"A maior prisão que podemos ter na
vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos,
mas o que o outro gostaria que fôssemos...”
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.
O que me seduz em Jesus é quando eu descubro que n’Ele havia uma capacidade imensa de olhar dentro dos olhos e fazer que aquele que era olhado reconhecer-se plenamente e olhar-se com sinceridade, devolver-lhe a sua identidade, ser ele mesmo.
Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa,porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito.
E quando não conseguimos ser aquilo que
pensaram e projetaram de nós, estes que pedem que sejamos santos por eles, são
os piores algozes.Querem que Deus seja misericordioso com eles, mas não admitem
a misericórdia de Deus para os outros, e pasmem, não se escandalizam com seus
próprios pecados, mas ficam escandalizados com os dos outros.
“Eu
sou aquilo que Deus Pensa de mim” (Santa Teresinha)
Muitas vezes perdemos a
medida de quem somos e começamos a observar quem os outros são, julgando e
condenando os outros segundo nossos critérios.
A medida de nosso
julgamento, em qualquer coisa, deve ser Jesus Cristo e a Palavra de Deus. Ela
que nos dá o equilíbrio necessário.
O que é que Jesus e sua
doutrina nos ensina?
1)-Somos proibidos de expressar o nosso julgamento – Mateus 7:1,2: Não julgueis, para que não
sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e,
com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
2)-Somos indesculpáveis ao julgar – Romanos 2:1: Portanto, és indesculpável, ó homem, quando
julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te
condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas.
3)-Não é nossa prerrogativa: Romanos 14:4: Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu
próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso
para o suster.
4)-Julguemos a nós mesmos – Romanos 14:12,13: Assim, pois, cada um de nós dará contas de
si mesmo a Deus. Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o
propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.
5)-Desconhecemos muitos fatos – I Coríntios 4:5: Portanto, nada julgueis antes do tempo, até
que venha o Senhor, o qual não somente trará à plena luz as coisas ocultas das
trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um
receberá o seu louvor da parte de Deus.
6)-Seria presumirmos demais – Tiago 4:12: Um só é Legislador e Juiz, aquele que pode salvar
e fazer perecer; tu, porém, quem és, que julgas o próximo?
Em Daniel
9: 4-10 vemos o profeta Daniel reconhecendo os pecados
do povo e se incluindo dentro e não fora da confissão dos pecados. Não houve
julgamento por parte dele, ao contrário, houve contrição e arrependimento.
Isso significa que
devemos, diante de Deus, nos humilhar. Tiago 4:10 Humilhai-vos na presença
do Senhor, e ele vos exaltará , Tiago nos exorta a isso. Somente assim
reconheceremos o nosso lugar, o de nosso semelhante e o de Deus em nossas
relações.
Da mesma forma, em
Lucas 6.36 e 376 Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso
Pai. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados;
perdoai e sereis perdoados. Jesus reafirma sua postura em relação ao
julgamento.
Ele nos ordena, nos
conclama a sermos misericordiosos, aliás, "bem-aventurados os
misericordiosos, porque alcançarão misericórdia" (Mt 5:7).
Caso aconteça alguma falha no meu
ensinamento,a exemplo de São Tomás de Aquino,digo:
“Se,
por ignorância, ensinei algo errado e contrário a sagrada tradição dos
apóstolos e ao sagrado magistério Petrino, revogo tudo e submeto todos meus
escritos ao julgamento da Santa Igreja Romana" (Santo Tomás de Aquino).
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