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sábado, 11 de janeiro de 2014

O pecado é perdoado mesmo quando caímos muitas vezes no mesmo pecado, e tentamos evitá-lo, mas caímos mesmo assim ?



(Pergunta enviada ao site Cristão: Aleteia) 




Mateus 18,21-22 : “Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete?Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete...”
 


Ora será que um Deus que nos pede para perdoarmos aos outros desta forma, não faria o mesmo com nós ? Ou Seria nosso Deus partidário do faça o que digo, mas não o que eu faço ?


Deus sempre perdoa o pecador arrependido. Se o arrependimento é sincero, não há limite no número de vezes que se pode receber o perdão divino no sacramento da Confissão. E isso não muda, ainda que a pessoa repita o tipo de pecado. Com isso, parece que podemos considerar a pergunta respondida, mas convém fazer alguns esclarecimentos:


O primeiro aspecto consiste em mostrar que, na realidade, não existe pecado “sem querer”. Sempre há uma intervenção da vontade, consentido com o pecado; do contrário, não poderíamos falar de “pecado”.


O que acontece, na verdade, é que o ser humano depende muito (mais do que estamos acostumados a reconhecer) dos hábitos. Estes, conforme forem bons ou ruins, facilitam ou dificultam o bom comportamento. Quando são moralmente bons, são chamados de “virtudes”; caso contrário, são “vícios”.


A reiteração no pecado produz vícios


O vício enfraquece a vontade, de forma que inclina à repetição do pecado; e debilita a capacidade de opor-se a ele. E a reiteração reforça o vício. Daí a expressão “círculo vicioso”.



No entanto, é possível sair desse círculo, quando se conta com a graça divina, incluindo, certamente, a recepção do sacramento da Confissão. É uma luta interior na qual costuma haver altos e baixos, mas, quando há uma vontade de colocar os meios e a paciência necessária, a pessoa acaba saindo vitoriosa. Isso sim, é preciso contar com o tempo.


Todo confessor com um mínimo de experiência sabe disso, e sabe distinguir bem entre a falta de propósito de emenda (que invalidaria a confissão) e a previsão de que, ainda que a pessoa realmente queira melhorar, pode haver recaídas. O penitente também precisa entender isso. E precisa entender também outras duas coisas: a primeira é que não é a confissão propriamente dita que propicia o perdão dos pecados, mas a contrição da pessoa, manifestada na acusação.


Em segundo lugar, a contrição não é incompatível com a fraqueza de vontade produzida pelo vício nem com o prognóstico pouco favorável devido a ela.


Talvez se poderia acrescentar que, para evitar o autoengano e o desespero em situações desse tipo (às vezes pode nos faltar objetividade), é muito recomendável ter um confessor fixo, que verdadeiramente possa nos ajudar.



Pode acontecer de um vício, ao invés de só enfraquecer a vontade, chegar a anulá-la?



Sim, poderia acontecer, mas aqui já entramos no campo da patologia, e seria preciso contar com ajuda especializada, sobretudo médica, para superar o problema.


O alcoolismo e o vício em jogos são exemplos disso. Se as coisas chegam a este extremo, o desejo sincero de superação exige buscar e aceitar esta ajuda.





Jeremias 3,21-24: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade. A minha porção é o SENHOR, diz a minha alma; portanto, esperarei nele...”
 


Fonte: Aleteia

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