem sua função para a edificação dos outros (Efésios 4,16). O trabalho de correção dos irmãos que pecam não se limita aos pastores. Cada membro da Igreja ou comunidade Cristã deve cooperar de forma positiva na edificação mútua para o bem do organismo todo, não alimentando fofocas, que não levam a nada, mas no desejo sincero de corrigir para o bem de todos e principalmente para o irmão em falta.




3º)- Os irmãos mais fortes devem restabelecer “as mãos descaídas e os joelhos trôpegos” (Hebreus 12,12-17). Ajudemos os fracos e desanimados para que não caiam nas mãos do Inimigo, pois aquele que está de pé cuide para não cair ( 1 Cor 10,12).



4º)- A Correção do Irmão que Cai no Pecado:


Quando sabemos de pecados na vida de um irmão, devemos agir. Os espirituais devem corrigi-lo com brandura (Gálatas 6,1). Também sofremos com as fraquezas humanas, e devemos ser compreensivos na abordagem do pecador. Mas a nossa compreensão não justifica o pecado, e não deve se tornar tolerância ou aprovação. Ajamos com brandura, mas corrijamos com firmeza e determinação.



5º)- A conversão do irmão de seu pecado é a salvação de sua alma (Tiago 5,19-20; Provérbios 24,11). Igrejas que ensinam a impossibilidade do Cristão perder a salvação (uma doutrina fundamental do calvinismo: Uma vez salvo, salvo para sempre, portanto crê no Sr Jesus e podes pecar a vontade) negam o ensinamento bíblico e oferecem uma falsa segurança às pessoas que caem. Tiago disse que o resgate do irmão que peca é uma conversão que salva a alma dele.



6º)- Há casos em que a correção pública é necessária (1 Timóteo 5,20; Gálatas 2,11-14). Alguns pecados públicos, se não corrigidos diante das outras pessoas, poderão levar outros ao mesmo erro. É desagradável, mas necessário em alguns casos.



7º)- Em questões de “ofensas pessoais”, Jesus deu instruções específicas sobre como agir:


Quando um irmão peca contra outro, devemos fazer o que Jesus mandou (Mateus 18,15-17):


1. Falar em particular com a pessoa que nos ofendeu.


2. Se ela não aceitar a correção, devemos tentar de novo, levando uma ou duas testemunhas.


3.Se ela ainda não se arrepender, devemos levar o caso à igreja, que também deve repreender o ofensor. Se a pessoa for rebelde até esta última etapa, devemos nos afastar dela. Por outro lado, se o ofensor se arrepender, em qualquer momento, devemos perdoar e nos reconciliar, certos de que Deus, também, perdoa o arrependido.



“Estas instruções de Jesus proíbem a tentação comum de espalhar notícias dos erros particulares dos outros, sem primeiro falar com eles para ajudá-los (Provérbios 20,19; 26,20-22).”



8º)- A Expulsão da Comunidade Cristã do Irmão Que Anda Desordenadamente, e ou em situação de escândalo (Na maioria destes casos o próprio pecador se auto exclui da vida Comunitária):


O ensinamento de Paulo reforça as instruções de Jesus. Quando um irmão volta ao pecado e recusa se arrepender, os discípulos não devem se associar com o ele (1 Coríntios 5,1-13). A linguagem de Paulo especialmente seu uso da palavra “expulsar”,é tão forte que muitos procuram palavras mais suaves para diminuir o impacto deste ensinamento. Observamos neste capítulo vários pontos importantes:


● O problema: Tolerância do pecado (e do pecador) na congregação (5,1-2).

● A ação exigida: Entregá-lo a Sátanas (5,5). O pecador queria ficar com um pé no reino de Cristo e outro no império das trevas. Paulo mandou colocar os dois pés no reino do diabo, para que o irmão aprendesse a futilidade da vida no pecado.


● Os propósitos: 


1. A salvação do pecador (5,5);

2. A pureza da igreja (5,6-8);

3. A obediência a Deus e manter a igreja sem mácula proposital(5,4-8).


● A aplicação prática: Evitar o envolvimento social com o pecador: “...não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro...; com esse tal, nem ainda comais” (5,11).


Paulo reitera o mesmo princípio nas instruções dadas aos tessalonicenses. Devemos nos apartar de todo irmão que ande desordenadamente (2 Tessalonicenses 3,6;14-15).


9º)- Advertir como irmão, não tratar como inimigo: Tudo que fazemos para corrigir o pecador e manter a pureza da comunidade deve ser motivado pelo amor, não pelo ódio ou desprezo das pessoas que caem.Quando tivermos contato com um irmão que foi expulso, ou se auto excluiu, devemos aproveitar para advertir e encorajá-lo a voltar para Deus.



10º)- O Perdão do Arrependido:Se o pecador se arrepender e voltar, os outros irmãos devem perdoar e aceitá-lo (2 Coríntios 2,3-11). Igrejas que praticam a expulsão sem a possibilidade de reconciliação (no caso de determinados pecados como adultério, por exemplo) erram por não mostrar o espírito de Deus, que “é rico em perdoar” (Isaías 55,7). O irmão arrependido deve ser perdoado e aceito e abraçado, não tratado como um cidadão de segunda classe. Uma vez que ele abandonou o império das trevas,(Farras, adultérios, homossexualismo deliberado,corrupções,fornicações, etc...) precisará do apoio dos fiéis para se firmar novamente no reino de Cristo.



Não há dúvida que nossos líderes espirituais merecem todo nosso respeito e confiança, e que devemos acatar a autoridade deles, enquanto, é claro, eles estiverem submissos à Palavra de Deus, pregando a verdade e andando de maneira digna, honesta e verdadeira. Quando se tornam repreensíveis, devem sim ser corrigidos e admoestados, claro que de forma Cristã, sempre objetivando a conversão e não apenas a mera acusação revanchista, jogando como se diz a M... no ventilador que não leva a nada, e só provoca atrasos e impedimentos na obra de Deus. Eis a forma biblicamente correta:


"Não aceites denúncia contra presbíteros, senão exclusivamente sob o depoimento de duas ou três testemunhas. (I Tim 5,19).



Se não vir destas formas acima explicitadas, trate ao acusador como um gentil revoltado, reze por ele, e tome as medidas cíveis cabíveis ao caso para corrigi-lo judicialmente para o bem de todos.


A Santidade Começa Comigo


O Chamado a santidade É PARA TODO BATIZADO, e não apenas para sacerdotes, religiosos, consagrados, e pessoas engajadas na Igreja. Portanto, você que vive cobrando a santidade dos outros, se é batizado, está atirando no próprio Pé. NÃO FIQUE APENAS ASSISTINDO DE CAMAROTE, COBRANDO A SANTIDADE DOS OUTROS, SEJA SANTO !!! Fica ai a dica para os(as) fiscais da santidade dos outros, e esquece da própria, a qual também é chamado(a) ser.




Um comentário:

  1. Parabéns pelo assunto, gosto muito do seu blog e eu percebi que os católicos precisam aprender muito.

    ResponderExcluir

Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.