*Por Edson Sampel
As recentes
investidas da ONU contra a Santa Sé devem ser refletidas com muito cuidado! É claro que houve
casos de abusos sexuais contra menores praticados por padres. Conhecemos o
desastre na Arquidiocese de Boston, por exemplo. No entanto, sabemos que a Igreja tomou providências drásticas para pôr
um fim à pedofilia. Entre as medidas levadas a cabo, destaca-se, ainda no
pontificado de Bento XVI, o alargamento da prescrição penal canônica, de 10
para 20 anos. (o papa Bento XVI durante
seu pontificado expulsou 400 sacerdotes por abuso sexual de menores. A
confirmação parte do Vaticano, na semana em que representantes da Santa Sé
estiveram nas Nações Unidas a prestarem declarações sobre crimes sexuais da
Igreja).Os crimes de pedofilia, na verdade, são punidos, com o rigor da lei,
pelos diversos Estados ou países onde residem os clérigos pedófilos. Cada nação
faz atuar seu direito penal próprio.
(a Igreja e sua voz profética na ONU)
A Santa Sé, ou o Vaticano, não tem como impedir que um
presbítero seja processado. Demais, Bento XVI determinou que nenhum bispo
deixasse de denunciar um pedófilo às autoridades civis. Outro dado importante
a ser considerado, já tantas vezes repisado, é que a pedofilia,
desafortunadamente, infecciona outros setores da sociedade, como a própria
família desajustada, e não só o ambiente clerical.
O que está por trás desse súbito ataque da ONU?
A resposta se
encontra no promulgado relatório da instituição que, além da pedofilia, alude à
posição da Igreja contra os denominados casamentos homossexuais e o aborto. Graças à sua soberania, a Igreja, através do sucessor de são Pedro, é a
única sociedade no mundo que pode anunciar intrepidamente o evangelho de Jesus
Cristo, sem respeitos humanos, conclamando os homens à conversão. Neste sentido, a
Igreja ensina que único caminho para a vivência sadia do sexo é a
heterossexualidade, no matrimônio. Por outro lado, a Igreja combate o aborto,
pois se trata de um dos delitos mais covardes e nefandos que se pode perpetrar.No fundo, certos
setores da ONU desferem contra a Igreja um golpe visivelmente ideológico. Por
este motivo, sob o pretexto da pedofilia, tremulam, outrossim, as bandeiras do
homossexualismo e do aborto. A soberania da Cidade-Estado do Vaticano constitui
um ingrediente imprescindível a favor da vida e da família. Imaginem se o papa
fosse um simples súdito de algum país! Ele seria ameaçado o tempo inteiro! Ele
estaria cerceado no múnus de confirmar a fé dos cristãos e pregar o evangelho.
A pedofilia será
cabalmente nocauteada, a partir do instante em que os valores cristãos, como o
matrimônio, voltarem a vicejar na comunidade! O denominado iluminismo pô-los
abaixo, destronou-os, sugando da humanidade a seiva do vigor evangélico.
*Edson Sampel, doutor
em Direito Canônico, membro da União dos Juristas Católicos de São Paulo
(Ujucasp) e da Academia Marial de Aparecida (AMA).
Fonte: Zenit
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