Eis a
verdade dos fatos: Sérgio Moro não pode Julgar alguém, se antes o MP não lhe
encaminhou a denúncia! E para quem tem
foro privilegiado (Deputados, Senadores, Ministros e membros do executivo), a
denúncia não pode ser encaminhada a ele para julgamento, mas ao STF. Com
relação à esposa dele, quem viu o artigo do próprio Nassif que desmente
e se desculpa pelos boatos, no blog dele, o GGN. Ora, por que a mulher do juiz integrou a equipe jurídica da Associação
das APAE’s, no Paraná, cujo presidente era o tal do Flávio Arns, quando ainda
nem era político, a liga ao PSDB e, pior, isto a faz bandida? Não se deixe
manipular pela mentira, e pela propaganda da desinformação. Estranho, né? Já
percebeu que estes boatos só surgem nas vésperas depoimentos de Lula, para
desqualificar o juiz e causar confusão? Ainda que fosse comprovado alguma
ilegalidade por parte da esposa de Moro, isto não interfere em nada sobre as
provas contra Lula, ademais, a lei não permite que um juiz julgue causas
envolvendo familiares, o que realmente nestes casos evita-se a parcialidade. Será
que agora ainda vai precisar desenhar e explicar o desenho?
7
mentiras que você provavelmente já ouviu sobre o juiz Sérgio Moro!
Por: Felippe Hermes
A força dos fatos que levaram à condenação do empresário
Marcelo Odebrecht a 19 anos e 4 meses de prisão, serviu para acender uma
esperança em inúmeros brasileiros: afinal, se nem mesmo o presidente do segundo
maior conglomerado empresarial do país está acima das leis, é sinal de que a
justiça ainda cumpre o seu dever, não é mesmo? A condenação, porém, levanta uma
dúvida: o que farão os políticos ao perceberem a inevitabilidade de responder à
justiça por seus atos? No que depender do que foi mostrado
até aqui, a resposta é uma só: irão tratar de desviar o foco da justiça e dos
tribunais para a política, uma terra na qual o jogo sujo e os conchavos são a
lei, Lula é uma grande figura, e Sérgio Moro um completo ninguém. Partidarizar
e politizar a Lava Jato para desacreditá-la é a grande estratégia da
vez. Nada que intimide Moro. O juiz federal sabe, por experiências
passadas, que conduzir sem a vigília constante da mídia e da opinião pública
uma operação que tem entre os citados a atual presidente da República e os
demais quatro ex-presidentes vivos, levanta suspeita sobre membros da Suprema
Corte, investiga os presidentes da Câmara e do Senado, tem quase 300 políticos
e autoridades já citados e é responsável por desarticular operações de cartel
nas nove maiores empreiteiras do país, é o cenário perfeito para que, como tudo
na política, os julgamentos terminem em acordos ou arquivamentos. No
equilíbrio complexo entre depender da opinião pública e seguir estritamente as
leis, inúmeros são os ataques que Moro vem sofrendo. Desde que começou a
julgar o caso e esbarrou no maior esquema de corrupção da história do
país, o juiz que já era conhecido por ter ajudado a revelar nosso segundo
maior caso de corrupção (o Banestado), já teve sua vida vasculhada e
virada de cabeça para baixo inúmeras vezes. Ao longo da Lava Jato, dois
veículos de imprensa foram intimamente correlacionados a pessoa do
ex-presidente Lula ou ao PT, e outros muitos já aventados, mas o certo é que
Moro não é alvo apenas da imprensa governista, políticos corruptos e membros e
militância do PT. É também, e muito mais, das dezenas de blogs apócrifos
destinados apenas a isso: caluniar e difamar para desqualificar o seu
trabalho.
1. Sergio Moro é filiado ao PSDB
A acusação de que Moro é militante ou filiado ao PSDB é
provavelmente o mais difundido dos boatos a respeito do juiz. Há muito que
antagonizar PT e PSDB tem sido uma estratégia para desvirtuar o debate por
parte do governo. O cenário é taxativo: quem não é petista, é tucano! E se você
aponta irregularidades de um lado, certamente tem rabo preso com o outro, mesmo
quando isso tudo não passa de fantasia. A estratégia é bastante comum. Para cada
crime do PT, cita-se um crime do PSDB, como se corrupção fosse um jogo de soma
zero e ambas se anulassem. Se você critica Lula ou Dilma, automaticamente
defende FHC ou Aécio. O PSDB, dessa forma, se torna muito além de
uma “oposição conveniente” (como lembrou Delcídio em sua delação, dizendo que
os tucanos agiram para impedir o impeachment de Lula no auge do Mensalão), mas
a oposição “permitida”. O boato sobre Moro, porém, não passa disso: um boato.
Após a 24ª fase da Lava Jato, que deflagrou a operação Triplo X,
colocando Lula em evidência, começaram a surgir estórias de que
o juiz seria filiado ao PSDB do Paraná desde 1999. A prova seria um print do site do
TSE apontando a filiação de um tal “Sergio Roberto Moro”. O erro, porém, é que
o nome real do juiz é outro: Sérgio Fernando Moro.
2. A esposa de Moro é advogada do PSDB
Na mesma onda de ligar o juiz ao suposto partido de oposição
e mostrar que a operação seria partidária, e portanto inválida, surgiram
acusações de que a esposa do juiz seria advogada de um escritório que
trabalharia para candidatos do PSDB.O boato surgiu ao ligar Rosângela Moro como
advogada do vice-governador do Paraná, Flávio Arns, do PSDB. Fotos de Rosângela
com o político tucano comprovariam a ligação e, portanto, mostrariam em
definitivo que o juiz não era imparcial. Só há um problema com as fotos: a
época em que elas foram tiradas. De fato, Rosângela Moro e Flávio Arns se
conhecem. Flávio, sobrinho de Zilda Arns, foi presidente da associação das
APAES’s do Paraná, de onde Rosângela é advogada. Na época, o político tucano
ainda não possuía qualquer relação com o governo estadual, tampouco atuava como
político. A estória, porém, não para por aí. Até 2009, Flávio Arns era ligado ao
PT. Seguindo o rastro deste boato, poderíamos afirmar que Rosângela foi
advogada do PT por um tempo, certo? Pois é. Também não faria o menor sentido.
3. Moro recebe R$ 77 mil de salário
Que o judiciário brasileiro é caro e ineficiente, restam
poucas dúvidas. Segundo um estudo publicado em O Globo, temos cerca de 1/5 do número de
juízes da Alemanha, mas nosso sistema judiciário custa aproximadamente 1,5% do
nosso PIB, valor quase 10 vezes maior do que o gasto em países
como os Estados Unidos. Não é novidade, portanto, que juízes,
promotores e outros membros proeminentes do judiciário brasileiro ganhem
bem. Com esta ideia bem sedimentada na opinião pública, no entanto, criar um
boato não parece tão difícil. O limite salarial de um funcionário do judiciário
deve ser o salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal, equivalente a R$
39,2 mil. É público e notório, porém, que existem casos onde membros do
judiciário recebem valores maiores que estes, descumprindo a lei. O que não é o
caso aqui.Para criar o boato de que o juiz Sérgio Moro receberia R$ 77 mil,
descumprindo portanto a lei (o que o tornaria corrupto), os responsáveis pegaram
um mês atípico, onde o salário real do juiz, R$ 28,947,55, segundo o site do TRF4 (o Tribunal Regional Federal da quarta região, onde ele
trabalha), soma-se a verbas indenizatórias de R$ 5,176,63, que o
juiz recebeu em função de ter pago do próprio bolso despesas do Judiciário,
além de R$ 43,229,38, em função do adiantamento de férias e outros benefícios
trabalhistas garantidos em lei. Goste-se ou não do custo do Judiciário, a
acusação de que o juiz receberia mensalmente este valor é, como nos outros casos,
categoricamente falsa.
4.
Sergio Moro arquivou a corrupção do caso do Banestado
Um dos mais emblemáticos casos de corrupção na história do
país, o do Banestado, foi responsável por enviar ilegalmente US$ 24 bilhões
para o exterior por meio do banco público paranaense. Do total, cerca de US$ 17
milhões foram recuperados. Um número 27 vezes menor do recuperado até aqui pela
Lava Jato.Um dos personagens envolvidos no caso, Alberto Yousseff, que você
certamente já ouviu falar pelo caso do Petrolão, fechou um acordo de
delação premiada com o Ministério Público estadual. Ao ver que o doleiro
incorreu no mesmo crime novamente, Sergio Moro suspendeu o acordo e retomou o
processo do Banestado contra Yousseff, condenando-o a 4 anos e 4 meses de prisão
(Yousseff ainda não foi condenado na Lava Jato). Não é verdade, portanto, que o
doleiro tenha escapado por conta de Moro.Cerca de 684 pessoas foram denunciadas
pelo escândalo do Banestado, sendo 97 condenadas (até 2011). Da parte
do juiz Sergio Moro, que na época possuía 31 anos, foram 25
condenações, em apenas 12 meses. Seja por
lentidão da Justiça em julgar nas instâncias superiores ou por obra dos
advogados, muitas condenações caíram. Em 2013, o Superior Tribunal de Justiça
extinguiu a pena de 7 condenados. Outras penas foram extintas ou casos
arquivados em recursos no mesmo TRF4. O certo é que, dele, as condenações
ocorreram. E foram rápidas.Em outra operação, a Farol da Colina,
Moro decretou de uma única vez a prisão de 123 pessoas, tirando de
circulação 63 doleiros. O caso é emblemático. Como Yousseff fez um acordo
com a Procuradoria e o Ministério Público do Paraná ao ser liberado no caso do
Banestado, ele era um dos poucos doleiros livres no país, motivo que
o levou a ser chamado para atuar no Petrolão.Ainda sobre o caso, argumenta-se
que nenhum político foi condenado na ocasião. Ocorre, porém, que como juiz de
primeira instância, não cabe a Moro julgar, e sequer investigar, políticos, que
possuem foro privilegiado. As decisões de investigar tais autoridades
cabem ao Procurador Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal.
5. Moro
recebe sem dar aulas na UFPR
As tentativas de desqualificar Sergio Moro crescem à medida
que desqualificar as provas torna-se mais improvável. A “ordem” para blogs e
páginas governistas de redes sociais é, de alguma forma, mostrar que o juiz
comete atos ilegais, e assim, trata-se de um hipócrita condenando os
responsáveis por roubar e fraudar R$ 88 bilhões da Petrobras.Além de juiz, Moro
é também professor, na Universidade Federal do Paraná, onde recebe por volta de
R$ 3 mil mensais para trabalhar 20h semanais (com obrigação de dar 8 horas
semanais de aula). Segundo a acusação, Moro se utilizaria do seu cargo de juiz
para impedir uma liminar da universidade que o obrigaria a dar as aulas,
enquanto ele próprio não comparece à universidade.A informação, mais uma vez, é
falsa. Moro não apenas dá as aulas (duas vezes na semana), como também já
enfrentou protestos de governistas em frente a elas, buscando tumultuar seu
trabalho. Em 2012, quando foi chamado para ser assessor da ministra Rosa Weber
no caso do Mensalão, Moro buscou por meio judicial que a universidade lhe permitisse dar as 8 horas semanais
as quais é obrigado, em 3 aulas seguidas na segunda-feira e no sábado (e não
nas segundas e terças como faz atualmente). Ocorre que o regimento da
universidade proíbe mais de duas aulas seguidas por professor, de modo que
também não é verdade que Moro tenha processado a universidade para não dar
aulas.Em suma, o STF tentou obrigar Moro a escolher entre o Judiciário e o
magistério, e Moro buscou continuar em ambos, sendo além de juiz, professor.
6. Moro
grampeou a presidente da República, o que é ilegal para um juiz de primeira
instância
A divulgação de parte dos grampos telefônicos do
ex-presidente Lula (ainda há grampos sob sigilo) gerou provavelmente uma das
ondas de desinformação mais relevantes dos últimos tempos na Lava Jato. De
todos os lados surgiram “juristas” de ocasião, para avaliar se um juiz de
primeira instância não teria cometido uma ilegalidade ao divulgar um grampo
contendo Dilma Rousseff, uma autoridade com foro privilegiado. Para desviar o
foco do conteúdo, que demonstra uma tentativa de obstrução da justiça (um crime,
portanto) por parte de Dilma, sites governistas como o Diário do Centro do
Mundo e o Pragmatismo Político buscaram apontar que o grampo na presidente da
República seria ilegal, uma vez que demanda autorização do Supremo Tribunal
Federal, coisa que Moro não possui.Todos aqueles que não perdem tempo em gritar
“Fora Globo”, acusando a emissora carioca de manipulação, como a
jornalista-governista Cynara Menezes, a Socialista Morena, correram para apontar a prova de que Moro teria grampeado Dilma: o fato de uma das gravações
mostrar o barulho do escritório de Dilma antes de Lula atender. Segundo o
perito Ricardo Molina, porém, isto ocorre pois a gravação por parte do telefone
é iniciada assim que se
realiza a chamada, e não no momento em que se atende.
Trata-se
portanto de uma conclusão descabida (o perito foi procurado pelo governo,
segundo a revista Isto É, mas acabou não apontando aquilo que o Palácio do Planalto
esperava).A ideia falsa foi comprada por deputadas como Jandira Feghali e a
própria presidente Dilma, que fez discursos inflamados sobre o absurdo que era
a presidente ser grampeada (mesmo sendo alertada de que isso se tratava de uma
inverdade). Após as indicações de peritos de que a presidente não foi
grampeada, porém, nenhum dos citados até o momento voltaram atrás.
7. Moro é seletivo, não julga Renam Calheiros e Aécio Neves
Provavelmente a mais absurda das acusações que pesem sobre o
juiz Moro seja a de que ele se recuse a julgar o senador mineiro Aécio Neves,
citado 5 vezes nas delações da Lava Jato. Tudo isto, segundo muitos, pois Moro
insiste em julgar apenas Lula e o PT. A acusação não passa de um absurdo. Moro
não tem poder para julgar Aécio, ou Cunha, ou mesmo Gleisi Hoffman e Lindbergh
Farias (senadores petistas citados nas delações da Camargo Correa), ou Maria do
Rosário (deputada petista citada pela Engevix). Todos devem ser investigados e
julgados no foro competente:o Supremo Tribunal Federal, se assim concordar o
Procurador Geral da República.Janot, foi indicado por Dilma em 2013, é o
responsável por denunciar ministros, senadores, deputados, ou mesmo a
presidente da República, cabendo ao STF autorizar a abertura de inquérito. Ao
fazer isso, o caso segue para o ministro substituto de Teori Zavascki, também
indicado por Dilma para o STF. Teori era o relator da Lava Jato na instância máxima
da nossa justiça. É portanto do STF e não de um mero Juiz Federal (concursado) por
exemplo, a responsabilidade sobre o não andamento dos nove casos que pesam
sobre o senador Renan Calheiros, ou contra o senador Fernando Collor.Ao
juiz Moro, cabe julgar aqueles que não possuem foro privilegiado, como o
ex-presidente Lula e sua família, todos os executivos e presidentes das mais de
16 empresas envolvidas, doleiros e funcionários das empresas estatais. Neste
caso, Moro tem sido rigoroso ao estabelecer penas, como mostra o caso do empresário
Marcelo Odebrecht.
ATENÇÃO!!! As condenações do juiz Moro, porém,
são passíveis de recursos, uma vez que se trata de um juiz de primeira
instância! Para evitar que, assim como no caso do Banestado, suas
decisões sejam desfeitas pelos tribunais superiores, Moro só tem uma
alternativa: contar com o apoio vigilante da mídia e da população, para evitar
boatos e mentiras que favoreçam políticos e os demais acusados. Como esses aqui
citados.
“O último que sair feche a porta! Próximo boato por favor !?"
Fonte:
https://xdocs.com.br/doc/7-mentiras-sobre-moro-vo9e3g49vmnj
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