“O Verdadeiro Santo não é aquele que nunca cai, mas aquele que ao cair,
levanta-se, e recorre a misericórdia de Deus para recomeçar. Não é aquele também
que sempre faz coisas extraordinárias, mas aquele que faz do ordinário da vida
algo sempre extraordinário, porque reconhece que tudo é Graça de Deus...”(João
Paulo II).
O Batismo é a chave
de toda vocação, é a porta de entrada para o Reino dos céus:
“Quem crê e for
batizado será salvo”. A partir do Batismo nasce toda verdadeira vocação na
Igreja, ele nos marca de maneira indelével, ou seja, ninguém pode tirar. Essa
marca está no Sacrário de nossa alma e diz: Filho de Deus, destinado para o céu.
É a vocação comum de todo Cristão, a SANTIDADE!
Jesus convida a todos
para a mesa no seu Reino, sem distinção Ele veio para todos e quer ser
conhecido e experimentado por todos, por isso, sua ternura abraça toda
criatura. E o Batismo nos reveste de Cristo, somos com Ele co-herdeiros da vida
divina que o Pai restaurou em Jesus, o SANTO por excelência.
A porta do Reino é
estreita, mas todos são convidados para a festa, que é o banquete do Cordeiro.
Com sua ressurreição, Jesus foi o primeiro a entrar por ela e convida-nos a
romper todos os obstáculos para também entrarmos, pois depois de Cristo a
santidade é possível PARA TODOS.
“Aqui nasce para o céu um povo de alta linhagem, o Espírito Santo lhe dá
nas águas fecundas do Batismo uma nova VIDA. Pecador desce até a fonte para
lavar o teu pecado! Tu desces velho e sobes com uma nova juventude”.
Nascemos no seio da
mãe Igreja e para ela somos vocacionados todos a uma vocação de serviço e é
neste sentido que a nossa fé ganha vida. Vida de Cristo que se revela aos
outros no testemunho, em tudo, minha vocação é ser OUTRO CRISTO.
Hoje estamos
refletindo a vocação leiga na Igreja, pois a matriz de toda atuação na
revelação de Jesus é dar a vida, ou seja, o leigo da à vida na medida da
SANTIDADE ordinária de sua vida, dizia o Papa João Paulo II:
“A Santidade é a medida alta da
vida cristã ordinária.”
Num mundo tão longe
dos ideais cristãos, onde tudo é relativo, passageiro e comercial, venho lhe
dizer a SANTIDADE não é relativa, nem passageira e muito menos comercial. É
difícil, a porta é estreita, mas é POSSIVEL SER SANTO EM QUALQUER VOCAÇÃO!
A Santidade não é
coisa só para os místicos ou homens super heróis do passado, ela é uma
característica de todo cristão.
“Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação”. (1 Ts. 3,4).
Quero te louvar
Senhor, porque neste celeiro de muitas vocações na Igreja nos prova que é
possível a santidade do dia a dia de nossa vida, pois ela é a medida alta para
todos nós que queremos seguir Jesus de maneira fiel, no serviço, na minha
família, na comunidade e formando uma nova sociedade, a civilização do amor.
Esta realidade não é
relativa, experimentamos isto nas Novas Comunidades,juntos todos nós,
sacerdotes, religiosos, casados, solteiros, consagrados e leigos temos
condições de alcançar a estatura de Cristo.
Um cenário de batalha
Depois de ter feito
uma explanação geral sobre a viagem à Roma e o retiro de escuta do Conselho Geral
em 2011 Moysés Azevedo aprofundou o tema “avançar na oração, na santidade e na
missão”:
O Senhor nos mostro
no Retiro do Conselho um cenário de guerra, como naqueles épicos. Pessoas
feridas, outras com escudos, alguns cuidando dos enfermos. Todas estavam em
postura de combate, eram combativas. Não havia ninguém voltado para si mesmo.
No meio deste cenário
de guerra estava a imagem do Santíssimo Sacramento. E o Senhor dizia:
“Eu estou no meio de vós. Vocês veem a dureza do combate, mas meus olhos
e o que Eu desejo que vocês vejam é a a minha graça atuando. Eu estou olhando
para vocês. Eu não estou ausente. Eu estou no meios de vós. Fixem os olhos em
Mim. Sou eu que vos capacito para a batalha”.
O Senhor nos mostrou três campos de batalha:
1)- O pessoal: a comunidade é formada por pessoas e a
batalha de cada um faz parte da grande peleja. Não devemos parar em nossas
feridas e mesmo combalido devemos seguir em frente com os olhos fixos em Deus.
2)- Também no campo comunitário: é preciso batalhar
para ser fiel, para viver a obra de Deus com fidelidade.
3)- O outro, são os campos da humanidade: a comunidade é
enviada como um poderoso exército a guerra nos campos da humanidade.
O Senhor não nos quer
mostrar o lado negativo da batalha. Quer nos fazer ver que neste campo de
batalha há muitas lutas, o seu Espírito age, as virtudes que se elevam nos
irmãos; muitas vezes a coragem e a disposição de outros nos capacita também a
realizar. A coragem dos valentes (em Deus)fortalece os covardes.
A fortaleza divina
“Eu vos faço fortes”, diz o
Senhor, e ainda: Eu vos fortaleço, capacito no meu Espírito, Vos revisto de uma
musculatura forte que vos fará ir muito além de vós mesmos. A partir de mim vos
fortaleço. Os faço fortes no meu Espírito. Sois fracos, mas Eu vos faço fortes
com minha graça”.
Na batalha existe um
fluir de sangue mas sabe-se que está presente e que faz surgir o melhor em nós.
Quando nos colocamos em postura de combate Deus faz surgir o melhor em nós.
Um exército formado, perfilado e compacto:
Deus nos mostrava
como um exército formado, perfilado e compacto e com um grande estandarte. A
haste deste estandarte era a cruz e a sua flâmula, a eucaristia. Vosso olhar
deve está voltado para Mim. Sustentados pela cruz, olhando para a Eucaristia.
Eu vos tornei compacto. A disposição de viver e morrer nesta vida por
meio das promessas definitiva. Por meio dela Vos faço um exército compacto. É
hora de avançar, compactos, com a haste da Cruz e com a bandeira da Eucaristia.
“Não podemos dar vida
aos outros sem dar a nossa própria vida”, disse o papa Bento XVI.
Moysés apresentou as inspirações dadas por Deus ao
Conselho Geral dentro da profecia principal do Retiro:
Sob o senhorio de
Cristo e ungidos pelo Espírito Santo;
Oração, intercessão e
cruz;
Batalha espiritual;
Espaços de Adoração
ao Santíssimo Sacramento;
Revitalizar o espírito
litúrgico da Comunidade;
Igreja da Diaconia
Geral;
Devoção Mariana.
Nesta visualização
não se havia um outro exército porque não se luta contra a humanidade mas
contra os poderes que não deste mundo. Também as armas não eram vistas, pois
elas são estratégicas na construção da Obra de Deus. É uma luta para a glória
de Deus e em favor da humanidade;
O Senhor também nos
mostrava um pára-raios, que seria a cruz atraindo para nós a graça de Deus.
O ventre de Maria
É algo muito concreto
para nós. Nos recorda como Comunidade onde somos gerados;
O Senhor nos pede
alicerces de santidade, mas eles não são, apenas, frutos de esforço moral, é
uma dádiva que se recebe de Deus;
Deus nos chama à santidade:
Onde exista a
fraqueza também exista um coração suplicante pela santidade.O Senhor nos chama
a quebrar o paradigma de se pensar que em alguma áreas de nossa vida seja
impossível a graça de Deus atuar e gerar santidade;
“Inflamo-vos de amor esponsal”,
disse o Senhor.
“Apresentai as dores
da comunidade ao coração imaculada de minha Mãe. Apresentai-os todos pois assim
como num ventre serão regenerados”, disse o Senhor.
Deus nos chama à
reconciliação; Neste alicerce de santidade, a caridade entre nós em
fundamental; O perdão reforça o tecido saudável da Comunidade.
Sempre estamos em
tempo de batalha. Devemos está atentos aos feridos, e aqui entra o pastoreio.
Resumo:
1)-No ventre de
Maria,
2)-Juntos,
compactados, sob o estandarte da cruz e da eucaristia;
3)-Santidade e
caridade;
4)-Promessas
definitivas (Oferta);
5)-Pastoreio;
6)-Modelo Mariano de
santidade;
7)-O modelo de João Paulo II;
Amar o Amor
(Nicodemos Costa)
Todos juntos na mesma estrada
vamos,
Unidos em Deus pra cantar seu
louvor.
Unidos em Deus pro que der e
vier, pro que der e vier.
Nós somos aqueles que ele tirou
da escravidão, com seu sangue pagou.O que fazer se não amá-lo perdidamente,
apaixonadamente?
Ouvimos alguém dizer que o amor
não é amado;
Queremos amar este amor custe o
que custar!
Nós queremos ser santos, não por
presunção, mas por vocação.
No caminho outro alguém nos
falou: a paciência tudo alcança.
Que nada nos espantasse, que nada
nos pertubasse.
Tudo passa, só deus fica, só deus
é e basta, e ponto final.
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